Governo lança novo programa de concessões que projetam quase R$ 200 bi em investimentos

A nova etapa do Programa de Investimento em Logística que foi anunciado nesta terça-feira pelo ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, prevê a aplicação de um total de R$ 198,4 bilhões, com o objetivo de destravar a economia nos próximos anos.

Os recursos serão usados em projetos de infraestrutura, pela iniciativa privada, como rodovias, ferrovias, aeroportos e portos. O ministro ressaltou que a proposta é viabilizar as concessões ainda no mandato da presidenta Dilma Rousseff e acrescentou que o governo tem conversado com governadores para discutir os investimentos regionais.

Para as rodovias, serão destinados R$ 66,1 bilhões. As ferrovias receberão R$ 86,4 bilhões. Já os investimentos nos portos somam R$ 37,4 bilhões e aos aeroportos serão destinados R$ 8,5 bilhões.

Do total de recursos previstos, R$ 69,2 bilhões serão investidos entre 2015 e 2018. A partir de 2019, o programa prevê investimentos de R$ 129,2 bilhões. Dessa forma, o governo quer estimular o uso de instrumentos financeiros para canalizar recursos privados para projetos no médio e longo prazos.

O anúncio está sendo feito no Palácio do Planalto com a presença de empresários, especialistas e autoridades do setor. Ele prevê a concessão de linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para as empresas vencedoras de alguns leilões.

Leilões
Mais quatro aeroportos do país serão concedidos à iniciativa privada por meio de leilão: Porto Alegre, Salvador, Fortaleza e Florianópolis. As concessões fazem parte da nova etapa do Plano de Investimentos em Logística. No total, o pacote prevê de R$ 198,4 bilhões em investimentos e também inclui leilões de rodovias, ferrovias e portos.

A previsão é que os leilões dos terminais sejam feitos a partir do primeiro trimestre de 2016 e o governo prevê investimentos de R$ 8,5 bilhões nos quatro empreendimentos. A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) será sócia das empresas vencedoras dos leilões na administração dos aeroportos.

Na primeira fase do programa de concessões, o governo entregou à iniciativa privada, por meio de leilão, a administração dos aeroportos de Guarulhos e Campinas, em São Paulo; Juscelino Kubitschek, de Brasília; de Confins, em Belo Horizonte, e Antônio Carlos Jobim/Galeão, no Rio de Janeiro.

Além dos leilões dos quatro aeroportos, o pacote também prevê a concessão, pelo modelo de outorga, de sete aeroportos regionais: Araras, Jundiaí, Bragança Paulista, Itanhaem, Ubatuba e Campinas (Amarais), em São Paulo; e Caldas Novas, em Goiás, somando um total de R$ 78 milhões.

Programa social
O ministro da Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, destacou durante o lançamento do novo Programa de Investimento em Logística do governo que a iniciativa além de ser uma etapa da política econômica representa uma estratégia de política social.

Barbosa lembrou que o governo conseguiu nos últimos anos combinar crescimento com distribuição de renda. Ele resslatou que é preciso dar novo ritmo à economia para o país voltar a crescer de forma sustentável.

– Estamos em um momento de alguns ajustes da política econômica devido as atuais condições internacionais e domésticas. É o momento de construirmos as bases para o novo momento com ampliação do ganhos sociais e para o ganho na produtividade. Com isso poderemos crescer mais e aumentar a distribuição de renda – disse o ministro.

Barbosa admitiu que a taxa de investimento é insuficiente o que se faz necessário elevá-la. Ele destacou que na construção civil, por exemplo, os investimentos chegam a 10,4% do Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todas as riquezas produzidas no país. Para o ministro, o Brasil investe pouco e menos que países com renda similar.

– Precisamos aumentar o investimento em infraestrutura para melhorar a economia do Brasil. Ter custos baratos é essencial para a economia brasileira – destacou.

