Força Tarefa tenta devolver a Via Gastronômica aos joinvilenses após desastre das obras do rio Mathias

Máquinas, tratores e equipamentos pesados completam a força tarefa de quase 40 profissionais que estão mobilizados na manhã desta quarta feira (26) na Via Gastronômica (Rua Visconde de Taunay) e rua Jacob Eisenhut, centro de Joinville (SC). Eles trabalham na instalação do sistema de drenagem e ajustes na rede de distribuição de energia elétrica.

A ação faz parte dos trabalhos de conserto das ruas e calçadas destruídas com as famosas obras do Rio Mathias que estão inacabadas após longos seis anos. Graças à forte mobilização dos empresários da região e cobranças da imprensa e oposição na Câmara de Vereadores, a Prefeitura de Joinville decidiu romper o contrato com o consórcio que estava responsável pelo projeto. Os prejuízos econômicos pelo atraso são incalculáveis.

Estão mobilizados profissionais de sub prefeituras de diversas regiões, da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), além de técnicos da Celesc e das companhias telefônicas. Os trabalhos iniciaram há cerca de cinco dias e devem seguir até a próxima semana se o tempo colaborar. A próxima etapa, segundo informações da Seinfra, será o recapeamento do asfalto com um material chamado fresado e, na sequência, a liberação do trânsito no local.

O mesmo serviço está sendo realizado na rua Jerônimo Coelho, que fica no coração da maior cidade catarinense. Para os empresários das regiões atingidas pelas obras do rio Mathias, este é um passo adiante na resolução deste problema que destruiu parte do comércio de Joinville, provocando centenas de demissões de trabalhadores e falência do comércio local. O prefeito Udo Döhler (MDB) e a bancada governista na Câmara de Vereadores impediram uma CPI para descobrir quem errou e como, para responsabilizar a quem de direito, mas o Ministério Público continua investigando a inoperância da Prefeitura em resolver o caso.

“O povo joinvilense mostrou que tem força. Podemos e devemos exigir que os projetos na nossa cidade sejam realizados de forma idônea e transparente. E, principalmente, que projetos e ações tragam resultados efetivos que contribuam para o desenvolvimento da cidade. Não podemos permitir que ações mal planejadas, ineficientes e desastrosas prejudiquem e enfraqueçam uma cidade como Joinville, que sempre foi forte, pujante e um destaque na economia do Brasil”, destacou Giovanna Locatelli, empresária do ramo gastronômico e também jornalista.

O trânsito ainda continua impedido até que as condições básicas de mobilidade, iluminação e tráfego sejam restabelecidas. A esperança dos empresários é que tudo esteja pronto para a retomada de negócios antes do final deste ano. O Palavra Livre acompanha há tempos esta “obra”, veja os links abaixo:

  • Rio Mathias – Manifestação, clique aqui.
  • Obras inacabáveis – Câmara, clique aqui.

Opinião do Editor – “Incerta” em PA em ano eleitoral, cheira mal

O jornalista Salvador Neto, editor do Palavra Livre, foi ver de perto e acompanha as mazelas da saúde há muitos anos.
O jornalista Salvador Neto, editor do Palavra Livre, foi ver de perto e acompanha as mazelas da saúde há muitos anos.

De repente, após quase quatro anos de governo – antes tarde do que nunca… mas muito tarde… – as secretárias da Saúde e da Gestão de Pessoas da Prefeitura de Joinville (SC) resolvem dar uma olhadinha na madrugada de trabalho nos PAs.

Além de atrasado, tal procedimento deveria ser corriqueiro pois fiscalizar é também gerir as pessoas, os servidores, e tudo o mais que envolve a saúde. Me pareceu mais uma jogada de marketing, afinal o ano é eleitoral. Vejamos no que vai dar de fato, de prático, na solução de um problema velho.

Já escrevi sobre a saúde de Joinville recentemente. Os nobres vereadores fizeram até uma CPI fajuta, que deu em um relatório que nada diz, nada apurou, custou muito dinheiro público, ou seja, um deboche à população que sofre com a falta de atendimento. Leia aqui:http://www.chuvaacida.info/…/cpi-da-saude-pra-que-vereadore….

