Dia do Samba – Não deixe o samba morrer…

“Deixo ao sambista mais novo o meu pedido final: não deixe o samba morrer”. O clássico de Edson Conceição e Aluísio que ficou eternizado na voz da cantora Alcione traz um sambista que “entrega o seu anel de bamba” a quem o mereça usar.

A partir dessa imagem, perguntamos a grandes nomes do samba brasileiro quem são os artistas da nova geração que mantêm o samba vivo.

Zeca Pagodinho não conseguiu escolher nenhum nome, mas justificou o porquê: “Tem muita gente boa por aí”. Nelson Sargento, sambista da Velha Guarda da Mangueira, concorda e é categórico:

“No nosso país, em todas as esquinas têm um grande compositor, o importante é achá-los”. Monarco, da Velha Guarda da Portela, também se mostrou confiante com o futuro do samba:

“acho que estamos seguros com esta nova geração. Quando a gente chegou, a velha geração nos ajudou. Agora é a vez de a gente ajudar eles”.

Veja nas fotos fotos a seguir e confira quem são os novos sambistas que “não deixam o samba acabar”. E para saber mais sobre eles, entre na matéria original clicando aqui.

 

Monarco

Martinho da Vila

Elza Soares

Beth Carvalho

Ney Lopes

Nelson Sargento

Leci Brandão

Moacyr Luz

Tantinho da Mangueira

Arlindo Cruz

Expediente:
Produção: Marília Arrigoni, Davi de Castro, Patrícia Serrão
Edição: Ana Elisa Santana e Anderson Falcão
Design e implementação: Marcelo Nogueira

Carnaval 2015 surge com novas estratégias publicitárias

Com gastos variando de R$ 10 milhões a R$ 15 milhões, os cerca de R$ 5 milhões desembolsados pela Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) não são mais suficientes para uma agremiação disputar o título do Grupo Especial do Carnaval carioca. Com isso, o patrocínio de grandes empresas e/ou governos se tornou vital.

“Hoje, para ficar entre as melhores, as escolas têm que apresentar um Carnaval de qualidade, o que requer investimentos altíssimos. O patrocínio virou a saída”, explica o professor da ESPM Rio e especialista em Marketing do Carnaval, Marcelo Guedes.

Esse ano, três das principais escolas do Rio lançaram mão desse artifício. Campeã em 2014, a Unidos da Tijuca teve a ajuda , estimada em R$ 12 milhões, do governo da Suíça e de oito empresas. No total, os patrocinadores desembolsaram um terço do orçamento total da escola.

André Regli, embaixador da Suíça, afirmou que o objetivo é estreitar os laços entre os dois países. Já Leandro Conti, diretor de Assuntos Corporativos da Syngenta, uma das patrocinadoras, argumenta que o Carnaval é uma plataforma importante para mostrar a agricultura, que estará em uma das alas da escola.

Conhecida de outros carnavais, a Nestlé é outra suíça que patrocina a Tijuca neste ano. “A Nestlé está apoiando sem a exploração de marcas no desfile. Mas teremos ativações fora da passarela”, ressalta o gerente de Marketing e Operações da empresa, André Barros.

Desde 2012, quando foi campeã, a Tijuca tem apostado nos enredos patrocinados. De lá para cá, já foram dois títulos. “Pensamos no enredo e depois traçamos um plano estratégico de como as empresas podem se envolver”, afirma o diretor de Marketing e Patrocínios da Unidos da Tijuca, Bruno Tenório.

Para Guedes, este é o caminho, com patrocínios, mas sem a necessidade de ter marcas nos carros ou fantasias. “É preciso ser criativo.” No maior patrocínio já feito a uma escola de samba, a Beija-Flor recebeu R$ 10 milhões do governo da Guiné Equatorial para falar da África este ano.

Apesar de não ter recebido dinheiro do governo de Minas para homenagear o estado, o Salgueiro, que gastou R$ 11 milhões no seu desfile, conta com ajudas de peso. Só a Nissan desembolsou R$ 2 milhões.

A participação da montadora foi além da avenida. Entre outras ações, ela lançou o novo New March com motor 3 cilindros na quadra e levou carros para o ensaio técnico.

Guedes explica que o futuro das escolas de samba passa pelas empresas participando da vida das agremiações em outros momentos. “Elas começam a entender que o Carnaval tem torcedores, que podem ser o público-alvo das marcas. É importante acabar com a miopia de que o patrocínio está fixo ao desfile”.