Com informações do Correio do Brasil

“As eleições não definem intenção de investimento”, diz CEO da Speyside

PalavraLivre-Blog-Speyside-IanHerbison-investimentos-política-eleiçõesEm São Paulo desde 2009, a Speyside, consultoria de relações governamentais, viu a oportunidade de explorar um país que, então, estava no radar do mundo. Seu chief executive officer (CEO) Ian Herbison desde então vem ajudando investidores estrangeiros interessados no Brasil a entender os meandros do nosso arcabouço jurídico, legislativo e regulatório.

Mas, em 2014, a situação mudou: o Brasil deixou de ser o queridinho das revistas internacionais de negócios, mas ainda permanece atraente. “O país oferece oportunidades pelo tamanho do mercado”, afirma.

Qua l é a percepção que o investidor estrangeiro tem do Brasil?
O Brasil é um dos principais destinos de investimento estrangeiro direto (IED), por isso é uma oportunidade sempre relevante.

O que esses investidores acham mais atraente no País?
O país oferece oportunidades pelo tamanho do mercado, com uma classe média emergente cada vez com maior poder de compra. Outra possibilidade são as parcerias para explorar recursos naturais, especialmente ligados a petróleo e gás e mineração. Numa perspectiva global, o Brasil é muito relevante nesses segmentos. Há interesse também em instalar fábricas para produzir e vender internamente. E, finalmente, o setor de saúde.

Quais as dúvidas sobre o Brasil?
Eles se deparam com dificuldades burocráticas e algumas surpresas, como os custos, inclusive os trabalhistas. Mas enxergam os dois lados da moeda: de um, os desafios que terão de enfrentar; do outro, sabem que ao entender esse sistema particular do Brasil, conseguirão navegar nas oportunidades. Parte do nosso trabalho é ajudá-los a vencer essas dificuldades.

Quando o investidor procura sua empresa, ele já tem referências sobre o Brasil?
Geralmente são multinacionais que têm conhecimento do Brasil por reportagens de grande s jornais de economia e por relatórios de agências de rating ou outras fontes. A questão é que os sentimentos podem variar bastante em decorrência dessas fontes secundárias. Um exemplo clássico é a “The Economist”, que há quatro anos fez uma capa do Cristo Redentor para cima, sinalizando o país como uma potência. Depois, veio com a mesma capa, mas com o Cristo caindo: o Brasil já não é tão atrativo.

É aqui que a Speyside entra?
Sim. Para mostrar que a realidade está entre esses dois extremos. Os investidores precisam ser “reeducados” em relação a essas percepções. Nosso papel é guiá-los nas sutilezas da legislação e regulação. Ele chega com conhecimento inicial, mas desconhece as particularidades de cada setor. A consultoria os ajuda a conduzir o processo.

As multinacionais que já atuam aqui também têm dificuldades?
No caso das empresas multinacionais, uma das dificuldades que os executivos sênior têm é explicar o Brasil para as sedes. Um exemplo é o marco civil da internet. Muitas empresas ficaram preocupadas com o que a aprovação significaria para seus negócios. Lá fora, parecia que seria o fim do modelo de negócios deles. Os executivos daqui tinham muita dificuldade de explicar que “não é bem assim”.É isso que nós fazemos: mostramos que há outras formas de ler a realidade e descrever isso.

O processo eleitoral atrapalha? Existe um candidato preferido ou isso não influencia na decisão de investir?
Claro que há grande interesse no tema das eleições no Brasil, especialmente porque a questão da inflação e do baixo crescimento da economia pedem uma mudança, seja a Dilma (Rousseff) ou outro candidato que vença. Mas o resultado da eleição não é um fator definidor da intenção de investimento.

O IED mantém o nível de 2013. Já os investimentos das empresas nacionais caíram muito. Os estrangeiros confiam mais no pais por desconhecer?
Esse investimento acontece menos por causa do Brasil e mais como resultado da crise global de 2008. As 500 maiores da “Fortune”, por exemplo, tiveram que fazer uma série de ajustes em termos de investimento e de projeção de crescimento. E isso globalmente. Mas não podemos negar que há um nervosismo pela questão macroeconômica e pela própria incerteza com o futuro.

