Libras: Fundamas oferece curso a partir de novembro

A Fundação Municipal Albano Schmidt (Fundamas) de Joinville (SC) está com inscrições abertas para o curso gratuito de Linguagem Brasileira de Sinais (Libras). O módulo, que inicia em 20 de novembro, terá 40 horas aula, com término em junho de 2015 e será realizado todas as quintas-feiras, das 19h30 às 22 horas, na sede da Casa Brasil Sul, no bairro João Costa. O curso é básico e se destina a pessoas iniciantes na linguagem.

O município tem mais de 23 mil pessoas surdas, mas poucos conhecem a língua dos sinais. “Os surdos são como estrangeiros dentro do próprio país e para mudar esta realidade precisamos realizar ações de aprendizado como essa”, comenta a coordenadora da Fundamas e professora de Libras, Ruth de Souza.

Para se inscrever no curso, o aluno deve ter idade mínima de 16 anos e comparecer na sede da Casa Brasil Sul, localizada na rua Júlio Teixeira Delmônego, nº 120, bairro João Costa, das 8 às 17 horas. Mais informações também podem ser obtidas pelo telefone 3466-2436.

Joinville também sedia um polo da Universidade Federal de Santa Catarina com 30 alunos cursando bacharelado e mais 30 em licenciatura em Libras.

Pessoas com deficiência: demissão só se houver contratação de outro para o cargo

deficientes-mercado-de-trabalhoA demissão de pessoa com deficiência contratada pelo sistema de cotas só pode ocorrer se houver contratação de substituto, também deficiente, para o mesmo cargo. Com base nesse entendimento, a Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST), por maioria de votos, determinou a reintegração ao emprego de uma trabalhadora demitida pelo Banco Santander em 2008.

O banco foi condenado, ainda, ao pagamento dos salários vencidos e vincendos, vantagens correspondentes, além dos benefícios a que a trabalhadora teria direito se estivesse em atividade.

A bancária, vítima de amputação traumática, trabalhou de fevereiro de 2006 a outubro de 2008, quando foi demitida recorreu à Justiça do Trabalho, pedindo a reinteração ao emprego, alegando que o funcionário contratado para preencher a vaga não ocupava o mesmo cargo. Depois de ter seu pedido negado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2º Região (SP), a trabalhadora recorreu ao TST.

O ministro Lélio Bentes Corrêa, relator do processo, considerou que a contratação de outro empregado em cargo distinto daquele que ocupava o empregado demitido não justifica a demissão da pessoa com deficiência nem atende à condição imposta no parágrafo 1º do artigo 93 da Lei 8.213/91 para validar a dispensa.

De acordo com a lei, empresas com 100 ou mais empregados estão obrigadas a preencher de 2% a 5% dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas com deficiência, habilitadas, e a dispensa imotivada só poderá ocorrer após a contratação de substituto de condição semelhante.

Apontando decisão precedente da Quarta Turma do TST, o relator afirmou que a demissão de um trabalhador com deficiência só pode se produzir mediante a contratação de substituto, para o mesmo cargo. “Do contrário, estaríamos facultando às empresas uma via transversa para dispensar trabalhadores com deficiência que já houvessem galgado postos de maior hierarquia, mediante a contratação de outros empregados em setores menos relevantes ou com responsabilidades subalternas”, afirmou.

O advogado do Banco Santander alegou não ter havido discriminação com o trabalhador. Segundo ele, a lei não proíbe a demissão da pessoa com deficiencia física, mas sim que haja o desligamento de um trabalhador deficiente físico sem a contratação de outro. Segundo o advogado, não é possível afirmar que a reclamante foi demitida de um cargo maior ou com maiores benefícios do que o daquele trabalhador que foi contratado em lugar dela. De acordo com a defesa do Banco Santander, o que houve foi a presunção de que este trabalhador estaria em cargo inferior apenas por ser  deficiente físico.

O ministro Lélio Bentes destacou que sua interpretação da disposição legal não era meramente literal, mas levava em conta a finalidade social da norma, que é assegurar a inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho com possibilidade de crescimento na hierarquia da empresa.

