Segurança e saúde no trabalho: Brasil e Alemanha assinam acordo

Acordo de cooperação técnica em segurança e saúde do trabalho foi assinado, hoje (14), no Ministério da Previdência Social, em Brasília, entre o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e o Seguro Social de Acidentes Alemão (DGUV – Deutsche Gesetzliche Unfallversicherung). O Ministério da Previdência Social (MPS) e a Organização Ibero-Americana de Seguridade Social participam do acordo como intervenientes.

“Tenho a certeza de que teremos o cumprimento deste acordo no sentido de um maior bem estar, sobretudo para a nossa população previdenciária”, afirmou o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, após apresentar o documento e agradecer o trabalho de todos os que colaboraram para a realização do acordo. O ministro fez uma exposição sobre a Previdência Social brasileira à delegação alemã e informou que o país está buscando soluções para minimizar os efeitos do envelhecimento da população.

Para Mauro Luciano Hauschild, presidente do INSS, a experiência do DGUV ajudará com as metas institucionais do Instituto no que tange aos processos de proteção do trabalhador e de reinserção do trabalhador no mercado, além da prevenção de acidentes. Mauro completou que o acordo também contribuirá para que, ao final, “menos pessoas estejam afastadas do trabalho”.

Joachim Breuer, diretor do DGUV, afirmou que a Alemanha vive um momento de grande desafio que pode ser sintetizado em duas questões principais: a intensa mudança demográfica pela qual passa o país e o prejuízo que a crise econômica atual está causando para a Seguridade Social. Breuer ressaltou a importância da cooperação para minimizar as dificuldades de todos os países e afirmou: “vivemos em um mundo em que, através de atividades conjuntas, podemos alcançar resultados melhores”.

O desenvolvimento de estudos, pesquisas e análises de interesses comuns; a participação em conferências; a capacitação de técnicos; a troca de experiências e coordenação de ações conjuntas, no âmbito de segurança e saúde no trabalho; a organização de seminários e reuniões técnicas e a prestação de assessorias em temas de interesse comum estão entre os objetivos do acordo.

Da Previdência Social

Aumentam lesões decorrentes de acidentes com moto

O número de lesões graves envolvendo motociclistas no estado do Rio de Janeiro  é preocupante, na avaliação do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), referência nesse tipo de atendimento. Dados divulgados pelo órgão essa semana revelam que quase metade (40%) das 452 cirurgias de trauma na unidade em 2012 são de vítimas de motocicletas.

A clássica mistura entre bebida alcoólica, alta velocidade e ausência do capacete é responsável por boa parte das lesões, segundo o Ministério da Saúde. Esses acidentes têm pesado no orçamento da pasta. Os gastos com internação e tratamento de motociclistas quase dobraram em quatros anos. Entre 2008 e 2011, acompanhando a evolução da taxa de mortalidade, o  valor subiu 113%.

O vice-diretor do Into, João Matheus Guimarães, explica que, ao contrário dos acidentes envolvendo motoristas de carros, os acidentes com motociclistas expõem a vida do piloto, já que absorve todo o impacto da batida ou da queda. Em conseqüência, ocorrem lesões graves nos membros, como esmagamento, fraturas expostas e até amputações. Segundo o médico, as pernas,  tanto do condutor quanto a do carona, sofrem.

“Ficam vulneráveis porque não tem a proteção metálica que o carro tem. O parachoque da motocicleta é a canela do motociclista. Vai tudo direto nela”, disse Guimarães.

O impacto de lesões  na cabeça também costuma ser grave e pode deixar a pessoa debilitada por toda a vida, alerta o Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial. Para lembrar que lugar do capacete “é na cabeça, não no cotovelo, a entidade  lança uma campanha em setembro. Para se proteger, o ideal é o capacete conhecido como “full face”, que protege todo o rosto.