Você não é brasileiro, mas seu negócio é apresentar o Brasil aos investidores estrangeiros. Por que eles procuram você?
Se eu fosse tocar o negócio sozinho, por ser estrangeiro, seria um desastre. O que é importante no modelo da consultoria é que a maioria absoluta de consultores é de brasileiros com vasta experiência em relações com o governo, com questões corporativas e regulatórias e todas as especificidades do Brasil. Mas é importante ter expatriados para contextualizar aos investidores estrangeiros uma linguagem que eles entendam.

Você já entende o Brasil?
Ainda não. Mas vou continuar tentando.

Do Brasil Econômico

Brasil desenvolve 1º caminhão extra pesado da Ford no mundo

A Ford apresentou, no Brasil e na Turquia, o primeiro caminhão da companhia no segmento extra pesado, com capacidade de tração para carregar acima de 47 toneladas e com motor acima de 400 cv.

O modelo, que será lançado até outubro no Brasil, foi desenvolvido nos estúdios da companhia em Camaçari, na Bahia, e já está sendo vendido no mercado europeu.

De acordo com Oswaldo Jardim, diretor de operações da Ford da América do Sul, os investimentos no projeto encerram metade do ciclo de R$ 670 milhões previstos pela Ford para o setor de caminhões no Brasil entre 2011 e 2015.

O veículo deve ser exportado para a Argentina, na América do Sul, mas não há planos para a venda do extra pesado na América do Norte. Segundo Jardim, o segmento de extra pesados já representa 40% da receita dos veículos comerciais no Brasil, com um faturamento de R$ 10,8 bilhões no País em 2012.

Em número de veículos, o segmento respondeu por 24,6% do total de caminhões, com 33,7 mil unidades. “Isso justifica a entrada da montadora nesse segmento que apresenta mais receita e mais margem e que deve responder por até 30% do setor até o final da década”, disse Jardim.

A montadora aposta que a melhoria nas estradas brasileiras e a logística mais sofisticada, além das obras de infraestrutura, devem ajudar no crescimento do segmento de extra pesados no País. “O Brasil é um país vigoroso, deve crescer de 3% a 4% ao ano e a produção de caminhões deve avançar em 10% ao ano nos próximos quatro anos”, disse Jardim.

A Ford não revelou ainda a motorização e nem o preço do modelo que será lançado até outubro, mas um protótipo apresentado nesta quarta-feira tem motor com 420 cavalos de potência. Na Europa, o motor utilizado é da FPT, que é uma subsidiária da Fiat Industrial.

Do Estado de S.Paulo

Marcopolo anunciará novos investimentos no Brasil

A Marcopolo S.A., sediada em Caxias do Sul, RS, anunciará hoje (13/6) novo pacote de investimentos para suas operações no País e no Exterior. Os valores e a aplicação serão tornados públicos em encontro com o governador daquele Estado, e têm como objetivo preparar a empresa para atingir receita líquida consolidada de R$ 6 bilhões em 2016.

Segundo informações de mercado obtidas pela Agência AutoData está prevista ampliação do pacote de investimentos anunciado em agosto do ano passado, de R$ 350 milhões para o período 2011 a 2015. De acordo com informações preliminares o valor deverá subir para a faixa de R$ 400 milhões.

Boa parte deste acréscimo, cerca de R$ 35 milhões, será destinada a nova fábrica para a divisão Volare, de miniônibus, no município de São Mateus, na Região Nordeste do Espírito Santo. O empreendimento deverá gerar cerca de trezentos empregos diretos e o cronograma prevê início de produção em agosto de 2013.

A fábrica deverá contar com capacidade produtiva de até mil modelos Volare ao ano. Os veículos deverão seguir principalmente para os mercados do Norte e Nordeste e também para o Exterior. A facilidade logística, aponta fonte próxima às negociações, foi fator determinante para a escolha da localidade.

Desta forma a Volare tornar-se-á primeira montadora instalada no Espírito Santo – o Grupo Districar anunciara em março intenção de construir unidade no município de Linhares para produção de veículos das marcas Changan, Haima e Ssangyong, mas o investimento não foi confirmado até o momento.

A ida da Volare para a região Sudeste dificilmente representará uma transferência total da produção dos modelos desta divisão da Marcopolo para o Espírito Santo, mas sim um complemento da produção.

