Essa pseudo-polêmica da aprovação de um padroeiro para Joinville, a maior cidade catarinense, é uma daquelas bobagens que não deveriam valer nem nota nas páginas de jornais. É inacreditável que no século 21 isso ainda seja objeto de debate, projeto de lei ou coisa parecida. A cidade precisa é de ação, obras, lazer, cultura, generosidade.
Diminuir o debate a isso, a denominação de padroeiro ou não, é coisa para uma sociedade que não tem assunto. Que não compreende o mundo em que vivemos. Que se deixa levar por argumentos da religião e deixa de lado a realidade. Respeito a todas as religiões, credos, crenças, mas uma cidade desse porte não pode perder tempo com isso. É pequeno demais. Legislar sobre isso então é conservador ao extremo. As igrejas cuidam de seus fiéis. Seus pastores, padres, líderes, sabem como e porque agir nas suas áreas, com seus rebanhos.
É por essas e outras que Joinville ainda não tem viadutos, elevados, faltam leitos em hospitais, vagas nas creches, esgoto à céu aberto vence e a saúde perde, faltam ciclovias, as drogas ganham a juventude, áreas de lazer somem no meio de tanta urbanidade. A cidade precisa crescer, parar de pensar pequeno. Seus legisladores têm de ter consciência, estudar mais, atualizar conhecimentos e partir para inovar. A cidade chora a falta de visão de nossos líderes.
Padroeiro? Quem precisa de um para viver? Senhores, e senhoras, por favor, vamos elevar o debate, Joinville clama por isso.