Amamentação: Postos de Saúde são certificados na Rede Amamenta Brasil

Oito postos de saúde de Joinville recebem, nesta quarta-feira (31/10), a certificação da Rede Amamenta Brasil, do governo federal. O certificado é concedido às unidades de saúde que desenvolvem ações e estratégias com o objetivo de incentivar, monitorar e elevar os índices de aleitamento materno na comunidade onde estão inseridas.

Em Joinville, serão certificadas as unidades Estevão de Matos, Lagoinha, Parque Joinville, Moinho dos Ventos, Jardim Edilene, Canela, Estrada Anaburgo e Leonardo Schilickmann (Iririú). A solenidade de certificação ocorre, às 9 horas, no plenarinho da Câmara de Vereadores de Joinville na presença de representantes da área técnica do Programa Nacional de Saúde da Criança do Ministério da Saúde.

“O Ministério da Saúde disponibiliza essa linha de ação para todo o território nacional, reforçando o compromisso de valorizar a formação de recursos humanos e de incentivar o aleitamento por meio de políticas públicas”, explicou a gerente da Unidade de Atenção Básica da Secretaria da Saúde de Joinville e tutora da Rede Amamenta, Janine Guimarães.

A Rede Amamenta Brasil foi implantada em Joinville em abril de 2011. Para aderir ao programa federal, Joinville capacitou 22 tutores e 233 profissionais de saúde de 12 unidades de saúde. Entre as atividades desenvolvidas para implementar a Rede Amamenta nas unidades de saúde estão: fluxogramas de atendimento da mamãe e do bebê em todas as unidades, palestras em escolas, realização de gincana da amamentação, visitas domiciliares da equipe de saúde logo após o nascimento do bebê com o planejamento de consultas para a mãe e o bebê, criação de grupos de gestantes e participação na Semana da Amamentação da Secretaria Municipal da Saúde.

Unidade Leonardo Schilickmann criou “cantinho da amamentação”
A Unidade Leonardo Schilickmann, uma das certificadas pelo Ministério da Saúde, foi muito além e criou a primeira sala exclusiva para amamentação dentro do posto de saúde. O espaço é todo decorado e dispõe de poltrona onde as mamães receberão instruções sobre as melhores formas de amamentação e a importância do leite materno. “Conseguimos 100% de adesão das gestantes de nossa região (bairro Iririú). Isso mostra o sucesso do programa”, comemorou a enfermeira Margarida Dalcin, responsável pela implantação do programa Rede Amamenta na Unidade de Saúde Leonardo Schilickmann.

HIV/AIDS: programa italiano reduz transmissão das mães para os bebês na África

Com a terapia correta, 97% dos bebês filhos de portadoras do vírus da aids (HIV) não nascem com a doença. A informação é da bióloga Zita Sidumo, que chefia o laboratório moçambicano de análise clínica do Programa Dream, mantido pela Comunidade Sant’Egídio, da Itália. Segundo ela, o resultado foi comprovado entre as mulheres que participam do programa nos dez países africanos que contam com o trabalho da entidade: Malawi, Quênia, Guiné, Guiné-Bissau, Camarões, República Democrática do Congo, Angola, Nigéria e Moçambique.

Em pouco mais de uma década, 1 milhão de pessoas em todo o Continente já passaram pelas sedes da instituição. O foco está na prevenção da chamada transmissão vertical, da mãe para o feto. “Fora do programa, a prevalência do vírus transmitido da mãe ao recém-nascido é muito maior”, diz Zita.

Estima-se que um em cada cinco africanos seja portador do HIV. Em algumas regiões, a incidência pode chegar a 60%. O Programa Dream, que não cobra nada dos pacientes e é financiado por doadores internacionais, acompanha a gestação e o nascimento do bebê, faz testes clínicos na criança e auxilia na introdução da alimentação após os seis meses, com voluntários que visitam casas e ensinam as mães a preparar alimentos de alto teor energético e baixo custo.

A voluntária Artemisa Chiziane, que dá dicas sobre alimentação e ajuda a aferir os resultados, diz que uma das queixas mais recorrentes das mães é que elas não têm alimentos adequados para oferecer aos filhos. Acabam dando comida sólida aos bebês antes do tempo, o que não é bom. “Um tomate fervido com um pedaço de peixe já dá uma sopa para um bebê”, ensina a voluntária.

O combate à subnutrição no tratamento da aids é fundamental, pois um organismo enfraquecido facilita a ação de doenças oportunistas, como a tuberculose, que pode matar. Além disso, as mães infectadas recebem medicamentos antirretrovirais e acompanhamento psicossocial, além de alimentos como farelo de soja, farinha de milho, óleo de soja e açúcar. “Não é só dar medicamentos, é uma abordagem holística. Recebemos o doente como se estivesse em casa”, disse Susana Chefa, coordenadora do programa em Moçambique.

Da Ag. Brasil