Coluna Palavra Livre – Folha Metropolitana Junho/2

Obras do Rio Mathias – Agora é com o Ministério Público

Sem pizza e com mais de 300 páginas chegou ao fim a CPI do Rio Mathias, a obra que afundou o centro de Joinville. Encabeça a lista de responsáveis o ex-prefeito Udo Döhler (MDB), e depois seus ex-secretários do seu governo como Miguel Bortolini e Romualdo França e Jalmei Duarte. Relatório é robusto, com documentação que deve embasar o trabalho dos Ministérios Público Estadual e Federal. Será que alguém vai devolver o prejuízo à sociedade joinvilense?

Parabéns à CPI

Meritório o trabalho desenvolvido pelos vereadores integrantes da CPI, Willian Tonezi (Patriota), Neto Petters (Novo), e os membros Claudio Aragão (MDB) e Luiz Carlos Sales (PTB), e o relator Diego Machado (PSDB), que produziu o relatório final com equilíbrio e seriedade. Afinal, é para isso que o povo elege seus representantes, para fiscalizar o Executivo.

Previdência

Bancada pelo Sindicato dos Servidores Públicos de Joinville (Sinsej), uma auditoria no Ipreville vai dizer quem tem razão, se o Governo Adriano Silva (Novo) e sua base na Câmara, ou os servidores que denunciam o projeto de Reforma da Previdência e o déficit alegado pelo Governo. O tempo da auditoria é curto, mas os resultados podem deixar imagens no chão.

Candidatíssimo

Carlos Moisés tem dado mostras de que pegou o gosto pela governança, e quer mais. Após sobreviver a dois processos de impedimento, o Governador desandou a correr SC. Leva recursos, entrega obras e anuncia que vai pagar acima de R$ 5 mil aos professores. E vem mais por aí. Atitudes de quem não quer ir para casa e aposentadoria de bombeiro militar.

MDB adia

Soou a voz da razão no velho Manda Brasa. Em reunião na segunda-feira (21/6), as prévias que aconteceriam em agosto, foram adiadas. Não há data para acontecerem, e talvez aconteçam somente no início de 2022. Com o partido dentro de postos chave no Governo Carlos Moisés, seria um suicídio político no momento.

Tucanos retomam voo

Após se aventurar no apoio à vice-governadora Daniela Reihner na tentativa de derrubar o governador do cargo, o ex-deputado Gelson Merisio (PSDB) procura retomar o espaço no ninho tucano rumo ao Governo de SC em 2022. Tem andado com a presidente do partido, a deputada Geovânia de Sá, em roteiros notadamente no sul do estado.

Sem voos no norte

Merisio precisa andar pelo norte do estado para afagar seus correligionários e organizar o time. Antes referência para as disputas majoritárias nos tempos de Marco Tebaldi e Paulo Bauer, hoje as coisas anda mornas na região.

Fora do circuito

Joinville está perdendo seu protagonismo estadual, antes tão presente com LHS, Tebaldi, Freitag, Pedro Ivo e outros. No tabuleiro para o Governo do Estado para o ano que vem, não se fala na cidade. A maior do Estado perdeu musculatura política, e o atual prefeito ainda não consegue ser protagonista para tanto. Enquanto isso, Jaraguá do Sul ocupa seu espaço.

OAB

A disputa na OAB/SC virou eleição comum. Tem até torcida e pedidos de votos de lideranças políticas para alguns advogados da lista. Pelo menos acabou a hipocrisia, porque sempre houve política também na busca por espaços no TJSC.

Só motociatas?

O presidente Bolsonaro virá a SC mais uma vez, para passear. Em plena campanha por reeleição, cria eventos que aglomeram e poe em risco a saúde da população com a Covid-19. E nada de novidades para obras novas, e mais dinheiro para o Estado.

Luto Perdi muitos amigos e amigas para a Covid-19. Sofri com a doença, sei como ela age e faz sofrer. Já perdemos 500 mil vidas para a doença por falta de ação correta do Governo Federal, negacionismos, erros graves. A coluna se solidariza com todos que perderam seus entes queridos. Ao chegar a sua vez, vacine-se. Sua vida vale muito.

Força Tarefa tenta devolver a Via Gastronômica aos joinvilenses após desastre das obras do rio Mathias

Máquinas, tratores e equipamentos pesados completam a força tarefa de quase 40 profissionais que estão mobilizados na manhã desta quarta feira (26) na Via Gastronômica (Rua Visconde de Taunay) e rua Jacob Eisenhut, centro de Joinville (SC). Eles trabalham na instalação do sistema de drenagem e ajustes na rede de distribuição de energia elétrica.

