Morte de Luiz Henrique da Silveira encerra uma era na política catarinense

Lideranças políticas de Santa Catarina afirmaram lamentar a morte do senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB), aos 75 anos, na tarde deste domingo (10).

Segundo a assessoria de imprensa do político, ele estava em casa e sofreu um infarto. O Hospital da Unimed confirmou que a morte foi atestada às 15h15.

O governador do estado, Raimundo Colombo (PSD), afirmou ainda estar chocado com a notícia. Ele afirma se tratar de um “fato triste e lastimável para Santa Catarina”. Colombo recorda que conversou por telefone com o senador por volta das 23h de sábado (9) e ele “estava bem”.

“Estou profundamente comovido. A presidente Dilma Rousseff me ligou para manifestar seu pesar e sua solidariedade com os catarinenses. Luiz Henrique era um grande homem. Um dos maiores e melhores homens que eu conheci na vida. Luiz Henrique era mais do que um amigo, um irmao, um confidente”, declarou Colombo.

Para o vice-governador do estado e presidente licenciado do PMDB-SC, Eduardo Pinho Moreira (PMDB), a morte de Luiz Henrique da Silveira é uma “uma perda irreparável”. Moreira disse ter se encontrado com Silveira na noite de sábado em Itapema, onde conversaram por duas horas sobre assuntos ligados ao partido.

“Em todo momento defendeu o trabalho intenso, no Estado e no Congresso. Na nossa última conversa, mostrou-se mais uma vez o companheiro de sempre, conciliador e respeitador. Um estadista, homem público de alto nível que transformou este Estado de forma extraordinária”, comentou o vice-governador do estado.

No final da tarde deste domingo, Moreira se dirigiu para Joinville, onde Luiz Henrique da Silveira morreu. O mesmo fez o presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, Gelson Merisio (PSD), que cancelou uma missão aos Estados Unidos ao saber da morte. “Quando soube, eu consegui descer do avião”, recorda.

“Ainda sobre a comoção da notícia, lamento a perda que o país teve. Ele foi um dos poucos líderes consolidados. Perde Santa Catarina, perde o Brasil, perde a democracia, porque ele era um líder pronto”, ressalta Merisio.

Valdir Cobalchini (PMDB), atual presidente do partido em Santa Catarina, se manifestou por meio das redes sociais e também classifica como grande perda.

“Era meu conselheiro, um verdadeiro pai. Na terça-feira (12) estive com ele em Itapema, onde se recuperava de uma fratura no pé. Ele estava animado, dizendo que assim que melhorasse do pé estaria junto nos roteiros. Vai em paz meu governador, meu senador, meu amigo. Meus sentimentos a toda a sua família”.

O prefeito de Joinville, Udo Dohler (PMDB) lamentou “profundamente a perda do amigo, correligionário e líder político”, o qual ele classificou como “uma liderança fundamental à política catarinense”.

Morte
O senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) morreu na tarde deste domingo (10) em Joinville, no Norte de Santa Catarina. Ele tinha 75 anos e chegou a ser encaminhado ao hospital, mas não resistiu, segundo a assessoria de imprensa do Hospital da Unimed.

A assessoria de imprensa do senador, em conjunto com a assessoria do Hospital da Unimed, informaram que na manhã deste domingo, ele estava em sua casa, em Itapema, no Litoral Norte. Depois, foi para Joinville, onde chegou por volta das 12h. Enquanto almoçava, o senador sofreu um infarto.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado. Os socorristas tentaram reanimá-lo até a chegada no hospital. Na unidade de saúde, a equipe médica fez tentativas de reanimação, com  massagem cardíaca e remédios por cerca de uma hora e meia, mas a morte foi confirmada às 15h15.

Segundo a assessoria de imprensa, o velório será realizado no Centreventos Cau Hansen, em Joinville, a partir do final da noite deste domingo. O enterro será na mesma cidade, durante o final da tarde de segunda-feira (11).

