Há 11 anos uma triste história de erros da polícia e do jornalismo finalmente foram desnudados em um livro. Na Teia da Mídia (2011) chegava para documentar o quanto a falta de responsabilidade editorial, de exaustiva checagem dos fatos, e ainda da pressa por sair na frente de concorrentes com matérias de capa para vender mais, podem até matar. A polícia erra muito, e muitas vezes por motivos inconfessáveis, mas muito mais por egos inflados, desejo de aparecer nas telinhas e jornais. Jornalismo não tem o direito de errar.
Na Teia da Mídia conta a história de uma família, a família Plocharski, no famoso caso do Maníaco da Bicicleta que se passou na cidade de Joinville no estado de Santa Catarina, Brasil, no ano 2000. Portanto, há 22 anos completados em outubro passado. Um maníaco estuprador atacava mulheres na cidade, e o pânico tomou conta da população, que exigia atitudes do Governo do Estado. Criaram a Operação Norte Seguro, encheram a cidade de policiais, tudo para prender o criminoso. Ao final, estamparam o rosto de um inocente, o trabalhador braçal Aluisio Plocharski. Ninguém lembra do verdadeiro maníaco da bicicleta que foi preso somente em 2002, Marlon Cristiano Duarte.
Marlon foi depois condenado há mais de 50 anos de reclusão, mas por recursos interpostos, ele hoje cumpre a pena em liberdade condicional. E a família Plocharski? Pois é, os erros da polícia e imprensa destruíram a família literalmente. Dona Marli Plocharski, a mãe, faleceu em 2012, seis meses após o lançamento do livro. Ela foi a fonte principal de Na Teia da Mídia, e faleceu por complicações de saúde que se agravaram durante anos após a falsa acusação contra o seu filho Aluisio. Ludovico Plocharski, o pai, morreu em 2018, e o próprio Aluisio morreu três meses depois do seu pai. Uma tragédia. A família havia movido ações de reparação da danos morais e materiais ainda em 2001. Nenhum deles viu nenhuma nota de reais de indenização, e as grandes empresas de mídia que eram réus no processo, foram liberadas. Apenas o Estado de SC tem de pagar, o que se acontecer, só será recebido pela única filha que sobrou deste caso, porque já era casada, Áurea Plocharski.
O livro foi fruto de um estudo para conclusão da faculdade de jornalismo, e o tema foi escolhido porque dona Marli Plocharski queria justiça com sua família. Por acasos da vida, ela me encontrou e deste encontro nasceu o projeto no ano de 2002. Em dezembro de 2004 eu defendi a tese, e somente em dezembro de 2011 consegui finalmente, em companhia do advogado e jornalista Marco Schettert, lançar o Na Teia da Mídia. Hoje a edição está esgotada, mas a tragédia dos erros da mídia e da polícia estão registradas na obra que está em todo o país nas mãos de leitores e leitoras, em bibliotecas da cidade e arquivo histórico.
Infelizmente os erros continuam. É preciso ainda mais trabalhos e contestações de erros na forma do jornalismo atual, com exigências éticas que precisam iniciar pelos donos dos meios de comunicação. Sem isso, os erros seguirão criando vítimas, manchando reputações e causando mortes.
Um “combo” de erros graves da polícia de SC com erros de apuração e espetacularização da mídia catarinense e nacional que resultaram em destruição de uma família simples e tradicional. Este é o resumo do famoso caso ocorrido no ano 2000 em Joinville que deixou um saldo de nenhuma indenização às vítimas dos erros por parte da grande mídia – Judiciário livrou todos de pagarem pelos erros -, nenhuma punição aos delegados envolvidos e autoridades.
Apenas uma ínfima indenização foi definida pela Justiça para ser paga pelo Estado de Santa Catarina, o que não ocorreu até a morte do cidadão (2018) que foi injustamente exposto como o “Maníaco da Bicicleta”. A mãe faleceu em 2012, e o pai em 2018 um mês antes do filho. Esta é a marca produzida por um falso retrato falado, espetacularização midiática, a destruição de uma família.