“A se admitir que essa restrição quanto à contratação de substituto de condição semelhante refira-se apenas ao valor numérico da cota, há sim, uma possibilidade bastante factível de se restringir o alcance da norma no que diz respeito à garantia de progressão funcional desses trabalhadores. Estou absolutamente convencido de que o alcance social da norma só é plenamente atingido, mediante a observância estrita dessa garantia nos termos ditados pelo dispositivo legal”, concluiu o ministro.

Do TST

Pessoas são diferentes, mas oportunidades têm de ser as mesmas, diz Dilma

A presidenta da República, Dilma Rousseff, disse hoje (4) que as deficiências não podem ser limitadoras do desenvolvimento das pessoas. Segundo ela, o governo tem que oferecer oportunidades iguais a todos os cidadãos.

“As pessoas são diferentes umas das outras, mas as oportunidades têm que ser as mesmas. E as condições também têm que estar adequadas a essas oportunidades”, disse Dilma, durante a 3ª Conferência dos Direitos da Pessoa com Deficiência, acrescentando que o governo deve criar instrumentos para reduzir os obstáculos no cotidiano dessas pessoas.

A presidenta ressaltou os resultados dos atletas paraolímpicos como uma inspiração para toda a população. “Eles são grandes exemplos para nós pela sua determinação em superar obstáculos, pela sua disciplina e pela persistência por melhores resultados. Quando eles querem, eles teimam e conseguem.”

Durante seu discurso, Dilma chegou a ser vaiada quando usou o termo “portador de deficiência”, mas se corrigiu logo em seguida e foi aplaudida pela plateia. “Desculpa, é pessoa com deficiência. Portador não é muito humano, pessoa é.”

No início de seu discurso, após cantar o Hino Nacional, Dilma disse que é comovente ver o hino “cantado” em libras.

Alguns cartazes foram levantados durante o discurso pedindo “Educação inclusiva pra valer!” e “Escola bilíngue para surdos”. Dilma respondeu dizendo que a educação inclusiva é fundamental e que o governo se comprometeu a investir R$ 7,6 bilhões nas áreas de educação, saúde, acessibilidade e trabalho para pessoas com deficiência.

“O nosso compromisso é garantir cidadania plena e autonomia aos brasileiros com deficiência, sua inserção completa na sociedade”, disse a presidenta, acrescentando que é pelas oportunidades e pela qualidade de vida dessas pessoas com deficiência que se medirá o grau de civilização que o país atingiu.

Da Ag. Brasil

Mulheres negras são maioria entre jovens que não trabalham e nem estudam

Mulheres pretas, pardas e indígenas são a maioria entre os 5,3 milhões de jovens de 18 a 25 anos que não trabalham nem estudam no país, a chamada “geração nem nem”. Cruzamento de dados inédito feito pelo Instituto de Estudos Sociais e Políticos (Iesp) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), a pedido da Agência Brasil, revela que elas somam 2,2 milhões, ou seja, 41,5% desse grupo. Do total de jovens brasileiros nessa faixa etária (27,3 milhões), as negras e indígenas representam 8% – enquanto as brancas na mesma situação chegam a 5% (1,3 milhão).

Para o coordenador do levantamento, Adalberto Cardoso, que fez a pesquisa com base nos dados do Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), várias razões explicam o abandono da educação formal e do mercado de trabalho por jovens. Entre elas, o casamento e a necessidade de começar a trabalhar cedo para sustentar a família. Cerca de 70% dos jovens “nem nem” estão entre os 40% mais pobres do país. A gravidez precoce é o principal motivo do abandono, uma vez que mais da metade das jovens nessa situação têm filhos.


É o caso de Elma Luiza Celestina, 24 anos, moradora da Estrutural, na periferia de Brasília. A jovem deixou de estudar aos 16 anos, com o nascimento do primeiro filho. Ela continuou frequentando as aulas até terminar o 6o ano do ensino fundamental, mas engravidou novamente meses depois. Com isso, precisou adiar a volta às salas de aula. Desde então, dedica-se quase exclusivamente aos filhos, conseguindo, raramente, alguns bicos como faxineira. Há sete meses, no entanto, quando o terceiro filho nasceu, não assume nenhum compromisso profissional e vive com dificuldade financeira.