Biografia
Natural de Blumenau, Luiz Henrique da Silveira nasceu em 25 de fevereiro de 1940. Se formou em direito pela Universidade Federal de Santa Catarina e iniciou sua vida pública em 1971, quando foi eleito presidente do Diretório Municipal do MDB de Joinville.

De 1987 e 1988, ele assumiu o Ministério de Estado da Ciência e Tecnologia. Entre 1993 e 1996 foi presidente do Diretório Nacional do PMDB. De acordo com seu site oficial, o político foi deputado estadual entre 1973 e 1975. Assumiu o cargo de deputado federal durante cinco mandatos: 1973 a 1975, 1983 a 1987, 1987 a 1991, 1991 a 1995, 1995 a 1997.

Também foi prefeito de Joinville por três mandatos. O primeiro foi entre 1977 e 1982. A segunda eleição como chefe do Executivo municipal ocorreu em 1997, quando foi reeleito ao segundo mandato entre 2001 e 2004.

Luiz Henrique da Silveira foi eleito duas vezes como governador de Santa Catarina: entre 2003 e 2006 e de 2007 a 2010. Depois disso, em 2011, ele assumiu o cargo de senador, no qual ficaria até 2019.

Com a morte de LHS, a política catarinense encerra uma era, graças ao grande poder de articulação do senador, que marcou época com suas alianças que uniram desafetos e adversários políticos em um mesmo projeto, isso desde as suas eleições à Prefeitura de Joinville no final da década de 1990.

Um novo ciclo inicia agora, com rearranjos imprevisíveis na atual aliança que governa SC, e também em Joinville, cidade que governou por três vezes. A luta interna no PMDB catarinense deve se intensificar.

Com informações do G1

Os vencedores

Muita gente já vai dizer: foi LHS. Não dá para negar que o senador, ex-deputado estadual e federal, ex-ministro, ex-governador, ex-prefeito por três vezes da maior cidade catarinense é um grande vencedor. Articulador exímio, faz política como poucos neste país no que tange a vencer eleições. Enxerga muito mais longe que todos os da cena política conseguem enxergar. Faz movimentos e toma decisões que deixa muitos atônitos, para ali na frente vencer. É o mestre da política catarinense, inegável, e não precisa de muitos comentários aqui. Quem não acredita na sua força política, está perdendo tempo. Além de LHS, o PMDB, o PDT, Mauro Mariani, são os vencedores deste pleito em Joinville e região.

Mas o grande vencedor foi Udo Döhler. O empresário vencedor é agora o político vencedor, e isso em sua primeira eleição. No dia em que completou 70 anos, comemorou a passagem da idade e a vitória retumbante sobre um político experiente, apesar de jovem, comunicador exposto na mídia há anos, e com base forte nas igrejas evangélicas, com mandatos de vereador e deputado, e mais, com duas disputas à Prefeitura!

Udo sempre esteve na política, mas nos bastidores. A passagem pela Fundamas foi há tanto tempo que não se pode contar como atividade em gestão pública. Forte mesmo ele agiu em grandes temas institucionais para a cidade, em vários momentos que nem é preciso citar aqui.  Suas aparições sempre foram moderadas, tipo eu falo, vocês escutam. Jamais participou de enfrentamentos diretos, debatendo frente à frente em rádios, tvs, sendo sabatinado em reuniões de bairros, nas ruas. Era perceptível seu desconforto em frente às câmeras no início da campanha. Mas com o trabalho competente do jornalista Marco Aurélio Braga, o amigo Marcão, e uma equipe competente de marketing, Udo Döhler foi rapidamente melhorando, se adaptando ao meio, e ao final, estava encarando Kennedy Nunes sem rodeios.

