Salman Rushdie estará em Portugal no final de setembro

O livro que Salman Rushdie, um dos escritores britânicos mais conhecidos dos últimos tempos, prometeu escrever depois do ataque que sofreu em agosto de 2022, que fez com que perdesse um olho e sofresse danos nos nervos da mão, está a chegar a Portugal, depois de ter sido lançado em vários países em abril. Desde o dia 14 de maio que os portugueses tem acesso aos relatos em primeira mão do dia em que Salman Rushdie, de agora 76 anos, foi atacado, e quase morto, por um jovem com uma faca.

Agora há o anúncio de que Rushdie estará no Porto no final de setembro a convite da Livraria Lello a participar de evento especial. O atentado que o escritor sofreu é a matéria prima que dá nome a este novo livro, “Faca, Meditações na Sequência de uma Tentativa de Homicídio”. O escritor conta a história do dia 12 de agosto de 2022, uma sexta-feira que parecia banal quando, já no palco pronto para iniciar uma palestra em Nova Iorque, EUA, é esfaqueado 15 vezes por um jovem norte-americano de origem libanesa. 

Na altura, o agente do escritor, Andrew Wylie, falou com a imprensa acerca do estado de saúde do escritor e revelou que este ia perder um olho, assim como ia sofrer danos nos nervos do braço e no fígado, segundo o jornal “Observador”.

O suspeito do ataque, Hadi Matar, um homem de 24 anos, foi a tribunal no dia seguinte, declarando-se inocente. No entanto, segundo a Comunidade de Cultura e Arte, Hadi Matar era suspeito de ser simpatizante da República Islâmica do Irão, país que ofereceu uma recompensa de três milhões de dólares a quem assassinasse o escritor, de acordo com o “Observador”. 

Isto porque, em 1988, Salman Rushdie publicou a obra “Os Versículos Satânicos”, uma história que se passa na Índia e em Inglaterra e acompanha as aventuras de duas personagens que sobrevivem a um ataque terrorista à bomba durante uma viagem de avião. Apesar de ter sido muito bem recebida pela crítica, no Irão, no entanto, a reação foi muito mais violenta, e Khomeini, Líder Supremo do Irão, lançou uma fatwa (um decreto religioso islâmico) condenando o escritor à morte.

  • com informações de várias agências de notícias

Porto em Cuba: Justiça Federal terá que ouvir o BNDES

A concessão de liminares sem que a parte requerida seja ouvida só se justifica em casos de dano irreparável. Com esse entendimento, a 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região cassou a cautelar dada pela primeira instância da Justiça Federal no Rio de Janeiro para obrigar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a fornecer dados e documentos sobre o empréstimo concedido para a construção do Porto Mariel, em Cuba.

A decisão foi proferida durante a apreciação de agravo de instrumento protocolado pelo banco. Agora a Justiça Federal terá que ouvir o BNDS antes de obrigá-lo a fornecer as informações sobre as obras do porto que fica a 45 quilômetros de Havana, assim como sobre outros empréstimos para realização de obras ou financiamento de serviços em Angola.

O pedido de informações fora apresentado diretamente ao BNDES pelo Ministério Público Federal, mas o banco se recusou a atender à solicitação. Disse que os contratos de empréstimo estão sob sigilo fiscal e que a divulgação deles poderia prejudicar as operações. Por isso, o MPF ajuizou ação cautelar na Justiça Federal.

Na 5ª Turma do TRF-2, o agravo protocolado pelo banco foi relatado pelo desembargador federal Ricardo Perlingeiro. Ao votar, o relator explicou que a concessão de liminar sem que a outra parte seja ouvida só se justifica se ficar comprovada a urgência da medida, com o risco de a demora no julgamento do mérito causar dano irreparável.

Segundo Perlingeiro, esse não é o caso do empreendimento em Cuba. “A concessão de medida liminar independentemente de manifestação da parte contrária, quanto possível, acarreta uma restrição desproporcional ao contraditório e a ampla defesa. Em cognição não exauriente, não restou demonstrada nos autos originários a presença de risco de dano irreparável que justificasse a concessão da liminar sem a oitiva da agravante”, escreveu. Seguiram o voto do relator os desembargadores federais Aluisio Mendes e Marcus Abraham.

Com informações da assessoria de imprensa do TRF-2

Protesto em São Chico

Entidades ambientalistas, sindicatos de trabalhadores portuários, pescadores e outras organizações farão uma manifestação contra a instalação do Terminal Marítimo Mar Azul (porto da Norsul) amanhã, às 14 horas, em frente ao centro de distribuição Mar Azul (entrada do bairro Laranjeiras – do ferry boat -, na BR-280).

Em vias de ser licenciado pelo IBAMA, o empreendimento gerará, na opinião do movimento Babitonga é Vida, prejuízos incalculáveis ao ecossistema da baía Babitonga e, consequentemente, à atividade pesqueira. Para os trabalhadores portuários avulsos, a substituição do uso do porto organizado por um terminal privado para a movimentação das bobinas de aço da siderúrgica ArcelorMittal significará perdas significativas. Em 2008, durante a crise internacional, a movimentação das bobinas no porto público e Tesc foi o principal responsável pelos ganhos de estivadores, arrumadores, entre outras categorias do trabalho portuário.

Grupo de trabalho de comunicação