“Como só tenho o 6º ano, não conseguia coisa muito boa, que ganhasse um bom dinheiro. Era mais para fazer faxina mesmo. Mas, agora, não tenho como [trabalhar]. Com três filhos é difícil sair para fazer qualquer coisa.”

Elma vive apenas com a ajuda da mãe, 57 anos, para sustentar as três crianças. Os dois ex-maridos estão presos e não podem reforçar a renda da casa. “O problema é que agora ela [minha mãe] também não está podendo trabalhar, porque está com problema no joelho. E, sem a ajuda dos pais das crianças, está bem difícil”, conta a jovem que não consegue fazer planos para o futuro.

“Se eu quiser coisa melhor, tenho que voltar a estudar, mas não sei se vou conseguir, porque com esses filhos todos como vou fazer?”, disse. Ela acredita que engravidou cedo por falta de orientação familiar. “Minha mãe não sabe nem escrever, não tinha como me orientar. Eu acabei engravidando, não me cuidei e engravidei de novo.”

A gravidez na adolescência também levou Lucineide Apolinário a abandonar os estudos. Aos 25 anos, a moradora da Estrutural está grávida do quarto filho e, sem ter com quem deixar as crianças, desistiu de trabalhar. O atual marido, que é pai apenas do bebê que ainda vai nascer, é ajudante de obras e, mesmo sem ter emprego fixo, assume sozinho as despesas da casa. O primeiro marido morreu há cerca de dois anos. A jovem cursou até a 7º ano do ensino fundamental e lamenta o casamento e a gravidez precoces.

“Parei de estudar por causa das crianças. Casei aos 15 anos, arrumei filho muito cedo e veio um atrás do outro. Estava apaixonada, era ilusão de adolescente. O problema é que sobra muito para a mulher. A gente tem que se dividir em mil para dar conta dos filhos e da casa e não consegue pensar na gente”, diz.

Enquanto se prepara para dar à luz a mais um menino nos próximos dias, Lucineide diz que sonha em retomar os estudos “algum dia”. Ela espera que os filhos tenham uma história diferente da sua.

“Ainda vai demorar um pouco, mas algum dia eu volto a estudar. Para conseguir um emprego melhor tem que estar pelo menos no 1º ano [do ensino médio] e eu quero voltar a trabalhar para poder dar um futuro melhor para os meus filhos, uma história bem diferente da minha”, diz.

Moradora do Morro do Juramento, na zona norte do Rio de Janeiro, Jéssica Regina Martelo, 22 anos, parou de estudar no 6º ano, quando passou a achar a escola menos interessante do que a vida real. A jovem conta que “era chato” ir à escola e que preferia ficar com as amigas. Órfã de pai e mãe, ela foi criada pelas irmãs e teve a primeira filha aos 17 anos. Envolvido com o tráfico, o companheiro morreu assassinado logo depois do nascimento da menina. Como não pôde contar com o apoio do pai da criança, acabou tendo que trabalhar para se sustentar.

Aos 19 anos, Jéssica teve a segunda filha, da união com Jony Felipe Coli, 24 anos, que também não estuda e já tinha dois filhos ao conhecê-la. Ele também não tem emprego formal tampouco estuda, embora cuide dos filhos do relacionamento anterior e que agora fazem parte da nova família. Para sustentar a casa, Jéssica faz bico. “Prefiro ser manicure por conta própria porque tenho mais tempo para cuidar das meninas e o dinheiro fica comigo e com elas, não com o salão.”

Além da gravidez, outro fator de peso para o abandono da escola, segundo o pesquisador da Uerj, é a falta de perspectiva de vida de jovens pretos, pardos e indígenas, maioria nas escolas públicas, em geral, de menor qualidade. Ele acredita que o estímulo à educação é fundamental para mudar a realidade desse grupo.

“Uma coisa perversa no sistema educacional do Brasil é o fato de pessoas deixarem a escola porque não têm a perspectiva de chegar ao ensino superior”, diz. “As ações afirmativas são importantes por isso. Têm o efeito de alimentar aspirações de pessoas que viam a universidade como uma barreira, mas que vão se sentir estimuladas a permanecer no ensino”, destaca.