“Quando o motociclistas bate o crânio, a face ou a cabeça no chão, pela falta do uso ou pelo mal uso do capacete isso traz consequências severas. Sejam sequela estéticas ou funcionais. O paciente pode ainda ter um trauma craniano que evolua para um óbito”, afirmou o diretor, Luciano Del Santo. Para ele, os traumas psicológicos de fraturas no rosto também são difíceis de lidar.

Acidentes aumentam no interior

A maioria dos casos que chegam ao Into são da capital, geralmente de mototáxis, usados para subir morros. Porém, começa a preocupar o número de acidentados do interior. Com incentivos ao setor, as motocicletas de baixas cilindradas, mais baratas, caíram no gosto popular. “É mais barato hoje ter uma moto que um cavalo”, disse o diretor do instituto. O problema é a falta de capacitação.

“Apesar dessas motos não serem motos potentes, as pessoas não estão preparadas para utilizá-las. A imensa maioria não tem sequer carteira de motoristas”, acrescentou Luciano Del Santo. Segundo o médico, no interior do país condutores também costumam abrir mão do capacete e, muitas vezes, pilotam embriagados. “É um série de fatores que contribui, em muito, para os acidentes”.

Medicamento contra câncer de mama passa a ser distribuído pelo SUS

O medicamento Trastuzumabe, usado no combate ao câncer de mama, passará a ser distribuído gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A decisão foi anunciada hoje (23) pelo Ministério da Saúde, que prevê que a distribuição custe R$ 130 milhões ao ano e tenha início dentro de no máximo seis meses.

Segundo nota emitida pela pasta, o medicamento diminui em 22% o risco de morte de mulheres com a doença e reduz as chances de reincidência. O câncer de mama é o segundo mais comum no mundo e o mais frequente entre as mulheres, com 1,15 milhão de novos casos a cada ano e 411 mil mortes. De acordo com o ministério, no Brasil ocorreram 12.812 mortes em 2010. “A expectativa é que o Trastuzumabe beneficie 20% das mulheres com câncer de mama em estágio inicial e avançado”, disse o ministro Alexandre Padilha.

A presidenta do Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (Imama), a médica mastologista Maira Caleffi, comemorou a incorporação do medicamento no SUS. “Até agora, o processo para a aquisição do medicamento era muito demorado e as pacientes precisavam acionar a Justiça para conseguir o remédio. Mas a doença não espera. O fornecimento do Trastuzumabe pelo SUS deve causar um impacto positivo na saúde das pacientes e a mortalidade deverá diminuir consideravelmente”, salientou a médica, por meio de nota publicada no site da entidade.

Este ano, o governo federal gastou R$ 4,9 milhões em 2011 para atender a 61 pedidos judiciais de acesso ao Trastuzumabe. Os casos provocaram um investimento de R$ 12,6 milhões. Este é um dos primeiros medicamentos incorporados ao SUS a partir da Lei 21.401, de 2011, que criou uma Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias, responsável por definir regras que garantam o acesso a medicamento.

Rede Brasil Atual

 

Câncer: pesquisa inédita pode facilitar o tratamento

Pesquisadores do Hospital A.C.Camargo iniciaram uma pesquisa, com apoio da FAPESP, para detecção de células tumorais (CTCs) em pacientes com câncer. Por meio da contagem de CTCs – que exercem um importante papel na disseminação do câncer– no sangue de pacientes atendidos na instituição hospitalar, os pesquisadores pretendem desenvolver um marcador sanguíneo que indique, antes de iniciar o tratamento, a resposta positiva às terapias, de modo a evitar medidas terapêuticas e exames desnecessários.

Segundo o A.C.Camargo, a meta é realizar ao longo dos próximos dois anos a contagem das CTCs de 230 pacientes atendidos no Ambulatório de Oncologia Clínica do hospital, sendo 100 com diagnóstico de câncer colorretal, 100 com câncer de pulmão e outros 30 com câncer de pâncreas.

Participarão do estudo pacientes com idade a partir de 18 anos com doença localmente avançada ou doença metastática confirmada por análise patológica e/ou radiológica e também pacientes que iniciarão quimioterapia de primeira linha para doença metastática e com extensão da doença determinada por exame físico e por imagem. Não serão incluídos na pesquisa pacientes com histórico prévio de outro câncer nos últimos dois anos.