Também comentei no programete Com a Palavra, assista aqui:https://www.youtube.com/watch?v=iWI1e19LDXI. Esse jogo de faz de conta, eu faço de conta que fiscalizo (vereadores), faço de conta que sou gestor (Prefeitura), e vocês (povo) fazem de conta que acreditam, tem de acabar.

A mudança começa agora em outubro deste ano. Vote para mudar, renovar. O que está aí, está comprovado, não funcionou. Faltam trabalho e vontade política de resolver.

Por Salvador Neto, jornalista, master coach em comunicação, editor do Palavra Livre

Médicos Residentes – Udo Döhler volta atrás após forte pressão popular e de entidades

PalavraLivre-udo-dohler-prefeito-saude-cortes-medicos-residentesNa noite desta quarta-feira (10) o Prefeito Udo Döhler voltou atrás na decisão que havia tomado na última sexta (5), de cortar o número de médicos residentes no Hospital Municipal São José de Joinville (SC).

A Prefeitura alegava, ao anunciar os cortes, que teria uma economia de R$ 1,3 milhão ao ano nas finanças do município.

Imediatamente entidades como a Sociedade Joinvilense de Medicina, CDL, Ajorpeme e os próprios residentes fizeram duras críticas e pressão sobre a decisão do governo. A SJM já havia decidido ingressar na justiça contra a medida, por considera-la inconstitucional e altamente prejudicial à saúde da população.

A decisão foi criticada também por opositores e futuros candidatos à Prefeitura como Darci de Matos (PSD), Marco Tebaldi (PSDB), deputados estaduais, e até dentro do seu partido, o PMDB.

Nas redes sociais a repercussão foi altamente negativa, desgastando fortemente a já enfraquecida imagem do governo e do Prefeito.

Fontes da Prefeitura negam que o apelo popular e das entidades foi o fato para o recuo de Udo Döhler, mas sim porque o corte em Joinville, poderia afetar o Programa de Residentes em outras regiões do Brasil.

Da redação do Palavra Livre

Governo Udo Döhler (PMDB) corta 56 vagas de médicos residentes no Hospital São José

PalavraLivre-udo-dohler-sao-jose-corte-saudeNa última sexta-feira (5), a Prefeitura de Joinville divulgou uma portaria informando que suspenderia, por tempo indeterminado, a matrícula de 56 profissionais da saúde residentes no Hospital Municipal São José.

De acordo com a direção do hospital, os médicos que seriam contratados em fevereiro e ingressariam na categoria R1 de residência médica não serão chamados pela unidade, mas as residências que já estão formalizadas com o hospital, denominadas R2 e R3, permanecem inalteradas.

A decisão, de acordo com nota oficial divulgada pela Prefeitura, foi tomada por conta de contenção de gastos — a Prefeitura alega uma economia de R$ 1,3 milhão.

A decisão não agradou a categoria, que se manifestou na tarde de ontem cobrando uma resposta do município. Segundo os residentes, a economia não justifica a não contratação dos profissionais, que oferecem mão de obra qualificada por um preço baixo.

De acordo com a portaria anunciada pela Prefeitura, os 56 profissionais que não serão chamados para o começo de 2016 abrangem as especialidades de anestesiologia, cirurgia da mão, cirurgia geral, clínica médica, medicina intensiva, neurologia, nefrologia, ortopedia, traumatologia e patologia.

Atualmente, 170 médicos residentes atuam no São José em mais de dez especialidades. As 56 contratações elevariam o número para 226 profissionais.

Problema é a reposição
Segundo o Conselho de Medicina, a preocupação não é apenas com a diminuição de profissionais atuando no hospital, mas com a reposição destes profissionais.

O Sindicato dos Servidores públicos de Joinville (Sinsej) também se pronunciou alegando preocupação com a decisão tomada pela direção do Hospital.

— É preocupante que, com problemas constantes na capacidade de atendimento do São José, que geralmente opera com profissionais que precisam trabalhar dobrado para atender a demanda de pacientes, a direção decida suspender a contratação de residentes, que ajudam na prestação de socorro à população. Precisamos de mais pessoas trabalhando no São José, e não menos — disse o vice-presidente do Sinsej, Tarcísio Tomazoni Junior.

