O gigante acordou? Então, fique de olho no troca-troca de partidos!

Vocês lembram das manifestações de junho? Aquelas que apelidaram de “O gigante acordou”, etc… ? Para que o gigante acorde, é preciso participação popular permanente, acompanhando e fiscalizando o que fazem os seus representantes!

Por isso, observem atentamente essa semana o troca-troca de partidos por parte de vereadores, prefeitos e vices das cidades, especialmente em Joinville e região! Fidelidade partidária? Zero. Fidelidade com princípios e o povo? Zero. Prestem atenção!

Os interesses do povo jamais estão em primeiro lugar. Prioridade mesmo para eles é acertar acordos – nebulosos – para trocar de partido sem perder o mandato, e mais: sair candidato a deputado estadual ou federal… Veja atentamente, anote, cobre, e no ano que vem, vote consciente e realmente acorde esse “gigante” que é feito por nós, brasileiros!

Absolvição de Donadon revolta o “gigante”

O “gigante que acordou” nas ruas, durante as últimas manifestações, amanheceu revoltado com a absolvição do deputado Natan Donadon, como o Correio do Brasil apurou, ao visitar centenas de perfis nas redes sociais. Entre as manifestações mais contundentes estava a do secretário de saúde do município de São João, Oscar Berro: “Parabéns Natan Donadon! A cara do Brasil de merda! Nojo… Depois falam das passeatas! Tinha que haver uma CPI para apurar um resultado desses na votação! Vamos acabar com o voto secreto pra cassar parlamentares!”, protestou.

Para a filóloga Yvonne Bezerra de Mello, “99% dos membros do congresso atual deveriam ser banidos da vida política do país. Uns vermes, corroendo nossa república e nossa democracia. Não há adjetivo que qualifique a atuação do congresso nessas legislatura. E sabem porque fazem. Gozam da impunidade e se baseiam no voto de cabresto e fácil num país onde ainda as desigualdades são gritantes. Se fossemos um país sério, nenhum deles se reelegeria”.

O professor Carlos Alberto de Oliveira, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, acredita que o jeito é reforçar as passeatas: “Vamos voltar para as ruas! Vamos retomar a Câmara dos Deputados para o povo! Vamos cobrar de nossos deputados que digam como votaram na cassação do bandido, quadrilheiro, corrupto Donadon! Se ele ná revelar, vamos cassá-los em 2014!”. E a jornalista Cristina De Luca reproduz a “perguntinha do amigo Alex Campos: A absolvição do Donadon, mesmo condenado e preso, significa o quê: lugar de corrupto é na Câmara, ou lugar de deputado é na cadeia? E aí?”.

Maioria absoluta

Na noite passada, o plenário da Câmara absolveu o deputado Natan Donadon do processo de cassação de mandato. Foram 233 votos a favor do parecer do relator, Sergio Sveiter (PSD-RJ), 131 votos contra e 41 abstenções. Para que Donandon perdesse o mandato, o parecer de Sveiter precisaria de, no mínimo, 257 votos. Faltaram 24 votos para que o deputado fosse cassado e perdesse o mandato parlamentar.

Em função do resultado da votação, o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), anunciou que, enquanto estiver na presidência da Casa, nenhum processo de cassação será em votação secreta. Prometeu trabalhar para aprovar o mais rápido a proposta de emenda à Constituição (PEC), que institui o voto aberto nos processos de cassação de mandato. Alves disse que tendo vista a rejeição do parecer de Sveiter, a presidência da Câmara acatava a decisão do plenário.

– Todavia, uma vez que, em razão do cumprimento de pena em regime fechado, o deputado Natan Donadon encontra-se impossibilitado de desempenhar suas funções, considero-o afastado do exercício do mandato e determino a convocação do suplente imediato, em caráter de substituição, pelo tempo que durar o impedimento do titular – disse.

Segundo Henrique Alves, enquanto Donadon estiver preso ele não terá direito a salário e nem a moradia funcional. O suplente é o ex-senador Amir Lando, que deverá assumir o mandato enquanto o titular estiver preso.

