As pessoas que riem bastante tornam-se mais atrativas, porque demonstram capacidade de brincar com os problemas, rir de si mesmas e não se importar tanto com o que os outros pensam.
Dar uma boa gargalhada é algo sério entre os brasileiros. Tanto é que virou tema de análise da antropóloga carioca Mirian Goldenberg. Ela está começando a analisar os primeiros questionários da sua pesquisa sobre a importância da risada na cultura brasileira. O trabalho começou em 2007, quando, ao ser convidada para dar uma conferência na Universidade de Munique, percebeu que o sorriso que estampava no rosto a afastava dos alemães.
“Tem povos que não riem, ou que riem de forma contida; já para o brasileiro, levar-se muito a sério é um dado negativo”, conclui Mirian. “Então, saber brincar com os problemas, rir de si mesmo e não se preocupar tanto com o que os outros acham tornam-se atrativos. Às vezes mais importante até que a preocupação com o corpo, a aparência ou o dinheiro.” E, aí, entram em cena poderosos aliados nessa gostosa missão: os amigos.
Ri melhor quem ri com o outro, quem compartilha a sensação de estar descontraído e de bem com a vida; porque isso indica intimidade e ajuda a manter e a fortalecer as relações. Então, da próxima vez que alguém começar a gargalhar numa reunião de trabalho, por exemplo, não esquente. O ambiente vai ficar mais leve: afinal, rir não tem contraindicação.
Abril