Semana de Biomedicina e Ciências Biológicas movimenta acadêmicos da Católica de SC

Os cursos de Biomedicina e de Ciências Biológicas da Católica de Santa Catarina promovem na próxima semana várias atividades para marcar o Dia do Biomédico, comemorado em 20 de novembro. A programação da Semana de Estudos terá como tema central “Saúde e Meio Ambiente” e contempla palestras e mini-cursos com a participação de profissionais de saúde e de docentes de Joinville e região. As palestras têm entrada gratuita e são abertas ao público. Já as oficinas são limitadas aos acadêmicos e é necessário fazer inscrição antecipada pelo site www.catolicasc.org.br.

A palestra de abertura ocorre no dia 20 (terça-feira), a partir das 8h, na Católica de Santa Catarina – Rua Visconde de Taunay, próximo da Avenida Gastronômica, no Centro, e será ministrada pela secretária da Saúde Antonia Maria Grigol, abordando o “Panorama geral da saúde joinvilense”. No mesmo dia, às 10h, acontecerá a palestra “Plantas medicinais: medicamentos ou veneno?” com a professora Kathryn Simão da Silva. No mesmo dia e horário, outra atividade ministrada pelo professor Eduardo Simão da Silva abordará o tema “Controlado pelo Estômago: hormônios gastrointestinais e a modulação do comportamento”.

No dia 21, a palestra inicial, marcada para as 8h, será com a representante do Hospital Municipal São José, Aline Gonçalves, debatendo o tema “Conceitos e procedimentos em radiologia”; às 10h, duas outras palestras também estão agendadas: uma destacará “Saneamento básico”, com a professora e representante da Companhia Águas de Joinville, Claúdia Rocha, e a outra “Educação Ambiental”, com a palestrante Denise Lemke Carletto, do projeto Toninha.

No último dia do evento, quinta-feira (22), às 8h, acontece o debate sobre “Fotocatálise heterogênea com TiO2: ação bactericida e a degradação de fármacos e outros resíduos”, com o professor Dianclen do Rosário Irala. Às 10h é a vez do professor Maikon Glasenapp palestrar sobre “Sustentabilidade e políticas públicas da saúde”.

Saúde capacita profissionais… enquanto isso nos hospitais e pronto-socorros… contradição?

A Secretaria de Estado da Saúde, realizou, na tarde desta quarta-feira, 24, em Joinville, a primeira etapa de uma capacitação voltada aos profissionais atuantes no Sistema Único de Saúde (SUS) de municípios da macrorregião Norte/Nordeste do Estado. A aula inaugural do curso “Cuidar de quem cuida” aconteceu na Sociedade Ginástica e contou mais de 400 participantes. “Para bem atender à população, é fundamental dedicarmos um tempo a nós mesmos. Estamos acostumados a servir ao outro e muitas vezes esquecemos das nossas próprias necessidades”, comentou o gerente regional de Saúde de Joinville, Douglas Machado.

O encontro inicial foi ministrado pela gerente da Escola de Formação em Saúde, Lenir Coelho Granzotto, que abordou a motivação no atendimento às pessoas. Com carga horária de 40 horas/aula, o treinamento ocorrerá em outras cinco fases, nas cidades onde os servidores desempenham suas funções. O conteúdo da capacitação reúne temas como comunicação e marketing pessoal, trabalho em equipe e relações interpessoais, saúde do trabalhador, do homem e do idoso, entre outros.

O curso tem por objetivo garantir a qualidade nos serviços de saúde pública prestados em Joinville, Araquari, Balneário Barra do Sul, São Francisco do Sul, Barra Velha, São João do Itaperiú, Garuva, Itapoá, Jaraguá do Sul, Corupá, Guaramirim, Massaranduba e Schroeder. Os municípios compõem as Gerências Regionais de Saúde de Joinville Jaraguá do Sul, integrantes das Secretarias de Desenvolvimento Regional (SDRs).

Unidos pelos bombeiros, e por que não pela saúde?

Cadê a união de Joinville pela saúde, como fizeram com o caso dos Bombeiros Voluntários?