Em caráter prospectivo, o estudo será realizado por meio de coleta de sangue (plasma) de pacientes com tumores sólidos metastáticos ou localmente avançados, tendo como controle negativo o sangue de indivíduos sadios e como controle positivo amostras de sangue com células tumorais de cólon mantidas em cultura.

O sangue dos pacientes será coletado em três tempos, sendo o primeiro antes do início do tratamento sistêmico (quimioterapia, terapêutica hormonal, terapias-alvo, dentre outras), a segunda etapa três a quatro semanas após o início do tratamento e a terceira se repetindo a cada 9 ou 12 semanas, dependendo do tratamento.

Inédita no Brasil, a análise dos níveis de células tumorais circulantes teve seus primeiros relatos feitos ao longo dos últimos anos por pesquisadores norte-americanos e europeus.

Acredita-se que a disseminação do câncer necessita da presença de CTCs. “Quanto mais células tumorais circulantes no sangue, pior é o prognóstico”, disse Marcello Fanelli, diretor de Oncologia do Hospital A. C. Camargo e um dos pesquisadores participantes do estudo.

A pesquisa será coordenada por Fernando Augusto Soares, patologista, diretor de Anatomia Patológica do A.C.Camargo e coordenador do Centro Antonio Prudente para Pesquisa e Tratamento do Câncer, um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) da FAPESP, e contará com a participação, além de Fanelli, da pesquisadora Ludmilla Domingos Chinen.

Do Correio do Brasil

Unidos pelos bombeiros, e por que não pela saúde?

Cadê a união de Joinville pela saúde, como fizeram com o caso dos Bombeiros Voluntários?

Joinville é uma cidade com muitos contrastes. Alguns a cantam como a maior de Santa Catarina, maior PIB, maior em eleitores, em população, etc. Por outro lado, longe da pujança que alguns tentam vender, talvez para ganho de auto-estima, ou mesmo para amainar corações angustiados que sofrem, há falta de mobilidade urbana, de saúde melhor, de escolas de pé e funcionando. Joinville consegue mobilizar lideranças políticas, comunitárias, empresariais, religiosas, de todos os matizes, para defender o trabalho meritório dos Bombeiros Voluntários com direito à várias páginas e capas de jornais. Mas não se mobiliza para por fim ao abandono da saúde – vide caso do Hospital Regional de Joinville – que o Governo do Estado impõe à cidade. Para não falar da educação pública, esse tema fica para outra reflexão.

Dá pena ver um homem público como o médico Renato Castro dar um depoimento emocionado, e de forte teor político, de denúncia, ao relatar a falta de médicos, enfermeiros, funcionários enfim, para dar atendimento decente às pessoas, e principalmente para defender a vida de pacientes na UTI. Enquanto isso o secretário Dalmo Claro só pensa “naquilo”, ou seja, a implantação da gestão por uma organização social, a famosa OS para gerir o Regional. Porque tanta insistência nesse modelo? Temos uma OS administrando o Hospital Infantil na cidade, que já tratou de se desfazer da ala de queimados, por pasmem “falta de demanda”! Que é isso gente, tratar saúde como demanda, como se fosse algo comercial? Não cabe discutir demanda em saúde pública! Cabe sim é dar todas as condições para que a saúde seja oferecida em bom nível para a população. Dizem que agora ensaiam o fim da maternidade ali também. Então, pergunto, para quê OS? Para deixar a carne de pescoço para os hospitais públicos e ficar com o filé mignon?

