Cursos Técnicos: últimos dias para se inscrever para o seletivo do IFSC

flyer_a5_araranguaTerminam na próxima segunda-feira (10) as inscrições para o processo seletivo de ingresso dos cursos técnicos e de graduação do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC). Ao todo, são 2.883 vagas em 80 cursos distribuídos em 16 cidades em todas as regiões do estado.  Na Região Norte, são 777 vagas para os câmpus Canoinhas, Geraldo Werninghaus (em Jaraguá do Sul), Jaraguá do Sul e Joinville.

As inscrições devem ser feitas no site www.ingresso.ifsc.edu.br, onde também estão disponíveis os editais com todas as informações detalhadas sobre o processo seletivo. Há também computadores disponíveis para inscrição em todos os câmpus do IFSC, para candidatos que não possuem acesso à Internet. Em caso de dúvidas, o candidato pode entrar em contato com o Departamento de Ingresso do IFSC pelo telefone 0800 722 0250. A ligação é gratuita.

A taxa de inscrição para os cursos técnicos é de R$ 30,00 (exceto para o curso técnico subsequente de Produção de Materiais Didáticos Bilíngue, que não possui taxa de inscrição) e para os cursos de graduação é de R$ 40,00. O pagamento pode ser feito até o dia 13 de junho, em qualquer agência do Banco do Brasil.

O vestibular para os cursos de graduação será realizado no dia 23 de junho. Já o exame de classificação (prova) para os cursos técnicos está marcado para o dia 30 de junho. A lista dos candidatos aprovados será divulgada no dia 15 de julho. As aulas para os candidatos aprovados no processo seletivo iniciam no segundo semestre de 2013.

Entenda os tipos de cursos

O IFSC oferece três tipos de cursos técnicos: integrado, concomitante e subsequente. Nos cursos integrados, o aluno cursa o Ensino Médio junto com o técnico no IFSC. Nos cursos concomitantes, o aluno faz o curso técnico no IFSC ao mesmo tempo em que faz o Ensino Médio em outra escola. E, para os cursos técnicos subsequentes, o aluno deve já ter o Ensino Médio completo e só faz o curso técnico no IFSC.

Os cursos de graduação também são divididos em três tipos: bacharelado, licenciatura e superiores de tecnologia. Os cursos de bacharelado são as Engenharias que, por serem mais abrangentes, possibilitam uma área de atuação maior. Os cursos de licenciatura são destinados à formação de professores para atuar na Educação Básica. Já os cursos superiores de tecnologia, também conhecidos como tecnólogos, são graduações de formação especializada em determinado eixo tecnológico.

Novos cursos

Para início no segundo semestre de 2013, o IFSC tem seis novas opções de cursos. Em Lages, os cursos técnicos de Mecatrônica, Eletromecânica e Análises Químicas devem formar profissionais capacitados para atuar no setor industrial dessas três áreas. Em Palhoça, o curso técnico de Tradução e Interpretação de Libras é pioneiro no país e vai formar profissionais habilitados no trabalho com a Língua Brasileira de Sinais. Para mais informações sobre esse curso, clique aqui.

Já em Urupema, o curso técnico de Agroindústria vai agregar oportunidades de profissionalização no município, onde 66% da população atua no setor, mas não tem formação específica. E em Florianópolis, o bacharelado em Engenharia Civil vai ampliar em 18% a oferta de vagas públicas nessa área em Santa Catarina.

Reserva de vaga

O IFSC possui reserva de vaga para candidatos que estudaram em escolas públicas. Do total de vagas ofertadas em cada curso, 50% delas são reservadas para candidatos que estudaram em escola pública. Dentro desse percentual, há ainda a reserva de vaga para candidatos de baixa renda e para candidatos que se autodeclarem pretos, pardos ou indígenas.

Para se inscrever através do sistema de cotas para os cursos técnicos é necessário ter cursado todo o Ensino Fundamental em escola pública. Já para se inscrever nos cursos de graduação o candidato deve ter cursado todo o Ensino Médio em escola pública. Os candidatos que não se enquadram nessas situações, devem, no momento da inscrição, selecionar a opção ampla concorrência. Para mais informações sobre a reserva de vaga, consulte os editais.

