Vai ter disputa no PSDB de Joinville (SC) – Vereador Odir Nunes confirma pré-candidatura a Prefeito

“Eu estou preparado para recolocar Joinville nos trilhos”. Com esta frase o vereador Odir Nunes confirmou que é pré-candidato a Prefeito de Joinville, maior cidade de Santa Catarina. A convenção dos tucanos está agendada para setembro, e o vereador diz que vai para a disputa interna confiante em ser o indicado do PSDB para as eleições municipais marcadas para 15 de novembro. Além de Odir, dois nomes estão colocados para a escolha dos filiados: o vereador Rodrigo Fachini, ex-MDB e ex-presidente da Câmara, e Cromácio José da Rosa, que já foi presidente municipal do partido.

Odir Nunes ganhou espaço midiático nas últimas semanas após ter enfrentando uma representação pública pedindo a cassação do seu mandato. O cidadão alegava que o veterano vereador estava incitando a violência contra idosos ao ter falado em um discurso inflamado que “o prefeito deveria levar uma surra”, e assim teria quebrado o decoro parlamentar. Com maioria governista ligada ao prefeito Udo Döhler (MDB), e comandada por outro emedebista, Cláudio Aragão, a Câmara acatou a representação em tempo recorde, quebrando normas legais. Além disso, o cidadão que apresentou a representação era um condenado pela Justiça, e portanto, sem direitos políticos vigentes até o cumprimento final da pena.

Com base nisso, Odir denunciou perseguição política, ganhou espaço na mídia local e regional, o que deu mais gás ao seu projeto de disputar à Prefeitura de Joinville. A Câmara teve que arquivar o processo contra ele devido a todas as ilegalidades. Questionado pelo Palavra Livre sobre a sua pretensão diante do quadro político atual, com pandemia, as crises do governo Udo com obras paralisadas, inclusive as do rio Mathias, dinheiro para empresas de transporte coletivo – R$ 7,5 milhões que o Prefeito recuou após péssima repercussão – o vereador que já está cumprindo o seu oitavo mandato na Câmara, onde inclusive foi Presidente (2011-12), diz ser a hora da experiência para a gestão pública.

“A população acreditou em novidades, no novo, etc. Já viu que não deu certo. Agora sabem que a experiência na gestão pública é fundamental porque senão fica assim, como vemos hoje, uma cidade abandonada, infeliz, porque nada acontece”, afirma Odir, que além dos mandatos de vereador, já foi quatro vezes secretário municipal e duas vezes diretor da Casan. “Conheço muito bem a gestão pública, meus mandatos mostram o reconhecimento da população, por isso, vou disputar sim dentro do meu partido”, confirma.

O PSDB já governou Joinville com Marco Tebaldi (2002-2008), que faleceu ano passado quando era deputado federal. A disputa entre Odir Nunes, Cromácio da Rosa e Rodrigo Fachini vai aquecer os motores do partido nas próximas semanas. Fachini inclusive anda divulgando que tem apoio do presidente nacional, Bruno Araújo. De lado a lado, todas as armas serão utilizadas para convencimento dos filiados. A presidente estadual, Geovânia de Sá, acompanha de perto as movimentações no estado, e deve dar especial atenção à maior do estado.

PSDB/SC ouve lideranças e prepara documento para a Direção Nacional

O PSDB SC realizou, nesta quinta-feira (28), encontros virtuais com as principais lideranças do estado. Prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e presidentes dos diretórios municipais foram ouvidos pela deputada federal e presidente estadual da sigla, Geovania de Sá, e pelo líder da bancada tucana na Câmara Federal, deputado Carlos Sampaio.

A partir da opinião dos quase 250 tucanos, que participaram das reuniões on-line, será construído um documento que chegará ao Congresso Nacional. A análise será feita pela Comissão Mista que discutirá a data das eleições municipais

A deputada Geovania conta que as opiniões das lideranças catarinenses estão divididas. “Alguns desejam que as eleições sejam realizadas ainda em 2020, porque foram eleitos para quatro anos. Outros querem prorrogar o mandato. Mas, um sentimento é comum a todos: isso preciso ser resolvido logo”, relata a deputada.

A parlamentar ainda acrescenta que o partido tem muitos pré-candidatos novos na política e que precisam de tempo para se apresentarem devidamente as suas cidades. E os prefeitos que estão em exercício estão apreensivos quanto a fecharem as contas de seus exercícios, caso a eleição aconteça apenas em dezembro.