Hoje a Volare tem sua operação fabril centralizada em Caxias do Sul, com capacidade de produção na faixa de 5 mil unidades por ano – quase que totalmente ocupada. A linha Volare divide espaço na Unidade Planalto com a produção do microônibus Sênior, que pertence à gama Marcopolo. A capacidade total instalada desta linha é de 7,5 mil unidades/ano. A gama Volare tem 14 anos de vida e já respondeu pela comercialização de aproximadamente 45 mil unidades. A Marcopolo S.A. tem ações listadas na Bovespa e é uma das poucas multinacionais brasileiras do setor automotivo.

Da CNM/CUT

Artigo: Aumentar o nível de investimentos para continuar crescendo – por José Álvaro Cardoso

No Brasil os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, com crescimento de 0,2% em relação ao último trimestre de 2011 (2,2% na variação anual), decepcionaram mesmo os mais pessimistas, situação agravada com a divulgação dos primeiros dados macroeconômicos de março e abril. O atual cenário mundial e nacional não é de maiores pressões inflacionárias e sim de incertezas quanto ao processo de recuperação. Mas as dificuldades para a retomada do crescimento, ao mesmo tempo em que traz sérios riscos para a economia brasileira, abre possibilidades de o governo continuar testando novos patamares para a taxa de juros (que já está no seu menor nível histórico).

Como o crescimento se mantém fraco há vários trimestres, o cenário mundial não sinaliza para problemas de choques de oferta e o preço das commodities vem caindo, as condições para a redução dos juros são extremamente favoráveis. As turbulências nos mercados internacionais, somadas à queda de juros no Brasil, levaram a uma oportuna desvalorização do real, de forma mais acentuada a partir de março, que colocou o dólar em um novo patamar, de R$ 2,00.

O comportamento da economia brasileira nos primeiros cincos meses do ano projeta um cenário onde dificilmente o país crescerá acima de 3% em 2012, com possibilidade de ficar abaixo desse patamar. A economia estadunidense anda de lado, a crise na Europa parece que não se resolve em menos de três anos, a China desacelera. Resta ao Brasil procurar se posicionar bem nesse meio tempo e apostar no seu mercado interno. Mas dificilmente a reação do mercado interno será como em 2009/10, porque os brasileiros comprometem hoje uma parcela maior de sua renda com financiamentos.

Por outro lado, a situação da indústria é preocupante, com ociosidade elevada de 81,5% (segundo a Confederação Nacional da Indústria). A desvalorização de 15% do real em relação ao dólar desde fevereiro tem ajudado um pouco a indústria e o desafio é manter o câmbio nesse patamar, ou melhorá-lo. Não há dúvidas de que mudou o “mix” de política econômica no país, com uma histórica redução de juros e uma taxa de câmbio bem mais desvalorizada. Se este novo ambiente macroeconômico tiver consistência, isto é, se tiver vindo para ficar, a taxa de investimentos na economia deverá aumentar, acelerando o ritmo de crescimento do PIB.

*José Álvaro Cardoso é economista e supervisor técnico do DIEESE em Santa Catarina.

Educação: dois estados e 52 municípios não cumpriram regra de investimento mínimo

A Constituição Federal determina que estados e municípios devem investir em educação pelo menos 25% de sua arrecadação com o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Levantamento feito por meio do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (Siope) mostra que em 2010 pelo menos dois estados e 52 municípios não cumpriram a regra. Eles aplicaram percentuais inferiores ao que estabelece a lei. Há ainda 60 cidades que não informaram os dados ao sistema, administrado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), e que também são consideradas em situação irregular. Os dados de 2011 ainda não foram consolidados.

Na lista dos estados que não cumpriram o mínimo em 2010 estão o Rio Grande do Sul e o Rio Grande do Norte. De acordo com a secretária de Educação do Rio Grande do Norte, Betania Ramalho, até a gestão anterior os gastos com aposentados eram computados no cálculo feito pelo estado, o que não é permitido pelas regras do Siope. Por isso, em 2010 o patamar de investimento ficou em 22,4%. “A partir de 2011, nós desagregamos esses dados e identificamos que isso feria uma demanda da Constituição. Neste ano, já estamos retirando os aposentados do cálculo, mas isso será feito em escalonamento”, explicou a secretária.