No final da tarde, Natan Donadon deixou o Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, para fazer a própria defesa no plenário da Câmara. Por mais de 30 minutos, ele tentou convencer os deputados de sua inocência e das perseguições do Ministério Público (MP) de Rondônia, que fez as denúncias contra ele de desvio de dinheiro público da Assembleia Legislativa do Estado, onde exerceu o cargo de diretor financeiro.

Donadon também falou que está passando por serias dificuldades, inclusive financeiras, pois está há mais de dois meses sem receber salário da Câmara. Citou, inclusive, as dificuldades que sua família está encontrando para alugar uma casa em Brasília. Ele criticou o parecer do relator do processo, deputado Sergio Sveiter (PSD-RJ). Segundo Donandon, o parecer está repleto de “absurdos e asneiras”.

Por diversas vezes, disse que é inocente e que nunca fez nada de ilícito. “Nunca desviei um centavo da Assembleia Legislativa”. Declarou que todos os pagamentos feitos por ele na diretoria financeira foram atestados pelo controle interno da instituição e feitos de acordo com os parâmetros legais. Donadon disse ainda que assumiu a diretoria financeira com contratos já feitos.

Natan Donadon acompanhou toda a votação do processo sentado no plenário ao lado dos parentes. Ao ser proclamado o resultado da votação, Henrique Alves determinou a retirada do parlamentar do plenário. Durante a votação, Donadon pediu que as autoridades melhorem a qualidade da alimentação do presídio da Papuda. – A gente tem dificuldade na alimentação. Eu tenho síndrome do estômago irritável – reclamou.

Do Correio do Brasil

Minha Opinião: Classe Política não muda, ignora o povo e vira um grupo corporativista

A classe política não mudou absolutamente nada. Jamais acreditei naquele papo de que o gigante havia acordado, nas manifestações de junho passado.

Tanto não deram a menor bola para o povão que absolveram um deles, que está inclusive preso, condenado em última instância pela Justiça. Isso já aconteceu várias vezes, basta forçar um pouco a memória.

E mais: não querem a reforma política, detestaram e enterraram o plebiscito, este sim um remédio bom com a decisão do povo sobre como deveria ficar a política.

Apresentam mais um placebo de reforma para enganar mais uma vez o povão. E lá se preparam para pedir, e ganhar, o voto dos incautos que não leem, não discutem, não acompanham a política. Não gostam de política.

Finalizo meu pensamento reiterando que eles não mudam. Eles não gostam da imprensa, a não ser aquela que os bajula, rola a bola para que eles façam o gol na grande mídia.

Isso é fato, tanto que este jornalista foi denunciado por um deles à esta rede social pura e simplesmente porque disse que ele não veio à entrevista marcada e confirmada.

Vocês realmente acreditam que eles vão mudar? Serão mais democráticos? Não senhores e senhoras, a democracia que serve é a deles, que defende os interesses milionários de cada gabinete neste país.

Infelizmente para a democracia que deveria ser a real e ideal, a classe política brasileira passou a ser meramente uma corporação como as são a dos médicos, advogados, engenheiros, servidores públicos, etc.

Perderam a vergonha e esqueceram que o povo os colocou lá para defender o interesse público, da vida dos cidadãos e suas famílias. E não para defender privilégios mesquinhos.

Em 2014 haverá eleições. Será a grande oportunidade de dar uma boa limpada nesta corporação. Renovar geral, não reeleger nenhum é um bom caminho. E escolher pessoas realmente diferentes, também.

Médicos que não querem mais médicos, políticos que não querem o povo participando, sociedade hipócrita

hipocritaA hipocrisia da nossa sociedade é transparente quando aparecem as verdadeiras soluções para nossos problemas. Na saúde, o governo federal quer trazer médicos estrangeiros porque os daqui não querem ir ao interior. E ainda lança um projeto que paga tudo para que os novos médicos atendam as regiões mais carentes.

Resultado? Classe médica contra… por quê? Porque vai resolver? Esse é o problema, não querem que se resolva…

Na política, lança-se a proposta de reforma política com um plebiscito, para que o povo vote quais as mudanças que deseja, e o Congresso Nacional vote, para mudar essa vergonha que é o nosso sistema político. O que fazem alguns pensadores, e os próprios líderes dos partidos, ameaçados de perder exatamente o que os faz eternizar no poder no Congresso, Assembleias Legislativas, Câmaras de Vereadores e Executivos de Estados e Municípios?