Cursos oferecidos para início em 2013/2 na região:

Câmpus Canoinhas
Técnico concomitante de Agroecologia (noturno) – 40 vagas
Técnico concomitante de Agroindústria (vespertino) – 40 vagas
Técnico concomitante de Edificações (vespertino) – 40 vagas
Técnico concomitante de Informática (noturno) – 40 vagas

Câmpus Geraldo Werninghaus (Jaraguá do Sul)
Técnico subsequente de Eletrotécnica (vespertino) – 32 vagas
Técnico subsequente de Eletrotécnica (noturno) – 32 vagas
Técnico subsequente de Mecânica Industrial (vespertino) – 32 vagas
Técnico subsequente de Mecânica Industrial (noturno) – 32 vagas
Superior de Tecnologia em Fabricação Mecânica (noturno) – 36 vagas

Câmpus Jaraguá do Sul (Centro)
Técnico integrado de Química (vespertino) – 35 vagas
Técnico subsequente de Malharia (vespertino) – 35 vagas
Técnico subsequente de Malharia (noturno) – 35 vagas
Técnico subsequente de Produção e Design de Moda (noturno) – 35 vagas
Técnico subsequente de Vestuário (matutino) – 35 vagas
Licenciatura em Ciências da Natureza – Habilitação em Física (matutino) – 36 vagas

Câmpus Joinville
Técnico integrado de Eletroeletrônica (matutino) – 35 vagas
Técnico integrado de Mecânica (vespertino) – 35 vagas
Técnico concomitante de Eletroeletrônica (noturno) – 36 vagas
Técnico concomitante de Mecânica (noturno) – 32 vagas
Técnico subsequente de Enfermagem (vespertino) – 24 vagas
Superior de Tecnologia em Mecatrônica Industrial (noturno) – 40 vagas
Superior de Tecnologia em Gestão Hospitalar (noturno) – 40 vagas

Tire suas dúvidas

Informações completas devem ser conferidas nos editais disponíveis no site www.ingresso.ifsc.edu.br.   Se você está em dúvida em qual tipo de curso se inscrever e se pode entrar no sistema de reserva de vagas, consulte o Departamento de Ingresso do IFSC pelo telefone 0800 722 0250. A ligação é gratuita.

Senado regulamenta profissão de cuidador de idoso

Pelo projeto, o cuidador é um profissional que desempenha funções de acompanhamento e assistência exclusivamente à pessoa idosa. Ele terá de prestar apoio emocional e na convivência social do idoso.

É determinado também o auxílio e acompanhamento na realização de rotinas de higiene pessoal, ambiental e de nutrição, além de auxiliar o idoso nos cuidados de saúde preventivos, administração de medicamentos e outros procedimentos de saúde.

A proposta estabelece que o cuidador prestará serviço na casa do assistido, em instituições de longa permanência, hospitais e centros de saúde. Os cuidadores deverão acompanhar seus pacientes em eventos culturais e sociais.

Estão credenciadas para exercer a profissão pessoas com mais de 18 anos que tenham cursado o ensino fundamental e realizado o curso de cuidador do idoso em instituições de ensino reconhecidas por órgão público federal, estadual ou municipal.

Agência Brasil

 

Seguro-desemprego: trabalhador terá que fazer curso de qualificação

Passa a vigorar a partir de hoje (10) nova regra para a concessão de seguro-desemprego a trabalhadores que solicitarem o benefício pela terceira vez em dez anos. Para ter acesso ao seguro, o trabalhador deverá fazer curso de qualificação profissional ou de formação.

Essa nova condição vale em todas as capitais brasileiras e regiões metropolitanas – exceto no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde a regra passa a vigorar a partir da próxima segunda-feira (16). A medidas é prevista peloDecreto 7.721, de 16 de abril passado.

A nova regra de acesso ao seguro-desemprego será progressivamente implantada em outras cidades.  A expectativa do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) é que, até agosto, a qualificação seja uma condição à concessão do benefício em todo o país.

Essa exigência será atendida pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), de 2011, que prevê ações para qualificar e dar assistência a cerca de 8 milhões de trabalhadores nos próximos quatro anos.

Para receber o seguro-desemprego pela terceira vez em dez anos, o trabalhador deverá apresentar a comprovação de matrícula em curso reconhecido pelo MTE ou pelo Ministério da Educação(MEC), com carga mínima de 160 horas,  no ato do recebimento — que é feito na Caixa Econômica Federal.

