Eleições 2020 – Em Joinville (SC), PSDB e Novo realizam suas convenções

A pandemia alterou a rotina de tudo na vida dos brasileiros, até o processo eleitoral mudou suas datas. O TSE marcou as eleições deste ano para os dias 15 e 29 de novembro, em primeiro e segundo turno. Na maior cidade catarinense, Joinville, dois partidos anunciaram suas convenções partidárias para o primeiro dia liberado pela Justiça Eleitoral, 31 de agosto, próxima segunda-feira. PSDB e Novo querem oficializar o quanto antes os nomes para Prefeito, Vice e nominata de vereadores. O prazo final para as convenções vai até 16 de setembro. A liberação para a campanha propriamente dita inicia em 27 de setembro e vai até 14 de novembro.

PSDB vai ter disputa
O diretório municipal do PSDB de Joinville agendou sua convenção partidária para a próxima segunda-feira (31). Dois vereadores disputam a indicação tucana, Rodrigo Fachini e Odir Nunes. A convenção ocorre a partir das 14 horas, encerrando às 20 horas, na rua Dona Francisca nº 1011 – centro. Estarão aptos a votar 71 pessoas – os membros titulares do diretório municipal e delegados titulares à convenção estadual, membros titulares do diretório estadual, com domicílio em Joinville, além dos vereadores.

Os trabalhos estão sob a organização do presidente do diretório municipal do PSDB, Carlos Caetano. A convenção também definirá a possibilidade de abertura de negociação com outras siglas, visando o pleito de 15 de novembro. Inicialmente o partido tinha os nomes do ex-senador Paulo Bauer, ex-deputado Gelson Merisio, o médico Valdir Steglich, o vereador Odir Nunes, e o empresário Cromácio da Rosa como nomes que poderiam ir à disputa. O vereador Rodrigo Fachini, ex-MDB, chegou à sigla no início deste ano e também colocou o nome à disposição.

Agora somente Odir Nunes e Fachini continuam na disputa. Fachini tem a simpatia e o apoio do diretório municipal, estadual e nacional. Nas últimas semanas ele tem intensificado estes contatos e divulgado à imprensa os apoios do presidente municipal, Carlos Caetano, da presidente estadual, deputada federal Geovânia de Sá, e o presidente nacional da legenda, Bruno Araújo. O grupo ligado à Fachini no partido chegou a dizer que o vereador Odir Nunes só teria o voto dele na convenção, porque o diretório estaria fechado com a indicação de Fachini.

Odir Nunes, por seu lado, diz que esta versão poderá ser verificada na convenção. Maior opositor do governo do prefeito Udo Döhler (MDB) na Câmara de Vereadores, parlamentar experiente já com oito mandatos e passagens por funções executivas na Casan e Secretaria Municipal, Odir garante que vai à disputa para vencer. Tem espalhado uma lista de razões para que os tucanos o escolham como candidato a Prefeito de Joinville, como por exemplo, experiência parlamentar, administrativa, ter sido Presidente da Câmara de Vereadores, líder do governo Tebaldi e conhecedor profundo da cidade.

Novo faz convenção online
Adriano Bornschein Silva e Rejane Gambin devem ser aclamados como candidatos a Prefeito e Vice na chapa do Novo em Joinville. A convenção do partido será online e realizada a partir das 20 horas. Participarão do processo os filiados ao partido que tem como novidade a escolha dos seus candidatos com base em um processo seletivo para, segundo eles, dar formação e qualidade aos quadros partidários. O Novo também afirma abdicar do uso dos fundos partidário e eleitoral.

Adriano Silva é empresário ligado à família tradicional de Joinville que tem negócios ligados ao ramo farmacêutico. Formado em Administração, é presidente da empresa farmacêutica Catarinense Pharma, onde ocupou diversos cargos de direção. Foi vice-presidente da Sociedade Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville. Rejane Gambin é formada em Jornalismo pelo Bom Jesus Ielusc, com 25 anos de trabalho em empresas de comunicação como RBS TV, Rede Record, Jornal A Notícia, Rádio Itapema e Floresta Negra FM. Foi professora de jornalismo na Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, e no Ielusc, em Joinville.

