Prêmio Petrobras de Jornalismo: abertas as inscrições em comemoração aos 60 anos da empresa

graça-fosterEm Encontro com a Imprensa sobre o Projeto Petrobras 60 anos, realizado ontem (9) na sede da Companhia, no Rio de Janeiro, a presidente Maria das Graças Silva Foster falou das ações para comemoração do aniversário da empresa e anunciou o Prêmio Petrobras de Jornalismo. Serão 35 prêmios divididos em duas categorias, Nacional e Regional, que vão abranger quatro temas: Cultura; Responsabilidade Socioambiental; Esporte; e Petróleo, Gás e Energia para reportagens veiculadas em jornal/revista, rádio, televisão e portais de notícias e um prêmio para a melhor reportagem fotográfica nas categorias Nacional e Regional. A melhor reportagem de todas vai ganhar o Grande Prêmio Petrobras de Jornalismo.

O objetivo da premiação é reconhecer a importância da imprensa e, sobretudo, dos jornalistas que participam do processo de democratização e de disseminação de informações relevantes para o país. Serão premiados profissionais de todo o Brasil.

“A imprensa nos ensina a enxergar as oportunidades de melhorias que temos a fazer. Este é o nosso entendimento e o sentimento que nós temos da grande importância da imprensa. Jornalistas do mundo inteiro nos procuram e eu tenho a certeza de que grande parte desse conhecimento e reconhecimento nós devemos à imprensa, que é dedicada na cobertura do dia a dia da Petrobras. Junto ao amadurecimento que a Petrobras atinge aos 60 anos, nós reconhecemos também o amadurecimento da imprensa. Então, lançamos hoje o Prêmio Petrobras de Jornalismo”, disse Maria das Graças Silva Foster.

Segundo o gerente executivo da Comunicação Institucional da Petrobras, Wilson Santarosa, também presente ao lançamento, o Prêmio Petrobras de Jornalismo está alinhado com a campanha Petrobras 60 Anos, cujo conceito é ‘Gente é o que inspira a gente’. “A Petrobras surgiu de um movimento popular. Por isso, decidimos nestes 60 anos homenagear as pessoas que construíram a história dessa Companhia. E os jornalistas são as pessoas que contaram e contam essa história todos os dias”.

O prêmio será de R$ 17.200 (bruto) para cada um dos autores das melhores reportagens nacionais e da melhor reportagem fotográfica nacional, e de R$ 7.150 (bruto) para cada um dos autores das matérias regionais em cada tema e da melhor reportagem fotográfica regional. O Grande Prêmio Petrobras de Jornalismo será de R$ 30.000 (bruto) para a melhor reportagem.

As inscrições podem ser feitas entre os dias 10 de maio e 10 de julho, com preenchimento da ficha de inscrição disponível no site da Agência Petrobras de Notícias (www.petrobras.com.br/agenciapetrobras) e seu envio junto com o material necessário para a sede da Petrobras (Av. República do Chile 65, 10º andar / sala 1001, Centro – Rio de Janeiro – RJ – CEP – 20031-912). Só poderão ser inscritas matérias veiculadas no período de 10 de maio de 2012 a 9 de maio de 2013. Os trabalhos vencedores e seus respectivos autores serão conhecidos em outubro deste ano. A cerimônia de premiação será no Rio de Janeiro em data e local a serem divulgados.

Os trabalhos serão avaliados por uma Comissão de Pré-avaliação e Seleção, composta por cinco profissionais do mercado. Os cinco melhores trabalhos por tema serão encaminhados à Comissão Julgadora, formada por profissionais renomados da imprensa, com vasta experiência jornalística. Cada trabalho receberá uma nota de 0 a 10 e aqueles com maior pontuação levam os prêmios nas respectivas categorias e temas. O regulamento completo e outras informações estão disponíveis no site da Agência Petrobras de Notícias (www.petrobras.com.br/agenciapetrobras).

Imprensa brasileira foi à França reclamar de premiação a Lula

Não pode passar batido um dos momentos mais patéticos do jornalismo brasileiro. Acredite quem quiser, mas órgãos de imprensa brasileiros como o jornal O Globo mandaram repórteres à França para reclamar com Richard Descoings, diretor do instituto francês Sciences Po, por escolher o ex-presidente Lula para receber o primeiro título Honoris Causa que a instituição concedeu a um latino-americano.

A informação é do jornal argentino Pagina/12 e do próprio Globo, que, através da repórter Deborah Berlinck, chegou a fazer a Descoings a seguinte pergunta: “Por que Lula e não Fernando Henrique Cardoso, seu antecessor, para receber uma homenagem da instituição?”.

No relato da própria repórter de O Globo que fez essa pergunta constrangedora havia a insinuação de que o prêmio estaria sendo concedido a Lula porque o grupo de países chamados  Bric’s (Brasil, Rússia, Índia e China) estuda ajudar a Europa financeiramente, no âmbito da crise econômica em que está mergulhada a região.

A jornalista de O Globo não informa de onde tirou a informação. Apenas a colocou no texto. Não informou se “agrados” parecidos estariam sendo feitos aos outros Bric’s. Apenas achou e colocou na matéria que se pretende reportagem e não um texto opinativo. Só esqueceu que o Brasil estar em condição de ajudar a Europa exemplifica perfeitamente a obra de Lula.

Segundo o relato do jornalista argentino do Pagina/12, Martín Granovsky, não ficou por aí. Perguntas ainda piores seriam feitas.

Os jornalistas brasileiros perguntaram como o eminente Sciences Po, “por onde passou a nata da elite francesa, como os ex-presidentes Jacques Chirac e François Mitterrand”, pôde oferecer tal honraria a um político que “tolerou a corrupção” e que chamou Muamar Khadafi de “irmão”, e quiseram saber se a concessão do prêmio se inseria na política da instituição francesa de conceder oportunidades a pessoas carentes.

Descoings se limitou a dizer que o presidente Lula mudou seu país e sua imagem no mundo. Que o Brasil se tornou uma potência emergente sob Lula. E que por ele não ter estudo superior sua trajetória pareceu totalmente “em linha” com a visão do Sciences Po de que o mérito pessoal não deve vir de um diploma universitário.

O diretor do Science Po ainda disse que a tal “tolerância com corrupção” não passa de opinião, que o julgamento de Lula terá que ser feito pela história levando em conta a dimensão de sua obra, da qual destacou eletrificação de favelas e demais políticas sociais, e perguntou se foi Lula quem armou Khadafi. E concluiu para a missão difamadora da “imprensa” tupiniquim: “A elite brasileira está furiosa”.

SMABC