Busscar: 13 meses sem salários e sem notícias da empresa

Lá se vão 13 meses sem que os trabalhadores e trabalhadoras da Busscar saibam o que é salário no bolso, sem contar com os décimos terceiros de 2009 (parte) e 2010, também sem pagamento. O Sindicato conseguiu bloquear todos os bens e direitos dos acionistas e todo o grupo Busscar, garantindo assim que via Justiça, os trabalhadores recebam o que lhes é de direito.

Da parte da empresa, é só silêncio, o que mostra o desrespeito total aos trabalhadores que fizeram da empresa uma líder de mercado. Mas além da não pagar os salários atrasados, a Busscar, por meio dos seus acionistas, ainda mantém timidamente uma produção à base de pagamento de diárias para alguns trabalhadores, em detrimento de milhares que esperam por seus direitos.

O Sindicato sabe que alguns bancos apóiam essa produção com pagamento de diárias, e está juntando documentos para comprovar esses atos. Afinal, são bancos que buscam somente retirar seus créditos – dívidas da empresa – sem qualquer compromisso com os trabalhadores. E mais: essa “engenharia” também passa para trás vários outros credores, que se veem enganados.

Os processos trabalhistas continuam correndo na Justiça do Trabalho. Os individuais, movidos e já julgados mas sem o pagamento prometido junto ao Juiz, estão sendo anexados ao processo geral aberto pelo Sindicato para cobrança dos atrasados – que está em Florianópolis em segunda instância para julgamento – caso a Justiça não encontre dinheiro nas contas das empresas e acionistas, o que tem ocorrido.

Para o presidente do Sindicato, João Bruggmann, os trabalhadores e trabalhadoras devem ficar tranquilos em relação à proteção dos seus direitos. “O Sindicato agiu onde poderia agir, e já fez todas as manifestações possíveis na Justiça, na imprensa, em frente a Busscar, e mantém informações sobre o caso em seu site, e também na sua sede. O Ministério Público está no caso, e certamente a solução virá, ou por meio de novos sócios, ou pela Justiça, pagando o que a empresa deve. O Sindicato está trabalhando e vai continuar vigilante”, afirma Bruggmann.

Sindicato dos Mecânicos

Trabalhadores, somos todos!

Neste dia que se comemora o Dia do Trabalhador, é momento de se exaltar a quem produz, acordando cedo e dando o seu melhor onde quer que desenvolva suas atividades. Pode ser na indústria, comércio, nos serviços. Pode ser no balcão do bar, no guichê do banco, à frente da sua plantação. Pode ser o gari, o catador de papelão e reciclador, ou ainda o ferramenteiro. E até o empresário, que parece tão distante, também é trabalhador mesmo não parecendo, e muitas vezes, porque não quer ser reconhecido como tal.

A busca por igualdade, salários justos, remuneração digna, qualidade no local de trabalho, valorização pessoal e profissional, é dever de todos e todas. E deve ser o desejo de cada um para o outro. Os empresários, quando se derem conta de que é possível viver bem sem explorar a todos, receberá em dobro dos seus trabalhadores quando assim proceder. Neste dia que existe para que se renovem as esperanças, o Blog Palavra Livre se congratula com todos os trabalhadores e trabalhadoras, desejando sempre uma vida melhor, com mais qualidade de vida, paz e saúde.

Viva a todos os trabalhadores e trabalhadoras!

Dilma quer retirar mais 500 mil da informalidade

A presidenta Dilma Rousseff afirmou que o governo tem como meta retirar da informalidade 500 mil trabalhadores até o final deste ano, por meio da redução de 11% para 5% da alíquota de contribuição para a Previdência Social. No programa semanal Café com a Presidenta, que foi ao ar hoje (11), Dilma comentou o saldo de mais de 1 milhão de trabalhadores que passaram a ter carteira assinada por meio do programa Micro Empreendedor Individual.

Ao listar as vantagens da formalidade, a presidenta ressaltou direitos como a concessão do auxílio-doença, do salário-maternidade e da aposentadoria por idade. Outro destaque trata-se do acesso a financiamentos. “Vamos criar linhas de crédito próprias para os empreendedores individuais nos bancos públicos. Esse apoio financeiro é fundamental para quem quer expandir ou melhorar seu negócio”, disse.

Sobre a criação da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Dilma lembrou que o segmento representa a maioria das empresas brasileiras. “Esse ministério vai promover a inovação para que as empresas possam se desenvolver, vai diminuir a burocracia, vai buscar a redução de impostos e vai estimular as exportações”, explicou.

Da CNM/CUT

Busscar : trabalho por pagamento diário é ilegal e imoral

Uma empresa que não respeita seus trabalhadores e trabalhadoras, atrasando o pagamento de salários há 10 meses, mais décimo-terceiro salário de 2010 e parte do décimo de 2009. Que promete cumprir acordos, e não cumpre nenhum. Que desconta da folha de seus trabalhadores o dinheiro de INSS, IR, benefícios do Sindicato, e não paga o Governo nem Sindicato. E que agora elege poucos para ganhar R$ 80,00 por dia, enquanto deixa milhares a passar necessidades.