Com PSDB e o Novo realizando suas convenções partidárias, a corrida eleitoral começa a tomar forma em Joinville. O Palavra Livre vai acompanhar tudo para você.

Disputa no PSDB de Joinville (2) – Rodrigo Fachini tem apoio das executivas nacional, estadual e municipal, diz aliado

A nota publicada pelo Palavra Livre sobre a disputa dentro do PSDB de Joinville (SC) – leia aqui – para decidir quem será o candidato a Prefeito pelo partido repercutiu no meio tucano. Aliados do vereador Rodrigo Fachini entraram em contato com o Blog para garantir que o pré-candidato do partido é Fachini, que teria o apoio total do partido em nível nacional, estadual e municipal. Na matéria publicada na última quinta-feira (6), o vereador Odir Nunes confirmou sua intenção em disputar com Fachini e Cromácio José da Rosa a indicação do PSDB para a disputa à Prefeitura. O posicionamento de Odir acirrou ânimos no ninho tucano.

Um dia antes o vereador Rodrigo Fachini divulgou nota sobre sua visita ao presidente nacional da legenda, Bruno Araújo, que hipotecava total apoio a ele para que seja o candidato tucano à sucessão de Udo Döhler (MDB). Recentemente, em 18 de maio, o Palavra Livre noticiava que Fachini era o nome escolhido pelo partido (leia aqui). A nota que garantia isso vinha da executiva municipal e também da estadual, mas não confirmava que o vereador seria o único pré-candidato. Na fila também estavam o ex-senador Paulo Bauer, o ex-deputado e ex-presidente da Assembleia Legislativa, Gelson Merisio, e o vereador Odir Nunes.

Agora, ao que parece, os nomes de Paulo Bauer e Merisio saíram de cena momentaneamente, mas Odir mantém disposição. Cromácio José da Rosa, recém curado da Covid-19, respondeu ao questionamento do Palavra Livre. Segundo Cromácio, ele não é pré-candidato e o momento não é para o vereador Odir Nunes. “Respeitamos o vereador, um valoroso quadro do PSDB, mas ele precisa se engajar para ajudar a eleger o Rodrigo, pois estará fazendo um gesto nobre em prol da cidade”, afirmou Rosa. Ele também garante o apoio nacional, estadual e municipal a Rodrigo. “Ele representa o novo, é integro e conhecedor da cidade, tem habilidade para liderar e formar equipe”, destacou.

O Palavra Livre perguntou à Cromácio também sobre os nomes de Bauer, Merisio e Valdir Steglich como os possíveis pré-candidatos. Cromácio ressaltou a história de Bauer e Merisio, mas nada falou sobre Steglich. “Queremos dar vazão às vozes que vem das ruas e Fachini reúne as condições ideais para governar Joinville”, finalizou Cromácio. Pelo que se vê, teremos alguns capítulos ainda sobre a disputa tucana para decidir quem vai enfrentar as urnas para a eleição à Prefeitura da maior cidade de Santa Catarina.

Vai ter disputa no PSDB de Joinville (SC) – Vereador Odir Nunes confirma pré-candidatura a Prefeito

“Eu estou preparado para recolocar Joinville nos trilhos”. Com esta frase o vereador Odir Nunes confirmou que é pré-candidato a Prefeito de Joinville, maior cidade de Santa Catarina. A convenção dos tucanos está agendada para setembro, e o vereador diz que vai para a disputa interna confiante em ser o indicado do PSDB para as eleições municipais marcadas para 15 de novembro. Além de Odir, dois nomes estão colocados para a escolha dos filiados: o vereador Rodrigo Fachini, ex-MDB e ex-presidente da Câmara, e Cromácio José da Rosa, que já foi presidente municipal do partido.

Odir Nunes ganhou espaço midiático nas últimas semanas após ter enfrentando uma representação pública pedindo a cassação do seu mandato. O cidadão alegava que o veterano vereador estava incitando a violência contra idosos ao ter falado em um discurso inflamado que “o prefeito deveria levar uma surra”, e assim teria quebrado o decoro parlamentar. Com maioria governista ligada ao prefeito Udo Döhler (MDB), e comandada por outro emedebista, Cláudio Aragão, a Câmara acatou a representação em tempo recorde, quebrando normas legais. Além disso, o cidadão que apresentou a representação era um condenado pela Justiça, e portanto, sem direitos políticos vigentes até o cumprimento final da pena.