Além disto tudo, o peemedebista enfrentou novamente o que já tinha enfrentado há alguns anos: as denúncias de preconceito, assédio moral, maus tratos em sua empresa. Nos bairros foi utilizada à exaustão a sua origem alemã, que era nazista, grosseiro, e que não gosta de negros, e até vídeo feito pelo PT mostrando uma suposta mulher que teria sofrido os maus tratos foi utilizada na última semana da propaganda eleitoral. Ao que se vê, o efeito foi contrário,  e Udo chegou ao segundo turno. Apresentado como gestor desde o o início, e não como político profissional, ele conseguiu mostrar as diferenças entre ele e Kennedy, colando a sua fama de bom gestor, comandante de uma empresa e de um hospital de sucesso.

Com a estratégia de expor o seu adversário em suas contradições, Udo foi aos bairros com a militância peemedebista, e pela internet os discursos de Kennedy foram mostrados em profusão com as idas e vindas da opinião do deputado pessedista. Os vereadores eleitos agarraram sua candidatura e foram à luta, um deles, João Carlos Gonçalves, chegou a virar um dos âncoras dos programas. Vencendo a timidez, as dificuldades com o sotaque carregado, a tensão dos debates, Döhler foi construindo uma virada histórica, que se consolidou no domingo.  E a Udo Döhler, o Blog Palavra Livre dá os parabéns ao Prefeito eleito, desejando uma ótima gestão, para o bem da nossa cidade.

Outro vencedor destas eleições é o deputado federal Mauro Mariani. Derrotado em 2008 quando foi desconstruído como candidato por sua origem política de Rio Negrinho, Mariani calçou as sandálias da humildade e foi à luta, se elegendo o federal mais votado da história de Santa Catarina em 2010 superando o ex-governador Esperidião Amin. Ainda com essas sandálias, abriu mão de ser o candidato do PMDB em Joinville este ano, abrindo caminho para a estratégia que LHS e o partido desenharam.

Assim, o deputado percorreu novamente o estado e ajudou o partido a conquistar 107 prefeituras. O seu futuro agora poderá ser o Senado Federal ou até mesmo o Governo do Estado em 2014. Isso se o partido em nível estadual permitir, já que hoje o presidente é Eduardo Moreira, atual vice-governador com Colombo. Mauro mostra assim que às vezes é melhor dar dois passos atrás, para poder dar um salto mais à frente. Política é isso.

Quanto ao PMDB e o PDT, são os partidos que representam a aliança de forma mais clara, e que agora tomam rumos com um novo fôlego. O PDT, que fez parte do governo Carlito até abril deste ano, decidiu ser participante da chapa com Udo Döhler em uma disputa dura no diretório. Lançou o jovem advogado Rodrigo Coelho à Prefeitura, mas depois mudou a rota e apostou como vice do empresário. Deu certo, e certamente agora vai crescer com a presença nos escalões de governo.

O PMDB mostrou mais uma vez que é a maior força política da cidade. Fez história novamente partindo do zero, construindo um nome mês a mês, utilizando de inteligência e estratégia, mobilizações, reuniões, e na hora H, partindo para as ruas e bairros. Assim como foi com Pedro Ivo, Luiz Henrique, Wittich Freitag, LHS mais duas vezes, agora volta ao comando da Prefeitura de Joinville com a fama de desenvolvimentistas, das grandes obras. Udo é um novato no partido, e tem fama de não dobrar à pedidos e apelos que não sejam com base técnica e em razões de gestão produtiva. Vamos ver logo à frente como será esse casamento novo, e a amostra virá pela disputa na mesa diretora da Câmara de Vereadores.

Que esses vencedores façam bom uso da confiança dos eleitores joinvilenses, que apostaram no retorno de um gestor comprovado, um empresário bem sucedido, para comandar a Prefeitura. A cidade espera por mais saúde – maior promessa de Udo – mais infraestrutura em todos os aspectos (pontes, elevados, pavimentação, etc), mais presença da administração nos bairros. Este Blog vai estar atento. Aos vencedores, nossos parabéns.