O Rio Grande do Sul foi o estado que aplicou o menor percentual em educação em 2010: 19,7%. O secretário de Educação, Jose Clovis de Azevedo, culpa o governo anterior. Segundo ele, houve um decréscimo dos investimentos na área entre 2008 e 2010. “Em 2011, já sabemos que investimos 28%, recuperando um pouco a perda. Certamente em 2012 o investimento será ainda maior”, disse. A conta que o estado gaúcho fez para 2011, entretanto, inclui os gastos com aposentadoria que não são contabilizados pelo Siope. De acordo com Azevedo essa metodologia é aceita pelo Tribunal de Contas do estado. Em outras unidades da Federação também há divergência sobre a inclusão dos aposentados no cálculo e não há um entendimento comum sobre a regra, apesar de o governo federal não considerar esse gasto um investimento direto em educação.

Para a presidenta da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Cleuza Repulho, as 52 cidades que não investiram o mínimo constitucional nas suas redes de ensino representam um número pequeno se for considerado o total de prefeituras no país: 5.565. Ela avalia, entretanto, que o problema não pode ser desprezado. “O percentual é pequeno, mas para as crianças desse município [que investiu menos] significa muito. A nossa maior preocupação é que as crianças não podem dar a sorte ou o azar de nascer em um município onde o gestor se preocupa mais ou menos com educação; A vinculação é necessária e precisa ser cumprida”, defende.

Para Cleuza, o problema ocorre, em muitos casos, pela má gestão do dinheiro. A maioria dos secretários de Educação não é o gestor pleno dos recursos para a área, que acabam administrados pelas secretarias de Finanças ou Planejamento. Dessa forma, é mais difícil ter um controle rigoroso do que é aplicado. “Com isso, o grau e a importância [dos recursos da educação] se diluem na administração pública”.

Na lista dos municípios “inadimplentes”, a maioria é do Rio Grande do Sul (nove), Paraná (sete), de Minas Gerais (sete) e São Paulo (seis). O restante das prefeituras que não cumpriram a regra é do Acre, de Alagoas, do Amazonas, Amapá, da Bahia, do Ceará, Espírito Santo, de Goiás, do Maranhão, Pará, de Pernambuco, do Piauí, Rio de Janeiro, de Roraima e Sergipe.

As informações incluídas pela prefeitura ou pelo verno estadual no Siope são declaratórias e a veracidade dos dados é de responsabilidade do ente federado. Quando o FNDE detecta que um município aplicou menos do que determina a Constituição, as informações são automaticamente enviadas ao Ministério Público Federal (MPF) que as encaminha a um promotor de justiça do estado. “O governo municipal ou estadual terá a chance de se defender e pode ser aberto um inquérito civil público”, explica o coordenador do Siope, Paulo Cesar Malheiros. O ente federado também pode ficar impossibilitado de receber recursos de transferências voluntárias do governo federal.

Veja o percentual de investimento em educação de cada estado em 2010

Acre – 26,21%

Alagoas – 25,61%

Amapá- 32,04%

Amazonas – 25,78%

Bahia – 26,28%

Ceará – 29,20%

Distrito Federal – 29,28%

Espírito Santo – 30,57¨%

Goiás – 27,48%

Maranhão – 26,72%

Mato Grosso – 26,01%

Mato Grosso do Sul – 32,51%

Minas Gerais – 27,25%

Pará – 25,33%

Paraíba – 26,54%

Paraná – 31,79%

Pernambuco – 26,45%

Piauí – 27,27%

Rio de Janeiro – 27,17%

Rio Grande do Norte – 22,40%

Rio Grande do Sul – 19,70%

Rondônia – 26,21%

Roraima – 25,65%

São Paulo – 30,18%

Santa Catarina – 26,19%

Sergipe – 28,31%

Tocantins – 25,90%

Da Ag. Brasil

Falando sobre dinheiro – Parte 2, por Jana Costa

Publicando aqui, com certo atraso, mais um texto da nossa consultora financeira, Jana Costa. Aproveitem!

