PT não aceita ficar de fora da chapa majoritária na Frente de Esquerda em Florianópolis

Uma ampla frente de esquerda estava em gestação em Florianópolis, com a participação de PT, PSOL, PCdoB, PDT, PSB, Rede e outros. Muitas reuniões, debates e conversas rolaram ao longo dos últimos meses, mas desaguou agora em uma digamos, fissura, na formalização da chapa que deseja disputar a Prefeitura da Capital dos catarinenses. O PT, que tem como pré-candidato o vereador Lino Peres, avisou que não aceita participar da Frente caso não esteja presente na majoritária. E que lamenta as discussões terem chegado ao momento sem contar com o protagonismo do partido para encabeçar uma chapa, que segundo os petistas, seria ou PT/PSOL, ou PSOL/PT.

Cartas foram enviadas de lado a lado. Por parte do PSOL, que tem no professor Elson Pereira o seu pré-candidato, o apelo é pela manutenção da união, e afirmam que jamais houve decisão sobre nomes e siglas que comporiam a chapa majoritária da Frente de Esquerda na capital. Em sua página no Facebook, o PSOL reafirma que deseja a unidade, que tudo está em aberto, e apela com um chamado “Fica PT”. Florianópolis deve ter uma das eleições mais acirradas e disputadas este ano, e a união dos partidos de esquerda visa não só uma disputa possível pelo comando da Capital, mas também a eleição de uma bancada de vereadores importante, coisa que hoje não existe, com o comando total dos partidos aliados ao prefeito Gean Loureiro (DEM).

Vamos aguardar os próximos capítulos…

Marina Silva cria novo partido para entrar na disputa presidencial em 2014

Após dois anos de discussões e indefinição sobre seu objetivo, formato, programa e até mesmo nome, o novo partido político organizado pela ex-ministra Marina Silva está prestes a ganhar vida.

Convocado para o próximo sábado (16), o Encontro Nacional da Rede Pró-Partido deverá reunir cerca de mil e quinhentos militantes em Brasília com o objetivo de dar o pontapé inicial na nova legenda a tempo de disputar as eleições para a Presidência da República e os governos estaduais em 2014:
“Vamos deliberar sobre a criação de um novo instrumento político de luta pela sustentabilidade e pela ampliação e aprofundamento da democracia no Brasil”, diz Pedro Ivo Batista, que é um dos coordenadores da Comissão Nacional da Rede Pró-Partido.

A Comissão Nacional divide seu trabalho em seis frentes de atuação: articulação e fundação, jurídica, financeira, de coleta de assinaturas, de documentos referenciais e de comunicação. Cada uma delas trabalha em conjunto com pessoas e coletivos em todo o Brasil e apresentará seus trabalhos durante o Encontro Nacional.

Além de Pedro Ivo, ex-militante do PT assim como a própria Marina, estão à frente dos trabalhos da comissão outros nomes próximos à ex-ministra, como André Lima, Bazileu Alves Margarido Neto (ex-presidente do Ibama), Gisela Moreau, Maria Alice Setúbal e Marcela Moraes. Todos devem tomar parte na direção do futuro partido.

Além dos principais pontos programáticos, também será definido no sábado o nome do partido. A subcomissão de comunicação vai apresentar os nomes preferidos nas discussões travadas até aqui nas redes sociais. São eles: Rede pela Sustentabilidade, Rede Brasil Sustentável, Lista Independente ou simplesmente Rede:

“Uma coisa é consenso: não haverá a palavra partido na frente. Isso não é mais necessário. Além do mais, a nossa proposta é de um partido para quebrar o monopólio dos partidos na vida política. A própria convocação do Encontro Nacional está sendo feita como em uma rede”, diz Pedro Ivo.

O objetivo, segundo o dirigente, é adotar na prática uma nova forma de fazer política: “Nós vamos defender a lista cívica. Enquanto ela não sair, vamos adotar a participação de cidadãos e cidadãs nas nossas listas de candidatos mesmo sem terem filiação. A gente vai ter o máximo de diálogo com a sociedade civil. Mesmo os não filiados irão opinar e decidir junto conosco sobre a vida do partido. Por isso, não faz mais sentido usar a nomenclatura partido, apesar de ser um partido. Não estamos negando que seja um partido, só que é um partido de um novo tipo”.