Joinville é uma cidade com muitos contrastes. Alguns a cantam como a maior de Santa Catarina, maior PIB, maior em eleitores, em população, etc. Por outro lado, longe da pujança que alguns tentam vender, talvez para ganho de auto-estima, ou mesmo para amainar corações angustiados que sofrem, há falta de mobilidade urbana, de saúde melhor, de escolas de pé e funcionando. Joinville consegue mobilizar lideranças políticas, comunitárias, empresariais, religiosas, de todos os matizes, para defender o trabalho meritório dos Bombeiros Voluntários com direito à várias páginas e capas de jornais. Mas não se mobiliza para por fim ao abandono da saúde – vide caso do Hospital Regional de Joinville – que o Governo do Estado impõe à cidade. Para não falar da educação pública, esse tema fica para outra reflexão.

Dá pena ver um homem público como o médico Renato Castro dar um depoimento emocionado, e de forte teor político, de denúncia, ao relatar a falta de médicos, enfermeiros, funcionários enfim, para dar atendimento decente às pessoas, e principalmente para defender a vida de pacientes na UTI. Enquanto isso o secretário Dalmo Claro só pensa “naquilo”, ou seja, a implantação da gestão por uma organização social, a famosa OS para gerir o Regional. Porque tanta insistência nesse modelo? Temos uma OS administrando o Hospital Infantil na cidade, que já tratou de se desfazer da ala de queimados, por pasmem “falta de demanda”! Que é isso gente, tratar saúde como demanda, como se fosse algo comercial? Não cabe discutir demanda em saúde pública! Cabe sim é dar todas as condições para que a saúde seja oferecida em bom nível para a população. Dizem que agora ensaiam o fim da maternidade ali também. Então, pergunto, para quê OS? Para deixar a carne de pescoço para os hospitais públicos e ficar com o filé mignon?

Pergunta que não quer calar: quantas OS administram hospitais em Florianópolis? Ou em Lages, terra do governador Raimundo Colombo? Porque lá tudo pode ser público, há atendimento, verbas e contratações andam com mais celeridade? Por que Joinville sempre se ajoelha diante de interesses da Ilha? Temos deputados estaduais, Nilson Gonçalves, Kennedy Nunes e Darci de Matos, todos governistas. Temos dois senadores, Luiz Henrique e Paulo Bauer (esse dizem que não, mas…). Temos dois deputados federais, Marco Tebaldi e Mauro Mariani. Todos se unem para defender, repito com toda a razão, os Bombeiros Voluntários. E porque o movimento não acontece para exigir atenção à Joinville, à sua saúde! Para que trabalham nossos representantes eleitos gente?

A cidade jamais será grande se continuar subserviente aos interesses políticos da capital. Já tivemos governador eleito com base na quinta roda da carroça, com apelo ao fortalecimento de Joinville, mas continuamos sendo a quinta roda! Joinville tem de aprender a se unir sempre, políticos, empresários, comunidade, trabalhadores, em um só bloco para exigir ações efetivas, aí sim, de acordo com a pujança que representa para a economia, o desenvolvimento geral de todo o estado catarinense. Nossos políticos eleitos não podem se acovardar de defender a cidade que os elegeu porque há “entendimentos” individuais com o Governo do Estado! Só seremos respeitados quando o mesmo movimento que fez a Assembleia Legislativa votar a favor dos Bombeiros aconteça também para a saúde, educação, infraestrutura!

Até quando a população será ludibriada? Até quando veremos pessoas sofrerem, e até morrerem, por falta de atitude para resolver os problemas da saúde da maior cidade catarinense? Queremos ver urgentemente a mesma união na defesa aos Bombeiros para conquistar melhorias na saúde e em outras áreas! ACIJ, CDL, Acomac, Ajorpeme e lideranças todas unidas, fazendo coro pela cidade, até que os olhares se voltem verdadeiramente para a atenção aos mais de 600 mil cidadãos que aqui residem! E não só nas eleições, discursando temas vazios, levando nossos votos para nos deixar à mercê de todos os problemas. Compromisso com a saúde, quando vamos nos unir! Cadê o movimento de união agora senhores? Ou jamais seremos respeitados, ficando eternamento ligados aos aparelhos da UTI!