A ação faz parte dos trabalhos de conserto das ruas e calçadas destruídas com as famosas obras do Rio Mathias que estão inacabadas após longos seis anos. Graças à forte mobilização dos empresários da região e cobranças da imprensa e oposição na Câmara de Vereadores, a Prefeitura de Joinville decidiu romper o contrato com o consórcio que estava responsável pelo projeto. Os prejuízos econômicos pelo atraso são incalculáveis.

Estão mobilizados profissionais de sub prefeituras de diversas regiões, da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), além de técnicos da Celesc e das companhias telefônicas. Os trabalhos iniciaram há cerca de cinco dias e devem seguir até a próxima semana se o tempo colaborar. A próxima etapa, segundo informações da Seinfra, será o recapeamento do asfalto com um material chamado fresado e, na sequência, a liberação do trânsito no local.

O mesmo serviço está sendo realizado na rua Jerônimo Coelho, que fica no coração da maior cidade catarinense. Para os empresários das regiões atingidas pelas obras do rio Mathias, este é um passo adiante na resolução deste problema que destruiu parte do comércio de Joinville, provocando centenas de demissões de trabalhadores e falência do comércio local. O prefeito Udo Döhler (MDB) e a bancada governista na Câmara de Vereadores impediram uma CPI para descobrir quem errou e como, para responsabilizar a quem de direito, mas o Ministério Público continua investigando a inoperância da Prefeitura em resolver o caso.

“O povo joinvilense mostrou que tem força. Podemos e devemos exigir que os projetos na nossa cidade sejam realizados de forma idônea e transparente. E, principalmente, que projetos e ações tragam resultados efetivos que contribuam para o desenvolvimento da cidade. Não podemos permitir que ações mal planejadas, ineficientes e desastrosas prejudiquem e enfraqueçam uma cidade como Joinville, que sempre foi forte, pujante e um destaque na economia do Brasil”, destacou Giovanna Locatelli, empresária do ramo gastronômico e também jornalista.

O trânsito ainda continua impedido até que as condições básicas de mobilidade, iluminação e tráfego sejam restabelecidas. A esperança dos empresários é que tudo esteja pronto para a retomada de negócios antes do final deste ano. O Palavra Livre acompanha há tempos esta “obra”, veja os links abaixo:

  • Rio Mathias – Manifestação, clique aqui.
  • Obras inacabáveis – Câmara, clique aqui.

Obras inacabáveis do rio Mathias é tema de reunião hoje na Câmara de Vereadores em Joinville (SC)

Após a inédita passeata de empresários – e também desempregados dos comércios fechados – contra a administração emedebista de Udo Döhler cobrando a finalização daquele desastre que se vê há seis anos na maior cidade catarinense com as inacabáveis obras do rio Mathias no centro de Joinville (SC), agora os empresários da área central da cidade vão cobrar os vereadores em reunião na Comissão de Urbanismo na tarde desta terça-feira (14) às 15 horas em reunião virtual devido à pandemia.

Importante ressaltar que além dos vereadores, o secretário de Infraestrutura, Romualdo França, deve participar desta reunião para dar explicações sobre como as coisas chegaram a este ponto, que inclusive gerou fechamento de comércios, restaurantes, desempregou pessoas e faliu inúmeros empreendimentos. Você pode acompanhar essa reunião ao vivo pelo link https://www.youtube.com/user/CamaraJoinville.

A Câmara de Vereadores de Joinville deve explicações à população joinvilense por este estado de coisas que acontece na cidade. Uma proposta de CPI para investigar as causas dos atrasos nas obras do rio Mathias não foi aprovada pelos vereadores, faltando apenas um voto para que acontecesse e a cidade soubesse, afinal, quais os erros, as decisões e valores que levaram ao estágio atual.

Aliás, agora a Câmara de Vereadores, sob a presidência do vereador do MDB, Cláudio Aragão, precisa explicar também a suspeita compra de café e leite para um lugar que inclusive não funciona administrativamente neste período de pandemia. Depois alguns políticos reclamam que o povo xinga e cobra suas atuações… Convenhamos né…

Em Joinville (SC), pré-candidato dá “recomendações” ao prefeito Udo Döhler

Considerações, e depois, recomendações. Nesta ordem, o empresário da construção civil e pré-candidato pelo Podemos a Prefeito de Joinville (SC), Ivandro de Souza, apresentou em vídeo no Facebook e demais redes sociais as críticas sobre a inacabável obra do Rio Mathias que corta o centro da maior cidade do Estado. O problema é tão grande que até empresários que ajudaram o atual prefeito Udo Döhler (MDB) a conquistar as duas eleições (2012 e 2016) não aguentam mais a situação de abandono do centro onde as obras deixaram rastro de destruição que já dura seis longos anos. Até passeata teve esta semana pelas ruas centrais com direito a apitaço, buzinas e cartazes contra Udo, deputados e vereadores. O Palavra Livre publicou, leia aqui.