Ao analisar os dados do levantamento, a professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Rosângela Araújo diz que é preciso entender o que está por trás do comportamento das meninas. “Não é falta de informação. Tenho certeza de que a maioria conhece um preservativo. Mas tem uma questão da mudança de status, de menina para mulher. Elas podem não ver [o abandono escolar] como um passo atrás, mas no futuro, pode pesar.”

Segundo o levantamento, embora a taxa de jovens da “geração nem nem” no Brasil seja considerada alta (19,5% do total de pessoas de 18 a 25 anos), o índice não está distante do verificado em países com características demográficas semelhantes onde é comum que a mulher deixe de trabalhar e estudar para se casar. É o caso da Turquia e do México, segundo estudos da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), citados pelo pesquisador da Uerj.

A pesquisa também identificou entre os “nem nem” jovens com deficiência física grave e os que saíram da faculdade, mas ainda não estão empregados. Os dados completos constam do estudo Juventude, Desigualdade e o Futuro do Rio de Janeiro, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e deve ter um capítulo publicado em 2013.

Ag. Brasil

Governo Federal titulou apenas uma terra quilombola em 2012

Atualmente, somente 193 quilombolas contam com suas terras tituladas, o que representa 6% das 3.000 comunidades que se estima existirem no Brasil. Em meio às comemorações por conta do feriado da consciência negra, são poucos os avanços na garantia dos direitos das comunidades remanescentes de quilombos, principalmente, relacionados à garantia do território.

Essa é uma das conclusões da Comissão Pró-Índio de São Paulo (CPI-SP) que divulga um balanço do ano de 2012. Os dados demonstram que este ano não foi diferente de 2011: apenas uma terra quilombola foi titulada pelo governo de Dilma Rousseff, até outubro. A comunidade que recebeu o título foi o Quilombo Chácara de Buriti (MS), composta por 19 famílias. Já os governos estaduais titularam nenhuma terra quilombola em 2012.

Atualmente, somente 193 quilombolas contam com suas terras tituladas, o que representa 6% das 3.000 comunidades que se estima existirem no Brasil. Mais de mil processos estão abertos no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) aguardando a titulação.

Processos
Em 2012, manteve-se o ritmo lento na condução dos mais de mil processos abertos no Incra. Até outubro de 2012 foram publicadas 4 Portarias de Reconhecimento pelo Presidente do Incra e 7 relatórios técnicos de identificação e delimitação (RTID). Os números estão bem abaixo do que os do ano anterior. Em 2011, foram publicados 10 Portarias e 21 RTIDs, além de um Decreto de Desapropriação, da comunidade Brejo dos Crioulos (MG).

A demora na titulação deixa as comunidades quilombolas em situação de vulnerabilidade sem garantia de que poderão permanecer em seus territórios e, em muitos casos, ameaçadas de expulsão. Um caso que teve bastante repercussão este ano foi o de Rio dos Macacos, comunidade quilombola localizada em Simões Filho (BA). Uma parte da área onde vivem as famílias foi doada para a Marinha, que briga judicialmente para que os quilombolas sejam retirados do local. O Incra abriu processo de titulação em 2011 e chegou a produzir o RTID que identificou as terras de ocupação da comunidade. Contudo, o documento não foi publicado oficialmente. A União propôs que as famílias fossem transferidas para outro local, com área de 23 hectares, menor do que os 300 hectares considerados como pertencentes à comunidade no RTID. A comunidade rejeitou a proposta. E o impasse permanece.

Uma novidade que foi colocada em prática pelo Incra este ano é a concessão real de uso coletivo para as terras quilombolas. A medida, prevista na Instrução Normativa do Incra n°57 de 2009, beneficiou as comunidades quilombolas de Cafundó (SP) e Invernada dos Negros (SC). A concessão permite que as comunidades ocupem e utilizem economicamente terras consideradas como pertencentes aos quilombolas, antes que o processo de titulação chegue ao fim. Vale destacar que a concessão não é o título de propriedade e que o processo para a titulação deve continuar.