“Falando sobre dinheiro – Parte 2
Dias atrás conversamos sobre como fazer o levantamento de despesas e receitas. Essa parte é extremamente fácil se cada um for honesto consigo mesmo na hora de colocar as despesas no papel.  Contudo, depois desse exercício feito e de ter identificado todas as despesas fica a pergunta, como gastar menos do que se ganha se existem dívidas grandes tais como o financiamento de carro e o cartão de crédito?

O Guia Folha de Finanças mostra que muitas pessoas não recorrem à poupança para quitar as suas dívidas, preferem o pagamento de altos juros dos financiamentos do que abrir mão do mísero rendimento da poupança. Mais para frente falarei do porque não é rentável investir em poupança no Brasil. Agora, para aqueles que não possuem dinheiro algum guardado é preciso mudar de hábito, e porque é tão difícil mudar de hábito? O Brasil não tem educação financeira nas escolas para as crianças, diferentemente dos EUA, onde as crianças já nascem investindo em diversos produtos financeiros. Por isso que é difícil para o brasileiro mudar seus hábitos quando se trata de dinheiro, outra coisa que dificulta o ato de poupar é o fato de sermos imediatistas em termos de consumo, é só perguntar para qualquer pessoa o que ela faria se ganhasse agora 10 mil reais, 99,9% responderia que gastaria com alguma coisa, enfim, poupar dinheiro não parecer ser o negócio do brasileiro.

Não existe segredo, para poupar dinheiro é preciso mudar os hábitos, e se você está endividado o primeiro passo é reduzir as dívidas. E como fazer para reduzir as dívidas? Primeiramente pare de comprar a prazo, não utilize mais o cartão de crédito, e evite comprar por impulso. Se você se deparar com alguma oferta irresistível pergunte a si mesmo se aquilo é realmente necessário para aquele momento. O segredo para não cair em tentação é ir para casa e pensar, a maioria das pessoas que compra por impulso se arrepende ao chegar em casa.

Depois disso, analise os juros das dívidas maiores, tente trocar as dívidas com juros maiores por dívidas com juros menores, por exemplo, pegue a dívida do cartão de crédito ou do cheque especial e troque por um empréstimo pessoal onde as taxas são mais baixas. Se isso não for possível no caso do cartão de crédito, existe a alternativa de entrar em contato com a operadora e verificar o que pode ser feito. Analise as taxas cobradas e se houver outra operadora de cartão com taxas mais baixas você poderá trocar de cartão se for conveniente. Para reduzir as dívidas você também pode trocar os cartões de créditos por cartões de débito somente. E, caso o seu nome esteja no cadastro de inadimplentes, o único jeito de tirá-lo de lá é pagar a dívida ou renegociá-la. Se você emitiu cheques sem fundos, para cancelar o registro no Banco Central é preciso entregar o cheque na sua agência ou uma declaração de pagamento com firma reconhecida emitida pela instituição que você passou o cheque.

Lembre-se, o segredo para chegar ao terceiro perfil, PERFIL FELIZ, que comentamos no primeiro texto da série postado no dia 26/10/2011, é mudar de hábito. Isso não é uma coisa fácil de fazer, mas também não é impossível. Semana que vem falaremos de como montar um plano para alcançar seus objetivos financeiros. Até lá!

Falando sobre dinheiro – por Jana Costa

Segue abaixo um artigo primoroso e fundamental para você, que vai receber seu décimo-terceiro salário, pegar férias, receber algum dinheiro novo, e tem dúvidas do que fazer. Para não jogar seus recursos fora, leia e siga alguns conselhos da consultora financeira e patrimonial Jana Costa, especialista que mora e trabalha no centro dos negócios do país, São Paulo, e participa especialmente, e exclusivamente, aqui neste humilde Blog. Leiam, curtam e participem com comentários e perguntas!

