Metrô e Sabesp – Governo paulista revoga decisões sobre sigilo de dados

As empresas estatais paulistas e demais órgãos públicos não poderão mais impor sigilo de informações da administração pública.

Segundo decreto publicado hoje (16) no Diário Oficial do Estado de São Paulo, o governador Geraldo Alckmin determinou a revogação de medidas neste sentido.

Em sua justificativa, o governador afirmou que “dados e informações nos graus de sigilo reservado, secreto e ultrassecreto” deverão ser ratificados pela Comissão Estadual de Acesso à Informação.

Em um mês, os secretários e o procurador-geral do Estado deverão encaminhar à comissão de acesso as tabelas de Classificação de Sigilo de Documentos, Dados e Informações relativos às respectivas secretarias e autarquias, fundações e empresas vinculadas. A comissão será responsável pela deliberação da ratificação dos atos.

Essas mesmas autoridades terão de reavaliar os pedidos de acesso a informações formulados e negados, com base em sigilo instituído pelos atos normativos ora revogados. De acordo com o governo paulista, a Comissão Estadual de Acesso à Informação, ligada ao Arquivo Público do Estado, analisará o teor dos documentos.

A decisão do governador foi anunciada um dia após o Ministério Público Estadual (MPE) ter aberto inquérito civil para apurar suspeita de que a Sabesp feriu a Constituição Federal e a Lei de Acesso à Informação, praticando atos de improbidade administrativa ao negar informações sobre procedimentos e projetos técnicos e operacionais, bem como sobre a localização de redes de água e esgoto, equipamentos, instalações e sistemas operacionais.

A Promotoria deu prazo de dez dias para que a Sabesp esclareça a questão, enviando ao MPE uma série de documentos da Comissão de Avaliação de Documentos e Acesso. O sigilo foi justificado pela Sabesp como meio de se evitar a sabotagem ou vandalismo contra as redes de água e de esgoto sanitário.

Em nota à Agência Brasil, publicada há dois dias, a companhia se defendeu afirmando que a divulgação dos projetos “colocariam em risco a vida, segurança ou saúde da população”.

Com informações da EBC

Investigado esquema de propina no governo Alckmin

O Ministério Público Estadual investiga a existência de um esquema de corrupção dentro da Secretaria de Fazenda de São Paulo, que teria movimentado R$ 400 milhões.

A base para a investigação é a Operação Lava Rápido, da Polícia Federal, que apontou o recebimento de dinheiro por servidoras para sumirem com processos de empresas multadas por sonegação e outras irregularidades.

Em depoimento, as acusadas citaram uma suposta omissão de alguns juízes do TIT (Tribunal de Impostos e Taxas), que não tomavam providências ao serem alertados sobre o sumiço de documentos fiscais.

Outra descoberta da Lava Rápido foi a fundação de uma igreja por parte do grupo que pagava as propinas. A entidade religiosa não tinha templo nem fieis, mas movimentou R$ 400 milhões.

Do Sindicato do ABC, com Estadão e SpressoSP