Enterram a chance de o povo participar e mudar a bandalheira. Criam as famosas comissões que vão mudar tudo para não mudar nada. Porque são contra plebiscitos? Porque são contra as mudanças no sistema?

Porque não querem mudar, não querem nenhuma resolução de verdade! Um país hipócrita, que se engana, onde grupos defendem seu quinhão, e a coletividade fica à deriva!

Hipocrisia é pouco, e está por todas as partes da nossa sociedade. Ou mudamos, ou viramos todos grandes hipócritas vivendo de fantasias de um futuro próximo que jamais chegará.

Artigo: BMW, Busscar – noticiosas especulações da produção automobilística em SC, por Eduardo Guerini

gueriniO mestre em sociologia política, professor Eduardo Guerini, volta a oferecer aos leitores do Blog Palavra Livre o seu olhar atento ao cotidiano, aos fatos que saltam aos olhos de quem verdadeiramente vê. Confira mais esse artigo que faz pensar sobre essas vindas de multinacionais… Confira:

Em seu retiro límbico, criando os pangarés para os barnabés provincianos que se vangloriam de  trocar 5.000 postos de trabalho de empresa nacional contra  1.500 empregos de corporação  transnacional…

Na comemoração do auspicioso mês de abril de 2013 na província catarinense,com a presença de inúmeras personalidades governamentais de todas as esferas, marcaram presença   todos os envolvidos em nova especulação para o lançamento da “pedra fundamental” de nova planta  automobilística na cidade de Araquari (SC),  na região metropolitana de Joinville , nordeste catarinense.

A terra do trabalho, sede de empreendedores criativos e dinâmicos,inserida no padrão automotivo implementado pelo governo lulo-petista como salvação de um plano de desenvolvimento vinculado ao incentivado consumo interno via concessão de crédito para indivíduos, famílias e empresas (estrangeiras como prioridade nacional), sem dinamização das bases produtivas articuladas à  dinâmica da economia nacional foram efusivamente saudados na cerimônia de assinatura do contrato de instalação da fábrica da empresa estrangeira.

Com enfoque mais apurado, a adesão da BMW, tem um conteúdo simbólico importante para a Manchester  catarinense,  encontrar um novo modelo de desenvolvimento para a combalida  indústria metal-mecânica local.  Com toda a sorte de incentivos , doação de terrenos,  acrescidos de  um benefício de reversão de impostos  transformados em crédito em favor da montadora,  qualquer alma benevolente  estaria satisfeita com o  pacote distributivo em favor da empresa alemã. Os benefícios gerados segundo especulações é da ordem de 1.400 diretos, mais alguns empregos indiretos – em torno de 6.000 , sendo  bastante otimista.

Contudo,a história se encarrega de dar força para os vitoriosos, relegando aos derrotados , um olímpico esquecimento diante de  toda  a mobilização de trabalhadores  e classe empresarial para manter  uma empresa nascida em  terras catarinas – a BUSSCAR Ônibus S.A.

Uma empresa tipicamente catarinense, originária de descendentes suecos, iniciando suas operações como simples marcenaria, fábrica de aberturas,posteriormente, carrocerias de caminhões. A ascendente situação iniciada em 1946 progrediu para montagem de uma jardineira (em chassi Chevrolet), transformando-a posteriormente, na importante empresa de produção e montagem de ônibus: meio de transporte para maioria da população brasileira.

Em 1990, a Busscar ganhou reconhecimento no mercado brasileiro e internacional, desenvolvendo tecnologia própria na concepção e fabricação de soluções para este “meio de transporte coletivo” elemento importante paraa crise da mobilidade urbana nas engarrafadas cidades brasileiras e catarinenses. 