PMDB faz história, de novo

Cada momento tem seu peso histórico diferente. Mas de vez em quando são possíveis comparações. Daqui a duas semanas, completam-se 40 anos da primeira vitória do MDB em Joinville, com Pedro Ivo derrotando os três candidatos da Arena (à época, os partidos podiam lançar mais de um nome, depois somava tudo).

Quatro décadas depois, Udo Döhler conquistou a Prefeitura de Joinville após ter largado em desvantagem na campanha e, depois, no segundo turno. Convém lembrar outra dificuldade: nas outras duas eleições decididas no segundo turno em Joinville, não houve virada. E enfrentou, além do adversário direto, Kennedy Nunes, os partidos de outros dois candidatos derrotados no segundo turno, PT e PSDB. Udo derrotou os três e leva o PMDB de volta à Prefeitura depois de dez anos.

Em 2002, Luiz Henrique deixou o cargo de prefeito para concorrer a governador. O PMDB participou dos governos seguintes, mas como coadjuvante. Não bastasse, a vitória de ontem ficou ainda mais emblemática porque derrotou as pesquisas. Até os levantamentos internos do partido apontavam, na melhor das hipóteses, empate técnico.

Uma outra comparação com a vitória de 1972: um dos líderes da campanha de Pedro Ivo, um dos mais sorridentes na carreata da vitória pelo Itaum e Boa Vista naquela longínqua década de 70, se chamava Luiz Henrique da Silveira. Depois de quase meio século, Joinville elege um prefeito que disputou sua primeira eleição. Quem veio depois de Harald Karmann, já havia enfrentado as urnas. E a vitória de Udo veio no dia em que fez 70 anos.

Da coluna AN Portal de Jefferson Saavedra em AN

Unidos pelos bombeiros, e por que não pela saúde?

Cadê a união de Joinville pela saúde, como fizeram com o caso dos Bombeiros Voluntários?

Joinville é uma cidade com muitos contrastes. Alguns a cantam como a maior de Santa Catarina, maior PIB, maior em eleitores, em população, etc. Por outro lado, longe da pujança que alguns tentam vender, talvez para ganho de auto-estima, ou mesmo para amainar corações angustiados que sofrem, há falta de mobilidade urbana, de saúde melhor, de escolas de pé e funcionando. Joinville consegue mobilizar lideranças políticas, comunitárias, empresariais, religiosas, de todos os matizes, para defender o trabalho meritório dos Bombeiros Voluntários com direito à várias páginas e capas de jornais. Mas não se mobiliza para por fim ao abandono da saúde – vide caso do Hospital Regional de Joinville – que o Governo do Estado impõe à cidade. Para não falar da educação pública, esse tema fica para outra reflexão.

Dá pena ver um homem público como o médico Renato Castro dar um depoimento emocionado, e de forte teor político, de denúncia, ao relatar a falta de médicos, enfermeiros, funcionários enfim, para dar atendimento decente às pessoas, e principalmente para defender a vida de pacientes na UTI. Enquanto isso o secretário Dalmo Claro só pensa “naquilo”, ou seja, a implantação da gestão por uma organização social, a famosa OS para gerir o Regional. Porque tanta insistência nesse modelo? Temos uma OS administrando o Hospital Infantil na cidade, que já tratou de se desfazer da ala de queimados, por pasmem “falta de demanda”! Que é isso gente, tratar saúde como demanda, como se fosse algo comercial? Não cabe discutir demanda em saúde pública! Cabe sim é dar todas as condições para que a saúde seja oferecida em bom nível para a população. Dizem que agora ensaiam o fim da maternidade ali também. Então, pergunto, para quê OS? Para deixar a carne de pescoço para os hospitais públicos e ficar com o filé mignon?

