A saúde pública catarinense tem uma conta que não fecha. A rede de hospitais filantrópicos realiza 70% do trabalho em assistência médica do Estado, mas recebe menos de 30% por isso. Essa informação foi confirmada durante a reunião desta segunda-feira (31) da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa pelo presidente da Associação de Hospitais do Estado, Altamiro Bittencourt. No calendário de datas estaduais, 31 de agosto é o Dia dos Hospitais Filantrópicos em Santa Catarina.
A deputada estadual Ada Faraco de Luca (MDB) reforçou a defesa aos hospitais filantrópicos e santas casas do Estado. A parlamentar citou o relatório do Tribunal de Contas, que questionou o investimento em hospitais de campanha, em detrimento da rede já constituída. No momento, conforme Ada, o trabalho precisa ser pela manutenção das UTIs ativadas. “O coronavírus vai passar, as UTIs precisam ficar. Depois da pandemia, nós teremos as sequelas dessa doença. Os hospitais filantrópicos têm que estar preparados para atender à saúde do cidadão catarinense”, afirmou a deputada estadual.
Na audiência, foi informado que o Executivo ainda estuda a permanência da maioria dos leitos de UTIs. “Ou seja, ainda não está confirmado. Está ‘estudando’ e não tudo, mas ‘a maioria’ do leitos. Vamos lutar para que esse martelo seja batido”, disse Ada.