Jornalistas catarinenses vão à dissídio coletivo por aumento de salários

palavralivre-jornalistas-justica-trabalho-dissidioApós a quinta audiência mediada pelo Ministério Público do Trabalho, realizada nesta terça-feira (18/10), em Florianópolis, a intransigência do Sindicato das Empresas de Jornais e Revistas levou a Negociação Coletiva 2016 ao impasse. A solução do conflito será encaminhada ao Tribunal Regional do Trabalho, mediante ajuizamento de Dissídio Coletivo.

O Sindicato dos Jornalistas realizou duas assembleias antecedendo a audiência: uma no Grupo RBS; outra no jornal Notícias do Dia e TV Record News, do Grupo RIC Record. Em ambas, a categoria saiu das redações e manifestou sua indignação em frente ao prédio das empresas, em duas das maiores assembleias dos últimos tempos. Na RBS, os jornalistas voluntariamente usaram roupas pretas para marcar seu protesto.

A decisão unânime foi de rechaçar a proposta patronal de reajustar os salários em apenas 5%, frente a uma inflação de 9,83%. O Sindicato foi autorizado a fazer uma última proposta de conciliação e, caso não houvesse acordo, a encaminhar o dissídio.

Foi aprovada, também, uma agenda de mobilizações nas ruas e nas redes sociais para denunciar a postura patronal de desvalorização dos jornalistas.

Ouvidos de mercador
Na audiência no MPT, o SJSC fez nova proposta de reajuste salarial pela inflação, sem aumento real. Diante do fato novo, o procurador Alexandre Freitas apelou para a sensibilidade patronal, considerando a proposta bastante razoável diante da realidade.

O presidente do Sindicato das empresas, Ronaldo Roratto, e os advogados Carlos Motta e Aglaé de Oliveira, no entanto, sequer se dispuseram em abrir a possibilidade para uma nova consulta ao segmento empresarial.

“Não estamos autorizados, a assembleia das empresas aprovou 5%”, disse Motta, manifestando ao procurador que estava posto o impasse e encaminhando o conflito para dissídio coletivo.

O presidente do SJSC, Aderbal Filho, reconheceu que o dissídio não é bom para os jornalistas, que sofrerão com a defasagem salarial. Mas alertou ao presidente do Sindicato patronal que é pior ainda para os pequenos veículos.

“Uma coisa é a RBS ou a RIC terem que pagar as diferenças salariais de um longo período quando sair a decisão judicial, outra coisa são os jornais regionais que vão ter que pagar a conta por irmos ao dissídio”, disse.

Após a audiência, a assessoria jurídica do SJSC foi orientada a preparar o processo de dissídio, arrolando também o Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão de Santa Catarina, que mais uma vez não compareceu na audiência.

Com informações do Sindicato dos Jornalistas de SC

Mecânicos já pensam em paralisações nas fábricas porque negociações não começam

salarialMesmo após um mês da assembleia geral dos trabalhadores ter aprovado e encaminhado a pauta de reivindicações da categoria mecânica de Joinville e Região e de São Bento do Sul e região, apenas na cidade do planalto a negociação já teve uma primeira reunião, e nesta sexta-feira (5/4) deve avançar as conversas sobre índices de aumento, e quem sabe até já sair um acordo bom para ambas as partes.

Em Joinville, tanto o patronal da retifica quanto da indústria ainda não arrumaram tempo para negociar com o Sindicato dos Mecânicos o aumento salarial da categoria que tantos lucros rende aos patrões todos os anos. Dessa forma os trabalhadores e trabalhadoras podem compreender melhor em que lugar eles deixam quem produz, ou seja, no fim da fila. O Sindicato está ouvindo as reclamações da base nas fábricas, e a impaciência pela falta de negociação por parte dos patrões.

Segundo o presidente Evangelista dos Santos, a diretoria continua insistindo na marcação das reuniões para avançar rápido nos acordos coletivos, evitando paralisações, carros de som, mas é preciso mais vontade dos patronais, caso contrário, a pressão vai se intensificar. “Durante um ano inteiro os empresários embolsam grandes lucros porque os trabalhadores dedicam seu tempo, talento e profissionalismo. Agora, na hora de repartir o bolo, não querem sentar na mesa? Esperamos que isso aconteça ainda essa semana”, alerta Evangelista.