Os trabalhadores receberão o benefício ao longo da realização dos cursos, que serão gratuitos e oferecidos por serviços nacionais de aprendizagem, como o Serviço Social da Indústria (Sesi), o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senac).

Casa não haja um curso disponível na área de atuação do trabalhador ou na cidade onde reside, a concessão do seguro deixa de ficar condicionada à realização da qualificação. Nesse caso, o trabalhador poderá receber o benefício normalmente,  sem a necessidade de comprovação de matrícula.

Ag. Brasil

Alberto Dines: “É criminoso desconsiderar o jornalismo como profissão”

O jornalista e escritor Alberto Dines foi o entrevistado da madrugada desta segunda-feira, 9, do programa ‘É Notícia’, apresentado por Kennedy Alencar na Rede TV. Durante o encontro, Dines falou sobre a relação entre jornalismo e política, o uso das novas tecnologias e defendeu o diploma para exercer a profissão.

Com mais de 60 anos de atuação nos principais veículos do país e de estudo sobre a imprensa, Dines avalia a decisão de não exigir o diploma para a classe, tomada em 2009, como “um voto infelicíssimo de Gilmar Mendes”. Para ele, a saída primária do relator do caso foi argumentar que o jornalismo não é profissão, e sendo assim não precisaria de diploma.

Segundo Dines, afirmar que o jornalismo é um “ofício eventual” é criminoso, pois tira o caráter institucional da imprensa num processo político. Ele diz que quando a profissão voltar a ser regulamentável seria válido debater o melhor tipo de formação, e cita a Universidade Columbia, onde o curso de jornalismo é ministrado em nível de pós-graduação e tem a duração de dois semestres com atividades práticas.

Do Comunique-se

Dia do Jornalista – Mensagem do Sindicato dos Jornalistas de SC

O Blog Palavra Livre parabeniza a todos os colegas e futuros profissionais, a mais apaixonante de todas as profissões, como disse Gabriel Garcia Márquez

O SJSC saúda os jornalistas catarinenses – profissionais e professores – e os estudantes de jornalismo pela passagem do “Dia do Jornalista”, em 7 de abril. Uma data para comemorar, mas principalmente para reafirmarmos o compromisso com a defesa do Jornalismo como um bem público essencial à democracia; do Jornalismo exercido com ética, responsabilidade, qualidade, para que a sociedade efetivamente seja atendida no seu direito à informação e à liberdade de expressão. Uma data para relembrarmos que não há Jornalismo sem jornalista.

O Dia do Jornalista foi instituído em homenagem à data da fundação da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), em 1908, e ao médico e jornalista João Batista Líbero Badaró, assassinado no dia 7 de abril de 1830, em São Paulo, durante uma passeata de estudantes em comemoração aos ideais libertários da Revolução Francesa.

Consciente do relevante papel social desempenhado pelo jornalista, ao mesmo tempo em que celebra o 7 de abril, o SJSC conclama a categoria para participar cada vez mais das lutas nacionais, regionais e estaduais para a valorização do Jornalismo e da nossa profissão, destacando-se as por melhores condições de trabalho e salariais, por verdadeira liberdade de imprensa, por respeito aos direitos humanos e combate a todo tipo de preconceito, exploração e opressão. Vamos juntos fortalecer todas as batalhas e ações que compõem nossa luta maior pela democracia na comunicação do país.

Em Santa Catarina, chamamos a todos a fortalecer a campanha salarial dos jornalistas, trabalhadores atualmente submetidos a vulnerabilidades. No que se refere à remuneração, estes profissionais não obtêm o merecido retorno, a contrapartida por prestarem um trabalho imprescindível ao País em diversos campos. Apesar de todas as dificuldades impostas pelos donos da mídia, no entanto, os jornalistas têm cumprido o papel de investigar, de buscar a pluralidade de opiniões, a fim de garantir com o resultado do seu trabalho a expressão dos indivíduos e dos grupos sociais.

Nacionalmente, precisamos intensificar nossa participação nas campanhas pela reconquista da plena regulamentação profissional com a aprovação das PECs que restituem a necessidade da formação superior específica para o exercício do Jornalismo, do PL que estabelece um piso nacional para os jornalistas, de combate à precarização das relações trabalhistas, do projeto de federalização da apuração de crimes cometidos contra jornalistas e de denúncia à crescente onda de agressões aos profissionais de comunicação e cobrança de ações dos governos e das empresas para proteção aos jornalistas, por uma nova e democrática Lei de Imprensa, que regule não só o direito de resposta, mas também as relações entre sociedade, veículos e profissionais de imprensa e, mais fundamentalmente, por um novo marco regulatório das comunicações no Brasil, orientado nas resoluções da I Confecom.