As duas entidades devem se pronunciar na próxima semana sobre a decisão da Prefeitura. Nesta sexta, o Conselho de Medicina já se reuniu com residentes.

Paralelamente, o presidente do Hospital São José, Paulo Manoel de Souza, se reuniu com o prefeito Udo Döhler e a secretária da Saúde, Francieli Schultz, para debater o tema das residências no São José.

Com informações do Diário Catarinense

Opinião – Câmara de Vereadores fica devendo mais uma vez à população joinvilense

Câmara de Vereadores vira cartório de homologação da Prefeitura
Câmara de Vereadores vira cartório de homologação da Prefeitura

A Câmara de Vereadores de Joinville ficou devendo mais uma vez para a população joinvilense na composição das comissões técnicas da Casa de Leis. Eu estive lá, vi e ouvi tudo. Acompanhei os acontecimentos.

Ao impedir a presença de não governistas em comissões chave, nega a possibilidade de fiscalização, transparência e abertura ao contraditório em projetos essenciais para a cidade. Uma lástima, uma vergonha.

As exceções chamam a atenção e pedem um olhar bem apurado pelo inusitado: um petista presidindo a Comissão de Urbanismo, lugar antes ocupado pelo maior oposicionista ao governo Udo Döhler (PMDB), Maycon César (PSDB).

Para quem não sabe, nas comissões técnicas é que verdadeiramente se decide se o projeto será ou não aprovado. Simples assim. Em plenário, dificilmente a decisão da comissão é revertida.

Ou seja, temos a LOT que vai impactar profundamente a vida das pessoas na área urbana e fora dela, e rapidamente podem passar e valer, contra o debate intenso que merece.

Outra coisa que a população na vê: nas eleições de 2012 o PSDB foi posto na oposição, mas seus vereadores Mauricio Peixer, Roberto Bisoni e Fabio Dalonso logo se “aliaram” ao governo Udo.

A cooptação do governo Udo causa estragos no ninho tucano, já que a cúpula partidária tinha decidido oficialmente, e fechado questão, da indicação de Odir Nunes ou Maycon César para líder do PSDB. Os tucanos governistas ignoraram. Vem briga de bicudos aí.

Uma Câmara de Vereadores virar cartório de homologações da Prefeitura é derrota do cidadão que paga impostos. Sem independência, há submissão, que pode levar a graves erros contra a população que trabalha e exige atenção às suas demandas.

Mais do que nunca cabe ao eleitor ficar de olho, individualmente, e por suas representações sociais, no que vem por aí nas votações.

Por Salvador Neto, editor do Blog Palavra Livre

E o remédio óooo… nada!

PalavraLivre-udo-dohler-saude-falta-remedios-governo-joinvilleMoça, bom dia! Entregamos a receita com os remédios essenciais à saúde da nossa vovó em suas mãos. Atenolol. Não tem. Enalapril. Não tem. Furosemida. Não tem. Carbonato de cálcio. Não tem. Sinvastatina. Finalmente, esse tinha!

Esse fato ocorreu na manhã desta quarta-feira ensolarada, 20 de janeiro, 1114 dias ou 160 semanas e 6 dias, ou ainda no 37 mês da gestão do “homem da saúde” que dizia “não falta dinheiro, falta é gestão”, na farmácia da Unidade de Saúde do bairro Floresta na dita e cantada em verso e prosa como “a maior, a melhor cidade de Santa Catarina”. Um dia, já foi. E faz tempo.

Antes do atendimento, cordial e interessado da servidora pública da saúde, havia um aviso. Farmácia fechada. Por que fechada? “Porque estamos recebendo remédios, daí… “, resposta de uma servidora. Será que para receber remédios é preciso deixar de entregar remédios? Não, claro. O mistério se desfez, porque na verdade, faltam remédios novamente na rede de saúde pública de Joinville (SC).