Um dado importante, a BUSSCAR empregou em sua época dourada – 5.000 trabalhadores diretos, que produziam  tecnologia própria , um escândalo para nossos governantes domesticados pela lógica  globalizada. As sucessivas tentativas de recuperação judicial, para reescalonamento de uma dívida de R$ 870 milhões, foram  rejeitadas pelos bancos credores (privados e oficiais), resultando  no fechamento daquele símbolo da pujança empreendedora catarinense.

A cerimoniosa ostentação de nosso espetacular cinismo governamental uniu governistas de todas as plumagens para  a foto póstera , demonstrando novamente que  diante da vontade política, toda a máquina estatal dá fluidez aos desejosos interesses privados, para  construir e destruir empreendimentos. A opção para produção automobilística do carro dos sonhos de nossa elite provinciana e colonizada  traduz de forma cabal  qual a opção preferencial  dos gestores em torno da solução dos problemas do transporte nas cidades: ao invés da necessidade coletiva , o privilégio para a mobilidade individual e de luxo.

Em síntese , melhor sofrer no engarrafamento dentro de uma BMW , gerando parcos empregos para os catarinas eufóricos da elite funcional do sistema , do que produzir ônibus  com tecnologia nacional de uma empresa local para massa de trabalhadores espremidos na marca  rejeitada pelo sonho inadiável de nosso operosos governantes.

No ímpeto de pegar atalhos nas cidades engarrafadas, com veículos de marcas globais, tomei uma decisão minimalista inadiável, providenciei o aluguel de  um terreno para criar pangarés crioulos  que poderão ser usados com maestria na próxima eleição. Em breve mandareium plano de investimentos  para os bancos públicos  com intuito de angariar alguns níqueis para montar pastagens na linha de produção de pangarés que serão utilizados pelos barnabés cosmopolitas”.

* Eduardo Guerini é  professor de ciência política da Univali desde 2000. Cursou mestrado em gestão de políticas públicas e sociologia política. Atualmente orienta pesquisas nas áreas da Dinâmica Institucional de Políticas Públicas, Criptoeconomia, Sociologia do Crime, Economia Política da Corrupção e Corrupção Institucional. Atento observador da cena política.

Eleições 2012: política joinvilense não se renova e não empolga eleitores

Há menos de cinco meses das eleições municipais em todo o país, o atual cenário político novamente tomado por denúncias de corrupção, Cachoeiras, propinas, prisões preventivas, CPIs, cansam a sociedade brasileira. Some-se a esses fatos os aumentos auto-concedidos aos políticos, com supersalários e superestruturas de assessoria e manutenção pagas com dinheiro público, o que se vê é um marasmo total, um desencanto cada vez maior com a classe que deveria ser o esteio do progresso, do desenvolvimento e da moralidade. E isso, esse quadro atual, não é bom para a democracia. Tem gente até que chega a ter saudosismo dos tempos militares…

Em Joinville (SC), cidade natal e de moradia deste jornalista, de onde disparamos nossas ideias e críticas, o quadro não é diferente. Observando as últimas pesquisas  – diga-se de passagem, sem muito crédito e com base de amostra muito pequena – já dá para perceber que os candidatos a Prefeito terão muito trabalho para convencer os eleitores de que são merecedores do voto. Até porque não há renovação real no quadro político da maior cidade catarinense! Não há nada que empolgue o eleitor, nenhum projeto e líder capaz de catalisar as esperanças do povo.

Carlito Merss, atual Prefeito; Marco Tebaldi, ex-prefeito; Udo Döhler, eterno candidato; Kennedy Nunes ou Darci de Matos, também velhos na área; Doutor Xuxo, outro antigo no meio; Sandro Silva, ex-vereador que renunciou mandato; Rodrigo Coelho e Leonel Camasão, jovens mas com a mesma batida de bumbo de outras eleições, e outros menos votados. As opções do eleitorado joinvilense se esgotam rapidamente, porque tudo é mais do mesmo. Carlito Merss foi eleito com toda a esperança quatro anos atrás, mas deixou ela se esvair por entre os erros administrativos, a lentidão nas decisões e ações, e a falta de uma articulação política eficiente. Seu possível maior adversário, o ex-prefeito Marco Tebaldi, tenta voltar com roupa nova, mas ninguém esquece tão rápido do seu governo com tintas quase autoritárias, muitos erros e escândalos também.