Com base nisso, Odir denunciou perseguição política, ganhou espaço na mídia local e regional, o que deu mais gás ao seu projeto de disputar à Prefeitura de Joinville. A Câmara teve que arquivar o processo contra ele devido a todas as ilegalidades. Questionado pelo Palavra Livre sobre a sua pretensão diante do quadro político atual, com pandemia, as crises do governo Udo com obras paralisadas, inclusive as do rio Mathias, dinheiro para empresas de transporte coletivo – R$ 7,5 milhões que o Prefeito recuou após péssima repercussão – o vereador que já está cumprindo o seu oitavo mandato na Câmara, onde inclusive foi Presidente (2011-12), diz ser a hora da experiência para a gestão pública.

“A população acreditou em novidades, no novo, etc. Já viu que não deu certo. Agora sabem que a experiência na gestão pública é fundamental porque senão fica assim, como vemos hoje, uma cidade abandonada, infeliz, porque nada acontece”, afirma Odir, que além dos mandatos de vereador, já foi quatro vezes secretário municipal e duas vezes diretor da Casan. “Conheço muito bem a gestão pública, meus mandatos mostram o reconhecimento da população, por isso, vou disputar sim dentro do meu partido”, confirma.

O PSDB já governou Joinville com Marco Tebaldi (2002-2008), que faleceu ano passado quando era deputado federal. A disputa entre Odir Nunes, Cromácio da Rosa e Rodrigo Fachini vai aquecer os motores do partido nas próximas semanas. Fachini inclusive anda divulgando que tem apoio do presidente nacional, Bruno Araújo. De lado a lado, todas as armas serão utilizadas para convencimento dos filiados. A presidente estadual, Geovânia de Sá, acompanha de perto as movimentações no estado, e deve dar especial atenção à maior do estado.

Cassação – Vereador Odir Nunes (PSDB) protocola defesa prévia e pede arquivamento

O vereador Odir Nunes (PSDB) protocolou hoje (27/07) sua defesa prévia à representação pública, acatada pela Câmara de Vereadores e que deu andamento à Comissão Processante para a cassação de seu mandato. 

O parlamentar solicitou o arquivamento da representação por ser ilegítima devido a  inadmissibilidade do cidadão Carlos Eduardo da Silva, pelo mesmo estar com seus direitos políticos suspensos. Em sua justificativa, Nunes defende que seu discurso não caracteriza incitação à violência e não constitui quebra de decoro parlamentar. 

Além disso, Odir solicitou a suspeição do Presidente da Comissão Processante, vereador Mauricinho Soares (MDB), devido à sua conduta incompatível (ao comemorar a possibilidade de punir o representado), com o decoro parlamentar, e pede que seja apurado perante a Comissão de Ética da Câmara.

Câmara de Vereadores de Joinville é inoperante para fiscalizar, mas rápida para cassar?

A Câmara de Vereadores de Joinville (SC) abriu, em menos de 10 dias, um processo para julgar e cassar o vereador oposicionista Odir Nunes (PSDB), ácido adversário do governo do prefeito Udo Döhler (MDB). Nunes usou a tribuna em sessão virtual e utilizou daqueles arroubos verbais, dizendo entre outras coisas, que o Prefeito merecia apanhar, levar “uma camaçada de pau” dos empresários que foram prejudicados pelas infindáveis obras de macrodrenagem do rio Mathias, centro da maior cidade catarinense.

A fala do tucano exaltou ânimos entre os vereadores governistas, e até a Prefeitura emitiu nota condenando o discurso que “incitaria a violência”. Logicamente foi uma declaração infeliz, irracional, mas facilmente resolvida com diálogo, retratação. Agora apareceu um cidadão de nome Carlos Eduardo da Silva apresentando uma representação contra o vereador por se sentir “ofendido” pelo ato do mesmo, pedindo a sua cassação por quebra de decoro. E os vereadores governistas agiram rápido na análise, votação e instauração do processo, uma clara ação de intimidação e demonstração de força por parte da ala do prefeito Udo Döhler (MDB). O placar ficou 11 votos pela abertura do processo, e cinco contra.