Pergunta que não quer calar: quantas OS administram hospitais em Florianópolis? Ou em Lages, terra do governador Raimundo Colombo? Porque lá tudo pode ser público, há atendimento, verbas e contratações andam com mais celeridade? Por que Joinville sempre se ajoelha diante de interesses da Ilha? Temos deputados estaduais, Nilson Gonçalves, Kennedy Nunes e Darci de Matos, todos governistas. Temos dois senadores, Luiz Henrique e Paulo Bauer (esse dizem que não, mas…). Temos dois deputados federais, Marco Tebaldi e Mauro Mariani. Todos se unem para defender, repito com toda a razão, os Bombeiros Voluntários. E porque o movimento não acontece para exigir atenção à Joinville, à sua saúde! Para que trabalham nossos representantes eleitos gente?

A cidade jamais será grande se continuar subserviente aos interesses políticos da capital. Já tivemos governador eleito com base na quinta roda da carroça, com apelo ao fortalecimento de Joinville, mas continuamos sendo a quinta roda! Joinville tem de aprender a se unir sempre, políticos, empresários, comunidade, trabalhadores, em um só bloco para exigir ações efetivas, aí sim, de acordo com a pujança que representa para a economia, o desenvolvimento geral de todo o estado catarinense. Nossos políticos eleitos não podem se acovardar de defender a cidade que os elegeu porque há “entendimentos” individuais com o Governo do Estado! Só seremos respeitados quando o mesmo movimento que fez a Assembleia Legislativa votar a favor dos Bombeiros aconteça também para a saúde, educação, infraestrutura!

Até quando a população será ludibriada? Até quando veremos pessoas sofrerem, e até morrerem, por falta de atitude para resolver os problemas da saúde da maior cidade catarinense? Queremos ver urgentemente a mesma união na defesa aos Bombeiros para conquistar melhorias na saúde e em outras áreas! ACIJ, CDL, Acomac, Ajorpeme e lideranças todas unidas, fazendo coro pela cidade, até que os olhares se voltem verdadeiramente para a atenção aos mais de 600 mil cidadãos que aqui residem! E não só nas eleições, discursando temas vazios, levando nossos votos para nos deixar à mercê de todos os problemas. Compromisso com a saúde, quando vamos nos unir! Cadê o movimento de união agora senhores? Ou jamais seremos respeitados, ficando eternamento ligados aos aparelhos da UTI!

Alzheimer: Ministério da Saúde ampliará em 30% acesso a remédio para doença

Já começou a distribuição aos estados de 26 milhões de doses da Rivastigmina produzida por meio parceria entre laboratório público e privado.O Ministério da Saúde centralizou a compra do medicamento Rivastigmina, indicado para Alzheimer, e conseguiu economizar R$ 15 milhões no processo. Começou no sábado (30) a distribuição nacional de 26 milhões de doses. O ministério comprou este quantitativo por R$ 66 milhões, 18% menos do que gastaria antes da PDP – R$ 80,6 milhões.

A iniciativa vai permitir um aumento de 30% na cobertura nacional de pacientes com a doença este ano: a previsão é atender 39.278 pessoas. A medida foi possível uma vez que o remédio passou a ser produzido por meio de Parceria para Desenvolvimento Produtivo (PDP) entre o laboratório público Instituto Vital Brazil (IVB) e os laboratórios privados Laborvida e Nortec. Antes da PDP, a Rivastigmina, ofertada no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2002, era comprada pelas secretarias estaduais com recursos financeiros repassados pelo ministério.

“A medida faz parte da nossa política de fortalecimento do parque produtivo nacional da saúde, que gera melhor gestão dos recursos públicos e maior acesso da população”, afirma o secretário de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha. “A política de saúde no Brasil está quebrando paradigmas ao associar o desenvolvimento social e econômico à inovação. Os investimentos articulados com o Instituto Vital Brazil evidenciam esta perspectiva inovadora das políticas públicas no contexto nacional e internacional”, completa.

Em 2011, o Ministério da Saúde investiu R$ 10 milhões no IVB, a partir do Programa de Investimento no Complexo Industrial da Saúde (PROCIS), com contrapartida no valor de R$ 50 milhões do governo fluminense, onde o laboratório está localizado. O início da produção da Rivastigmina pelo IVB proporcionará um aumento no faturamento do laboratório de 7 vezes o valor atual –  de R$ 10 milhões em 2011 para R$ 70 milhões em 2012.