Do PMDB surge o “novo” Udo Döhler. O empresário tem um histórico de ameaças de disputas, nunca concretizadas. Mas de novidade ele não tem nada também, até porque sempre esteve agindo na Acij e nos bastidores políticos, ao lado de LHS. Kennedy Nunes e Darci de Matos também são figuras carimbadas, o primeiro com a marca da demagogia, e o segundo por estar na cena há décadas, sempre no poder, e com uma tentativa frustrada a Prefeito em 2008. Ambos deputados, não se tem notícia de algo concreto na luta pela cidade, que ainda espera do atual governo estadual as obras que merece por ser o motor de SC. Já o doutor Xuxo é da família Vieira, famosa na política que já teve seu irmão como deputado federal, José Carlos Vieira, que sempre estão no meio tentando manter espaços importantes para negociação. Rodrigo Coelho, advogado, Leonel Camasão, jornalista, e Sandro Silva, esse ex-vereador após renunciar – isso mesmo, renunciar! – ao mandato de vereador para ser diretor do Deter em Florianópolis, carecem de juventude também nas suas propostas. Não adianta ser jovem, em idade apenas, têm de ser novidade, jovem também nas ideias.

O fato é que uma cidade com características industriais como Joinville não consegue revelar um novo jeito de fazer política, porque os partidos políticos mantém comandos antigos, atrelados a líderes também antigos, que se perpetuam no comando e tem dificuldades em aceitar e promover as renovações necessárias para a política. A forma de cooptar lideranças comunitárias, religiosas, trazê-las para os partidos, e depois as deixarem reféns de cargos, das listas de candidatos, e sem atividades partidárias de verdade – partidos atuam quase sempre e somente em vésperas de eleições – mata o novo, o possível, o mágico que poderia vir de cada cidadão que se propõe a viver a militância política.

Essa espécie de “controle” político da cidade empobrece o debate, e empobrece também a massa crítica que deveria estar mais presente na política, causando assim um sub-desenvolvimento da cidade, que ao não renovar de fato os seus quadros, não cresce, não tem força para reivindicar como acontece hoje, em que parece que todos são governo e não conseguem, nem podem criticar e cobrar. A quem interessa manter Joinville assim tão fraca politicamente? A quem interessa o discurso que fazem de “a maior”, “a melhor”, “maior PIB”, maior isso e aquilo, quando na verdade isso não faz concretizar obras de grande porte para a mobilidade, a infraestrutura, saúde, educação?

Infelizmente, o quadro político atual não empolga o eleitorado. Veremos o que acontecerá nos próximos meses. Enquanto isso, muitos dos atuais postulantes vão fazer os seus discursos do tipo “sou o novo”, “é a minha vez”, etc. O eleitor tem de estar mais atento e pensante, porque senão teremos mais quatro anos, e mais décadas de atraso político.

Repórteres do CQC em confusões: um leva “tapa na cara” e outro tem microfone quebrado

Equipes de reportagens do ‘CQC’ mais uma vez se envolveram em confusões com políticos. Na tarde dessa terça-feira, 8, o repórter Mauricio Meirelles informou em seu perfil no Twitter que seu microfone foi quebrado por João Claudio Derosso (recém-desfiliado do PSDB), vereador de Curitiba.  No mesmo dia, também por meio da rede social, Felipe Andreoli informou que levou “tapa na cara” do deputado federal Marcio Reinaldo Moreira (PMDB-MG).

Andreoli afirmou que registrou boletim de ocorrência e espera que o parlamentar pague cestas básicas e se retrate pela agressão. O repórter do ‘Custe o Que Custar’ relatou que levar tapa no rosto é humilhante, sendo do mesmo nível que uma cusparada. “Fiz uma pergunta – vocês verão no CQC – que nós nos fazemos todo santo dia. Ele me respondeu com um tapa na cara. Fora os xingamentos”, postou o jornalista da Band. O político ainda não comentou o caso.