O Grupo Petrópolis, por exemplo, está na quadra de 17 escolas do Carnaval carioca. Entre elas, Mangueira, Salgueiro e Imperatriz. Os contratos são de exclusividade de comercialização e exposição das marcas nas quadras. “Dar a oportunidade de consumo de Itaipava no Carnaval gera fidelização”, ressalta a gerente de Propaganda do Grupo Petrópolis, Eliana Cassandre.

A carioca Piraquê aposta nos ensaios técnicos, com a doação de cerca de 4 mil camisas para Mangueira, União da Ilha, Mocidade, Beija-Flor, Império da Tijuca e Renascer de Jacarepaguá, as últimas duas do Grupo A. “Também doamos produtos e levamos os instrumentos da bateria para os ensaios técnicos”, diz o diretor de Marketing da companhia, Alexandre Colombo.

A Granfino participa do Carnaval fornecendo os ingredientes da feijoada de escolas como Portela, Mangueira e Beija-Flor, e ajudando com os custos desses eventos. O investimento anual gira em torno dos R$ 400 mil. Em troca, a marca é exposta em banners, infláveis e leques.

O Carnaval dos camarotes
Enquanto dentro da avenida tudo vai bem, o cenário ao redor dos desfiles patinou. Pela primeira vez nos últimos cinco anos, a Liesa enfrentou dificuldades para vender os espaços mais privilegiados da Sapucaí. Para piorar, Coca-Cola, Unimed e Apex, saíram da folia.

Mas a dois dias do início dos desfiles, a Liesa conseguiu vender todas as frisas. Dos 353 camarotes, restaram apenas três. Apesar da mudança de cenário, o Coordenador de Vendas da Liesa, Heron Schneider, descarta influência do momento econômico.

“Tivemos a saída da Coca, que está redirecionando seu marketing para as Olimpíadas, e da Apex, por motivações políticas”, avalia. Ao contrário do que defende a Liesa, uma fonte com experiência nas vendas de camarotes afirma que, em 2015, as vendas foram inferiores às dos anos anteriores.

“Foi uma venda diferente, muito em função do momento econômico. Além disso, o Rio está muito caro”. E defende que a estratégia seja repensada: “É uma crise que nem mesmo a Liesa detectou. Acredito que, após o Carnaval, isso irá acontecer”.

Na contramão, o Folia Tropical, que comercializa ingressos individuais, afirma ter vendido todas as entradas para o domingo antes do esperado. Criado em 2012, o camarote oferece pacote com ingresso, comida, bebida e serviços de beleza e massagem por R$ 2.449.

Newton Mendonça, dono do grupo Pacífica, operadora de carnaval há 30 anos, afirma que, apesar do resultado,houve mudanças. “Os hotéis não estão tão cheios e o comportamento de compra é outro: são mais individuais e não em grupo”, afirma.

Com o custo para a montagem alto, podendo chegar aos R$ 5 milhões, incluindo a estrutura de atendimento aos convidados, serviços de catering e outros mimos, os maiores espaços costumam ser ocupados por grandes marcas, como Antarctica, Devassa, Supermercados Guanabara e o Grupo Rio, Samba e Carnaval.

Voltado para o network entre corporações, a Global Marketing comercializa cotas para empresas em seu espaço na Sapucaí — o convite individual custa R$ 5.500 por pessoa.

“Esse ano, teremos no camarote executivos da GDF Suez, da Renault, CEG, Repsol e Accor, Sofitel, Queiroz Galvão entre outras. Nosso trabalho evoluiu e, hoje, além do Carnaval do Rio, montamos camarotes em Parintins (AM) e estamos negociando a entrada no festival de Barretos, em São Paulo”, afirma Alexis Vaulx, fundador da Global Marketing.

Bem maiores que a Sapucaí, blocos enfrentam crise
O Carnaval de rua do Rio de Janeiro já ofusca os tradicionais desfiles da Sapucaí, pelo menos quando se trata de número de foliões: a Riotur, empresa municipal de turismo, que organiza a festa, espera cerca de 5 milhões de pessoas nos 456 blocos espalhados pela cidade, enquanto as escolas de samba devem atrair cerca de um milhão.

A predominância, porém, ainda não se reflete nas cifras. Apesar de reunir cada vez mais pessoas, os blocos de rua este ano receberam menos investimentos do que em anos anteriores. Alguns ameaçaram não desfilar.