Além da Rivastigmina, o SUS fornece outros dois medicamentos para o tratamento de pacientes com Alzheimer: Donepezila e Galantamina, em cinco diferentes apresentações. Em 2009, o ministério também centralizou a compra do princípio ativo Donepezila, e conseguiu baixar em 70% o custo do medicamento.

Transferência de tecnologia – Nos acordos de transferência de tecnologia, firmados pelo Ministério da Saúde, a produção se dá por meio de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP). O relacionamento do ministério é com os laboratórios públicos, dos quais compra os medicamentos.

Na parceria entre laboratório público e laboratório privado, compete ao público fabricar o medicamento, enquanto o privado produz o princípio ativo e transfere a tecnologia. Como contrapartida, o governo garante exclusividade na compra do medicamento por cinco anos.

Atualmente, estão em vigor 34 PDPs para a produção de 33 produtos, sendo 28 medicamentos e três vacinas. As parcerias envolvem 37 laboratórios, 12 públicos e 22 privados, nacionais e estrangeiros. Agora, sete medicamentos já estão sendo produzidos: além da Rivastigmina, o antirretroviral Tenofovir, os antipsicóticos Clozapina, a Quetiapina e a Olanzapina, o relaxante muscular Toxina Botulínica e o imunossupressor Tacrolimo.

Do Portal da Saúde

Fórum Regional “Saúde tem remédio” vai abordar gestão e financiamento do setor em Joinville (SC)

Um dos temas a serem abordados no Fórum Regional “A Saúde Tem Remédio”, nos dias 28 e 29 de maio, na Câmara de Vereadores de Joinville, será sobre a gestão e financiamento em saúde pública. O palestrante será Adalberto Fulgêncio dos Santos Júnior, diretor do Departamento Nacional de Auditoria do SUS, em Brasília, falará no dia 28 de maio, às 18 horas.

Ele explica que “aprimorar a qualidade da saúde pública significa ampliar o acesso aos serviços, qualificar os profissionais, organizar a rede de atenção e financiar a saúde de modo organizado e diretivo”. E o Sistema Único de Saúde (SUS) foi uma grande conquista para a população. Adalberto acrescenta que “a ousada proposta de um sistema de saúde unificado para um território com tantas divergências, obviamente, possui grandes desafios para a sua plena atuação.

Dois deles são: a gestão e o financiamento. Ambos devem caminhar lado a lado, pois uma gestão adequada não se concretiza sem financiamento e os recursos financeiros, por sua vez, aplicados sem planejamento, não trazem efetividade para os programas de saúde”.

Da Ass. Imprensa – Vereador Cristo

Campanha Nacional contra a gripe começa neste sábado (5/5) em Joinville (SC)

A Secretaria da Saúde de Joinville já está preparada para receber mais de 62 mil pessoas entre idosos, gestantes e crianças de seis meses a dois anos que devem ser vacinadas na 14ª Campanha Nacional contra a Gripe. A abertura da campanha será realizada pelo prefeito Carlito Merss e pela secretaria da Saúde Antonia Grigol neste sábado (5/5), às 9h, na Policlínica Aventureiro. Durante o evento, será inaugurada a Policlínica Aventureiro I.

Mais de 500 profissionais vão estar envolvidos no Dia D de Vacinação no sábado. Além das 56 unidades de saúde e da Sala de Vacinação Central (rua Itajaí), haverá cinco postos volantes para atender aos idosos nos seguintes pontos centrais: supermercados Giassi, Big (Av. Beira Rio), Angeloni (rua João Colin e Ministro Calógeras) e Shopping Americanas. Todas as unidades estarão abertas das 8h às 17h. A campanha anual de vacinação contra a Influenza prosseguirá até o Dia 25 de Maio.