A terça-feira teve outra agressão a integrantes do programa. “Perdemos um amigo aqui na Câmara de Curitiba: o microfone do ‘CQC’”, postou Meirelles no microblog. A equipe de comunicação do Poder Legislativo da capital paranaense confirmou o ocorrido. Derosso, que, de acordo com o site Bem Paraná, corre o risco de perder o mandato, não se pronunciou. O político é acusado pelo Ministério Público de contratar funcionários fantasmas.

A reportagem do programa da Band verificava denúncias de irregularidades na Câmara de Curitiba. Meirelles conversou com alguns vereadores, entretanto, Derosso o ignorou e irritado tomou o microfone do repórter do ‘CQC’ o jogou o equipamento da janela do quarto andar da câmara.

Essa não é a primeira vez que Meirelles está envolvido em confusões em suas reportagens. Durante o encontro da secretária de Estado norte-americano, Hillary Clinton, com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, em Brasília, no início de Abril, o repórter ofereceu uma máscara de carnaval a Hillary. O encontro estava sendo transmitido ao vivo por outras emissoras e a brincadeira irritou alguns jornalistas que acompanhavam o evento.

Do Comunique-se

Acabam o 14o. e 15o. salários para senadores, até que enfim! E os deputados federais?

Mais uma das vergonhas da política em nosso país está finalmente acabando: décimo quarto e décimo quinto (acreditem!) salários aos senadores da República. E os deputados federais devem se apressar para acabar com mais esse privilégio que os reles mortais trabalhadores não tem, e tampouco com os altíssimos salários que os nobres parlamentares recebem, fora os penduricalhos. O Brasil precisa que a política mude radicalmente, porque não é admissível, nem moral, que existam em pleno século 21 todos esses privilégios aos parlamentares. E o que será que ainda existe que não sabemos não é mesmo? Confiram a matéria:

O plenário do Senado aprovou por unanimidade, na noite de ontem o projeto que acaba com o pagamento de décimo quarto e décimo quinto salários para deputados e senadores. A matéria, que foi relatada pelo senador Lindbergh Farias (PR-RJ), já havia sido aprovada na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

Pelo projeto, os parlamentares passam a receber os dois salários extras apenas no primeiro e no último ano de mandato, e não mais todos os anos como ocorre atualmente. Os senadores entenderam que esse recurso financeiro não se justifica mais, pois foi criado em uma época em que deputados e senadores tinham muitos gastos com o deslocamento das famílias para o Rio de Janeiro, então capital da República. O projeto seguirá para a Câmara dos Deputados, onde ainda poderá ser alterado. Se isso ocorrer, ele retorna ao Senado para última análise”.

Das agências de notícias e Jornal Absoluto

Classe política – Dilma está certa!

Dilma tem nas mãos a chance de mudar o jeito de fazer política no Brasil

Todos acompanhamos via mídia tradicional e tecnológica a pressão que os políticos profissionais, latifundiários do Congresso Nacional, estão exercendo sobre o Governo Federal, mais diretamente à presidenta Dilma Rousseff. Acostumados a negociar com base em nosso, isso mesmo, nosso dinheiro público, em cargos, obras e afins, os deputados e senadores não assimilam a postura de gestora de Dilma. Afrontam, coagem, ameaçam. Mostram suas garras afiadas, mostram sua insana vontade de ocupar a máquina pública sem o mínimo de decoro. Sequer quadros limpos de processos apresentam. Aliás, apresentam sempre os mesmos figurinos, desgastados por onde passaram.

De parabéns a presidenta Dilma Rousseff que enfrenta esses pseudo-representantes do povo, que seu utilizam dessa oportunidade outorgada pelo povo pelo voto para se esbaldarem, sem qualquer olhar republicano pelo país que representam. Paralisam votações, votam contra os projetos que antes eram favoráveis, atrasando o passo do Brasil. Prestam um desserviço à nação. Mostram assim que nada tem de responsabilidade para com sua gente, muitos passando por muitas dificuldades para sobreviver em vários rincões de Brasil continental. Depois voltam a seus estados e municípios como cordeiros, mas na verdade são mesmo lobos sedentos por muito mais do que benefícios para o povo. Usam dessa fantasia para outros inconfessáveis desejos e sonhos.