O patrocínio da festa de rua no Rio se divide em duas frentes: aquele referente à toda a infraestrutura e o negociado diretamente com os blocos. O primeiro é definido em concorrência pública, que garante exposição da marca para quatro empresas, sendo três de apoio e uma master.

Este ano, pela sexta vez consecutiva, o patrocínio master será da Ambev, que tem exclusividade na venda de cerveja com a marca Antarctica. Esta fonte de financiamento vai “muito bem, obrigado” e só tem aumentado com o crescimento do público nos últimos anos.

Não se pode dizer o mesmo dos repasses aos blocos, cuja verba serve para arcar com a estrutura de som, segurança, taxa de liberação dos bombeiros, entre outras obrigações. Rodrigo Rezende, coordenador da Liga do Zé Pereira, que reúne nove grandes blocos cariocas, explica que uma das fontes de financiamento dos blocos é a Lei de Incentivo à Cultura do Estado, que estabelece benefícios fiscais para empresas sobre o valor investido.

O problema é que, ainda em 2013, a facilitação tributária caiu de 80% para 40% e as marcas não aumentaram seus investimentos. Com isso, menos dinheiro chega para os blocos. “É um contrassenso total, uma festa que só atrai mais gente para a cidade ser dificultada desta maneira”, acusa Rezende.

A Ambev, que patrocina 134 blocos em todo o estado, alega que o valor investido não só aumentou em 10%, mas também foi remanejado para blocos diferentes e outras frentes, como a limpeza de rua, que a Prefeitura tornou item obrigatório.

A saída então foi apelar para a criatividade, que não falta nessa época. A conhecida Orquestra Voadora fez uma campanha de doações para angariar fundos, enquanto outros blocos, como Exalta-Rei e Toca Raul vão tocar lado a lado para não ficarem de fora da festa. Já o bloco Toco-Xona, agendado para sábado, ainda promove um financiamento coletivo cujas doações variam de R$ 20 a R$ 100 na plataforma de crowdfunding Benfeitoria.

“Já temos 90% do valor necessário e acho que vamos bater a meta hoje (ontem) mesmo”, diz Bruna Capistrano, uma das fundadoras. Faltando um dia para o Carnaval, apesar das dificuldades, todos vão colocar o bloco na rua, custe o que custar.

Com informações do Brasil Econômico

Carnaval joinvilense começa nesta sexta-feira (13/2) com desfile de blocos

Um público de aproximadamente 50 mil pessoas é aguardado para acompanhar os desfiles do Carnaval 2015 de Joinville, que iniciam nesta sexta-feira (13) e continuam no sábado (14).

Nesta sexta-feira de Carnaval, dia 13, a avenida Beira Rio estará  fechada para o desfile dos blocos, a partir das 19h30. Tradicionalmente, tudo começa com a lavagem da avenida pelo Grupo Afoxé Omilodê (Mãe Jacila), momento seguido da entrada da realeza do Carnaval, formada pela rainha, Bruna Maria Cestrem, da princesa Andriely Evelyn Braz e do Rei Momo, Andrei Michel de Oliveira.

Em seguida, entram os blocos: Império Joinvilense, Borandá, Man-da Brasa, União do Samba e Carnaville.

Grito de Carnaval
A festa não vai acabar na avenida. Depois do desfile dos blocos de samba de Joinville na Beira Rio, na sexta-feira de Carnaval (13/2), a Yelo Stage vai abrir as portas para o ‘Grito de Carnaval’, com a banda Portal do Som.

Os ingressos podem ser adquiridos antecipadamente a R$ 10 com os blocos e escolas de samba, ou no dia do evento, a R$ 15. A casa noturna é apoiadora do Carnaval de Joinville e realiza o baile em parceria com as escolas e blocos.

Desfile das escolas de samba
O desfile das sete escolas de samba será no sábado, dia 14. O bloco Grefaloucos é o primeiro a entrar, seguido do desfile da corte. A partir daí, com muito brilho e alegria, entram as escolas Unidos do Caldeirão, Diversidade, União Tricolor, Dragões do Samba, Príncipes do Samba, Fusão do Samba e Acadêmicos da Serrinha.

As escolas serão avaliadas por 18 jurados. Eles irão analisar nove requisitos técnicos. As notas serão dadas para bateria, samba-enredo (música), enredo (tema), harmonia, conjunto e evolução, alegoria e adereços, fantasias, comissão de frente e mestre-sala e porta-bandeira. Cada escola terá o mínimo de 40 e o máximo de 50 minutos para se apresentar na avenida.

