Direito Garantido – Jovem terá nomes dos pais biológico e socioafetivo em registro civil

SONY DSC
SONY DSC

Uma jovem conquistou na Justiça de SC o direito de retificar seu registro civil para fazer constar, além do sobrenome do pai socioafetivo, também o de seu genitor biológico – reconhecido após realização de DNA.

A juíza de Direito Cristina Paul Cunha Bogo, da vara da Família, Órfãos e Sucessões de Balneário Camboriú, admitiu a composição com base no princípio da multiparentalidade.

“[Ela surgiu para] compatibilizar, de um lado, o rigor da lei e, de outro, o dinamismo da sociedade moderna, viabilizando com isso a anotação dos nomes dos pais biológico e socioafetivo no assento registral do filho.”

De acordo com o processo, a menina possui fortes vínculos socioafetivos com seu padrasto, que é também genitor de seus irmãos, e vínculo biológico com outra pessoa, tendo passado a demonstrar grande curiosidade saber de sua própria história e origem biológica.

Na sentença, a julgadora ressaltou que a decisão envolve uma situação de excepcionalidade, que exige a presença de realidade fática segura e verdadeiramente experimentada pelos interessados, com notórios benefícios para a jovem.

“[Ela] contará com dois pais responsáveis, que igualmente não abrem mão de serem reconhecidos como seus pais nos assentos.”

A magistrada também homologou acordo entre as partes para que o pai biológico passe a destinar 70% do salário mínimo em benefício da filha, a título de pensão alimentícia, e possa usufruir de visitas livres à descendente. A guarda permanecerá com a mãe da garota.

Fonte: TJ/SC

Saudade de pai

Sem palavras, apenas com sentimentos aflorados, saudades imensas de filho, e de pai. Compartilho uma poesia de autor desconhecido com os leitores nesta linda segunda-feira, última de janeiro.

“Pai, perdoa-me

Pai, perdoa-me
pelas vezes que sentei ao seu lado, mas não ouvi o que dizias…
Pai, perdoa-me
pela visita rápida de fim de tarde, antes do jantar de domingo…
Pai, perdoa-me
pela pouca paciência, quando querias aconselhar-me nos negócios…
Pai, perdoa-me
por achar que tuas idéias já estavam ultrapassadas…
Pai, perdoa-me
por ignorar tua experiência de vida…
Pai, perdoa-me
pela minha falta de tempo para passar contigo…
Pai, perdoa-me
pelo teu convite que recusei porque ia sair com meus amigos…
Pai, perdoa-me
pela minha insensibilidade na hora da tua dor…
Pai, perdoa-me
pelas vezes em que meus filhos não te trataram com o respeito que merecias…
Pai, perdoa-me
pelo abraço que não te dei, pelo carinho que não te fiz…
Pai, perdoa-me
por não ter reconhecido em ti o próprio Cristo…
Pai, abençoa-me…”

Excesso de violência nas TVs abertas pode causar problemas às crianças

O excesso de violência exibido na programação das TVs abertas pode causar efeitos duradouros nas crianças, diz o diretor adjunto do Departamento de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação do Ministério da Justiça, Davi Pires.

“Algumas crianças podem sentir medo. Dependendo da faixa etária, podem ter pesadelos, problemas no sono, irritação durante o dia e até comportamentos violentos”, ressaltou Pires, ao participar de audiência pública sobre o assunto na Câmara. Ele destacou, porém, que o problema mais grave é achar que a violência é algo banal.

Davi Pires considera a classificação indicativa é importante para que pais e educadores protejam as crianças de cenas violentas exibidas na televisão. Ele lembrou que o critério para classificação de um programa por idade é a incidência de cenas de sexo, de uso de drogas e cenas violentas. “Programas jornalísticos, noticiosos, esportivos, eleitorais e publicidade não passam pela classificação”, explicou.

A classificação indicativa também foi defendida pela representante do Conselho Federal de Psicologia (CFP) na Coordenação Executiva do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, Roseli Goffmann.

“As TVs no Brasil são controladas por poucas famílias. São concessões públicas. É mais do que razoável que obedeçam a normas e regras passíveis de punição”, disse. “A classificação indicativa é a única forma de regular as TVs”, completou.

A representante da Associação Brasileira de Radiodifusores, Heloísa Helena de Macedo, por sua vez, alertou que não cabe ao Estado definir a programação. Heloísa Helena defende que a classificação seja apenas indicativa, para que os pais em casa possam escolher o que vai ser assistido.

“Todo e qualquer controle deve ser combatido. Cabe aos pais educar os filhos. É um dever dos pais que não deve ser tomado pelo Estado ou agente”, destacou.

Agência Brasil

Campanha por licença-paternidade de 30 dias chega à internet

Por iniciativa da deputada federal Erika Kokay (PT-DF), começou nesta segunda-feira (28) a coleta de assinaturas para pressionar deputados a aprovarem o Projeto de Lei (PL) 879/11. De sua autoria, o projeto amplia de cinco para 30 dias a licença-paternidade e tramita na Comissão de Seguridade Social e Família. A parlamentar espera mobilizar trabalhadores e a sociedade civil pela causa. Para aderir à campanha, os internautas devem acessar a página do projeto na internet.

O PL beneficia funcionários de empresas que integrarem o Programa Empresa Cidadã. A proposta dá o mesmo direito para pais de crianças adotadas, como forma de estimular o estreitamento de laços e a criação de vínculos do pai com o filho ou filha.

Segundo a deputada Kokay, a ampliação do período é necessária e pode trazer grandes benefícios para a criança e para o fortalecimento das relações familiares. “A licença-paternidade de cinco dias em nada contribui para a criança. Com mais tempo para ficar junto ao filho, o pai tem um contato direto com a criança nos primeiros dias de vida pode e também dar todo o apoio e auxílio para a mãe”, opina.

Há dois meses, quando nasceu sua filha, o engenheiro ambiental Gabriel Martins ficou apenas uma semana com a recém-nascida. Ele conta que sua preocupação com mãe e filha teria sido bem menor caso ele tivesse ficado com elas mais tempo. “Nos primeiros dias eu não via a hora de ir pra casa e ficar um pouco com a minha filha. Sei que certas funções na empresa dependem de mim, mas acho que um tempo maior com elas seria essencial e muito bom para nós”.

A preocupação que Gabriel teve em relação às faltas no trabalho deve ser o maior obstáculo para que o projeto de ampliação da licença paternidade seja aprovada. Isso porque, diferentemente da licença-maternidade, paga pela Previdência Social, a que se pretende proporcionar aos pais deverá ser custeada pelo empregador.

Em outras partes do mundo, a licença-paternidade pode chegar até três anos sem remuneração. É o caso da Alemanha e da França. Nos EUA, o tempo é de três meses sem remuneração. O Brasil fica à frente de outros países da América Latina como Argentina e Paraguai, que têm apenas dois dias de licença-paternidade remunerada.

Pelo menos 10 projetos tramitam na Câmara referente à extensão da licença. O mais avançado é o projeto de lei da senadora Patrícia Saboya (PDT-CE), que amplia o benefício de cinco para 15 dias. Para que não precise ir a plenário e apenas aguardar sanção presidencial, a proposta precisa ser aprovada pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público, de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Rede Brasil Atual