Esta trágica história está registrada no livro “Na Teia da Mídia – A história da família Plocharski no caso Maníaco da Bicicleta” de autoria deste jornalista do Palavra Livre e do também jornalista e advogado Marco Schettert, lançado em 15 de dezembro de 2011, portanto há dez anos. A obra, com edição esgotada e encontrada apenas em sebos ou em lojas online, ou Amazon, tem duas partes.
A primeira que conta a história da família e sua relação com a mídia, e o seu enredamento por parte da polícia e da mídia que causaram danos irreparáveis à família. A segunda parte toca na questão jurídica, o dano moral que esteve claramente presente neste caso terrível que ensina como não investigar fatos criminosos, e como jamais apurar, escrever e divulgar imagens e fatos sobre pessoas sem checar, checar, checar, e ter absoluta certeza do que realmente ocorreu. Um “furo” jornalístico não pode valer mais que vidas.
Conheci Marli Plocharski, Ludovico Plocharski, Aluisio Plocharski e Áurea em 2002. Dona Marli, a mãe zelosa pelos seus, ouviu falar sobre um tal de Salvador Neto. Me encontrou e contou sobre como viviam em quase penúria total depois do caso. Falou detalhes, chorou, e pediu ajuda. Pedi autorização à ela para contar a história em livro, ela concedeu. A partir dali a vida se encarregou de adiar o meu trabalho, mas a amizade com a família seguiu forte.
Somente em 2011 com o apoio e incentivo do Marco Schettert, conseguimos editar e lançar o livro. Foi um sucesso de vendas e interesse, e deixou dona Marli mais feliz, buscando reparação da imagem do filho Aluisio, que teve a foto indevidamente divulgada como o tal maníaco. Em abril do ano seguinte (2012) realizamos outro evento, e em agosto ela faleceu. Complicações diversas com depressão.
Aluisio e Ludovico viveram até o início de 2018, o primeiro às voltas com depressão, alcool, falta de empregos. O segundo, que havia tentado o suicídio logo após o fato após o ano 2000 e vivia sob o problema da bebida também, tinha se recuperado um pouco, mas o diabetes evoluiu muito. No início daquele ano, em um espaço de um mês, Ludovico e seu filho morrem. Da família ficaram Áurea, o marido Braz e seus filhos. A família nunca mais voltou a ter uma vida normal e em paz, com desentendimentos entre irmãos, tudo iniciado com o “combo” de graves erros da polícia e mídia.
Ao lembrar e marcar esta data, desejo continuar a manter viva a luta de dona Marli e seu Ludovico pela recuperação da dignidade da família. Quero também manter viva a chama por um jornalismo ético, correto, baseado nas premissas básicas ensinadas nas boas faculdades. E que os agentes públicos e autoridades policiais aprendam a ter mais cuidado nas investigações e atos para desvendar crimes.
O livro “Na Teia da Mídia” já foi tema de muitas palestras, documentário acadêmico (clique aqui para ver), e espero que continue a fomentar discussões na área da comunicação, direito, justiça, direitos humanos e segurança pública. Infelizmente, os casos de erros policiais e da mídia não reduziram, aumentaram drasticamente desde 2013 – vide caso Cancellier. Mas não devemos jamais parar de denunciar e se opor a tudo isso.
Reitero aqui a minha gratidão à Áurea Plocharski, por sua resiliência e força, e toda a sua família, bem como a todos que desde aqueles tempos idos ajudaram a colocar o livro de pé, desde o parceiro Marco, diagramador, ilustrador, gráfica, livrarias, professores, todos que estiveram ao nosso lado.