Dívidas Milionárias pela cobrança do ITR

Após ser acionada na Justiça para pagar o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) no valor de R$ 15 milhões, a Associação de Quilombos Ilhas de Abaetetuba (Arquia) teve a cobrança suspensa pelo o juiz Flávio Marcelo Sérvio Borges deferiu pedido de tutela antecipada, em maio de 2012. Além disso, as famílias não poderão ser cobradas dos impostos não pagos após 2006. Esta ainda não é a decisão definitiva do caso, mas já permite que a associação tire a Certidão Negativa da Receita Federal e tenha acesso a programas do governo federal que exigem que a associação não seja inadimplente.

A defesa da Arquia na Justiça está sendo realizada pelo escritório de advocacia Bichara, Barata, Costa & Rocha Advogados sem custo nenhum para os quilombolas. Esta parceria foi viabilizada pela Comissão Pró-Índio de São Paulo. É importante destacar que outras comunidades estão sendo acionadas na Justiça para pagar o ITR.

Regulamentação da Convenção 169

O ano de 2012 foi marcado também pela decisão do governo federal de regulamentar os procedimentos para a consulta prévia aos índios, quilombolas e populações tradicionais garantida pela Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho. Em janeiro, foi criado um Grupo de Trabalho Interministerial (GTI) com essa atribuição e durante o primeiro semestre foram realizadas reuniões com representações indígenas, quilombolas e das populações tradicionais e da sociedade civil. A programação de reuniões informativas acordadas para o segundo semestre de 2012 acabou não sendo colocada em prática.

A Comissão Pró-Índio de São Paulo considera que a iniciativa do governo brasileiro de propor a regulamentação dos procedimentos de consulta prévia deve ser vista com cautela. A Sociedade precisará estar mobilizada para garantir uma regulamentação que assegure a plena eficácia ao direito de consulta e não implique em restrições de direitos.

O desrespeito ao direito de consulta pelo Estado brasileiro é reconhecido no relatório do Comitê de Peritos na Aplicação das Convenções e Recomendações da OIT divulgado em 2012. O relatório chama a atenção para a falta de consulta, por exemplo, em relação à instalação e expansão do Centro de Lançamentos de Alcântara e do Centro Espacial de Alcântara no território das comunidades quilombolas do município de Alcântara (MA).

Do Brasil de Fato

Negros já somam 52% da classe média brasileira

Negros, trabalhadores com ensino fundamental incompleto ou sem escolaridade e trabalhadores do setor formal foram os brasileiros que mais contribuíram para aumentar o número de pessoas na chamada “classe média” do país – brasileiros em famílias com renda entre R$ 291 e R$ 1.019 por pessoa, em 2012.

A definição, adotada pelo governo para indicar a população no estamento médio de renda do país, pouco tem a ver com o conceito sociológico de “classe média”, tradicionalmente ligado aos chamados trabalhadores de “colarinho branco” e nível médio de instrução. Nessa classe média, 64% tem, no máximo, ensino fundamental completo. De cada cem novos integrantes nos últimos dez anos, 64 não completaram o ensino fundamental.

O novo perfil da classe média brasileira à qual se agregaram quase 40 milhões de pessoas nos últimos dez anos será divulgado na segunda-feira pelo ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Wellington Moreira Franco, em um fórum promovido para discutir o tema. O estudo da SAE, atualizado com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) de 2011, estima que a classe média representa, hoje, 52% da população brasileira (e não 53%, como se previu no início do ano) e cresceu, nos últimos dez anos, principalmente com o aumento de renda da população negra: de cada cem novos entrantes na classe média, 75 eram negros.

Os autores do estudo da SAE reconhecem ser polêmica a escolha do intervalo entre R$ 291 e R$ 1.019 per capita para definir a classe média, embora útil para verificar as mudanças no nível e na desigualdade de renda no Brasil. Argumentam, porém, que apenas 18% da população mundial ganha acima desse limite, e 54% estão abaixo do limite inferior de R$ 291. Por esse critério, é da classe alta uma família de quatro pessoas em que pai e mãe ganham juntos, R$ 4.077. O critério é reconhecido pela Organização pela Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que, no entanto, considera frágil a situação econômica dessa classe média emergente.

