Empresários admitem redução de custos com medidas do Governo

A Confederação Nacional da Indústria, a CNI, entidade que reúne empresários do setor industrial, acredita que as medidas tomadas pelo governo para redução do preço da energia elétrica e desoneração da folha de pagamento provoquem redução nos custos de produção.

A expectativa é do gerente executivo da unidade de pesquisa da confederação, Renato da Fonseca. “Os efeitos das medidas não são imediatos. Os benefícios vão passando de empresa para empresa e os preços vão sofrendo mudanças num processo de realimentação na cadeia”, explica o economista.

A CNI divulgou uma pesquisa sobre o custo de produção da indústria brasileira. Houve crescimento 10,6% no terceiro trimestre do ano passado, comparado com o mesmo período de 2011. A carga tributária subiu 7,1%, segundo o Indicador de Custos Industriais.

O custo do dinheiro para capital de giro caiu 30,7%, mas não foi suficiente para conter reajuste no custo industrial. Na indústria da transformação, houve agravamento da perda de competitividade dos produtos brasileiros provocada por dificuldades nas áreas de logística e inovação. A desvalorização do real frente ao dólar impediu que a perda de competitividade fosse maior, ressalta Renato Fonseca.

Do Sindicato do ABC

 

CNI acredita em crescimento de 2,5% em 2013

O faturamento da indústria brasileira cresceu 2,5% em novembro de 2012, em comparação a outubro, após dois meses consecutivos de queda, segundo o levantamento Indicadores Industriais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado hoje (17).

Para a confederação, o aumento é um indicador “robusto”, e o crescimento do setor deverá fechar o ano em 2,5%, o que aponta moderada, mas persistente recuperação da atividade industrial e para um panorama, no geral, positivo.

A área em que houve o maior faturamento em novembro foi a da indústria de vestuário, com crescimento de 6,2%, aumento de 11,3% no emprego e de 10,7% nas horas trabalhadas.

O pior desempenho foi no setor de material eletrônico e de comunicação, com queda de 23,5% na produção, diminuição de 11,7% no emprego e de 1,3% na massa salarial.

A utilização da capacidade instalada apresentou o maior resultado desde março do ano passado, com a média de 81,4% da indústria em operação. Em relação ao mesmo período de 2011, o índice foi o mesmo.

O aumento do uso da capacidade industrial instalada sinaliza avanços positivos para os investimentos em 2013, de acordo com o economista da CNI Marcelo de Ávila.

Para o gerente executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, a redução da ociosidade da indústria, acompanhada da manutenção relativa dos salários, gera pressão sobre os custos das empresas.

Ele explica que isso implica impacto sobre a competitividade dos produtos brasileiros em relação aos importados e sobre o Custo Brasil – que considera não só os custos nas indústrias, mas também a logística, os tributos, entre outros fatores que oneram a produção no país.

Segundo Castelo Branco, a manutenção dos salários reflete a dinâmica do mercado de trabalho brasileiro, que mantém níveis baixos de desemprego, o que faz com que a demanda por mão de obra seja constante.

Da Ag. Brasil