A responsável pelo setor de Imunização, Maria Goreti Cardoso, frisa que os postos volantes atenderão apenas aos idosos no Dia D de Vacinação. As gestantes e crianças menores de dois anos deverão comparecer às unidades de saúde. “Essa será uma forma de verificar se as crianças estão com todas as vacinas em dia e, caso não estejam, será aproveitado para imunizá-las com as doses faltantes. Já as gestantes também têm que receber a vacina Antitetânica e a de Hepatite B e, por isso, todos devem apresentar a carteira de vacinação”, confirma.

Durante os últimos 14 anos em que foi realizada, a imunização contra a Influenza oferecida pelo Ministério da Saúde contribuiu para a prevenção da gripe e das consequentes complicações da doença. Além disso, houve um impacto considerável na redução das internações hospitalares, óbitos e gastos com medicamentos para tratamento de infecções secundárias. Para tomar a dose, basta procurar uma das 56 unidades de saúde do município e apresentar a carteirinha de vacinação ou algum outro documento que comprove a data de nascimento.

Série Histórica da Influenza Joinville

2005
META…………………….. 32.013
VACINADOS………….. 24.025
75,05% alcançado

2006
META ………………….. 32.603
VACINADOS…………..25.386
77,86% alcançado

2007
META…………………….33.190
VACINADOS………….25.000
75,32% alcançado

2008
META…………………….33.785
VACINADOS………….27.069
80,12% alcançado

2009
META……………………..42.919
VACINADOS…………..31.002
72,23% alcançado

2010
META……………………..43.210
VACINADOS…………..34.724
80,36% atingido

2011
META……………………..62.328
VACINADOS…………..52.272
83,87% atingido

Fonte: Setor de ImunizaçãoGerência da Unidade de Vigilância em Saúde / Secretaria Municipal da Saúde

Mortalidade infantil: país reduz em 47% a mortalidade infantil segundo IBGE

Os dados do Censo 2010, divulgados nesta sexta-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) destaca que a mortalidade infantil no Brasil reduziu praticamente pela metade (47%) na última década. Em 2000, 29,7 a cada mil crianças nascidas vivas não completavam o primeiro ano de vida. Em 2010, o índice reduziu para 15,6/1.000.

Os dados divulgados hoje estavam dentro das expectativas do Ministério da Saúde e revelam que o Brasil já alcançou os índices de redução definidos pelas metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, acordo internacional, que prevê uma taxa de mortalidade infantil de 15,7/1.000 nascidos vivos no país, para 2015, além de reforçar a política social que vem sendo conduzida pelo governo.

O Ministério da Saúde tem investido fortemente em políticas públicas voltadas para a família, à gestante e à criança. A Rede Cegonha, conjunto de medidas que garantem assistência integral às grávidas e ao bebê, criou em 2011, 348 leitos neonatais e requalificou mais 86.

A rede Amamenta Brasil e a Estratégia Nacional de Promoção da Alimentação Complementar Saudável qualificam profissionais da Atenção Básica para acompanhar e fortalecer ações de promoção, proteção e apoio do aleitamento materno e da alimentação complementar.

A região Nordeste, que historicamente concentra os maiores índices, desta vez apresentou a maior redução, de 59%. Em 2000,44,7 crianças – a cada mil nascidas vivas – morriam antes de um ano. Atualmente, a taxa é de 18,5/1.000.

“Esta significativa redução faz parte da expansão da Atenção Básica no país e reflete ainda o compromisso do Ministério da Saúde para acelerar a redução das desigualdades na região Nordeste e na Amazônia Legal dentro do Pacto Pela Redução da Mortalidade Infantil, da ampliação da Estratégia Saúde da Família (ESF) e de ações já preconizadas para a melhoria da atenção integral a saúde das crianças”, afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

ADOLESCÊNCIA – A pesquisa do IBGE também traz dados sobre a fecundidade das brasileiras. As famílias estão cada vez menores e as mulheres estão adiando a maternidade. Uma boa notícia é a redução da taxa de adolescentes gestantes. As mulheres entre 15 e 19 anos que se tornaram mães passou de 18,8% a 17,7%.