Na saída da unidade de saúde, os idosos, pessoas que dedicaram a vida, deram seu suor sagrado no trabalho que ajudou a cidade a chegar até aqui, reclamavam. “Porque não fecham isso? Não serve prá nada, nem remédio tem!”, dizia a senhorinha na rua. E foram várias senhorinhas que precisam destes remédios para evitar que caiam nos hospitais já superlotados, e ainda esperando a grande gestão de Udo Döhler na área.

Outros questionavam: “cadê os vereadores que deviam fiscalizar? Liguei na Câmara, não tem nenhum! Cambada que também não serve para  nada”. Boa pergunta. O que fazem nossos vereadores além de se ajoelhar diante do capitão da indústria, hoje Prefeito?

Mas o essencial, e que esperam-se respostas da Prefeitura de Joinville: porque faltam, novamente, remédios de uso contínuo na rede pública? E quando voltarão a ter? É desumano ver nossos velhinhos neste sol escaldante ir até uma unidade de saúde em um morro, voltar cansados, irritados e sem seus remédios essenciais!

Com a palavra a Prefeitura.

Por Salvador Neto, jornalista, editor do Blog Palavra Livre

Opinião: Com a crise na saúde, o governo Udo Döhler acabou

Palavra-Livre-sandro-schmidt-greve-governo-udoO governo Udo Döhler politica e administrativamente já acabou. Suas principais bandeiras de campanha viraram miragem. Ou pó. Ninguém esquece do bordão, de saúde eu entendo, ou ainda, não falta dinheiro, falta gestão. Tudo, vê-se agora, conversa fiada, eleitoral.

A saúde, está na UTI, com três secretários da saúde, três presidentes do Hospital Municipal São José, tudo isso em pouco mais de dois anos e meio de gestão (?). A inércia foi tamanha que até o Ministério Público de Santa Catarina teve de pedir que a Câmara de Vereadores de Joinville abrisse uma comissão processante… Um exemplo nada louvável não administrar bem a cidade e não cumprir ordens da Justiça.

Uma greve por conta de corte de direitos dos servidores do Zequinha, uma economia ridícula, e pior, que deixa servidores sem a insalubridade que todos sabem ser direito diante da situação que enfrentam diariamente naquele hospital referência.

Nesta semana, na Câmara de Vereadores, finalmente apareceu o governo Udo. Secretários em peso pressionando vereadores, governistas ou não. Estavam aonde até agora? Sim, prezado leitor do Palavra Livre, estavam todos lá pressionando os vereadores para que não aceitem abrir a comissão processante, e tampouco uma CPI.

Importante ressaltar, neste caso de corte dos direitos por economia e dizem, questões legais, só com os salários de alguns secretários, aliás com apenas dois deles, o governo já economiza o tanto que deseja economizar cortando os direitos dos servidores da saúde. Se realmente fossem bons na gestão, deveriam cortar cargos que estão sobrando e não somam para a população.

Vejam, neste caso da greve, quem negocia é o secretário de Comunicação. Ou ele entende muito da área, ou não tem ninguém competente na secretaria da saúde, secretaria de gestão de pessoas, secretaria de governo, presidência do Zequinha, entre outros menos votados ou não ligados ao tema. Penso que aí está mais uma amostra da péssima gestão deste governo.

Finalizando, um adendo para a Câmara de Vereadores de Joinville. Onde estavam esses vereadores, ou a maioria deles, apoiadores do governo? Fecharam os olhos? É prerrogativa deles fiscalizar a administração, e tiveram de ser impelidos, empurrados pelo MP para agirem?

Postura vergonhosa, e também contrária aos anseios da população que deseja a fiscalização e cobrança por mais serviços públicos de qualidade, principalmente na saúde, caso que está encerrando politicamente o governo Udo. Você, eleitor, deve acompanhar de perto o voto e postura de cada um deles neste caso e na fiscalização do governo. É prerrogativa e obrigação dos eleitos pelo voto popular.

Pelas manifestações de vereadores oposicionistas, vê-se porque em quase três anos a administração peemedebista míngua: pitbulls raivosos, disse um sindicalista; teimosia, disse outro. Autoritarismo, assédio, centralização, arrogância, gestão reprovada, eis as marcas da gestão Udo.