“A injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo o lugar” – Martin Luther King
“Se ages contra a justiça e eu permito que assim o faças, então a injustiça é minha”- Mahatma Gandhi
“Teu dever é lutar pelo Direito, mas se um dia encontrar o Direito em conflito com a Justiça, lute pela Justiça”- Eduardo Juan Couture
“A ética deve acompanhar sempre o jornalismo, como o zumbido acompanha o besouro” – Gabriel García Márquez
“O jornalismo é, antes de tudo e sobretudo, a prática diária da inteligência e o exercício cotidiano do caráter” – Cláudio Abramo
“No jornalismo, não há fibrose. O tecido atingido pela calúnia não se regenera. As feridas abertas pela difamação não cicatrizam. A retratação nunca tem o mesmo espaço das acusações” – Felipe Pena
Há quase 20 anos, que serão completados no mês de outubro próximo, um homem inocente teve a sua imagem indevidamente associada ao de um estuprador que atacava mulheres em Joinville (SC), sempre se locomovendo pela cidade com uma bicicleta. O caso foi denominado como o do “Maníaco da Bicicleta” pela mídia e polícia. Na ânsia política da época por dar um final ao pânico que se instalou na maior cidade catarinense, Governo do Estado criou a Operação Norte Seguro, colocando dezenas de policiais na busca pelo criminoso. Nesta corrida pelos holofotes de paladino da justiça, a polícia civil errou feio ao usar a foto de Aluísio Plocharski para manipular e transformar em “retrato falado” do suspeito.
A partir daí o tal “retrato falado” foi parar nas mãos da imprensa e mídia em geral destruindo a vida de Aluísio e sua família, mãe Marli e pai Ludovico, além da irmã Áurea que já era casada e vivia em Guaramirim. Até no Fantástico da Rede Globo sua imagem foi parar. Esta triste história real virou o livro “Na Teia da Mídia – A história da família Plocharski no caso Maníaco da Bicicleta” publicado em 2011, de autoria do jornalista Salvador Neto, que escreveu a história e seus desdobramentos, e Marco Schettert, que fala sobre o dano moral no caso. Salvador Neto conheceu Marli Plocharski em 2001, e dali surgiu a vontade de contar o drama vivido pela família e apontar erros éticos e de atuação tanto da polícia quanto da mídia.
Para se ter uma ideia do poder destruidor dos erros da polícia e da mídia, dos quatro integrantes da família, três estão mortos. Marli Plocharski faleceu em 2012, meses após o lançamento do livro; Aluísio e seu pai, Ludovico, morreram em um espaço de apenas um mês em 2018. Quer dimensão de tragédia pior?
Desde que o livro foi lançado já foi base para novos estudos na comunicação e em faculdades de jornalismo no Brasil. Leonardo Kock, estudante de jornalismo no Bom Jesus/Ielusc, produziu um belo documentário baseado no livro Na Teia da Mídia, e deu o nome ao trabalho de “O Retrato”. Salvador Neto foi um dos entrevistados por Leonardo que hoje é repórter no jornal Vale do Itapocú em Jaraguá do Sul (SC) iniciando na carreira que é tão importante para a democracia, o estado democrático de direito e o direito à informação que a sociedade tem.
Bem produzido como trabalho acadêmico, “O Retrato” agora circula pelo país. Na semana passada foi objeto de reportagem do portal jornalístico “A Ponte” – www.ponte.org – focado em direitos humanos e segurança pública, e também no Yahoo onde o documentário também pode ser assistido em sua totalidade. Nos tempos que vivemos em que o jornalismo é atacado diariamente inclusive pelo presidente da República e seus seguidores, a democracia é ameaçada a todo instante não só no Brasil como no mundo, e movimentos fascistas buscam retomar o poder para instalar sua agenda autoritária, o jornalismo que informa e denuncia pode ajudar a barrar estes movimentos.
Trabalhos como “Na Teia da Mídia” tem o condão de ajudar no debate ético que deve prevalecer não só no trabalho dos jornalistas, na produção da mídia em geral, mas também na atuação do aparato policial do Estado, que precisa ter cuidados redobrados com a vida das pessoas. Importante também para motivar a estudantes de comunicação, direito, e agentes públicos de Estado para os cuidados que o seu trabalho tem para a vida das pessoas, para o bem e para o mal. Parabéns ao jornalista Leonardo Kock pelo belo documentário, que a sua carreira seja promissora e relevante para a sociedade.
Essa semana perdi uma das pessoas mais importantes da minha vida. Uma amizade que não foi longa, mas tão intensa que deixou marcas profundas. A perda de dona Marli Plocharski ainda é algo que custo a compreender. Foi tão rápido. E perdi uma das pessoas mais admiráveis que já conheci. Passados alguns dias da sua morte, hoje consegui escrever algumas linhas para desafogar o coração machucado. Espero que gostem, curtam, porque ela merece todas as homenagens!