Médicos: Organização denuncia a participação de profissionais na ditadura argentina

Embora seu juramento ético estabeleça que devam velar pela saúde e a vida das pessoas, muitos fizeram o contrário. Segundo um relatório elaborado pela organização argentina “Médicos com Memória”, mais de mil e duzentos profissionais da saúde colaboraram nas salas de tortura e cometeram crimes de lesa humanidade durante a ditadura militar. Com isso, sustenta a organização, não só colaboraram com o horror de uma época, mas avalizaram, com seu silêncio, o sistema de saúde privatizante imposto pelo neoliberalismo desde março de 1976. Muitos médicos ainda permanecem impunes.

“A imposição do sistema repressivo por parte das forças armadas contou não só com o silêncio de uma sociedade ameaçada, mas com a participação ativa e a cumplicidade de civis, como é o caso da intervenção de médicos e outros profissionais da saúde”, explica em um relatório esta organização, criada em 2009, cujo objetivo tem sido elucidar o funcionamento do sistema de saúde durante a ditadura e identificar médicos, enfermeiros, psicólogos e técnicos médicos – civis e militares – envolvidos em crimes de lesa humanidade. Formada por vítimas da repressão, a “Médicos com Memória” decidiu procurar a verdade e denunciar os profissionais da saúde que colaboraram com a ditadura.

Dois mil e duzentos médicos são suspeitos de colaborar com a ditadura e, dos duzentos que já foram identificados em diferentes processos judiciais, a Justiça argentina só condenou uma dezena. Outros vinte profissionais já foram processados em causas por delitos de lesa humanidade.

“As pessoas sequestradas eram detidas e atendidas em condições infra-humanas. As mulheres pariam seus filhos em condições execráveis, encapuzadas e, assim como estavam, destruídas, eram separadas de seus filhos sem que se soubesse mais deles”, afirma o relatório, que assegura que “na estrutura operativa de cada centro clandestino ou prisão militar ou pública, os sequestrados eram torturados com o apoio de pessoal de saúde, militar ou civil”.

O organograma destes centros de tortura estava composto por pessoal médico militar de carreira ou ingresso como profissional às forças armadas, das forças de segurança ou como médicos civis contratados ou colaboradores, que prestavam serviços em hospitais, centros psiquiátricos ou maternidades públicas. “Participaram em atos aberrantes, chegando a atuar diretamente nos crimes que eram cometidos com o aval da maioria das instituições de saúde, tanto públicas como privadas, das obras sociais, universidades, entre outras”, acrescenta o relatório.

A “Médicos com Memória” detectou mais de 500 centros clandestinos de detenção e 200 centros de atenção à saúde que foram utilizados para a tortura. Também comprovaram a existência de trinta maternidades clandestinas que funcionavam dentro de centros assistenciais públicos.

“Os militares chegavam aos hospitais durante a noite acompanhados, muitas vezes, pelo médico encarregado do serviço de obstetrícia do estabelecimento. Os soldados chamavam o médico de plantão, a parteira, e transferiam as mulheres em trabalho de parto para outros recintos, fortemente vigiados. A mulher era atada à maca ou algemada e, às vezes, encapuzada para que não visse quem participava enquanto o parto era feito. Também realizavam partos clandestinos para depois entregar os bebês para falsas adoções. Muitos bebês não foram recuperados e muitos médicos têm um pacto de silêncio por haver participado neste inferno”, afirmou à Televisão Pública Carlos Ferreyra, cofundador da “Médicos com Memória”.

“Os que participaram nos partos foram cúmplices da apropriação de crianças nascidas em cativeiro e colaboraram dando informação sobre a aplicação de drogas aos detidos que depois eram atirados ao vazio nos voos da morte”, agrega o documento. Para Ferreyra, um dos aspectos que escondia a barbárie imposta pelo terrorismo de Estado tem relação com a ideia de desmantelar o sistema público de saúde existente até aquela época, ação que estava fortemente comprometida com grupos econômicos nacionais e transnacionais interessados em implantar um sistema sanitário excludente. A ideia da ditadura foi criar um “mercado de saúde”, o que permitiu que o setor privado crescesse de forma inusitada.

A “Médicos com Memória” afirma também que houve cerca de trinta médicos que se rebelaram ao não aceitarem a obrigação que lhes era imposta e perderam suas vidas. Outros, ao contrário, embora soubessem que estavam infringindo o juramento hipocrático, “supervisionavam as condições físicas dos detidos, a fim de continuar com a tortura, além de produzir boletins clínicos, forenses, e certidões de nascimento e de óbito falsas e apócrifas”.