A SAE constatou que 28% da população, cerca de 50 milhões de pessoas, estão na classe baixa. O estudo mostra que, se o crescimento de renda tivesse ocorrido de maneira homogênea, sem mudar a distribuição de renda, o aumento da classe média teria sido menor. Cerca de dois terços do aumento da classe média nos últimos dez anos se deu, principalmente, pela redução da desigualdade de renda no país.

As regiões com maior número de pessoas que ascenderam à classe média foram o Sudeste (36% dos entrantes) e o Nordeste (34%), que concentram a maior parte da população nacional.

A maior transformação se deu, porém, nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste, o que, para a SAE, reduziu a disparidade regional no país. O Nordeste, que tinha apenas 22% de sua população na classe média, passou a ter 42%. O Norte passou de 31% a 48% e o Centro-Oeste, de 40% a 57%. O Sul, embora tenha sido a região com a menor expansão de percentual nessa faixa de renda (apenas nove pontos percentuais) é a região com maior proporção de pessoas na classe média, 58%.

Para a SAE, esse contingente da população agora reflete mais fielmente a heterogeneidade da sociedade nacional, ao reunir, por exemplo grande parcela de pessoas com ensino fundamental completo e também de analfabetos funcionais. Aumentou bastante o número de pessoas de classe média entre os trabalhadores informais: eram 38% em 2011; são 52% em 2012. Evolução quase idêntica ocorreu entre os inativos: em 2002, 38% eram dessa faixa de renda; hoje são 51%. No total de pessoas de classe média, porém, os trabalhadores formais são maioria: 58% da população ocupada nessa faixa de renda.

Com a entrada maciça de pessoas negras na classe média, os negros passaram de 38% desse segmento em 2002 para 52% em 2012. Vendo essa mudança por outro ângulo, os especialistas da SAE apontam que não só aumentou o número de negros na classe média como aumentou o número de pessoas de classe média entre os negros. Em 2002, as pessoas de classe média eram 31% da população negra; em 2012, essa proporção está em 52%.

A SAE constatou que, enquanto o número de pessoas de classe média aumentou para a maioria das atividades econômicas, ele se reduziu nos setores de administração pública e de educação, saúde e serviços sociais. Essa queda se deveu, porém, à elevação de renda nesses setores: o percentual de pessoas da classe alta na administração pública subiu de 33% em 2002 para 46% em 2012, e no setor de educação, saúde e serviços sociais aumentou de 35% para 48%. Em ambos os setores, caiu o percentual de pertencentes à classe baixa, com menos de R$ 291 de renda mensal por pessoa da família.

Do Valor Econômico via CNM-CUT

Carteira escolar para cadeirantes inclui com ergonomia

Engenheiros da UNESP, em Ilha Solteira, criaram um novo modelo de carteira escolar para cadeirantes. O móvel ergonômico permite não apenas ajuste de altura, como os similares disponíveis no mercado, mas também a regulagem da inclinação do tampo do móvel, em três posições. E o tampo tem uma parte substituível, permitindo o uso do produto por pessoas de diferentes idades e tamanhos.

Com estrutura em aço tubular, a carteira possibilita variação de altura entre 70 cm e 1,20 m, um movimento mais amplo do que nos móveis similares, cuja amplitude de movimento fica entre 60 e 90 cm. Outra novidade é que a parte traseira da base de sustentação do móvel é alargada num ângulo de 70°, para facilitar a movimentação da cadeira de rodas.

Colaboração com a APAE
“Com a carteira, a aproximação dos cadeirantes na mesa para o estudo e realização de outras atividades na vida diária foi facilitada de forma a obter uma boa acomodação com conforto e segurança,” explicou Antônio de Pádua Lima Filho, coordenador do grupo.

Lima Filho ressalta que o projeto teve a colaboração da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Ilha Solteira. Nessa parceria, os deficientes deram sugestões e testaram a funcionalidade e eficiência dos equipamentos.

O preço de cada móvel produzido pela equipe foi de cerca de R$ 400,00, superior ao valor médio dos produtos equivalentes comercializados (R$ 228,00). No entanto, segundo o engenheiro mecânico, as qualidades da nova carteira compensam essa diferença.