Carnaval infantil
A criançada também terá espaço especial na programação com a Rua do Lazer e da Folia, no domingo, dia 15, na aveni-da Hermann Lepper, das 9 às 12 horas. A Fundação de Esportes, Lazer e Eventos de Joinville (Felej) comanda a atração.

Apuração do Carnaval
A apuração do Carnaval 2015 para anúncio da escola campeã começa às 16 horas de domingo (15), em frente ao Centreventos Cau Hansen.  Os vencedores recebem troféus e premiação em dinheiro – R$ 3 mil (primeiro lugar), R$ 2 mil (segundo) e R$ 1 mil (terceiro). Veja aqui a programação.

Grupo Revelação em Joinville neste sábado (27/4) com novo CD e DVD, imperdível!

revelacaoUm dos melhores grupos de samba e pagode do país, o Revelação chega a Joinville para lançar seu novo CD e DVD, e o amigo e colega jornalista Cleiton Bernardes manda notícias para este Blog! Imagina se não divulgaria vindo de quem vem, e pela qualidade do Revelação… Logo abaixo do texto de Cleiton você confere informações sobre a gravação do material. Confiram a nota e aproveitem, o ótimo samba acontece no sábado agora, dia 27 de abril:

O grupo Revelação sobe ao palco do Big Bowlling neste sábado (27.04) para apresentar pela primeira vez em Joinville o show do CD e DVD 360º Ao Vivo. Considerado o principal grupo de samba da atualidade e com respaldo de compositores e intérpretes do gênero, o Revelação promete embalar o público a noite toda.

Os ingressos do primeiro lote já se esgotaram e o segundo lote está sendo comercializado por R$ 40, na hora do show os valores podem sofrer acréscimo. Os camarotes estão sendo vendidos por R$ 1.500 para grupos de até 10 pessoas com R$ 500 sendo revertido em consumação. Reservas de camarotes diretamente com a equipe do Big Bowlling no telefone (47) 3433-1233. Informações: (47) 9632-4779 – Paulista”.

 

Grupo Revelação – CD, DVD e Blu-Ray “360º Ao Vivo”

Festa para mais de 10 mil pessoas contou com participações de Benito di Paula, Belo, Carlinhos Brown, Grupo Clareou, Xand Avião e David Elliott, filho da cantora e diva Dionne Warwick 

Sobre um palco sem paredes, que se desenhava no centro da plateia em formato de três gigantescas letras “R”, o Grupo Revelação gravou o DVD 360º Ao Vivo – o quarto de uma carreira de 17 anos – fazendo jus a quase 2 décadas que também é lançado em CD pela Universal Music.

Circulando ou posicionados nas pontas das letras gigantes, Xande de Pilares (voz e cavaquinho), Mauro Júnior (banjo e vocal), Beto Lima (violão, guitarra e vocal), Arthur Luís (reco-reco e vocal), Rogerinho (tantã e vocal) e Sérgio Rufino (pandeiro e vocal) cantaram e tocaram para uma multidão animadíssima durante o show gravado no HSBC Arena (RJ), em 5 de julho de 2012. Ao todo são 24 canções, dez delas inéditas, 12 regravações de sucessos com outros artistas e duas regravações do repertório do grupo.

Coroado por um hiper tecnológico sistema de luzes e canhões a laser, que pintavam verdadeiros quadros holográficos em cima do público, o Revelação provou porque é o principal grupo de samba da atualidade, com o respaldo de compositores e intérpretes do gênero. Na celebração musical de 106 minutos (mais dez de extras nos bastidores), uma das inéditas em destaque é a bem-humorada Só Vai de Camarote, um libelo às bonitonas à solta nas baladas e shows, que “roubam a cena” mostrando o corpo esculpido e apertado em roupas importadas e que sempre descolam as cobiçadas pulseirinhas para entrar nos camarotes.

Também inédita é Trilha Sem Fim, que traz a participação especial do cantor Belo, amigo de longa data dos integrantes do Revelação. Três músicas adiante, as atenções vão para Benito di Paula, chamado de mestre e a quem o vocalista Xande de Pilares rende todas as homenagens, a começar pelo medley cantado em conjunto, Além de Tudo/Retalhos de Cetim/Charlie Brown. Depois, com “o amigo e xará” Xand Avião, vocalista da banda cearense Aviões do Forró, o sexteto canta outra inédita, Amor Para Sempre.