“Falando sobre dinheiro”, por Jana Costa *
Você gostaria de ficar rico? Claro, quem não gostaria de ser rico. Todo mundo busca uma fórmula mágica para se ganhar muito dinheiro. A loteria é a maneira mais rápida e de fácil acesso quando pensamos em enriquecer rapidamente, entretanto, a probalidade de se ganhar na Mega Sena é de 1 em 50.063.860. Isso quer dizer que se você fizer um jogo simples com 6 números a probabilidade de ganhar é de uma em mais de 50 milhões. A não ser que você tenha sorte, muita sorte, mas como nem todos gozamos de muita sorte, precisamos planejar. Essa é a primeira de uma sequência de matérias sobre planejamento financeiro e investimentos, e o objetivo é que todos possam alcançar uma independência financeira ideal para os dias vindouros!

Para atingir esse objetivo você deve rever suas contas e seus ganhos, coisa que não é muito fácil e nem gostoso de se fazer, mas é preciso. Planejamento e controle são palavras-chaves para qualquer pessoa alcançar sua independência financeira. O livro Guia Folha – Finanças traz alguns conceitos básicos e é de fácil leitura para que todos compreendam um pouco mais sobre o mundo do dinheiro, ele retrata 3 perfis diferentes quando se trata de finanças:

* Perfil do Endividado: Aquele que gasta mais do que ganha.
* Perfil do Imprevidente: Aquele que gasta tudo o que ganha.
* Perfil do Feliz: Aquele que gasta menos do que ganha, investindo a diferença.

Para chegar no último perfil vamos começar pelo primeiro, como uma pessoa que hoje está endividada pode chegar ao terceiro perfil e viver feliz? Essa pessoa conseguirá chegar no terceiro perfil com PLANEJAMENTO FINANCEIRO. O que isso quer dizer e como funciona? É simples, primeiramente teremos de começar com a ANALISE DAS DESPESAS, e para que serve esta analise? Ela tem dois objetivos bem básicos: descobrir com o que se gasta o dinheiro e induzir a criação de hábitos mais saudáveis relacionados a finanças.

A ANALISE DAS DESPESAS nada mais é do que registrar todas as despesas do no mês, anote tudo para que depois você possa saber para onde vai o seu dinheiro. Grandes despesas são mais fáceis de serem controladas porque elas, geralmente, são pagas em cheque, cartão, ou por débito automático, o problema são as despesas de valores pequenos como as que pagamos em dinheiro. Este controle deve ser feito sempre e se você vai começar agora e não tem histórico alguma inda tente estimar em detalhes as despesas extras.

Monte uma tabela para iniciar o seu planejamento. O importante é registrar todos os gastos, como por exemplo, Aluguel, água, luz, parcela do carro, etc, e também destacar o quanto cada gasto representa, em porcentagem, em relação à sua renda. Depois de você ter registrado tudo o que gastou no mês e com o que gastou, você precisa saber agora qual é a sua renda e de onde ela vem. Monte outra tabela para registrar todas as rendas e de onde elas são provenientes, e também nesse caso, colocar o quanto cada renda representa no total que você recebe, e nunca se esqueça de colocar tudo no papel, todos os detalhes tanto das despesas quanto da renda.

Com as duas tabelas preenchidas você já terá noção de todas as suas rendas e de tudo com o que você gasta o seu dinheiro. Com essa visualização das entradas e saídas de dinheiro, podemos saber exatamente que despesa temos de cortar ou reduzir e o mais importante, esse exercício de preencher as tabelas deve ser mensal, com controle diário dos gastos. Sem essa disciplina não temos como chegar a lugar algum.

Esse é o primeiro passo para nos tornarmos uma pessoa com as finanças sadias, e o primeiro passo é o mais importante para alcançarmos o terceiro perfil! Na próxima semana saberemos o que fazer com as dívidas e como dar sequência ao plano financeiro para se chegar no objetivo do perfil Feliz.

* Jana Costa, Administradora de Empresas e Agente Autônoma de Investimentos certificada pela ANCOR/CVM desde 2007.  Email: janayna.eloterio@gmail.com

Mundo vai precisar de US$ 320 bi em aviões até 2030, prevê Embraer

A demanda mundial de aeronaves para os próximos 20 anos chega a 7.225 unidades com capacidade de 30 a 120 assentos, segundo previsão da Embraer. Em valor de mercado, isso equivale a US$ 320 bilhões.