O pré-candidato gravou o vídeo falando sobre as “recomendações” em meio às famigeradas obras inacabáveis do rio Mathias, centro de Joinville

Ivandro já foi secretário de Habitação do município na gestão do falecido ex-prefeito Marco Tebaldi. Na corrida eleitoral que chega, tem investido em presença nas redes sociais com lives e vídeos sobre temas da cidade. Com esta “lição” ao Prefeito que deseja fazer o seu sucessor, o pré-candidato do Podemos busca apontar as fragilidades da gestão emedebista na cidade e se posicionar. As eleições serão em novembro, e as campanhas terão que ser muito mais criativas diante das dificuldades impostas pela pandemia do coronavírus. O Podemos busca construir uma frente de partidos para a disputa.

Segue a nota enviada pelo Podemos e o pré-candidato ao Palavra Livre:

“OBRA DO RIO MATHIAS
NOTA PÚBLICA DE RECOMENDAÇÃO AO
PREFEITO DE JOINVILLE

Considerando:
• Que as obras iniciaram em 2014 com prazo de execução de dois anos e se estendem até o momento sem uma perspectiva de finalização;
• Que o Ministério Público Federal se pronunciou sobre o cancelamento do contrato com o consórcio de empreiteiras já em 2018;
• Que o Ministério Público de Santa Catarina voltou a cobrar informações sobre o andamento dos processos administrativos e eventuais punições pelos atrasos nas obras do rio Mathias;
• Que foi aberto Inquérito civil em abril de 2020 pela 13ª Promotoria de Justiça de Joinville;
• Que o Secretário de Obras da Prefeitura de Joinville, Eng. Romualdo França, se manifestou favorável ao cancelamento do mesmo contrato em 2018 e voltou a mesma recomendação nesta semana, atribuindo a responsabilidade da continuidade das obras a uma decisão unilateral e pessoal do prefeito Udo Döhler;
• Que cinco vereadores da cidade estão há mais de ano, em mobilização para abertura de uma CPI para investigar diversas irregularidades nas obras;
• Que os prejuízos causados aos comerciantes e moradores atingidos pelas obras são incalculáveis;
• Que os transtornos causados a mobilidade urbana nas vias atingidas pelas obras são evidentes;
• Que também é evidente a falta de acordo e entendimento entre a Prefeitura Municipal de Joinville e o consórcio de empreiteiras responsável pelas obras;
• E por fim, considerando o clamor público para uma solução a toda esta insustentável situação é que:

Recomendo ao Exmo. Sr. Prefeito Udo Döhler:
• A imediata contratação de um laudo técnico da obra, a ser realizado por uma empresa de engenharia especializada e independente. Para, com base nas orientações deste laudo, tomar as decisões técnicas adequadas e necessárias à conclusão da obra;
• Devolver aos joinvilenses, no prazo de 45 dias, as ruas, calçadas e praças afetadas pelas obras, em perfeitas condições de uso; bem como desativar os canteiros de obras, retirar os tapumes, tampar os buracos, recapear as vias atingidas e recompor a iluminação pública, propiciando mobilidade e segurança aos cidadãos. Enquanto a cidade aguarda a contratação, o desenvolvimento e a conclusão do laudo técnico, mantém-se estas condições;
• Criar mecanismos legais para indenizar as empresas, lojistas e moradores, amenizando os prejuízos causados pelas obras;
• Manter total transparência e comunicação oficial periódica à população, que permita acompanhar o andamento da obra, que é de interesse de toda sociedade joinvilense.

Ivandro de Souza
Construtor e Pré-candidato à prefeito de Joinville”

As dicas que estão no texto são interessantes para que o problema seja resolvido na região, que vê empreendimentos fechados e fechando, gerando desemprego, falências e insegurança para a população. O vídeo você pode assistir clicando aqui.