“O mundo chorou essa semana, encharcando ruas, vielas, bairros, telhados na grande Joinville. As lágrimas dos anjos que nos rodeiam lastimavam uma grande perda para a humanidade, mas uma grande conquista para o Criador. Na última terça-feira, 31 de julho, o telefone toca ao amanhecer. Gi acorda e atende. A notícia é triste. Dona Marli Plocharski cansa da luta e nos deixa órfãos de sua bondade. O silêncio é minha resposta. Reverência a tão nobre ser humano. O silêncio, ah silêncio que precede a lágrima que vem aos olhos e se une à chuva que cai pela cidade. Um vazio invade minha alma.
Até agora não sei exatamente o que senti. Um misto de dor, perda, alivio. Não sei. Só agora senti coragem de escrever algumas palavras a essa mulher guerreira, amiga, mãe protetora, esposa leal e cuidadora, cidadã solidária que ajudou a tantas pessoas que faltariam paginas para escrever o nome de todas elas. A gente se questiona, muitas vezes, porque pessoas assim têm deixam o mundo, empobrecendo a humanidade, enquanto outras que não sabem o que é o amor incondicional, amor ao próximo, ficam a fazer maldades por aí. Com a morte de dona Máli, como carinhosamente era chamada por vizinhos, amigos e familiares, todos ficam órfãos. Eu, mais uma vez.
Minha primeira orfandade veio com a morte de meu avô, Helmut Bäehr. Eu tinha 10 anos, e ele tinha me presenteado com a primeira bola, de borracha, daquelas marrons que se usava para jogar handebol na escola. A pé, ele veio do Boa Vista até o Floresta onde morávamos, só para me dar o presente. A simplicidade era sua irmã gêmea. Saudades. Anos depois, já adulto, perdi minha segunda mãe, dona Alcina Ribeiro a quem com amor chamava de Táta. Minha infância passou no terreiro da sua casa de madeira escura, de assoalho, guarda-comida, fogão a lenha, pés de carambola, araçá, pitanga, cereja. Pão com manteiga, rosca, pão feito na chapa, lingüiça assada no fogo. Que perda!
E dona Marli. Quem entende os desígnios da vida? Nada havia entre nós até que um dia, por indicação de uma mulher, ela chega até este jornalista à procura de ajuda. Mal tinha começado minha fugaz passagem pela Conurb, e a recebi ocupando a mesa de reuniões do órgão, sob olhos curiosos. Frente a frente com aqueles olhos azuis, aquele rosto sofrido, a fala fina e nervosa. Ela queria apenas um apoio para dar o primeiro passo na produção de umas cucas, doces, os quais vim a conhecer depois, fazia com uma maestria digna das grandes cozinheiras e confeiteiras alemãs. Mas faltava comprar os ingredientes. Não tive dúvidas, comprei e levei até sua casa.
Lá na pequena casa de madeira da rua Carlos Parucker no Atiradores, enredamos uma amizade que só cresceu ao longo de dez anos. Sob folhagens, flores, pássaros e as telhas de um puxadinho que seria garagem, ela contou suas agruras, sua dor pelo que a família tinha passado pelo uso indevido da imagem de seu filho no caso do Maníaco da Bicicleta. Os problemas psicológicos. O desmoronamento da sua fortaleza familiar, algo muito prezado pelos descendentes alemães. Partiu dali meu trabalho de conclusão do curso de jornalismo, que acabou em livro lançado no final de 2011. Era um pedido dela, uma dívida que consegui honrar. Creio que isso a deixou menos triste, mais leve.
Seu enorme coração invadia minha vida. Vez por outra ligava dizendo que tinha um apfelstrudel para buscar lá. Ou sardinhas recheadas. Talvez uma torta de queijo. Perdi a conta de tantas vezes que ela fez todos os quitutes de aniversários dos meus filhos Gabriel, Lucas e João Pedro. Não negava nada, estava sempre ali, a postos para ouvir, ajudar, fazer. Que amor ao próximo tinha essa mulher! De repente começaram a acontecer coisas boas, e depois ruins. Consegui trabalho para ela no gabinete do deputado Mauro Mariani. Lá ela foi feliz, servindo a todos como se disso dependesse a sua felicidade.