Pergunta que não quer calar: quantas OS administram hospitais em Florianópolis? Ou em Lages, terra do governador Raimundo Colombo? Porque lá tudo pode ser público, há atendimento, verbas e contratações andam com mais celeridade? Por que Joinville sempre se ajoelha diante de interesses da Ilha? Temos deputados estaduais, Nilson Gonçalves, Kennedy Nunes e Darci de Matos, todos governistas. Temos dois senadores, Luiz Henrique e Paulo Bauer (esse dizem que não, mas…). Temos dois deputados federais, Marco Tebaldi e Mauro Mariani. Todos se unem para defender, repito com toda a razão, os Bombeiros Voluntários. E porque o movimento não acontece para exigir atenção à Joinville, à sua saúde! Para que trabalham nossos representantes eleitos gente?

A cidade jamais será grande se continuar subserviente aos interesses políticos da capital. Já tivemos governador eleito com base na quinta roda da carroça, com apelo ao fortalecimento de Joinville, mas continuamos sendo a quinta roda! Joinville tem de aprender a se unir sempre, políticos, empresários, comunidade, trabalhadores, em um só bloco para exigir ações efetivas, aí sim, de acordo com a pujança que representa para a economia, o desenvolvimento geral de todo o estado catarinense. Nossos políticos eleitos não podem se acovardar de defender a cidade que os elegeu porque há “entendimentos” individuais com o Governo do Estado! Só seremos respeitados quando o mesmo movimento que fez a Assembleia Legislativa votar a favor dos Bombeiros aconteça também para a saúde, educação, infraestrutura!

Até quando a população será ludibriada? Até quando veremos pessoas sofrerem, e até morrerem, por falta de atitude para resolver os problemas da saúde da maior cidade catarinense? Queremos ver urgentemente a mesma união na defesa aos Bombeiros para conquistar melhorias na saúde e em outras áreas! ACIJ, CDL, Acomac, Ajorpeme e lideranças todas unidas, fazendo coro pela cidade, até que os olhares se voltem verdadeiramente para a atenção aos mais de 600 mil cidadãos que aqui residem! E não só nas eleições, discursando temas vazios, levando nossos votos para nos deixar à mercê de todos os problemas. Compromisso com a saúde, quando vamos nos unir! Cadê o movimento de união agora senhores? Ou jamais seremos respeitados, ficando eternamento ligados aos aparelhos da UTI!

Terras-raras: Comissão discute tema em audiência pública nesta quarta (25/4)

A Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) realizará audiência pública quarta-feira (25) para discutir com o governo federal e a iniciativa privada o desenvolvimento de tecnologias de ponta que reativem a exploração das estratégicas jazidas de “terras raras” no País. Vitais para a indústria de alta tecnologia como os produtos higc-tech, mercado mundial movimentou US$ 2 bilhões em 2010, podendo chegar a US$ 9 bilhões no próximo ano. A proposta é de iniciativa do senador Luiz Henrique (PMDB/SC).

“Terras raras” – excelentes condutores de eletricidade e de calor altamente magnetizáveis são um conjunto de 17 elementos químicos com alto grau de pureza e concentração encontrados em jazidas minerais – indispensáveis para a moderna indústria de iPhones, iPods, Led’s, Laptops, lasers, TVs digitais, ressonâncias magnéticas, tomógrafos e até carros híbridos. Eles também são usados na formação das cores primárias: európio, para o azul; cério e térbio, para o verde; e outro íon do európio, para o vermelho.

A preocupação do senador se justifica. Antes dominado pelo Brasil – dono de grandes reservas, o mercado está com os chineses – detentores de 97% da produção mundial. Para que nosso País retome a liderança, Luiz Henrique requer que o Senado participe com o governo da elaboração de um programa de pesquisa de minerais tão raros e básicos – e os transforme em insumos para a criação de produtos complexos e sofisticados.

Estatizadas na década de 60, as minas brasileiras entraram em decadência. Até então os minerais eram extraídos e processados no País. Hoje o Brasil detém apenas 1% da produção mundial (650 toneladas) – apesar de terceiro no cenário mundial. É superado pela Índia, com 2.700 toneladas. A areia monazítica (que contém terras-raras), por exemplo, é comum nas praias do Espírito Santo e da Bahia.