A aura do Grupo Revelação, que já realizou turnês pelos Estados Unidos, pelo Japão e pela Europa, também conquistou admiradores internacionais explícitos. Um deles é o cantor, compositor, músico e produtor norte-americano David Elliot, filho da cantora Dionne Warwick, fã inconteste do Brasil e da sua música. Frequentemente comparado ao falecido cantor e compositor Luther Vandross, uma das grandes vozes do R&B, Elliot tornou-se fã do Revelação a ponto de verter para o inglês a música Essência da Paixão, à qual ele acrescenta toques e timbres soul à brasilidade do grupo. É um dos grandes momentos do show, que segue em clima crescente de festa.

Chamados ao palco, os cinco integrantes do Grupo Clareou aumentam a temperatura com a duplicidade da percussão, que sacode os vocais de Xande e Magal em Ai Meu Deus. No astral tipicamente baiano, Carlinhos Brown fecha o bloco das seis participações especiais redundando o título de Explosão de Alegria ao contagiar a todos com sua levada singular.

Hoje assentado sobre a marca de dois milhões de discos vendidos, fato bastante considerável num tempo de pirataria e facilidades musicais na internet, o sexteto carioca soube muito bem lapidar sua experiência profissional. Tudo começou em 23 de abril de 1995 na quadra da escola de samba ‘Acadêmicos da Abolição’. Ao longo da mesma década, o grupo aqueceu vozes e instrumentos nos chamados pagodes de mesa, tão típicos do Rio de Janeiro. Mas lançou seu primeiro disco, Revelação, somente em 1999. Trabalho que logo chamou a atenção dos ouvintes de uma rádio popular do Rio.

Este trabalho de estreia foi o estalo necessário para a pavimentação do sucesso, que tomou força em 2002 com o lançamento do CD Grupo Revelação – Ao Vivo no Olimpo, um marco de 900 mil cópias vendidas. Com o mesmo título, em 2007 sai o primeiro DVD do sexteto. E em 2009 e 2011, chegam respectivamente às lojas o segundo e o terceiro DVDs, que também ganharam o formato de CD: Ao Vivo no Morro 1 e 2. O último marcando a entrada do Revelação na Universal Music. Agora, com 360º Ao Vivo, o Grupo Revelação certamente dará continuidade a uma carreira de brilho sedimentada nos discos e nos palcos.

A música do Blog como homenagem a Dicró – “Minha sogra parece sapatão”

Brasil perde o sambista Dicró

Morreu, aos 66 anos, no final da noite de quarta-feira (25), em Magé, na região metropolitana do Rio de Janeiro, o sambista Carlos Roberto de Oliveira, o Dicró, que ganhou notoriedade com letras bem-humoradas e de duplo sentido.

Lutando contra os efeitos da diabetes, o cantor e compositor passou mal em casa, no bairro de Mauá, por volta das 22h, após retornar do hospital onde havia realizado uma sessão de hemodiálise. Segundo parentes, Dicró, antes de sofrer o infarto, reclamou de dores na cabeça. Mesmo encaminhado para o Hospital Central de Magé, o sambista não resistiu e morreu.

O enterro de Carlos Roberto de Oliveira está marcado para as 17h desta quinta-feira (26) no Cemitério Jardim da Saudade, em Mesquita, cidade natal de Dicró, também na Região Metropolitana do Rio. O velório está sendo realizado desde o início da manhã no mesmo local.

Ouça músicas e aprenda letras de Dicró

Vascaíno, Dicró nasceu em 14 de fevereiro de 1946, e se especializou em sambas satíricos, cujas letras davam ênfase ao dia a dia do subúrbio e da Baixada Fluminense. O apelido “Dicró” veio da assinatura que ele utilizava com as suas iniciais “De C.R.O.” quando fazia parte dos compositores de um bloco de Nilópolis.

Entre alguns dos sambas bem-humorados de sua autoria estão “A Vaca da Minha Sogra”, “Botei Minha Nega no Seguro”, “Funeral do Ricardão”, “Olha a Rima” e “Chatuba”.

Em seus perfis no Twitter, vários artistas se manifestaram sobre a notícia. “Vou fazer um bingo lá na casa da Vovó”, escreveu Tom Cavalcante, citando a música “O Bingo”, que prossegue com o verso “o prêmio é a minha sogra”. “Vai com Deus, meu amigo Dicró”, concluiu o humorista.

Leandro Sapucahy, o rapper Emicida e MV Bill também lamentaram a morte do sambista. “Dicró é dos caras que vão deixar muita saudade”, afirmou Emicida, “que a terra lhe seja leve, malandro”.

Do  Último Segundo