Neste 7 de abril, reafirmamos nossa pauta: celebrar as conquistas e continuar firmes na luta pelo Jornalismo e pelos jornalistas!

Diretoria do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina

Perfil Carlos Roberto Nied – Um protético a serviço dos bombeiros

Paciência, concentração, habilidades manuais, senso estético e muita responsabilidade são algumas das características necessárias para ser um profissional protético dentário. Afinal, cuidar do sorriso não é somente por aparência, mas também para manter a sua saúde bucal em perfeitas condições. Carlos Roberto Nied sabe como poucos trabalhar nos bastidores com eficiência, discrição e no detalhe. Aos 53 anos de idade e 35 de profissão – “desde que comecei a freqüentar um laboratório de amigos”, relata – atuando no apoio aos dentistas, esses sim responsáveis por todos os detalhes da boca, dentes e demais necessidades, ele mantém desde 1985 o seu próprio laboratório no bairro Bom Retiro, onde mora bem próximo ao Morro do Finder.

Nied fala baixo e calmamente enquanto mostra os procedimentos para produzir uma prótese dentária perfeita. “O dentista manda o molde, e a partir daí se faz todo um processo que não pode ter erros. Uma dentadura, como se chama popularmente, se não for bem feita pode causar danos e sintomas desagradáveis”, ensina o veterano profissional. Antes de cair de cabeça na profissão ele passou pelo exército e também pelo estoque da Drogaria Catarinense. Trabalhou por quase 15 anos com os amigos. Uma sugestão de ter seu próprio negócio foi encampada e daí nasceu a Carony – Laboratório de Prótese Dentária que atende cirurgiões-dentistas de toda a cidade e região.

Carlos nasceu no Boa Vista e viu por muitos anos as milhares de bicicletas dos trabalhadores da Tupy cruzarem a frente de sua casa. “A rua era de barro e nossa diversão era acompanhar a passagem deles. Quando chovia aconteciam muitos tombos”, relembra. Casado com Maria Benildes dos Santos Nied há quase 31 anos – que completarão em novembro – Carlos é pai de quatro filhas e espera a chegada do primeiro neto para outubro próximo. A passagem pelo exército o marcou muito, e sua vontade sempre foi voltar a um convívio de apoio às pessoas, de servir à sociedade. Aí surgiu o Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville.

Então, a partir de 1998 Nied passou a viver rotinas de treinamento de situações extremas, combate ao fogo, atendimento emergencial e muitos outros. “Aos sábados fazia treinamentos extras”, afirma o protético com uma cadencia ritmada na fala. Dedicado, ele participou de várias ações de combate a incêndios, atendimento de acidentados, inclusive o acidente que resultou na morte de um árbitro de futebol amador, recentemente. “Sempre é triste ver essas tragédias. Mas é preciso ajudar e me realizo fazendo isso, ajudando o próximo”, comenta. Magro, sempre gostou de jogar bola, e também estar e contato com a natureza, o que o levou também a praticar o “rapel”, palavra francesa que foi usada para batizar a atividade de descida por cordas, montanhismo, escaladas e afins.

“A necessidade de adrenalina e contato com a natureza me levou a essa prática que minhas filhas também faziam anos atrás. Desde 2000 eu pratico com amigos e grupos. Já estivemos no Castelo dos Bugres, em montanhas no planalto norte. É muito bom”, confirma Carlos. Com três das filhas já casadas e com a iminente chegada do neto, ele reafirma seu compromisso com o voluntariado nos bombeiros, de onde só quer sair quando chegar a hora de deixar esse mundo. “Faço com prazer em ser útil para a sociedade. Em dinheiro nao ganho nada, mas ganho muito em satisfaçao”, finaliza o protético joinvilense.

Publicado na seção Perfil do Jornal Notícias do Dia de Joinville (SC) em agosto de 2011.

