O crescimento do rendimento médio real do trabalhador que não tem carteira assinada foi bastante superior ao avanço dos rendimentos dos empregados que são oficialmente registrados, mostram dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os empregados com carteira, no setor privado, receberam, em média, R$ 1.480,30 em julho, o que representa avanço de 1,3% na comparação com junho, e de 2,5% ante o mesmo mês do ano passado. Já aqueles que não têm carteira assinada receberam, em média, R$ 1.272,30 em julho, e viram seus rendimentos crescerem, 6,9% em relação ao mês anterior, e 12,2% em relação a julho de 2010.
No total do país, o rendimento médio real dos trabalhadores brasileiros alcançou R$ 1.612,90, o que representa avanço de 2,2% frente aos R$ 1.577,89 registrados em junho. Já na comparação anual, a alta de 4%, porque em julho de 2010 a média salarial do país havia ficado em R$ 1.550,26.
Os dados do IBGE mostram que a pressão do custo da mão de obra sobre o setor de serviços prestados a empresas é o maior entre os pesquisados, tendo registrado crescimento de 7,1% em julho sobre junho, chegando à média de R$ 2.072,30, embora na comparação com igual mês do ano passado o valor seja somente 0,3% superior.
Outro setor de destaque é o da construção, cujos salários ficaram 2,3% maiores na passagem de junho para julho, ao alcançarem média de R$ 1.357,20. Na comparação anual, a alta foi de 3,1%.
Em 12 meses, o setor que registrou maior alta média de salários foi o do comércio, com 6,1%, embora em julho, em relação a junho, a alta tenha sido de 0,9%.
Na indústria, os salários registraram alta de 0,5% em relação a junho, e 4,6% na comparação com julho de 2010.
Do Valor Econômico