A data base que é 1 de abril já foi prorrogada por trinta dias. A proposta aprovada é de R$ 1,1 mil de piso salarial da categoria e aumento de 100% da inflação do período entre abril de 2012 e março de 2013, e mais cinco pontos de ganho real, o que deve representar algo em torno de 12%. O Sindicato orienta os trabalhadores e trabalhadoras a manter a pressão e conversas nas suas empresas.

Do Sindicato dos Mecânicos

Trabalhadores em greve na Tupy em Joinville (SC)

Três mil trabalhadores da Fundição Tupy entraram em greve na madrugada desta segunda-feira, em Joinville, e pararam em frente à sede da empresa, no bairro Boa Vista. De acordo com o sindicato que representa a categoria, a manifestação briga por um reajuste salarial de 10,5%, enquanto a empresa oferece 6%. Os trabalhadores pedem também por melhores condições de trabalho e a revisão de valores do Prêmio de Participação nos Resultados.

Uma assembleia do sindicato está marcada para às 13h30. Segundo a assessoria de imprensa da Tupy, a diretoria está em reunião neste momento e deve emitir um comunicado oficial ainda na manhã desta segunda-feira. A última greve ocorrida na Tupy foi em 1996.  Blog do Loetz: paralisação veio da indignação dos trabalhadores

Fonte: A Notícia On Line

Campanha Salarial dos Mecânicos 2012/2013 – Assembleia Geral será dia 3 de março

A Campanha Salarial 2012/2013 da categoria mecânica em Joinville (SC) começa oficialmente no próximo dia 3 de março  – sábado – a partir das 9 horas na sede central do Sindicato, localizada na rua Luiz Niemeyer, 184 – centro da cidade. Todos os trabalhadores da categoria que trabalham em empresas de Joinville, Garuva, Itapoá, Araquari, São João do Itaperiú e Barra Velha e região podem e devem participar desse momento importante, a largada da luta por salários mais justos e melhores condições de trabalho. Em São Bento do Sul a Assembleia Geral está marcada para o dia 25 de fevereiro, sábado, as 9 horas na sede do Sindicato dos Moveleiros, rua Francisco Engel, 33 – próximo a Sociedade Bandeirantes, e vale para todo o planalto norte.

A partir da próxima semana a diretoria do Sindicato vai entregar boletins informativos – A Tribuna dos Mecânicos – diretamente nas fábricas e em mãos dos trabalhadores. Os associados ao Sindicato, que mantém seus endereços em dia e atualizados, receberão o exemplar em suas casas, uma prática tradicional nos últimos anos. Uma mobilização maciça será feita para ampliar a participação da categoria na luta por seus direitos. Segundo o presidente João Bruggmann, que vai deixar o cargo antes da data-base em 1 de abril, a intenção é conquistar aumento salarial compatível com a evolução dos lucros que os empresários do setor metalmecânico tiveram não só em 2011, mas anteriormente também.

“O piso estadual de salários em nossa categoria já está em R$ 800,00 fruto da luta do Sindicato, demais categorias e centrais sindicais, o que vai pressionar a subida do nível salarial dos companheiros. Mas para ter força na mesa de negociação, e é bom que se diga que nada vem de graça para a folha de pagamento, precisamos dos companheiros nas assembleias de debate, e paralisando até a produção se for necessário. Tenho dito isso sempre, quase como uma oração que se repete sempre, buscando a conscientização dos trabalhadores”, destaca Bruggmann.

No mesmo dia da Assembleia Geral, a nova diretoria do Sindicato – eleita em outubro de 2011 – será apresentada para a categoria, e haverá um congraçamento após a reunião, para confraternizar o momento. O presidente João Bruggmann deixa o cargo após três mandatos que marcaram época no Sindicato, e passa a ser secretário de Finanças na nova gestão que inicia dia 7 de março. O atual secretário Geral, Evangelista dos Santos, que é da Metalúrgica Duque, assume o cargo com a missão de avançar ainda mais na luta da categoria e do Sindicato.

Do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região