“Nós, médicos, não podemos ficar impassíveis diante destes fatos que são a origem do delito de ocultação de identidade”, afirma o relatório e exige dos profissionais que informem o destino dos corpos “que se empilhavam nos necrotérios dos hospitais infectando as salas de cirurgia com cheiros nauseabundos”. O grupo estimula a criação de “comissões da memória” com o objetivo de investigar os níveis de participação das diferentes estruturas de saúde no terrorismo de Estado.

“É fundamental promover esse compromisso com as instituições, em especial com as faculdades de Medicina de todo o país, onde se sabe que alguns docentes elaboraram as famosas listas negras que deram lugar à desaparição de muitos estudantes universitários”, afirmou Ferreyra à agência Telam.

Da CUT Nacional

Proposta concede isenção do IR à médicos do SUS

De autoria do deputado André Moura (PSC-SE), o Projeto de Lei 2794/11 isenta do imposto de renda os proventos recebidos do Sistema Único de Saúde (SUS) por médicos. Pelo projeto, são isentos tanto pagamentos na forma de honorário como de salário.

André Moura argumenta que existe uma grande dificuldade para remunerar adequadamente os profissionais da saúde. Em sua concepção, outras possíveis soluções seriam reajustar o salário mínimo dos médicos ou fixar um piso salarial nacional para a categoria.

Para o parlamentar, a remuneração representa o maior fator de desestímulo a esses profissionais. “É preocupante o baixo índice de otimismo entre os médicos, registrado em pesquisa do Conselho Federal de Medicina”, afirma.

Tramitação
O projeto foi encaminhado para análise em caráter conclusivo pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Da Câmara dos Deputados

Saúde: mais de três mil vagas abertas na Atenção Básica

Médicos, enfermeiros e cirurgiões-dentistas de todo país estão sendo convocados a participar do Programa de Valorização dos Profissionais na Atenção Básica (Provab) que oferece 3,7 mil vagasde trabalho. O Ministério da Saúde em parceria com o Ministério da Educação e gestores municipais oferecem uma oportunidade de emprego que ainda pode ser parâmetro para a residência médica, caso seja interesse do profissional. Os médicos que tiverem uma boa avaliação de desempenho receberão pontuação adicional de 10% na nota nos exames de residência médica que porventura vierem a prestar. Além disso, os profissionais vão reforçar os recursos humanos da atenção básica em municípios com carência.

O período de inscrição no Provab foi prorrogado até o próximo dia 12. Estão sendo oferecidas 2 mil vagas para médicos, mil para enfermeiros e 700 para cirurgiões-dentistas.

“O Provab é mais um dos programas do Ministério da Saúde que visa ampliar a assistência principalmente aos usuários do SUS que ainda têm dificuldades para acessar serviços e profissionais de saúde. Além disso, o programa oferece aos profissionais participantes a oportunidade de conhecer diferentes realidades e de exercer a profissão onde a população mais necessita, fortalecendo a dimensão de relevância social de sua atuação.”, analisa o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

INSCRIÇÕES – O processo seletivo está dividido em duas fases: a fase de habilitação e a fase de seleção. A fase de habilitação vai até dia 12 de fevereiro, e as inscrições devem ser efetuadas via internet (clique aqui). Poderão se inscrever médicos, enfermeiros e cirurgiões-dentistas que tenham concluído a graduação, e que tenham registro profissional junto ao respectivo conselho de classe no início das atividades profissionais. Os candidatos deverão indicar, em ordem de preferência, as seis localidades em que desejam atuar.

Ao preencher o formulário eletrônico, o candidato deverá anexar arquivo contendo cópia do diploma de graduação ou certificado de conclusão de curso e cópia de documento de identificação com foto, conforme determina oedita lque traz a descrição detalhada do processo. Candidatos que encontrarem dificuldades técnicas para realizar a inscrição podem tirar suas dúvidas pelo endereço nti.dab@saude.gov.br.

Terão preferência os candidatos que tiverem se graduado em instituição de ensino superior que for entidade supervisora do município da vaga pretendida, tiverem nascido ou atuarem no mesmo estado da vaga pretendida e tiver maior idade. Também será considerada a ordem de inscrição.