 

Artigo: Assessores e assessorados

Relacionamento franco é a chave para bons resultados em comunicação

Jorge (nome fictício) dirige uma grande empresa que cresce em seu mercado. Profundo conhecedor do seu ramo de negócios, ele decide contratar uma assessoria de comunicação para cuidar da imagem de seus negócios e a sua própria. Determinado, faz consultas a amigos e pesquisa o mercado. Após alguns contatos, apresentações e propostas, ele contrata um dos melhores, o Zeca, especialista em marketing, jornalista e muitos outros agregados após seu nome. Conhecimento não lhe falta. Ao Jorge também não. Começa a parceria, mas meses depois Jorge encerra o contrato. Alegação? Os resultados não foram os esperados.

Aos amigos da área, o dispensado Zeca conta seu calvário. Desde o início, Jorge conversou com ele pouquíssimas vezes sobre as estratégias da empresa. Nas reuniões de diretoria, vez ou outra foi convidado, e aí, não sabia do que se pensava para o futuro, tampouco do presente real em andamento. Quando via, opiniões de Jorge já estavam em colunas econômicas, por vezes, causando problemas ao empreendimento tanto interna quanto externamente. E Jorge? Bom, empresário bem sucedido, entendedor do seu negócio, entendeu que o investimento em um profissional não valia à pena. Afinal, ele é que tinha de pensar e realizar tudo!

Essa pequeníssima estória acontece muitas e muitas vezes na relação entre assessores e assessorados, e em vários ramos de negócios, e também de assessorias e consultorias. E sabem por quê? Porque quem contrata precisa ter como decisão fiel, verdadeira e sincera de investir em comunicação, na transparência do relacionamento não só com a sociedade e os mercados, mas também com fornecedores, trabalhadores, consumidores. É preciso valorizar a comunicação como bem prioritário na organização. E não medir o profissional contratado apenas pelo que o assessorado entende empiricamente como sendo comunicação.

Nada é mais importante em uma empresa, entidade social, órgãos públicos, governos em geral, ou mesmo para personalidades políticas, empresariais, eclesiásticas, esportivas e tantos outros do que a informação. Sem a informação obtida e disponibilizada de forma ética e planejada, as crises acontecem com uma freqüência preocupante. Por vezes, tais crises podem até mesmo fazer desmoronar impérios fortíssimos, ou imagens escrupulosamente limpas. Exemplos estão aos montes espalhados por aí em livros, reportagens e relatos de assessores e assessorados. Não há profissional de comunicação que resolva o problema se falta vontade verdadeira por parte do contratante, ou seja, o assessorado.

Como Jorge pode querer um resultado primoroso de Zeca se sequer conversa com ele rotineiramente, não deseja abrir suas estratégias e discuti-las em conjunto, ou mesmo aceitar um planejamento de comunicação adequado ao seu momento, e às suas aspirações? Em pleno século 21 as relações entre assessores e assessorados precisa avançar muito de ambas as partes, mas muito mais de quem contrata o Zeca, não é Jorge?

Aliás, recentemente a empresa dele passou por uma crise sem precedentes por conta de problemas ambientais que caíram como uma bomba na imprensa e por conseqüência, nos mercados. Suas ações despencaram e quase foi à falência. As suas informações confundiram a opinião pública, e a emenda saiu pior que o soneto. Comunicação é coisa séria e deve ser administrada por profissionais preparados, qualificados. E o contratante não deve titubear, deve estar decidido a priorizar a área. Não basta parecer, é preciso ser, e mais: esta regra é válida para assessores e assessorados. O mercado não perdoa amadores.

* produção deste jornalista/blogueiro, já enviada a alguns jornais locais, mas infelizmente ainda não publicada, e por isso compartilhada aqui com meus quase três mil leitores.

Perfis: “De mecânica a família Voss entende há 38 anos”

O comércio e mercearia perderam um atendente de balcão que prometia espantar a clientela, mas a mecânica ganhou um profissional que virou marca registrada para motoristas que buscam solução para a mecânica de seus carros. Seu Nelson Voss, hoje com 73 anos e com inevitáveis problemas nas articulações – está convalescendo de cirurgia no joelho esquerdo – fruto de uma carreira mecânica que começou em 1952, hoje só acompanha de longe o vai e vem de mecânicos na quase quarentona Oficina Mecânica Voss localizada no bairro Floresta, na rua João Pinheiro, 95.

