Perfis: Jean Helfengerger – Com o Vasco, sempre

Ele é sócio do Vasco, com carteirinha e tudo. Se tiver jogo do clube na televisão, deixa os amigos na mão no futebol. Os mesmos que convida para ir em caravana para Curitiba ou Florianópolis para prestigiar o Vascão. Ou ainda, passa 15 dias sem ir à faculdade por uma derrota para o Flamengo em 2001 com o famoso gol do Petkovic aos 43 do segundo tempo. Declama de cor a escalação dos quatro times campeões brasileiros pelo time carioca. E finalmente, dá o nome de Felipe ao filho, de um ano e sete meses, homenageando o craque do Vasco.

Esse é Jean Helfenberger, 31 anos, empresário e morador do bairro Costa e Silva, casado com Fernanda, a quem teve de convencer para dar o nome ao filho, formado em jornalismo. Na sua casa, que fica no mesmo terreno onde ficam também a empresa e a casa dos pais, há um quarto onde ele deposita toda a sua paixão pelo clube cruzmaltino de São Januário. Entre pôsteres, quadros, copos, canecas, almofadas, faixas e agasalhos, Jean coleciona 57 camisas, até agora. A paixão iniciou por volta dos 10 anos.

“Meu avô serviu no Rio de Janeiro, jogava basquete. De lá é que o seu Theófilo Godrich Helfengerger trouxe essa mania”, brinca o descendente de suíços. O pai também é vascaíno, mas nao tao “doente” quanto o filho. Jean cresceu com a era Romário, depois de Felipe, Juninho Pernambucano, Euler, Ramon, que hoje joga no Jec, de quem ele também é sócio. Se jogou futebol? Ele responde: “Futebol é minha paixão. Não bebo, não fumo, só vou no 25 de Agosto. Mas jogar, prá ser profissional, logo vi que não dava. Só joguei no amador, e pouco”, confirma.

Divertido, o empresário formado em jornalismo não esconde que sonha ainda trabalhar com jornalismo esportivo, mas no rádio, causa que o levou a cursar a faculdade. “Ouço rádios do Rio, de São Paulo. Quando eu namorava minha esposa, levava o radinho prá casa da sogra!”, conta sorrindo. Jean conta que nasceu no 25 de Agosto, onde seu pai é diretor e sócio dos mais antigos. “Meu pai Ivo Helfenberger, é diretor lá. Lá fui batizado, fiz a festa do casamento, é uma extensão da casa”, explica. De 2008 a 2010 ele treinou algumas turmas da escolinha do clube, mas a família, o nascimento de Felipe e o trabalho o fizeram dar uma parada. “Quando ele tiver uns seis, sete anos eu volto”, afirma.

O fanatismo é tanto que histórias não faltam. Além dos fatos citados no início da reportagem, Jean conta do sofrimento na derrota de sete a dois para o Atlético Paranaense em 2006. “Quando estava seis pro Atlético eu não agüentei. Fui pro estacionamento, mas nosso carro estava trancado por outros. Para piorar, toda hora um menino passava e gritava “A-tlé-ti-cooo”, comenta. Nem a imagem da Santa Paulina não escapou de uma vitória do Vasco, agora na final contra o Palmeiras, vitória de virada por quatro a três para o Vasco.

“Minha mãe me deu a imagem e disse que ela ajudaria. Pensei: se ela é boa, vai ajudar. Coloquei em cima dos foguetes que armei para a vitória. Primeiro tempo, três a zero pro Palmeiras, tirei tudo da rua, bandeiras, camisas. Esqueci da Santa. Quando o Vasco virou e ganhou, corri e soltei os foguetes. A Santa ficou queimada, nem sei onde a mãe guardou, pois só achou no outro dia no terreno”, conta entre risadas. No dia do casamento, por causa de um jogo do Jec e outro do Vasco, ele chegou em cima da hora, depois de várias testemunhas.

O fanatismo pelo clube é também enorme pelo esporte. Nele Jean fala que fez muitas amizades, e que jamais ofendeu alguém por sua preferência clubística. O vascaíno sonha em ver um Flamengo e Vasco no Maracanã, e quer convidar o meia do Jec, ex-Vasco, Ramon, para conversar em sua casa. “Tenho várias camisas autografadas, quero também a assinatura dele. Penso também em criar a torcida organizada do Vasco na cidade, quem sabe com o grupo de amigos que já temos”, finaliza o fanático torcedor e esportista.

* publicado no jornal Notícias do Dia em maio de 2011

Resgatando Poesias

Um das poesias que esse blogueiro fez para sua eterna amada!

Paixão

Nos encontramos sem querer
Nas curvas da vida, que vida
Malvada, olhar que arde, ferve
De amor infinito, eterno

Na dança, trocamos passos
Entrelaçamos destinos
Envolvemos anseios, desejos
E nos encontramos em longo beijo

Beijo molhado, quente
Dos teus lábios macios
Da tua boca sincera
Quem me ensina a amar

Paixão, não te esqueço, a noite
Quando chega me mata,
De sentir a tua boca, e
Roçar meus dedos em teu corpo

Gostoso, cheiro de amor
Paixão, te amo…