Pedro Ivo admite que já estejam em curso as articulações políticas em Brasília e nos estados para a formação de palanques no ano que vem, mas diz que o processo de consolidação de uma base de apoio eleitoral para Marina demanda paciência: “Ainda não será definido nada sobre 2014. Agora, se a plenária for favorável, vamos discutir imediatamente o processo de organização nos estados. Esse é um processo que irá durar até setembro”, diz.

Na nota convocatória aos interessados em ingressar no novo partido, a Comissão Nacional afirma que “nosso novo instrumento de transformação pode ser um partido político de novo tipo, radicalmente democrático, onde se possa expressar e reunir uma ampla rede de cidadãos e cidadãs, organizações, movimentos, coletivos e comunidades que mantêm a esperança de viver num Brasil sustentável em todos os aspectos: social, econômico, cultural, ambiental, ético e estético”.

Parte do discurso da nova legenda para 2014 também é citada na convocação aos simpatizantes: “Os intensos debates que realizamos nos últimos dois anos nos levaram à conclusão de que é urgente uma grande mudança na política brasileira, hoje monopolizada por partidos e facções voltados à disputa do poder pelo poder, sem compromisso com um futuro sustentável e incapazes de enfrentar a profunda crise que se abate sobre a civilização e ameaça a continuidade da vida humana no planeta”.

Notáveis
Além de Marina Silva, virtual candidata à Presidência em 2014, o novo partido deverá enfrentar as urnas com alguns outros notáveis da política nacional, a maioria deles em rota de colisão ou sem espaço em seus atuais partidos.

Um nome considerado certo é o da ex-senadora Heloísa Helena, que atualmente exerce mandato de vereadora pelo PSOL em Maceió (AL). O candidato do PSOL ao governo do Rio de Janeiro nas últimas eleições, Jefferson Moura, é outro que pode ingressar no partido de Marina, que também já teria procurado o deputado estadual Marcelo Freixo, segundo colocado na disputa pela Prefeitura do Rio.

Outro nome dado como certo no partido de Marina é o do senador Cristovam Buarque (DF), atualmente espremido na briga interna do PDT que opõe os grupos ligados ao atual presidente do partido, Carlos Lupi, e ao deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (SP), presidente da Força Sindical, aos grupos comandados pelo ministro do Trabalho, Brizola Neto, e pelo deputado federal Miro Teixeira (RJ). Do PDT, deve acompanhar Cristovam o deputado federal Reguffe (DF), e ambos devem formar a cabeça de chapa do novo partido nas próximas eleições em Brasília.

No PT, a maior expectativa é pela adesão do senador Eduardo Suplicy (SP), que, no novo partido, teria o espaço para disputar a reeleição que provavelmente lhe será negado se prevalecer em São Paulo o acordo entre PT e PMDB.

Suplicy foi convidado para participar do Encontro Nacional do próximo sábado e aceitou. O senador, no entanto, não admite que poderá deixar o PT. Outros nomes petistas, insatisfeitos com os rumos do partido em seus estados, também têm mantido conversas com Marina, casos dos deputados federais Alessandro Molon, crítico da aliança com o PMDB no Rio de Janeiro, e Domingos Dutra, opositor da aliança com a família Sarney no Maranhão.

Em seu site na internet, Dutra admitiu que deixará o PT: “Não é fácil sair do PT, estou há 33 anos no partido, nunca coloquei o PT em situação vexatória, mas não dá para continuar. Em 2014, não vou fazer outra greve de fome”, escreveu, em referência à greve de fome que fez em 2010 após o PT anunciar apoio à candidatura de Roseana Sarney ao governo do Maranhão.

Gil dentro, Serra fora
No PV, a maioria dos que optaram por seguir Marina já haviam deixado o partido junto com ela, mas dois nomes de peso – o deputado federal Alfredo Sirkis (RJ) e o candidato ao governo de São Paulo, Fábio Feldmann – confirmaram sua entrada na nova legenda:

“Minha decisão passa por uma identificação prática do espaço onde eu possa ser mais produtivo e atuar com maior conseqüência”, escreveu o parlamentar carioca em seu blog.

A maior aquisição que o novo partido fará nas fileiras do PV, no entanto, ainda não teve sua participação confirmada, mas, se confirmada, poderá causar grande impacto: “O Gilberto Gil já disse que está muito simpático, que apóia a iniciativa e não deseja mais ficar no PV. Ele nos disse que ainda vai analisar o processo”, revela Pedro Ivo.