Talvez sobre agora ao governo rezar ao seu artífice, Luiz Henrique da Silveira, falecido há três meses, pedindo a proteção política. Creio que ele não ouvirá, como ouviu e apoiou tempos atrás.

Por Salvador Neto, jornalista e editor do Palavra Livre.

** texto originalmente publicado em minha página pessoal no Facebook com quase 200 compartilhamentos, aqui editado. A ilustração do post, com o devido pedido de autorização, é de Sandro Schmidt postado originalmente no site Chuva Ácida.

Secretária da Saúde deixa governo Udo

Em nota da secretaria da Comunicação enviada à imprensa, a Prefeitura de Joinville (SC) informa que a secretária de Saúde, Larissa Grun Brandão do Nascimento, pediu exoneração do cargo, na manhã desta quinta-feira (9), ao prefeito Udo Döhler.

Larissa alegou motivos pessoais para a deixar a função que exerce desde 2014 à frente da pasta. O prefeito aceitou as justificativas e confirmou o desligamento dela da Secretaria da Saúde. A Prefeitura de Joinville estuda quem será o substituto no cargo.

Conforme apuramos com membros do governo e fontes próximas à Secretária, as dificuldades de gerir a pasta com autonomia, a falta de liberação de recursos e decisões praticadas sem consultas à ela foram motivos importantes para a decisão.

A falta de remédios continua nos postos de saúde, o MP cobra soluções e ameaça entrar com ação civil pública, o corte do direito à insalubridade dos servidores do Hospital São José à revelia da Secretária, também pesaram para a decisão.

O prefeito Udo Döhler enfrenta mais um problema agora, diante da saída de Larissa Brandão, a escolha de um substituto que tenha força política suficiente para encarar os últimos 17 meses de governo. E, dizem fontes próximas ao gabinete do Prefeito, que aceite interferências pontuais. Complicado.

Da redação

Greve à vista? Conselheiros dos servidores municipais de Joinville (SC) indicam rejeição da proposta da Prefeitura

O Conselho de Representantes por Local de Trabalho dos servidores de Joinville reuniu-se na segunda-feira (18/5). Por unanimidade, a resposta da Prefeitura à Pauta de Reivindicações da categoria foi considerada absurda e inaceitável.

Após quatro reuniões de negociação, o prefeito Udo Döhler anunciou na tarde de ontem que pretende conceder o reajuste da inflação, de 8,34%, divididos em oito vezes, nas folhas de pagamento de maio a dezembro. Uma nova reunião entre sindicato e governo foi agendada para a manhã de 28 de maio.

Além deste item, ele apresentou apenas mais quatro propostas, que o Sinsej ainda não havia divulgado em seus meios de comunicação porque aguardava o envio de um documento oficial pela Prefeitura, o que até o momento não aconteceu:

1. Dispensa do registro do ponto biométrico na intrajornada dos Agentes Comunitários de Saúde – reivindicação específica do setor, que não constava na Pauta de Reivindicações da categoria.

2. Extensão da gratificação de alta complexidade ao setor de oncologia do Hospital Municipal São José – o item 9 das cláusulas econômicas da Pauta pedia a extensão a todos os servidores do hospital.

3. Fim da hora-termo no Magistério – reivindicação acordada em campanha salarial anterior que ainda não foi atendida pela Prefeitura.

4. Regulamentação do gozo da licença-prêmio em até seis meses após o requerimento – reivindicação acordada em campanha salarial anterior que ainda não foi atendida pela Prefeitura.

Orientação do Conselho
Os representantes da categoria sugerem aos servidores a rejeição da proposta da Prefeitura e a deflagração de Estado de Greve. Além disso, propõem a realização de uma nova assembleia no dia 29 de maio, às 9 horas, em frente à Prefeitura, para avaliação de uma possível nova proposta, que poderá ser apresentada pelo governo na reunião do dia 28.

A decisão final da categoria sobre a resposta da Prefeitura e os próximos passos da Campanha Salarial será definida na assembleia desta quarta-feira (20/5). Todos os servidores foram convidados a estarem presentes, na Câmara de Vereadores, às 19 horas.