Um dia caiu na rua e quebrou a clavícula. Teimosa, ainda foi trabalhar com dores sem contar a ninguém. Sempre com apoio do amigo comum, Edson Holler, conseguimos atendimento mas fizeram mal a reconstrução. Ela ficou com a mobilidade do braço reduzida. Isso diminuiu sua força e agilidade para preparar os marrecos recheados, perús, jantares, comidas em geral que produzia a pedido de muitas pessoas. Sua vida era a cozinha. Sempre desgostosa com a situação que manchou a imagem da família, a descendente dos Tilp e Schossland – famílias da tradicional Joinville – foi se fechando, entristecendo. Veio a depressão, problemas de saúde com hérnias.
A cada visita eu via que ela não reagia aos nossos apelos. Dizia que tomava os remédios, mas sequer tinha ido ao médico renovar receitas. Cuidava de todos, mas abandonou a si própria. No lançamento do livro estava bem, e junto com sua filha Áurea compareceu ao evento. Todos nós estávamos felizes. Mas neste ano, em abril, sua debilidade física era aparente. Vizinhos e amigos me ligavam para que interviesse, que ela me escutaria. Muitas conversas tivemos, mas ela também fazia que me escutava, mas já estava surda para apelos. Não comia mais. Passava mal. De repente a notícia. Marli está internada no Hospital São José.
Como doeu ver aquela amiga no leito hospitalar, machucada por agulhas de soros, os rins falindo. E ela dizia: “eu ainda vou sair daqui andando Salvador, você vai ver”. Infelizmente não vi. E dói saber que não terei mais aquele olhar carinhoso a me ouvir sobre as tramas da vida, as alegrias e tristezas. Dói não poder receber o telefonema amigo, a voz fina pedindo “vem aqui buscar um strudell”! Era a senha para uma conversa. Dói na alma perceber que uma alma tão leve, boa, de coração puro, nos deixou tão rapidamente. Por isso já disse que não sei o que senti quando veio a notícia de sua partida. Era terrivelmente duro a ver silenciada, inerte, cercada de tubos, maquinas, apitos. À porta da morte.
Questiono-me sobre o que mais poderia ter feito para ajudá-la. Talvez pudesse ter contribuído mais para tirar Marli do caminho escuro da depressão. Não sei. O fato é que agora ela se foi, deixando uma marca eterna em minha alma, em meu coração. No coração de centenas, talvez milhares de pessoas a quem estendeu a sua mão. A quem ensinou sobre a vida. A quem disse verdades, ainda que duras para quem as ouviu. Sentirei para sempre a sua falta. Passarei sempre pela pequena rua Carlos Parucker. Entrarei por aquele portão de madeira, buscando encontrá-la ali, sentada sob a garagem. Ou mesmo na sala.
Tenho certeza que ela está por aqui, a cuidar do seu Ludovico, do Aluísio, da Áurea, da Dayane e do Thiago, seus netos, do Braz seu genro. Muita gente, de tantos lugares se sente órfão dessa grande mulher. Tanta gente que só os seus grandes braços generosos poderiam abarcar. À família, os sinceros votos de pesar por essa perda irrecuperável. Vocês perderam a esposa, mãe, avó. Eu perdi mais uma mãe, uma amiga que me amparou em momentos importantes da minha vida. Serei grato eternamente. Mas fiquem certos que a cada silvo do vento por entre as flores e árvores e cantarolar dos passarinhos na casa que abrigou tanta gente, é ela, Marli Plocharski que estará a nos observar, cuidar e mandar bons fluídos, energia e amor a todos que aqui ficaram. Ela já está ao lado do Criador, e já trabalhando com afinco!