Que respeito devem trabalhadores e trabalhadoras à essa empresa e acionistas que burlam a lei, não cumprem com seus deveres, e ainda enrolam seus trabalhadores, convidando poucos a ganhar R$ 80,00 por dia, ilegal e imoralmente, deixando milhares sem salários? Essas são perguntas que o Sindicato faz aos trabalhadores e a sociedade joinvilense, que vê essas barbaridades acontecendo em pleno século 21.

“Essa empresa retrocede no tempo em que o mundo era terra sem lei, que eles podiam fazer tudo, explorando o trabalhador a troco de miseros centavos. Nós já avisamos a eles que não façam mais essa enganação de convidar alguns poucos para trabalhar a troco de R$ 80,00 por dia, alguns poucos privilegiados, chefias ligadas ao patrão, enquanto muitos não recebem. Os trabalhadores que aceitam isso estão sendo cumplices de uma administração falida”, dispara o presidente João Bruggmann.

O presidente faz esse desabafo em relação a atitude da Busscar em chamar por telefone alguns trabalhadores para finalizar alguns ônibus que estão no pátio da empresa, e esses aceitam e comparecem, ajudando a manter a atual situação de desrespeito, descaso, com milhares de famílias. “Nós não concordamos com isso, e ficamos entristecidos com esses que aceitam. Aceitando, ajudam a empresa a continuar enrolando a todos e não percebem! Eles tem de ser mais solidários, não aceitar o convite, e assim eles tem de dar uma decisão final nisso, pagando, vendendo, mas não deixando tudo como está”, destaca João Bruggmann.

Para o Sindicato, esses trabalhadores que aceitam ir trabalhar por diária ajudam a enganar os demais, não são solidários com seus companheiros, e deixam a empresa em situação cômoda, já que ainda consegue entregar os onibus que devem a seus clientes, enquanto não pagam salários atrasados, e mais, ajudam a ter dinheiro para pagar recurso na justiça no valor de R$ 240 mil, para não cumprir com suas obrigações.

“Será que os trabalhadores que aceitam esse pagamento diário acreditam que seus chefes ganham o mesmo que eles? Será que não sabem que eles ganham 70% dos salários para ficar lá todos os dias, chamando os trabalhadores para as diárias? Esses companheiros tem de recusar a oferta e ser solidários com os companheiros que não recebem há meses. Só assim, com ninguém para produzir, é que a coisa vai andar, na pressão”, afirma o presidente João Bruggmann.

O Sindicato está denunciando em todas as esferas de fiscalização, inclusive citando os clientes que se beneficiam dessa enganação, e estuda colocar um posto de informações em frente à empresa para denunciar todas as ações em andamento.

Sindicato dos Mecânicos

Não confunda acordo coletivo com dissídio, saiba o que é dissídio

Um termo que gera muita confusão é o Dissídio coletivo, que muitas vezes é usado erroneamente para se referir à data-base. O Dissídio só ocorre quando não há possibilidade de acordo na data-base entre as partes, ou seja patrões e trabalhadores, levando a questão à Justiça do Trabalho.

Sendo o processo levado a julgamento, caberá à Justiça do Trabalho promulgar uma sentença normativa que terá vigência em lugar do acordo. Na assembléia em que se aprova a pauta de reivindicações, geralmente também se aprova a autorização para a instauração de dissídio coletivo na Justiça do Trabalho

Temer: há clima favorável para aprovação da redução da jornada

O presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), disse hoje (01/03) em São Paulo que, se for avotação este ano, a proposta de emenda constitucional que reduz a jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais será aprovada. “Tenho sentido lá na Câmara que, em um ano como este, se a matéria for ao plenário, aprovam-se as 40 horas. Eu não tenho dúvida disso”, afirmou, em palestra a empresários.

Contrário ao projeto, Temer defende uma redução gradativa: em 2011, a jornada passaria para 43 horas; e, em 2012, para 42 horas semanais. Não haveria aumento no valor da hora extra. A PEC 231/95 prevê a redução da jornada para 40 horas e o aumento do adicional por hora extra de 50% para 75%. A proposta já foi aprovada por uma comissão especial da Câmara e precisa ser votada em dois turnos pelo plenário. Além do peso do ano eleitoral, Temer vê como impulso para a aprovação do projeto a pressão das entidades sindicais. “As centrais sindicais têm uma capacidade de mobilização extraordinária. Eles fazem passeatas e depois vão 200 líderes sindicais na minha sala numa pressão pessoal, quase física.”

De acordo com o deputado, a jornada de 40 horas traria “dificuldades” aos empresários e “problemas” ao País. “Temperança é a marca da minha gestão. A função de quem está na vida pública não é radicalizar a favor de um ou outro, mas contemporizar, encontrar uma solução intermediária que possa satisfazer a todos.

Do Sindicato do ABC