Da Ass. Imprensa do Sinsej

Sinsej reage às declarações do Prefeito Udo Döhler de “chance nula” para aumentos aos servidores

Com o título “Construir ou “queimar” as pontes?”, o Sindicato dos Servidores Públicos de Joinville e Região (Sinsej) reagiu à entrevista do prefeito de Joinville (SC), Udo Döhler, a um diário da maior cidade catarinense de que a concessão de aumentos salariais aos servidores públicos não seria possível este ano. Ele usou a palavra “nula” para qualificar as chances de aumentos.

Ulrich Beathalter, presidente do Sinsej, enviou o texto que segue abaixo, o que prenuncia dias para lá de nebulosos ao governo Udo, que não tem conseguido agradar nem a gregos, nem a troianos. Leia o texto do Sindicato:

Estampada na capa de jornal na data de hoje (12/6) está a declaração do prefeito Udo Döhler (PMDB) de que não há “margem para reajuste salarial”. Para ser mais preciso, o subtítulo da chamada diz que “a chance de conceder aumento aos 12 mil servidores neste ano é nula”. Estratégia da gestão para a Campanha Salarial deste ano ou mais uma trapalhada homérica da gestão municipal?

O próprio colunista Claudio Loetz reflete que “‘queimar pontes’, agora, impedirá acordos satisfatórios”. É uma reflexão justa e necessária. Ao longo dos últimos anos, a Prefeitura sempre acusa seus servidores e o sindicato da categoria de ser inflexíveis. Mas o que pretende o governo com uma declaração como essa, a três meses da data-base?

Mais uma vez, a gestão do prefeito Udo Döhler se enrola num mar de contradições. Investiu pesado numa imagem de governo que dialoga, que ouve os anseios populares. Para se eleger, classificou o servidor público de “protagonista da gestão”. Incansáveis vezes, repetiu discursos de valorização dos servidores. Na vida real, não recebe o sindicato da categoria desde setembro do ano passado e mantém vários acordos das campanhas salariais anteriores sem aplicação.

Para piorar, em dois dias seguidos as capas dos jornais retratam mensagens diretas aos servidores, sem que em momento algum o governo tenha dialogado ou ouvido o conjunto da categoria. Na data de ontem, foi o anúncio de fusão e transformação de fundações em secretarias. Só a Secretaria de Educação incorporaria a Fundação de Esportes, a Fundação Cultural e o Turismo. Aparentemente, o Prefeito Udo Döhler quer transferir Arte, Esportes e Turismo para o financiamento da Educação, o Fundeb. Se já temos problemas imensos na rede regular de ensino, imagina com a absorção de mais custos.

Mas o comunicado mais irresponsável foi o de hoje. Sem qualquer dado concreto, baseando-se em suposta “dura realidade macroeconômica”, o prefeito anuncia de forma muito precipitada que não reajustará os salários dos servidores. Num ano em que a inflação tende a galopar, com todo o aumento das tarifas públicas e dos preços em geral, Udo Döhler antecipa que seus subordinados não poderão nem recompor seu poder de compra. Uma provocação insana, que somente consegue irritar os trabalhadores. Distante demais da intenção de “valorizar os protagonistas da gestão”.

Essa afirmação do prefeito contraria toda a lógica de sua propaganda. Udo Döhler encerrou o ano de 2014 gabando-se das contas do município, do feito de pagar as dívidas e estabilizar a vida econômica da Prefeitura. Menos de dois meses depois, na hora de começar a pensar em valorizar os servidores, o discurso muda completamente. Vale registrar que, de fato, as contas da Prefeitura vão de vento em popa. Há muitos anos o comprometimento da folha em relação à receita não está tão baixo. Depois dos picos de 50% no governo Carlito, baixou para a casa dos 46% na gestão Udo.

Se o recente anúncio do Prefeito é parte de sua estratégia para as negociações deste ano, Udo Döhler comete um erro colossal. Ao invés de amedrontar os servidores, consegue apenas irritar mais ainda uma categoria que já pena com muitos ataques e falta de cumprimento de promessas. Se foi mais um “deslize” da sua comunicação, esperamos que a divulgação seja corrigida.

Ulrich Beathalter, presidente do Sinsej”