Ele lembra que seu pai tinha comprado uma “fubica (carro) velha”, e percebendo que o filho não levava jeito para o balcão, decidiu indicá-lo para trabalhar na já extinta oficina de Alfredo Comitti, que ficava na rua Santa Catarina próximo à Praça Getúlio Vargas. “Comecei como aprendiz, um ano após o centenário de Joinville. Eu tinha 14 anos. Fiquei lá oito anos”, conta Nelson, sentado na sala de visitas de sua casa, onde também é a sede da oficina. Junto dele sua companheira há mais de 50 anos, dona Nailda, que também botou a mão na graxa no início do empreendimento.

Dedicado, o jovem Nelson trabalhou também na Companhia Hoepfner Agrícola e Comercial, empresa que representou a Volkswagen, Mercedes Benz, Bosch em Santa Catarina lá pelos idos de 1960 em Joinville. Dali foi para a Douat Veículos, que representava a DKW, mas logo a Volks comprou toda a operação no Brasil. Aí começou a fama de Nelson Voss como mecânico especialista em Volkswagen. “Aprendi muito nesses anos, e me especializei. Por 20 anos fui empregado, até que em 1973 resolvi abrir minha oficina na garagem da nossa casa de madeira, no mesmo lugar de hoje”, descreve.

Foram tempos difíceis. Como o piso era de chão batido, “na terra mesmo”, diz ele, o macaco afundava quando tentava erguer o carro. “Aí arrumei uma madeira grande, larga, que a cada conserto eu usava como suporte, dava trabalho”, relata. O filho Dário, então com 13 anos, iniciou no ofício junto com o pai, e hoje comanda a oficina e os quatro mecânicos. A filha mais nova, Denise, controla o financeiro e administrativo, e agenda os clientes. Dorian cuida da loja de peças que fica anexa ao prédio que é residência e oficina. “É bom, todos fazem muito bem a sua parte”, conta feliz o veterano mecânico.

Para Nelson, hoje é muito mais fácil trabalhar na mecânica de automóveis. “Está tudo computadorizado, tem direção elétrica, tem elevadores, o que facilita o trabalho do mecânico. No meu tempo tinha de deitar embaixo dos carros, e toda sujeira caía na gente. Era trabalho duro”, explica. Ele conta uma passagem engraçada: “Um verdureiro do Boa Vista tinha duas Kombis. Uma delas fundiu o motor lá por Itajuba na BR 101. Fui socorrer – não tinha guinchos como hoje – e levei toda a família junto. Ele foi com uma camionete levando o motor da outra Kombi. Trocamos o motor, ele voltou para Joinville, e nós fomos para a praia, era domingo”, conta entre risadas.

Hoje a mecânica Voss vive lotada, e só não abre aos sábados. Nelson conta que antigamente as pessoas deixavam seus carros por uma semana, hoje querem no mesmo dia. “A correria é grande, e os mecânicos tem de ser rápidos e bons. Hoje falta mão de obra, tem de gostar do que faz”, ensina. Perguntado se pensa em voltar quando recuperar da cirurgia no joelho, ele diz que seu tempo já passou, mas a mulher Nailda comenta: “Se ele tiver bom, bom, vai voltar lá sim, rodear”, diz sorrindo para o marido. “Ela é que fez essa casa acontecer. Tudo que dava eu colocava só na oficina. Aí ela reclamou, tive de fazer a casa”, elogia sorrindo. Com tanta admiração assim, essa história promete durar muito tempo ainda.

* publicado no jornal Notícias do Dia em Joinville no mês de abril/2011

Perfis: Miriam Hoffmann Soares – “Meu negócio é vender”

Você deve conhecer vários vendedores nos comércios por ai. Mas uma vendedora que atende a 33 anos no mesmo lugar, você só encontra no bairro Floresta, na rua Santa Catarina, 992. Miriam Hoffmann Soares começou a trabalhar por volta de 1974 na antiga malharia Nylonsul como auxiliar de costura, mas o ambiente pesado à fez sair logo, logo. “Já pensou, eu levei uma advertência por que me viram rindo”, conta ela abrindo um sorriso. Desde 1978 ela trabalha no mesmo local, hoje na loja Salfer da rua Santa Catarina, bairro Floresta.

Após uma passagem pela loja da futura sogra, a Casa das Noivas que ficava em frente à Igreja Sagrado Coração de Jesus na rua São Paulo, onde ela “lavava, guardava, passava vestidos, e sempre oferecia algo a mais para as clientes”, Miriam partiu definitivamente para o comércio por insistência de sua mãe, dona Margarida. “Ela dizia que o emprego na lojas May era bom, porque as pessoas passavam com cobertores e muitas coisas. Graças a ela acabei sendo contratada como reforço no final de 1978”, explica.

