A música do Blog como homenagem a Dicró – “Minha sogra parece sapatão”

Brasil perde o sambista Dicró

Morreu, aos 66 anos, no final da noite de quarta-feira (25), em Magé, na região metropolitana do Rio de Janeiro, o sambista Carlos Roberto de Oliveira, o Dicró, que ganhou notoriedade com letras bem-humoradas e de duplo sentido.

Lutando contra os efeitos da diabetes, o cantor e compositor passou mal em casa, no bairro de Mauá, por volta das 22h, após retornar do hospital onde havia realizado uma sessão de hemodiálise. Segundo parentes, Dicró, antes de sofrer o infarto, reclamou de dores na cabeça. Mesmo encaminhado para o Hospital Central de Magé, o sambista não resistiu e morreu.

O enterro de Carlos Roberto de Oliveira está marcado para as 17h desta quinta-feira (26) no Cemitério Jardim da Saudade, em Mesquita, cidade natal de Dicró, também na Região Metropolitana do Rio. O velório está sendo realizado desde o início da manhã no mesmo local.

Ouça músicas e aprenda letras de Dicró

Vascaíno, Dicró nasceu em 14 de fevereiro de 1946, e se especializou em sambas satíricos, cujas letras davam ênfase ao dia a dia do subúrbio e da Baixada Fluminense. O apelido “Dicró” veio da assinatura que ele utilizava com as suas iniciais “De C.R.O.” quando fazia parte dos compositores de um bloco de Nilópolis.

Entre alguns dos sambas bem-humorados de sua autoria estão “A Vaca da Minha Sogra”, “Botei Minha Nega no Seguro”, “Funeral do Ricardão”, “Olha a Rima” e “Chatuba”.

Em seus perfis no Twitter, vários artistas se manifestaram sobre a notícia. “Vou fazer um bingo lá na casa da Vovó”, escreveu Tom Cavalcante, citando a música “O Bingo”, que prossegue com o verso “o prêmio é a minha sogra”. “Vai com Deus, meu amigo Dicró”, concluiu o humorista.

Leandro Sapucahy, o rapper Emicida e MV Bill também lamentaram a morte do sambista. “Dicró é dos caras que vão deixar muita saudade”, afirmou Emicida, “que a terra lhe seja leve, malandro”.

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