Adeus dona Marli! Com a sua partida, junto foi parte do meu coração. Temos poucos amigos com tanto valor. Sua falta será sentida e muito por todos nós, Gi Rabello, Rayssa, Vó Isolde. Mas sua memória e legado serão para sempre preservados em todos os momentos”.
Nada na vida você faz sozinho. Tampouco o planejamento, cronograma, execução, escrita e lançamento de um livro como o nosso – meu e de Marco Schettert – Na Teia da Mídia. Começamos tudo ainda em final de 2010, depois os transtornos durante 2011 até o lançamento oficial em 15 de dezembro na Midas, um momento inesquecível, mágico, cheio de amigos, leitores, autores, um grande presente de Natal para este jornalista. Neste ano começamos a outra parte dura dos autores: a continuidade da divulgação e venda das obras. Pensa que é fácil, não é não!
Já estive em palestras em faculdades como na Sociesc, na Feira do Livro no espaço Fala do Escritor, e agora uma noite de autógrafos feita ontem, quinta-feira, na Livraria Curitiba do Mueller Joinville (SC). Noite bacana, agradável, e vários amigos que estiveram na primeira ação na Midas, refizeram seu pacto comigo. Outros novos, e que não puderam aparecer em dezembro, estiveram lá para nossa alegria. Isso dá um animo redobrado, uma força que vocês não imaginam. Por isso que disse no início, na vida nada se faz sozinho, sempre há muitas pessoas e amigos envolvidos, e por vezes, até inimigos ou adversários, todos acabam ajudando e muito o caminhar. Como diz um ditado latino, acredito, o caminho se faz ao caminhar…
Pena que vários que esperávamos faltaram, assim como faltaram jornalistas, autores, e estudantes de direito e jornalismo pelo menos. Quem sabe os encontraremos em suas faculdades, ou redações…
Mas o que desejo mesmo é agradecer. Agradecer a minha amada Gi Rabello, companheira de todas as horas, de todos os humores (e maus humores também!), que surpreendeu ao abrir o evento com um fragmento do livro de Rubem Alves, “Ostra feliz não faz pérola”, momento sarau da noite de autógrafos, a quem desejo sempre todo amor, saúde, paz e sucesso, ela que deve ser em breve mais uma defensora do direito e da justiça. Mil beijos meu amor. Agradeço também aos amigos que já citei no Facebook, alguns que não via há anos como o Wilson da Costa, colega de trabalho nas multinacionais Coca-Cola e Pepsi-Cola há quase 20 anos… o tempo passa não é amigo velho?
Ver e conversar com Cleonir Branco, Mario Cezar da Silveira, Zeca Chaves, Leandro Schmitz, Eberson Theodoro, Jéssica Gelbcke, Jonathan da Costa, Silvana Ferreira, Andrea Sueli de Oliveira, Altair Nasário, Ana Paula Zeca Chaves (ehehe), dona Marli Plocharski a mãe de Aluísio, personagem central do livro e que passa ainda por dificuldades sérias de saúde, enfim, todos que lá estiveram nos prestigiando, eu e Marco. Desejos de muita saúde, paz, sucesso, alegrias, luz e sonhos, muitos sonhos para que possam realizar a todos! Muito obrigado, e nos ajudem a continuar a distribuição e divulgação do livro Na Teia da Mídia, valeu!!
Olá amigos e amigas, leitores do Blog Palavra Livre! No primeiro post do dia não poderia deixar de convidar a todos, mais uma vez, para compartilhar conosco de um momento mágico que é o lançamento de um livro, ainda mais quando este livro foi co-produzido por este jornalista, com a participação efetiva do advogado e também jornalista, Marco Schettert, amigo de longos anos e motivador da ação que tirou textos do fundo das gavetas para se transformar em obra. Nessa noite de autógrafos queremos não só promover o livro Na Teia da Mídia, uma história verídica, baseada em fato ocorrido em nossa Joinville (SC), mas também para encontrar amigos, colegas de profissão, escritores, amantes da literatura, enfim, todos que gostam da cultura, de jornalismo e das amizades que a vida nos oferece. Quero dividir com vocês mais um momento de felicidade, mesmo com essa chuvinha que teima em anunciar o inverno, friozinho gostoso que merece a reunião de amigos em grande encontro fraterno. Espero encontra a todos os leitores do Blog por lá, anotem, não se esqueçam, e de antemão já deixo aqui registrado minha gratidão a todos, e um enorme muito obrigado! Até lá hoje a noite!
