Ong promove evento para as Associações de Separadores de Lixo de Joinville

  A Ong Impacto Social vai fazer um grande evento, no dia 9 de dezembro, às 18h, na Sociedade Alvorada. Será celebrado o primeiro repasse de verba obtida com a venda das embalagens metalizadas, desde junho deste ano. Até o momento, já foram contabilizados cerca de R$4,5 mil e quem comprou todo este material foi uma empresa de São Paulo, formada por vários fabricantes de bolachas, salgadinhos e a maioria dos produtos que contém embalagem com uma parte metalizada.
O projeto, em andamento na cidade há cinco meses, já evitou que mais de duas toneladas deste tipo de lixo fosse parar do aterro sanitário municipal. De acordo com a presidente da Ong, Sandra Regina Sievert, o objetivo do projeto sempre foi a preservação ambiental: “É maravilhoso poder aumentar a renda das associações de separadores e, ao mesmo tempo, preservar o aterro sanitário, que tem uma curta vida útil”.
Em pouco tempo, a embalagem metalizada tornou-se o produto que mais rende às três associações participantes: Recipar, Cooperanti e Assecrejo I. É como explica Loreni Rabel, presidente da Recipar: “O peso deste material é menor, mas rende um valor maior. Então esse projeto veio em boa hora, pois nós conseguimos juntar um fundo para a Associação e com isso vamos fazer melhorias na nossa infraestrutura”.
No próximo dia 9, devem estar presentes o prefeito de Joinville, Carlito Merss, a Fundema, alguns secretários regionais e também municipais. Além das autoridades, são esperadas cerca de 180 pessoas, entre separadores de lixo e seus familiares, que vão conferir de perto o recebimento da quantia, fruto do trabalho que só tende a aumentar no decorrer de 2012.
Ao final, serão distribuídas cestas básicas às famílias das Associações de Separadores.

Catadores de lixo reciclável terão apoio de comitê formado por 16 ministérios

catadorFoi instalado nesta segunda-feira (14) o Comitê Interministerial de Inclusão Social e Econômica dos Catadores de Materiais Recicláveis, sob coordenação dos ministérios do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, com a participação de representantes de 16 ministérios e nove instituições federais. A coleta de lixo reciclável resulta na movimentação anual de R$ 8,5 bilhões, segundo informou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

O comitê visa a fortalecer o trabalho dos catadores que, além de desempenhar uma atividade econômica com forte impacto social e ambiental, também ajudam a reduzir custos dos serviços de limpeza urbana das prefeituras.

Para a ministra, os catadores “já podem se orgulhar da sua atividade, que começa a ser mais respeitada no país, porque eles são os verdadeiros ambientalistas”. A sanção pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em dezembro do ano passado, da Lei Nacional dos Resíduos Sólidos, “delineou a responsabilidade de empresários e do povo sobre a importância da reciclagem de materiais já utilizados”, lembrou Izabella Teixeira. “É um trabalho que envolve uma prioridade que diz respeito ao povo brasileiro e não à elite”.

O coordenador do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, Alexandre Cardoso, que representará os trabalhadores no comitê, disse que a categoria “integra a luta dos pobres por um lugar ao sol. [Os catadores] trabalham até 16 horas por dia e os mais organizados somam 800 mil em todo o país”, informou. Ele reclamou da exploração das indústrias de reciclagem, com a alegação de que a maioria dos catadores não consegue ganhar nem um salário mínimo no fim do mês. De acordo com Cardoso, apenas 10% dos recursos movimentados pelo setor de reciclagem ficam com os catadores.A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, afirmou que todos os municípios do país “precisam se engajar na preocupação social e econômica de reciclar materiais”. Segundo ela, o fortalecimento do trabalho dos catadores “pode ajudar muito na erradicação da pobreza até 2014, meta da presidenta Dilma Rousseff”.

“Os catadores precisam ter mais espaço para trabalhar e contar com apoio tecnológico, pois 60% da categoria ainda trabalha em cima dos lixões, que são dominados pelas empresas de ferro-velho e ainda por cima contam com a presença do tráfico de drogas”.

Sindicato dos Mecânicos