O que fica muito mal para a Câmara de Vereadores de Joinville é a demonstração clara de perseguição política ao oposicionista, abrindo em tempo recorde o processo, e esperando longos seis anos para fiscalizar, cobrar ações e até abrir uma CPI para descobrir porque a cidade está paralisada em seu coração comercial por obras que custam milhões, que não acabaram, e não se sabe quando irão finalizar. Recentemente não se viu rapidez e interesse público na Câmara para abrir a CPI, faltando um voto para que se concretizasse. O que temiam? Qual a prioridade, fiscalizar o Executivo ou proteger o Governo? Defender a população por uma má gestão da obra, descobrir quem errou, quando e porque, ou perseguir quem ouse ir contrário ao poderoso Prefeito? Fontes ouvidas pelo Palavra Livre dizem que o autor da representação foi “arrumado” por governista, e que estão colhendo informações sobre o fato.

Para saber quem votou veja a notícia no site da Câmara clicando aqui.

O vereador Odir Nunes é experiente parlamentar, estando há mais de três décadas no parlamento municipal. Ao Palavra Livre ele se manifestou dizendo que vai resistir e se defender seguindo os ritos legais. Em nota enviada por sua assessoria, Nunes afirma que o que desejam “é nos calar”. Abaixo segue a nota de esclarecimento e posicionamento do vereador:


“Sobre a representação pública pedindo a minha cassação, não adianta retração ou pedir perdão, o que querem de fato é nos calar! A perseguição do politicamente correto chegou à Câmara. A base do governo, revoltada com a exposição de suas ações e omissões tenta dar um jeitinho para “expulsar” quem entrar no seu caminho.

Agora reflitam comigo: eu como vereador de Joinville, acompanhando as obras desde o início, sabendo dos problemas e tendo feito de tudo nesses seis anos para parar, na situação dos comerciantes que faliram pela incompetência do prefeito, dava uma surra nele. Sim, não deveria ter dito, mas no calor das emoções, de ver no que se transformou o centro da cidade pela “geston” atual, saiu no momento. Força de expressão, jamais defendi a violência e não vejo nela solução. É a fala da emoção de ver tamanha irresponsabilidade com os comerciantes do centro, bem como de toda Joinville Resultado: falou mal da “geston”: expulsa, essa é a decisão da base. Ditadura de Joinville instalada.

Odir Nunes
Vereador PSDB

O caso da vaquinha na Águas de Joinville – Companhia retifica informação

O caso da vaquinha para um ex-diretor da Companhia Águas de Joinville (SC) pagar uma multa determinada pelo TCE/SC, denunciada pelo vereador Odir Nunes (PSDB) na tribuna da Câmara de Vereadores em 15 de junho passado e noticiada aqui no Palavra Livre (link aqui), tem uma reviravolta na informação repassada pela assessoria de imprensa da empresa naquele momento. Uma retificação foi enviada à redação do Palavra Livre pela assessoria na tarde desta quarta-feira (15).

No mês passado, da tribuna do legislativo, o vereador Odir criticava que “é muito fácil fazer festa com recursos públicos, essa despesa está sendo cobrada nas tarifas”, disse Odir Nunes durante a sua fala. Segundo ele, o ex-Presidente Roberto Luiz Carneiro responde a um processo no Tribunal de Contas do Estado (15/00543273) que lhe rendeu uma multa de aproximadamente R$ 32.000,00 que se refere à uma confraternização paga com recursos públicos, o que foi considerado irregular pelo TCE.

Em resposta ao Palavra Livre à época a Águas de Joinville – via assessoria de imprensa – afirmou que a ação da funcionária tinha sido “uma atitude individual, sem autorização da diretoria”. Dizia também que “que assim que soube da denúncia a diretoria teria orientado a funcionária a encerrar o envio das mensagens”, e que “a empresa não sabia por quanto tempo o pedido vinha sendo feito, já que reitera, a atitude foi individual da funcionária citada”.