Triciclo e suporte
Outro projeto do grupo é um triciclo de baixo custo baseado na reciclagem de quadros de bicicleta doados pela Guarda Municipal de Ilha Solteira. A equipe agora está desenvolvendo um equipamento para auxiliar a marcha na posição ereta. O produto pretende contemplar tanto paraplégicos, como idosos e pessoas com dificuldade de locomoção.

Do Inovação Tecnológica

APAE Joinville promove o “Arraiá da Apae” no sábado (14/7), participe!

A APAE de Joinville promove no próximo sábado, dia 14 de julho, o seu Arraiá da Apae a partir das 9 horas até 22 horas. O local do evento beneficente é a própria sede da entidade social localizada na rua José Elias Giuliari, 111 no bairro Boa Vista.

A família APAE preparou uma grande festa para a comunidade participar com varias atrações e brincadeiras, gastronomia, bebidas, danças, jogos, muita música etc., cujo objetivo primordial é angariar recursos para manutenção da Instituição.

No mês de abril a APAE de Joinville completou 47 anos de fundação, com uma história maravilhosa de amor ao próximo, e com serviços prestados que deixam um legado inestimável para a maior cidade catarinense e toda a região norte, onde atua.

Ao participar de um evento da entidade, você está ajudando a promover a inclusão social de pessoas com deficiência, apoiando solidariamente o trabalho meritório de vários profissionais e voluntários. Anote na agenda, sábado, 14 de julho, a partir das 9 horas vá ao Arraiá da APAE.

Ajude a APAE Joinville e participe do Jantar Dançante nesta sexta-feira (27/4)

A APAE de Joinville completou neste mês 47 anos de fundação, com uma história maravilhosa de amor ao próximo, e com serviços prestados que deixam um legado inestimável para a maior cidade catarinense e toda a região norte, onde atua. Para marcar a data festiva a diretoria da entidade vai realizar no dia 27 de abril próximo (sexta-feira), a partir das 21 horas na Sociedade Gloria, o 2º. Jantar Dançante com a música de Junio e Júlio e da Pop Band, garantias de uma noite festiva, alegre e para todas as famílias.

Os ingressos custarão R$ 100,00 o casal – jantar e baile – e a arrecadação servirá para ajudar a manter os serviços inestimáveis prestados pela APAE a cerca de 350 pessoas com deficiência da maior cidade do estado e região. Para garantir o lugar nessa grande festa beneficente as pessoas podem ligar para o fone 3431.7400 e reservar os ingressos, ou ainda comparecer na sede da entidade localizada na rua José Elias Giuliari, 111 no bairro Boa Vista, aproveitando para conhecer o grande trabalho lá realizado há 47 anos.

APAE Joinville completa 47 anos de um trabalho solidário à milhares de pessoas

A APAE de Joinville completa hoje 47 anos de fundação, com uma história maravilhosa de amor ao próximo, e com serviços prestados que deixam um legado inestimável para a maior cidade catarinense e toda a região norte, onde atua. Para marcar a data festiva a diretoria da entidade vai realizar no dia 27 de abril próximo (sexta-feira), a partir das 21 horas na Sociedade Gloria, o 2º. Jantar Dançante com a música de Junio e Júlio e da Pop Band, garantias de uma noite festiva, alegre e para todas as famílias. Os ingressos custarão R$ 150,00 o casal – jantar e baile – e a arrecadação servirá para ajudar a manter os serviços inestimáveis prestados pela APAE a cerca de 350 pessoas com deficiência da maior cidade do estado e região.

Para garantir o lugar nessa grande festa beneficente as pessoas podem ligar para o fone 3431.7400 e reservar os ingressos, ou ainda comparecer na sede da entidade localizada na rua José Elias Giuliari, 111 no bairro Boa Vista, aproveitando para conhecer o grande trabalho lá realizado há 47 anos. Pela divulgação e apoio da mídia e imprensa em geral, agradecemos antecipadamente. A APAE também planeja para esse ano outros eventos beneficentes para garantir a manutenção dos milhares de atendimentos à população.