O senador catarinense espera ouvir dos representantes governamentais e empresarial – que providências estão sendo adotadas para retomarmos a atividade e a liderança do mercado sem afetar o meio ambiente. Luiz Henrique preocupa-se particularmente com a questão ambiental que envolve a produção das “terras raras”. A exploração das jazidas produz elementos radioativos que exigem armazenamento especial que o Brasil não possui.

CONVIDADOS – Da audiência participarão: o secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do ministério das Minas e Energia, Claudio Scliar; o diretor do Centro de Tecnologia Mineral (CETEM) do ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Fernando Antonio Freitas Lins; o chefe do Departamento de Recursos Minerais da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais e Serviço Geológico do Brasil, Francisco Valdir Silveira; o superintendente de Desenvolvimento de Projetos da Indústrias Nucleares do Brasil, Adriano Maciel Tavares; e o empresário do setor de mineração, João Carlos Cavalcanti – que descobriu algumas jazidas no País.

Relatório dos ministérios convidados para a audiência já apontava em 2010 a necessidade de o governo brasileiro desenvolver novas tecnologias para o aproveitamento desses elementos raros. “Está na hora de o País voltar a ter destaque nesse mercado”, avaliam os técnicos.

Nesse rumo, as Indústrias Nucleares do Brasil (INB) – que assumiram a exploração nos anos 90, negociam com a Universidade Federal Fluminense pesquisas conjuntas no oceano Atlântico para identificar novos depósitos no País.

Já o professor de Ciências da Universidade de Tóquio, Yasuhiro Kato – uma das descobridoras dos metais raros, garantiu que se pode prover o consumo anual do mundo extraindo os metais em uma área de apenas um quilômetro. A tecnologia japonesa utiliza um ácido que acelera o processo de extração a tal ponto que em poucas horas retira-se entre 80% a 90% dos minerais do solo.

TERRAS-RARAS – Como não emite radiações visíveis, o elemento ítrio é usado como diluidor da luz emitida pela tela a fim de não ser absorvida pelos íons ativadores que a produzem. Já o neodímio tem propriedades magnéticas essenciais para o funcionamento de geradores e turbinas. Combinado ao níquel, o lantânio amplia o tempo e a autonomia das baterias. Já a combinação de neodínio, ferro e boro produz um poderoso ímã usado como vibrador de celulares.

Situados em águas internacionais próximas da costa oeste do Havaí e do leste do Tahiti, os 78 pontos dos minerais raros foram encontrados em depósitos com profundidades entre 3.500 a 6 mil metros. Matéria publicada em março pela revista Veja informa que novas jazidas começarão a ser exploradas em outros países como Austrália e Estados Unidos.

Bolshoi 10 Anos

Recebo convite da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil para participar de um café da manhã na sede da Escola para conhecer e saber do lançamento do aniversário de 10 anos da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil e do Calendário da Dança de Joinville. A

Agradeço o convite, mas no mesmo dia tenho compromissos fora de Joinville e não poderei comparecer. Mas as pessoas mais importantes estarão lá como o Presidente do Instituto Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, Valdir Steglich, o Supervisor Geral da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, Pavel Kazarian, o Prefeito Municipal, Carlito Merss, o Presidente da Fundação Cultural de Joinville, Silvestre Ferreira e a Presidente da Promotur, Maria Ivonete Peixer da Silva.

Ainda lembro quando o Bolshoi esteve se apresentando a primeira vez em Joinville, e da promessa do então Prefeito de Joinville e hoje Governador, Luiz Henrique da Silveira, de que traria uma filial da escola russa para a cidade. Em 2000 participei da instalação do Bolshoi em solenidade no Centreventos Cau Hansen, e também publiquei um texto sobre o que representava esse fato para Joinville, Santa Catarina e o Brasil. Espero que cada vez mais a Escola se enraize na cidade e aumente as oportunidades aos alunos de escolas públicas, formando cidadãos disciplinados e preparados para multiplicar esse conhecimento e cultura.