Essa prática política antiga, arcaica, ultrapassada acontece também nos municípios, e nos estados, com Câmara de Vereadores e Assembleias Legislativas. Por isso que a renovação de políticos é fundamental a cada eleição. É preciso que o eleitor definitivamente acompanhe quem elegeu. Fiscalize, cobre, faça pressão, e não caia na lábia fácil, na justificativa ridícula de sempre. As eleições de 2012 estão batendo à porta. Cabe à população também mudar. Deixar de ser amiga desses políticos que em nada representam os seus anseios. Buscam apenas seu voto para lá, onde estiverem, abocanharem fatias para sí próprios, e migalhas para quem os elegeu. Educação e consciência política é o que se espera da população. Se nada muda, é porque a população não quer, e gosta do que aí está.

A presidenta Dilma Rousseff mostra assim a que veio. Enfrenta o momento como enfrentou com coragem as torturas dos tempos de arbítrio, opressão e prisões na ditadura militar. Que seu exemplo sirva para o país avançar, definitivamente para outro modo de fazer política. E que se mantenha firme nesse caminho.

Cultura interditada? Muita coisa interditada, e faz tempo…

A Vigilância Sanitária de Joinville (SC) interditou mais um espaço cultural da cidade no dia de ontem, quinta-feira (15): o Museu Nacional de Imigração e Colonização. Antes dele já foram interditados os museus Fritz Alt, do Sambaqui, Casa da Cultura, Biblioteca Pública, e a Estação de Cargas que abrigava o – cadê ele? – Museu da Bicicleta, na antiga Estação Ferroviária, que apelidaram de Estação da Memória. Que fazem os nossos governantes em seus mandatos? Onde andam os incontáveis assessores, aspones em sua maioria, que não fazem o dever de casa?

Com todo o respeito que grande parte de assessores merece – aí incluídos secretários, gerentes, coordenadores, etc – porque realmente são esforçados, a grande maioria não sabe a que veio. Ao ver cadeiras vagando, conseguiram indicações e se sentaram, ávidos por bons salários, mordomias, status, mas muito pouco prática administrativa, gerencial, executiva. Afinal, ao assumir um cargo público, o vivente deveria pelo menos ter as capacidades adequadas a ele. Senão, o resultado é esse que vemos ao longo dos anos.

Esse incontável número de prédios públicos interditados, e aí incluo as escolas estaduais, municipais e outros, é uma afronta a população que paga impostos, muitos impostos. É um deboche com cidadãos que delegam o comando de sua cidade a políticos que devem ser responsáveis em mante-los em pé! E para que administrem, não basta serem bonzinhos, simpáticos, bacanas. Têm de saber gerenciar, escolher muito bem sua equipe, com gente capaz, e com vontade de trabalhar.

E mais: além disso, é preciso espírito público altíssimo, desejo de ver a cidade andando bem, com seu patrimônio preservado, com suas ruas limpas, organizadas, com obras planejadas, e em execução. Escolas exemplares, com professores exemplares. Mas como ter isso se nossos políticos não tem mais esses olhar público, esse desvelo pelo que é nosso, de todos?  Cada um que chega ao cargo que for, logo pensa na próxima eleição, e os seus escolhidos também. Esquecem de que tem de administrar a cidade, o estado, o país! Não acreditam que trabalhando duro, podem receber novamente o voto do eleitor. Pensam apenas em como fazer para ganhar a próxima. Que infelicidade termos uma elite política que se distanciou do bem comum, para pensar apenas em projetos pessoais, dos seus partidos, esquecendo dos seus.

Por isso que política não é só votar, é fiscalizar, cobrar, manifestar indignação se preciso. Observar, ler, e por que não, participar ativamente de partidos, e até de eleições? Enquanto nosso povo achar que política é suja, chata, etc, os de sempre vão continuar aí, e projetando outros clones para que os incautos eleitores votem. E depois chorem e reclamem na roda de bar, dentro da sala de jantar, que a política não presta. Será? Outubro vem aí, prestem atenção nos salvadores da pátria, os arautos da salvação das cidades. Esses são os mais perigosos, porque vendem o que não podem entregar.