Na verdade, literalmente lavaram as mãos. Agora, na retificação enviada à redação, a empresa diz que a diretoria sabia da vaquinha para ajudar o ex-presidente, e que orientou somente para que não se utilizassem dos canais oficiais de comunicação da Companhia. Uma atitude no mínimo estranha esta de afirmar que a atitude da funcionária era individual, que não sabiam por quanto tempo a vaquinha estava em andamento, e mais, que a diretoria atual não havia “autorizado” a ação de ajuda, e agora após a funcionária reagir ao fato e quase um mês após a notícia, retificar a informação assumindo que sabiam…

Porque omitir a informação e deixar uma ameaça velada no ar sobre possíveis processos administrativos contra a funcionária? Por que não assumir de início o conhecimento da vaquinha? O Palavra Livre questionou a assessoria sobre isso, a resposta foi: “é o que tá na nota ali”.

Segue abaixo a íntegra da nota da Águas de Joinville solicitando uma “retificação” sobre o que havia informado há um mês, confira e tire suas conclusões:

Retificação
Diferentemente do que foi informado ao blog Palavra Livre, por meio de nota, em 16 de junho de 2020, as mensagens em grupos de uma rede social, enviadas pela colaboradora Adriana Loth para funcionários da Companhia Águas de Joinville, eram de conhecimento da diretoria. A orientação da diretoria foi pela não utilização dos canais oficiais de comunicação da Companhia”
, finaliza.

TCE/SC aprofunda investigações sobre a obra do Rio Mathias em Joinville (SC)

A oposição denunciou e o Tribunal de Contas de SC decidiu realizar audiência com o prefeito Udo Döhler (MDB), o secretário de Administração e Planejamento, Miguel Bertolini, e a servidora municipal Carla Pereira.

Autodenominado de Bloco dos Independentes os vereadores Iracema do Retalho (PSB), Mauricio Peixer (PL), Ninfo König (PSB), Odir Nunes (PSDB) e Rodrigo Fachini (MDB) pediram a ação ao Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina no dia 27 de setembro de 2019, a fim de reforçar a solicitação de auditoria nas obras de macrodrenagem do Rio Mathias.

Em novembro foi realizada inspeção das obras pela equipe de auditores do TCE/SC na qual foi observado que os serviços estavam sendo executados sem o devido isolamento, oferecendo risco aos pedestres, além de ser verificado frentes de trabalho onde não haviam serviços sendo realizados e situações inadequadas como de materiais depositados em vias públicas sem qualquer isolamento.

Ao aprofundar a investigação sobre as obras que se arrastam há anos na maior cidade catarinense, o TCE sinaliza que encontrou indícios que necessitam de explicações por parte do Governo Udo Döhler (MDB). A oposição comemora.

PSOL entra com representação no MP/SC contra Odir Nunes

Vereador ex-presidente da Câmara está na mira do PSOL, será que o MP acata a denúncia?

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) encaminhará, na tarde desta sexta-feira, uma representação contra o vereador Odir Nunes da Silva (PSD), sob a acusação de improbidade administrativa. O presidente do PSOL em Joinville, Leonel Camasão, fará o protocolo na 13ª Promotoria de Justiça, às 15 horas.

O PSOL vai solicitar ao Ministério Público que investigue a renovação, sem licitação,  do contrato de aluguel de copiadoras e multifuncionais da CVJ. A renovação foi celebrada por Odir Nunes enquanto ainda ocupava a presidência da Câmara, no dia 20 de dezembro, e publicada no Jornal do Município no último dia do ano. O valor do contrato é de pouco mais de R$ 116 mil.

Para o PSOL, o contrato de aluguel das copiadoras foi renovado em caráter de emergência sem a menor justificativa, pois a Câmara tinha total controle sobre o fim do contrato. “A legislação brasileira só permite a dispensa de licitação em casos de calamidade pública ou de risco para a segurança das pessoas. Não vejo como o encerramento do aluguel de copiadoras seja uma situação de calamidade”, ironiza Camasão.

Além da representação junto ao MPSC, o PSOL também entregará na Câmara um requerimento ao atual presidente da CVJ, João Carlos Gonçalves (PMDB), solicitando à CVJ a abertura de uma comissão processante e o afastamento de Odir Nunes das funções parlamentares até que as investigações sejam concluídas.