Criada em 2007, a Política Nacional de Planejamento Familiar prevê a oferta de métodos contraceptivos gratuitamente e a venda de anticoncepcionais na rede Farmácia Popular, com redução de preços em até 90%, além da ampliação do acesso vasectomias e laqueaduras. “Para muitas mulheres, tornar-se mãe é um sonho. É importante que toda brasileira possa escolher o momento para torná-lo realidade”, conclui Padilha.

 

Debate sobre consumo encerra o II Fórum da Igualdade

O painel “Paradigma do consumo e crise ambiental”, realizado na tarde desta terça-feira, 17, encerrou o II Fórum da Igualdade. O objetivo da mesa era refletir sobre o consumo e a justiça ambiental, além de antecipar os grandes debates da Rio+20.

O modelo econômico alicerçado na alta produção e no alto consumo é gerador de destruição ambiental e social. É necessária e urgente a desconstrução das ideias neoliberais que colocam o “consumo” como paradigma do bem viver.

“Temos que buscar luzes para novos modelos econômicos que levem ao bem viver de toda a sociedade. Os conceitos e modelos importados dos países do norte não são bases para os novos processos que desafiam a humanidade”, explicou o coordenador da mesa, Waldir Bohn Gass.

Iniciando o debate, Nancy Cardoso, do Centro de Estudos Bíblicos Nacional (CEBI NAC), falou sobre o uso e abusos do feminino nos imaginários agrícolas e ecológicos ao analisar a campanha publicitária de uma grande marca de sucos.

“Cinco empresas brasileiras vivem uma cruzada global para mudar os hábitos de consumo da população, do suco de laranja natural para o suco de caixinha”, falou Nancy. Para ela, cada vez mais, haverá mecanismos que ligam produtos, vendidos como naturais, à imagem da mulher e do simbolismo do feminino.

Segundo Nancy, as mulheres são as principais organizadoras do padrão de consumo no mundo. “Por isso, é necessário pensar o consumo considerando o peso das mulheres como foco fundamental deste processo”, garante.

Já a assessora da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do RS, Cíntia Barem, relatou as ações e atividades da Comissão e do Parlamento neste âmbito.

Um dos projetos sancionados recentemente pelo governo do Estado dispõe sobre a alimentação saudável nas escolas e espaços públicos e prevê que 30% dos alimentos sejam comprados da agricultura familiar. “Precisamos mudar o padrão de consumo, que hoje é muito instantâneo, principalmente na nossa alimentação”, acredita.

Cíntia acredita que a sociedade está postergando o essencial em nome da urgência: “acabamos não debatendo o principal, o conceito, vamos criando e implantando ações sem pensar”.

Por fim, ela fez uma crítica à chamada “economia verde” que classificou como um termo desconexo. “O capitalismo não permite esse debate, apenas quer pintar de verde as ações que acontecem para manter o mesmo sistema”, afirmou.

O último debatedor foi o representante do IDHES, Mauri Cruz, que defendeu que é necessário o cidadão entender que ser consumidor é ser um ator político.

“É urgente a discussão sobre o consumo consciente porque não temos novos paradigmas. Acumulamos 30 anos de críticas ao sistema, agora temos que colocar em prática”, afirmou Mauri.

Ele explicou também o tipo de igualdade que o Fórum da Igualdade busca: “enquanto seres humanos, somos todos iguais, porém quem tem dinheiro manda em quem não tem e é essa lógica que temos que combater porque nunca seremos livre neste sistema”.

Para Mauri, o capitalismo gera déficit para as classes populares, de fome, habitacional, educacional, de trabalho, entre outros. “O problema é que estamos resolvemos isso com o mesmo modelo, não estamos mudando o paradigma. Corremos o risco de estarmos na mesma lógica que tanto criticamos e nos perceber enquanto consumidores e o poder que isso tem pode ser um começo para a mudança que almejamos”, finalizou. Após o debate, a cantora paraense Raquel Leão realizou o show de encerramento do II Fórum da Igualdade.

Por: CUT