Bullying – Câmara aprova programa para combater a prática no país

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quinta-feira (15), proposta que cria o Programa de Combate à Intimidação Sistemática, com o objetivo de prevenir e combater a prática de bullying em todo o território nacional.

O texto define intimidação sistemática (bullying) como todo ato de violência, física ou psicológica, intencional e repetitiva, que ocorre sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angústia.

A redação aprovada, que vai à sanção presidencial, determina que estabelecimentos de ensino, clubes e agremiações recreativas criem medidas de conscientização, prevenção e combate à violência e à intimidação sistemática (bullying).

Agressores

A proposta, no entanto, não prevê punição aos agressores, mas sim privilegia mecanismos e instrumentos alternativos que promovam a efetiva responsabilização e a mudança de comportamento hostil.

Além disso, prevê a adoção de medidas para evitar e combater obullying praticado por alunos, professores e outros profissionais integrantes de escola e de comunidade escolar.

Os deputados decidiram rejeitar o substitutivo do Senado e mantiveram o texto aprovado anteriormente pela Câmara, por entenderem que ele é mais amplo.

A redação final aprovada na Câmara é de autoria do deputado Efraim Filho (DEM-PB), em substituição aos projetos de lei 5369/09, do deputado Vieira da Cunha (PDT-RS); 6481/09, do ex-deputado Maurício Rands; e 6725/10, do ex-deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE).

Para o deputado Lincoln Portela (PR-MG), a aprovação do programa vem em boa hora, uma vez que o assédio moral ainda não está tipificado no Código Penal. Portela ainda sugeriu que os trotes universitários fossem considerados bullying, mas a ideia não avançou em Plenário.

A líder do PCdoB, deputada Jandira Feghali (RJ), optou pelo texto da Câmara seguindo orientação da Comissão de Educação. “O conceito de bullying previsto no substitutivo do Senado é melhor, mas o texto da Câmara é mais abrangente”, justificou.

Texto do Senado

Enquanto a proposta original da Câmara não restringe as providências ao âmbito escolar, aplicando-se a outros ambientes, como o de trabalho, o texto do Senado foca apenas no ambiente escolar. Outra alteração do Senado exclui a expressão “sem motivação evidente”.

Favorável ao texto da Câmara, o deputado Moroni Torgan (DEM-CE) defendeu a manutenção da expressão. “Se tivesse motivação evidente, já teria outro enquadramento, que não bullying. Portanto, tem que ser sem motivação”, disse.

O texto da Câmara define que a prática de bullying é caracterizada por intimidação, humilhação, discriminação, ataques físicos, insultos pessoais, comentários sistemáticos e apelidos pejorativos, ameaças por quaisquer meios, expressões preconceituosas, entre outras atitudes.

Na internet, o bullying se caracteriza pelo uso de instrumentos próprios para depreciar, incitar a violência, adulterar fotos e dados pessoais com o objetivo de criar constrangimento psicossocial. Essa parte havia sido suprimida pelo Senado.

ÍNTEGRA DA PROPOSTA: PL-5369/2009PL-6481/2009PL-6725/2010.

Com informações da Ag. Câmara

Advogado se retrata diante dos jornalistas brasileiros

Em mensagem encaminhada nesta terça-feira (9/10) ao presidente da FENAJ, Celso Schröder, o advogado Sebastião Ferreira Leite pediu desculpas públicas aos jornalistas brasileiros. No mesmo dia ele procurou o Sindicato dos Jornalistas de Goiás para se retratar. No último final de semana, em encontro com jornalistas em Goiânia (GO), Ferreira declarou que “jornalista bom é jornalista morto”. Acompanhe, também, a manifestação do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Norte aos profissionais do Diário de Natal, que teve sua edição impressa encerrada no dia 2 de outubro.

Na mensagem à FENAJ e aos jornalistas brasileiros pelo uso da frase “jornalista bom é jornalista morto”, Sebastião Ferreira Leite pede desculpas pela expressão infeliz. “O fiz não por acreditar em tal dito, mas sim em tom de pilhéria, num encontro informal com conhecidos meus na imprensa local e dentro de uma conjuntura muito específica no dia do citado episódio”, diz. Para acessar a íntegra do pedido de desculpas públicas, clique aqui.

Sindicato do Rio Grande do Norte se solidariza com profissionais do DN
Em nota emitida no dia 2 de outubro, o Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Norte lamentou o fim da edição impressa do Diário de Natal, anunciada no mesmo dia, se solidarizou com os trabalhadores do jornal e repudiou o comportamento desrespeitoso da empresa, que comunicou os trabalhadores de sua decisão pelo próprio jornal.

“A notícia da versão impressa do Diário de Natal lembra o que vivemos há pouco com o Jornal do Brasil. Os dois casos são exemplos de empresas que quebraram pela incompetência de administrações conservadoras que usaram o jornalismo em benefício próprio”, afirmou o Sindicato, que protocolou um pedido de mediação de urgência no Ministério do Trabalho para rever a posição do jornal, de demissão coletiva de um grande número de profissionais.

Da Fenaj