Do PSDB, o nome de maior destaque a deixar o ninho tucano rumo ao novo partido de Marina Silva é o deputado federal Walter Feldmann (SP), que já está atuando no Congresso como articulador do contato com outros parlamentares. Recentemente indagada sobre a possibilidade de José Serra também fazer parte de seu partido, Marina rechaçou a ideia:

“Não está sendo feita uma adaptação do discurso partidário para integrar pessoas de qualquer forma”, disse a ex-ministra de Lula, acrescentando que Serra “não teria identidade programática” para fazer parte da nova legenda.

Da Rede Brasil Atual

PSOL entra com representação no MP/SC contra Odir Nunes

Vereador ex-presidente da Câmara está na mira do PSOL, será que o MP acata a denúncia?

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) encaminhará, na tarde desta sexta-feira, uma representação contra o vereador Odir Nunes da Silva (PSD), sob a acusação de improbidade administrativa. O presidente do PSOL em Joinville, Leonel Camasão, fará o protocolo na 13ª Promotoria de Justiça, às 15 horas.

O PSOL vai solicitar ao Ministério Público que investigue a renovação, sem licitação,  do contrato de aluguel de copiadoras e multifuncionais da CVJ. A renovação foi celebrada por Odir Nunes enquanto ainda ocupava a presidência da Câmara, no dia 20 de dezembro, e publicada no Jornal do Município no último dia do ano. O valor do contrato é de pouco mais de R$ 116 mil.

Para o PSOL, o contrato de aluguel das copiadoras foi renovado em caráter de emergência sem a menor justificativa, pois a Câmara tinha total controle sobre o fim do contrato. “A legislação brasileira só permite a dispensa de licitação em casos de calamidade pública ou de risco para a segurança das pessoas. Não vejo como o encerramento do aluguel de copiadoras seja uma situação de calamidade”, ironiza Camasão.

Além da representação junto ao MPSC, o PSOL também entregará na Câmara um requerimento ao atual presidente da CVJ, João Carlos Gonçalves (PMDB), solicitando à CVJ a abertura de uma comissão processante e o afastamento de Odir Nunes das funções parlamentares até que as investigações sejam concluídas.

Fonte: Secretaria de Comunicação do PSOL Joinville

PSol é o primeiro partido a confirmar candidatura a Prefeito com Leonel Camasão

O PSOL vai confirmar neste sábado (23) a pré-candidatura do jornalista Leonel Camasão à Prefeitura Municipal de Joinville.  Após realizar debates internos, o partido optou por não realizar alianças com outros partidos, indicando o nome do produtor cultural Gabriel Chati para a vice. A chapa será oficializada na convenção partidária, marcada para este sábado, 23 de junho, às 14 horas, no plenarinho da Câmara de Vereadores. No evento, o partido também vai debater e aprovar as principais propostas do Plano de Governo e divulgará a nominata de candidatos a vereadores.

Com a convenção deste sábado, o PSOL sai na frente e será o primeiro partido de Joinville a confirmar candidatura própria. “A política não precisa ser um balcão de negócios onde os partidos compram e vendem tempos de TV a troco de cargos, mandatos e interesses pessoais. O PSOL vai de cara própria, mostrar seus projetos e suas ideias para a cidade e para a população de Joinville, com ética e honestidade”, afirma Camasão.

Com esse cenário, o objetivo do PSOL é realizar alianças com setores não organizados em partidos. “Queremos uma aliança com a sociedade civil. A escolha do companheiro Gabriel para vice reforça nossa disposição em realizar alianças de conteúdo, com os produtores culturais, associações, sindicatos, ONGs e todos e todas que estão insatisfeitos com a velha maneira de se fazer política”, afirma.

Chati considera fundamental que cidadãos engajados na luta por melhorias na vida da coletividade participem de eleições, pois para ele, o campo da política é estratégico para as transformações necessárias à sociedade. “É nesse perfil que entendo me encaixar. Acredito que muitas ações simples podem ser feitas pela municipalidade que, se tiverem um espírito público de fato, interferirão positivamente na vida das pessoas”, afirma o produtor cultural. Os partidos têm até o dia 30 de junho para escolherem os candidatos e as coligações.

Com informações da assessoria do PSol.