Era para ter sido um dia, depois outro, e mais outro, depois cancela, marca de novo, e justamente hoje, quando já tinha compromisso na Ajorpeme de Joinville (SC), fui “convocado” a comparecer pela manhã para palestrar aos acadêmicos de direito da Sociesc – Campus Marques de Olinda. O tema, o livro do qual sou co-autor, Na Teia da Mídia. Confesso que a surpresa foi dupla. Primeiro por não ter me preparado, e segundo pela presença maciça de mais ou menos 70 acadêmicos, o que me deixou bastante satisfeito. Não só pela presença, mas também pela participação e atenção. A todos o meu muito obrigado!
As professoras Ana e Susimara me acolheram muito bem, deixando-me bem à vontade para falar de um tema que gosto de tornar público, os erros da mídia, da polícia, e os danos que podem causar à pessoas por suas ações. Me perguntaram se eu não tinha medo de trazer à tona um tema que envolve policiais, gente do poder. Respondi claramente que não. E não porque desejo caçar bruxas a todo custo, mas sim porque pretendo que a nossa obra, minha e de Marco Schettert – que não pôde comparecer por conta do chamado surpresa – faça com que os profissionais envolvidos tenham muito, mas muito mais cuidado no dia a dia de suas profissões.
Agradeço também aos acadêmicos que adquiriram o livro Na Teia da Mídia, uma obra que foi produzida de forma independente, aos quais desejo que ajude em seus estudos e reflexões acerca da sua profissão. Afinal, eu jornalista estava falando com futuros advogados, mas o tema permeia tanto a comunicação social quanto o direito, na medida em que a família Plocharski busca reparação por danos morais causados pelo Estado e órgãos de comunicação, e somente 11 anos depois conseguiu a condenação em primeira instância. Lembrando sempre que justiça lenta não faz justiça, remenda o erro apenas.
Aproveito também para avisar aos leitores do Blog que eu e Marco Schettert estaremos no espaço da Confraria do Escritor na Feira do Livro de Joinville no próximo domingo, 22 de abril, as 15 horas no auditório da Feira. Vamos conversar com a mediação do professor Nielson Modro, esperando a presença de quantos puderem ir ao evento. Também quero convidar desde já para a noite de autógrafos que faremos na Livraria Curitiba do Shopping Muller no dia 26 de abril (quinta-feira) às 19 horas. Lá também poderemos nos encontrar e conversar mais sobre livros, literatura e vida.
Desde criança sempre gostei de ler. Indução de minha mãe e meu pai. Todos os dias lembro de sentar ao lado do seu Zeny para ler – ou tentar – notícias de esportes, que eu mais gostava. Depois vieram enciclopédias, contos de Grimm, e tantos outros. A leitura me fez ser um bom aluno em redação. Detestava regras gramaticais, essas regrinhas que irritam, essas normas que nos cobram tanto. Mas amava descrever cenários, fatos, e conseguia escrever textos com os temas que os professores pediam. Me dei bem em tantos vestibulares, mas só me encontrei ao entrar e cursar jornalismo no Ielusc em Joinville (SC). Após longos anos de carreira de bastidores em marketing, comunicação e assessorias de imprensa, eis que consegui produzir um livro com o meu amigo jornalista e advogado, Marco Schettert. Na Teia da Mídia está na área desde dezembro de 2011, quando o lançamos na Livraria Midas em Joinville.
Por conta desse livro tanto eu quanto ele fomos convidados a participar da Confraria do Escritor pelo também amigo, escritor de mão cheia e homem das letras e comunicações, Jura Arruda. Nunca imaginei participar de algo do gênero, ainda mais em uma cidade como a nossa, maior do estado em muitas coisas, mas uma província em tantas outras. Fiquei felicíssimo, e já participei de algumas reuniões com tantos autores locais e regionais maravilhosos, gente que faz acontecer na literatura, na poesia, no conto, teatro, cinema e todas as outras formas de cultura. E por essa Confraria amiga é que vou participar, humildemente, da nova Feira do Livro de Joinville que começa nesta quinta-feira, dia 12 de abril.