Do Min. Saúde

Em protesto por salário, médicos do SUS paralisam nesta terça

Médicos do Sistema Único de Saúde (SUS) devem suspender nesat terça-feira (25) por um período de 24 horas o atendimento eletivo em 18 estados brasileiros – Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia e Sergipe.

No Piauí, a paralisação chegará a 72 horas. Em Santa Catarina e em São Paulo, algumas unidades de saúde devem suspender o atendimento por algumas horas. No Distrito Federal, em Mato Grosso do Sul, no Paraná, no Rio de Janeiro, no Tocantins e em Roraima, estão previstas apenas manifestações e atos públicos.

O movimento, coordenado pela Associação Médica Brasileira (AMB), pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam), tem o objetivo de protestar contra a baixa remuneração e as más condições de trabalho no SUS. A estimativa é que 100 mil profissionais de saúde deixem de trabalhar amanhã.

Nos estados onde haverá paralisação, serão suspensos os exames, as consultas, as cirurgias eletivas e outros procedimentos. O vice-presidente do CFM, Aloísio Tibiriçá, garantiu que o atendimento a emergências será mantido. “O movimento é a favor da população e não contra. Não vamos negar esse tipo de assistência”, disse.

Os médicos também reclamam da não implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), da defasagem da tabela do SUS, da ausência de um plano de carreira, das contratações sem concurso e da falta de isonomia salarial na rede pública.

O piso salarial definido pela Fenam em 2011 é R$ 9.188,22 para uma jornada de 20 horas semanais. Um levantamento divulgado pelo movimento indica que os valores pagos atualmente variam entre R$ 723,81 e R$ 4.143,6 – resultando em uma média nacional de R$ 1.946,91.

ABC Digital

Organizações Sociais são proibidas em SC, diz SindSaúde!!

E o povo óooo....

Dia 21 de setembro de 2011 o Tribunal Superior do Trabalho negou o pedido do Estado de Santa Catarina de anular a decisão da ação civil pública n. 5772/05, que proíbe o Estado de Santa Catarina de realizar contrato com Organizações Sociais. Essa decisão já estava transitado em julgado desde 2007, mas o estado conseguiu recorrer ao Tribunal Superior do Trabalho, mas sem sucesso.

Isso quer dizer que o plano de Raimundo Colombo de passar os 11 hospitais públicos do nosso estado para as OS’s  esbarra nessa decisão jurídica e todas as unidades que já estão sob domínio das OS´s, como o caso do Hemosc, Cepon, Hospitais Infantil de Joinville devem retornar para a administração direta da SES.

No estado do Mato Grosso uma decisão semelhante obrigou o estado a reassumir a gestão do Hospital Metropolitano do Cristo Rei, na cidade de Várzea Grande. Em São Paulo o Ministério Público entrou com ação civil pública contra a venda de leitos do SUS nos hospitais gerenciados por OS´s.

Ou seja, em todo o país se discute a ilegalidade da transferência da saúde para as empresas privadas.As Lei do SUS, n. 8080/90 estabelece que a iniciativa privada pode participar do Sistema Único de Saúde de forma complementar, e não de modo substitutivo como ocorre com as OS´s.

No regime das Organizações Sociais, o governo entrega toda a administração, gestão de pessoal e compra de materiais para empresas de direito privado qualificadas como OS e o estado passa a ser apenas fiscalizador. A OS recebe financiamento público e ganha autonomia completa na gestão dos serviços. O mais grave é que a unidade que é transferida torna-se extinta.

As contratações pelas OS´s são sem concurso público e as compras sem licitação. Até dos servidores estaduais podem ser cedidos para a empresa privada. E o atendimento dos pacientes fica a critério da OS, podendo atender convênios privados e particulares. Isso tudo infringe uma série de leis, por isso é que em todos os estados, várias OS´s estão sendo proibidas.

Em Santa Catarina o Conselho Estadual de Saúde possui uma resolução contrária ao regime das OS´s. O Conselho Estadual de Saúde também deve realizar um seminário ampliado para discutir a forma de gestão do SUS em Santa Catarina.

Fonte: SindSaúde