Fonte: Secretaria de Comunicação do PSOL Joinville

Judiciário terá que publicar salários até 20 de julho; e em Joinville, quando publicarão?

Prefeitura, Câmara de Vereadores e Ipreville devem essa transparência à sociedade

A maior cidade catarinense aguarda com ansiedade a publicação dos salários e penduricalhos de todos os servidores públicos municipais lotados na Prefeitura de Joinville e Câmara de Vereadores. Mais de um mês após o início da aplicação da Lei de Acesso à Informação, já sabemos os salários da presidenta Dilma, de ministros do STF, de servidores da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, de servidores do Executivo Federal. E as informações do município, quando serão disponibilizadas? Ontem o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou que todos os Tribunais Estaduais, Trabalhistas e Federais publiquem todos, e tudo sobre, os salários do Judiciário. Boa medida, ainda que pressionada.

Notícia publicada no IG: “Tribunais de todo o país – estaduais, trabalhistas e federais – terão que divulgar informações completas sobre a remuneração de juízes e servidores até dia 20 de julho. A determinação foi anunciada nesta terça-feira (3) pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), atendendo às exigências da Lei de Acesso à Informação , sancionada pela presidenta Dilma Rousseff . A Câmara dos Deputados também resiste à ideia, tanto que já há projeto de decreto legislativo 582/12 (PDC) que susta a medida tão transparente e saneadora da Lei da Informação. Porque tanta resistência? O que se esconde por trás dessa luta contra a divulgação? Não vejo problema algum quanto a divulgar salários, até porque são pagos com dinheiro público, e portanto, sujeito sim a total transparência, não é mesmo amigo leitor?

É fundamental que tanto Prefeitura Municipal por meio do Prefeito Carlito Merss ou secretários competentes façam menção a quando divulgarão, onde e como será essa divulgação, mostrando não só o valor nominal, mas também os costumeiros penduricalhos de triênios, etc. Odir Nunes, presidente da Câmara de Vereadores, também deve essa notícia aos cidadãos joinvilenses ávidos por saber quem pagam, quanto pagam, onde estão, quem são eles, o que fazem, enfim, quanto custa o investimento para que o legislativo funcione, e os representantes do povo possam enfim nos representar. Até a presidente do Ipreville, Instituto de Previdência Municipal, Malvina Locks, tem o dever de publicar os dados. É o momento, hora da eleição!

Não faz muito tempo, houve até um caçador de marajás – o ex-presidente Collor, hoje senador (!!) – por conta da verdadeira farra que se fazia com o dinheiro público. Acabei de ler matéria premiada do jornalista Ricardo Kotscho sobre essa verdadeira zona, publicada em 1975/76 no jornal O Estado de São Paulo. Época dura, ditadura, mas o grande jornalista desnudou a vergonha que era feita com o dinheiro público por superfuncionários públicos. Mordomias, abusos e privilégios foram, sem nenhuma Lei de Acesso à Informação em vigor, colocados à luz do dia. Se nada mudou muito – afinal eram tempos de militares – nem mesmo com o caçador de marajás, agora com a implantação da Lei, é imperioso, urgente que tudo venha a tona, fique aos nossos olhos para que se coíbam abusos.

Acredito que o servidor público que cumpre sua função, horário e tem direitos adquiridos, não deve ficar constrangido. Se é justo, porque o constrangimento? Vamos saber sobre os vencimentos de aposentados em ambos. Será que existem superfuncionários novamente no serviço público? Será que existem supersalários? Ou descobriremos motoristas ganhando mais que o Prefeito ou até Secretários e presidente da Câmara? Torço que não. Mas penso também que é passada a hora destes dois líderes, do Executivo e Legislativo, anunciarem à população quando, como e onde estarão disponíveis as informações sobre salários e agregados. Vamos cumprir a Lei 12.527/11 – Decreto 7.724/12 – senhores Prefeito e Presidente da Câmara! O Blog Palavra Livre, seus leitores, jornalistas, mídia em geral e a população aguardam com grande ansiedade  a publicação dos dados!