De jeito alegre, e esbanjando simpatia, Miriam foi efetivada e passou a se destacar. Quando a Lojas May fechou em 1986, ela só mudou de loja, mas ficou no mesmo endereço. “Nesse emprego eu aprendi muito, e consegui passar da era do papel para a do computador. Mas não gosto de papel, nem do computador. Meu negócio é vender”, relata Miriam, que dali saiu para entrar no emprego em que está até hoje.

Das mudanças no mundo do trabalho que ela vivenciou ao longo dessas três décadas de trabalho, ela recorda que quem tinha uma calculadora comum como essas de hoje era rico. “Depois veio o computador, que hoje também é acessível. Alias, hoje tudo é mais fácil. Tive a cabeça aberta para receber o novo, e ainda estou por ai”, diz. Miriam já atende a terceira geração de clientes. “Hoje vem àqueles pequenininhos e já me chamam pelo nome”, fala com alegria.

Essa longevidade na profissão, aliada ao tempo recorde de permanência no mesmo local, há faz uma personagem conhecidíssima no bairro Floresta e até de outros bairros. “Quando saio na rua é só oi prá lá, oi prá cá, é uma festa!”, relata feliz do contato com as pessoas. Com tanta experiência e atendimentos, Miriam não se lembra de muitas histórias, mas conta duas para exemplificar a importância do atendimento.

“Uma vez vendi três bicicletas para um senhor, era 24 de dezembro, e tínhamos mandado para a revisão. Duas voltaram, mas a principal que era a da menina e ninguém achava. Imagina a pressão. Aí eu fui atrás e descobri onde estava, e o Natal foi salvo”, conta. Em outra ocasião um cliente pediu pneu de fusca, e ela entendeu que ele queria um espremedor de frutas. “Tirando a gafe, a cena acabou virando uma venda e tanto”, ri Miriam.

Já aposentada e ainda na ativa, ela diz não estar preparada para parar. “Vou sentir muita falta do convívio com o povo. Tenho medo da depressão até”, comenta. Sobre o exemplo que pode deixar para os profissionais, ela diz que é preciso gostar do que faz e gostar dos clientes. “Não importa classe social, cor, religião, idade, ou se é pouca venda, tem de atender com atenção e carinho. Depois do susto ao saber da minha fama, os novatos logo viram amigos”, afirma. Pela vontade e garra, ela promete quebrar muitos recordes de venda e de permanência no mesmo local.

* publicado na seção Perfil do Jornal Notícias do Dia em abril de 2011.

Encontro na Sociesc foi muito legal e produtivo

Professor Juliano, minha amada Gi Rabello e euzinho...
Estive na noite de ontem, sexta-feira (29/4), palestrando para acadêmicos do curso de Processos Gerenciais da Sociesc Joinville, primeiro semestre, sobre empreendedorismo, administração e gestão de pessoas. Segui à risca o pedido do professor Juliano, com quem pude trocar ideias logo após a palestra, e a quem agradeço a atenção dispensada e o bate-papo legal que tivemos.

Aos estudantes, a grande maioria bem jovens, espero ter colaborado para ajudar nas suas escolhas de vida e profissionais. É a primeira vez que exponho toda minha vida profissional tão detalhadamente e para um público de faculdade. Já estive na faculdade de jornalismo do Ielusc em Joinville falando sobre minha área, temas específicos, e até avaliando trabalhos na área da política, mas dar detalhes da minha caminhada foi a palestra pioneira. Agradeço a todos pela atenção – foram até silenciosos! – e pena que não me crivaram de perguntas. Deixei várias brechas para que acontecessem.

Lembrar do início da carreira de trabalho é sempre bom. É preciso manter vivo na memória de onde viemos, como construímos nosso espaço e profissão, para que o avanço adiante não se perca. Pela deferência e atenção de todos, mais uma vez, meu muito obrigado. À minha amada mulher, Gi Rabello, também acadêmica e que me ajudou na apresentação dos slides, meu beijo carinhoso. Você é minha luz eterna. Espero ter novos convites para continuar a conversar sobre temas que ajudem as pessoas a aprender e se desenvolver. Valeu!