Obras infindáveis do Rio Mathias mobilizam manifestação em Joinville (SC) nesta terça-feira (7)

O prefeito Udo Döhler está finalizando o seu mandato este ano após oito anos, e vai enfrentar talvez a manifestação mais dura e incisiva contra uma ação do seu Governo que deixou o centro de Joinville (SC) minado de buracos de uma obra que nunca acaba, a do rio Mathias. Pior que não acabar é o que ela tem gerado, fechamento de comércios, restaurantes, demissões de trabalhadores, e uma destruição total de uma rua que já foi um marco turístico e gastronômico da maior cidade catarinense, a rua Visconde de Taunay.

Descontentamento a olhos visto na antes festiva avenida gastronômica em Joinville (SC)

Por isso tudo e mais um pouco, empresários e trabalhadores cujas empresas foram severamente afetadas pelas obras do rio Mathias no centro da cidade farão uma manifestação nesta terça-feira (6/7). A imagem de abertura da matéria é do movimento dos empresários e mostra a tensão instalada. A passeata sai da rua Visconde de Taunay às 12h e segue em direção ao centro, passando pela Rua Engenheiro Niemeyer, Av.JK, Praça Nereu Ramos, Rua do Príncipe e terminando na Jerônimo Coelho, uma das mais afetadas. Este é o trecho onde dezenas de lojas e restaurantes faliram em decorrência das obras.

A ação deve chamar a atenção do Ministério Público, do Tribunal de Contas do Estado, que já receberam denúncias formais, e da população para os resultados desastrosos e gravíssimos provocados pelas obras de Macrodrenagem do Rio Mathias. O objetivo principal da manifestação é exigir do Prefeito de Joinville um posicionamento mais efetivo sobre a solução do problema. Os empresários querem que Udo Dohler resolva o problema antes de deixar o governo da cidade.

Obra mal planejada, parada há anos e sem previsão de retorno ou cancelamento
As obras de macrodrenagem do rio Mathias estão paradas há meses, muito antes da pandemia. O Consórcio formado pelas empresas Motta Júnior e Ramos está em guerra com a Prefeitura de Joinville, que sinalizou a intenção de rescindir o contrato com a empreiteira responsável pelas obras. A Motta Júnior e Ramos recolocaram as máquinas nas ruas, porém, não retomaram os trabalhos. A Prefeitura não teria comparecido à reunião com os responsáveis pelo Consórcio naquela ocasião.

Desde então, as obras estão paradas e não existe uma decisão à respeito. O projeto prevê a construção de uma galeria de 2,5 km por debaixo das ruas na área central da cidade, além de um sistema de contenção e escoamento do Rio Mathias, a fim de diminuir as cheias causadas pela alta de maré no Rio Cachoeira.

As obras começaram em 2014, com previsão de término em dois anos. O atraso já supera seis anos e incontáveis prejuízos para o comércio local. Segundo dados da Prefeitura, o valor do investimento previsto na licitação foi de R$ 45.872.405,22, mas devido aos aditivos, os gastos ultrapassam os R$ 53 milhões.

Perigo a vista com tubulações da fiação elétrica que era subterrânea

Segundo denúncia apresentada ao Ministério Público, a obra tem graves problemas desde o início. O projeto executivo apresenta quase 70 falhas pontuais o que geraram diversos aditivos de contrato. Peças fora das especificações técnicas foram adquiridas. Algumas, inclusive, teriam sido instaladas em parte de Jerônimo Coelho, e que não teriam sido aprovadas no teste pressão e que não suportariam o peso do trânsito de veículos. Obras paradas, buracos abertos, máquinas na pista, tapumes espalhados na cidade.

Luto no comércio da Jerônimo Coelho e Via Gastronômica destruída
A Jerônimo Coelho abrange um ponto onde o comércio de rua era efervescente até o início das obras. Uma referência em Joinville. Depois de seguidas falhas na operação das obras, quase todas as lojas da região faliram, deixando centenas de desempregados. Isso provocou um colapso na economia de toda a cidade. O mesmo aconteceu na Visconde de Taunay, conhecida como Via Gastronômica. Dos sete restaurantes do trecho entre o Hotel Tannenhoff e a R. Jacob Eisenhut, apenas um continua com as portas abertas, amargando 70% a menos de faturamento e 80% dos funcionários demitidos.

Imagem da rua Jerônimo Coelho, que nos bastidores dizem que não pode mais receber peso diante da má qualidade das galerias

Serviço:

O quê: Manifestação Obras do Rio Mathias.
Quando: 6 de julho (terça-feira)
Hora: 12h.
Como: Saída Rua Visconde de Taunay (Slice Pizza), rua Engenheiro Niemeyer, Avenida JK, Praça Nereu Ramos, Rua do Príncipe, Rua Jerônimo Coelho.