Segundo estudo da empresa, da demanda total, 3.125 jatos deverão ser entregues entre 2011 e 2020 e outros 4.100 entre 2021 e 2030.

A previsão é que a demanda medida em passageiro-quilômetro transportado (RPK) crescerá a uma taxa média anual de 5,2% até 2030, quando o volume de tráfego atingirá 13 trilhões de RPK.

“Enquanto a indústria continua se recuperando da crise financeira de 2008, algumas regiões estão liderando a retomada do crescimento e devem emergir como grandes forças econômicas”, afirmou a empresa.

De acordo com previsão da fabricante brasileira, nos próximos 20 anos, o mercado chinês registrará o maior crescimento, com uma taxa anual média de 7,5%, seguido pela América Latina (7,2%), Oriente Médio (6,9%), Ásia Pacífico (6,1%), CEI – Comunidade dos Estados Independentes (5,9%) e África (5,4%).

“Em regiões com economias mais desenvolvidas, como América do Norte e Europa, a demanda será menor (3,5% e 4,4%, respectivamente), devido à maturidade destes mercados e a uma recuperação econômica mais lenta”, afirmou.

O relatório de previsões da empresa aponta ainda que a frota mundial de jatos com capacidade de 30 a 120 assentos aumentará de 4.225 aviões em 2010 para 8.060 em 2030. Durante este período, 53% das novas entregas (3.835 jatos) serão introduzidas para sustentar o crescimento do mercado, enquanto 47% (3.390 jatos) substituirão aviões mais antigos. Em 2030, 835 jatos da frota atual (20%) ainda estarão operando.

Valor

Minha Casa, Minha Vida entregará 300 mil moradias até o fim do ano

A União vai investir R$ 71,7 bilhões na contratação de 2 milhões de moradias na segunda fase do Programa Minha Casa, Minha Vida até 2014, de acordo com a secretária nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Inês Magalhães. Antes, porém, o programa deve entregar 300 mil moradias ainda neste ano, referentes às contratações da primeira fase, que superaram 1 milhão de habitações até final de 2010.

Do dinheiro previsto pela Medida Provisória 514, aprovada na última terça-feira (10) pelo Senado, R$ 62,2 bilhões sairão do Orçamento Geral da União, disse hoje (12) a secretária nacional de Habitação. Segundo Inês, os R$ 9,5 bilhões restantes serão financiados com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

A secretária disse que a segunda fase do programa habitacional do governo, que pretende reduzir o déficit habitacional nas camadas mais pobres da sociedade, terá alguns ajustes em relação à primeira etapa. Entre eles, a maior proteção à mulher chefe de família, que poderá firmar contrato mesmo sem outorga do marido.

Perguntada se a ampliação de direitos nos casos de união homoafetiva também necessitaria de ajuste, Inês afirmou que o conceito de família é geral. “Não há necessidade de inovação”. Esse também é o entendimento da Caixa Econômica Federal, segundo a qual para financiar não é preciso ser casado. As únicas exigências são as pessoas que apresentem renda conjunta e habitem o mesmo imóvel.

Inês disse que ao contrário da fase anterior, quando havia mais flexibilidade em relação à renda familiar até o limite de dez salários mínimos, agora serão reservadas 60% das unidades habitacionais para famílias com renda mensal até R$ 1.395. “São as mais carentes de inclusão social”. Por isso, as ações serão mais centralizadas na urbanização de favelas e em assentamentos precários, considerados como áreas de risco, assinalou ele.

A nova fase do Minha Casa, Minha Vida também prevê a possibilidade de aumento da verticalização dos prédios de apartamentos em áreas urbanas centrais, com infraestrutura consolidada, de modo a que o andar térreo possa ser usado como unidade comercial para apoio financeiro ao custeio do condomínio, de acordo com a secretária. Os empreendimentos habitacionais multifamiliares também serão reservados às famílias com renda até R$ 1.395, acrescentou.

Da Agência Brasil