Nosso livro Na Teia da Mídia estará a venda junto ao estande da Livraria Midas, em espaço reservado aos autores locais. Penso que estarei por lá em momentos diários nestes dias de festa das letras e leitura. E também participarei de debates da Confraria do Escritor no espaço do Auditório da Feira – que ainda vou conhecer assim como vocês – nos dias 15, um domingo, as 15 horas junto com a Giane Maria de Souza, autora de livros sobre o trabalhador joinvilense, com mediação do Jura Arruda. E também no dia 22 de abril, outro domingo, as 15 horas, também no mesmo Auditório da Feira, aí com meu amigo e parceiro Marco Schettert, com mediação de Nielson Modro, para falarmos da nossa obra, Na Teia da Mídia – A história da família Plocharski no caso Maníaco da Bicicleta.
Assim, agradecendo muito as oportunidades que me foram dadas pelo amigo Marco Schettert, pela Confraria do Escritor, por Sueli Brandão e o Instituto Feira do Livro, por tantos amigos que já compraram o livro e compareceram ao lançamento do mesmo na Midas, a tantos outros que sempre deram seu apoio em palavras, gestos, divulgação, e até em grana – não é fácil produzir algo independente – convido a todos e todas a compartilhar desses momentos mágicos que a Feira permite. Conversar com os autores locais, regionais, nacionais. Trocar ideias, saber como se constroem tantas histórias, se permitir crescer um pouco mais como seres humanos, pensantes que somos ou deveríamos ser.
Parabéns Sueli Brandão, Prefeitura de Joinville, patrocinadores, expositores, autores e população em geral que certamente prestigiará evento de tamanha importância para a sociedade. Nos encontraremos lá em meio a páginas de vida, letras que nos conduzem por tantos lugares, ares e vidas. Até lá!
Vejam só que alegria constatar que nosso trabalho no livro Na Teia da Mídia já tem repercussões entre alguns leitores que tiveram acesso à obra! Queremos compartilhar com os leitores do Blog, porque essas reflexões é que são nossos objetivos principais, confiram uma delas!
De Jéssica Panqueves “Boa Tarde! Na semana passada a Senhora Marli, esteve no escritório onde trabalho (Buettgen e Buettgen) e entregou um exemplar do livro “Na teia da mídia”, onde fez um breve relato do que ocorreu com sua família. Nessa ocasião pedi ao Dr. Gustavo Buettgen se pudesse ler o livro antes que ele. Terminei o livro hoje, e estou admirada pelo trabalho dos Senhores. A história trata a realidade da família, por passar por uma injustiças, humilhações em âmbito nacional. Gostaria de parabenizá-los pelo excelente trabalho.
Na leitura do livro surgiu uma reflexão de quantas outras milhares de pessoas que passam por situações parecidas e simplesmente deixam passar, ou que não possuem pessoas assim como os Senhores para relatarem seus sofrimentos e humilhações. Mais uma vez PARABÉNS e espero que muitas pessoas tenham a oportunidade assim como a familia da Senhora Marli tiveram em ter amigos, assim como os Senhores. Jéssica Panqueves”.
Do amigo e irmão Serginho, da Heat Eventos: “Quero um livro hein! Abraço amigo e parabéns, já ouvi muito comentário legal pela obra… Serginho”
Do advogado Salustiano Luiz de Souza “Vi na Midas o livro seu e do Marco Schettert. Como não tenho o e-mail dele, que é meu amigo, gostaria de enviar um grande abraço a vocês e parabenizar pelo lançamento. Se possível, gostaria que você transmitisse a ele. Muito sucesso”. Será transmitido Salustiano.
Em nome de Marco Schettert, e em meu nome, agradeço a manifestação da leitora. Fica o convite para os leitores do Blog participarem amanhã, dia 15 de dezembro, do lançamento na Livraria Midas às 19 horas. Estaremos lá para conversar com todos!