Analistas apostam que modelo econômico continua, e pedem melhoria na área social

As projeções econômicas pessimistas feitas pelo mercado podem limitar o espaço que a presidenta Dilma Rousseff terá, pelo menos no início do segundo mandato, para priorizar promessas de governo, afirmam especialistas ouvidos pela Agência Brasil. Com isso, áreas sociais, como saúde e educação, que tiveram destaque na campanha de Dilma à reeleição,  podem ter de esperar alguns meses para serem alavancadas.

Mesmo com a margem apertada, o economista Bruno De Conti, professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e integrante do Centro de Estudo de Conjuntura e Política Econômica da instituição, defende um empenho maior para melhoria da saúde e da educação. Segundo ele, a falta de investimentos nas duas áreas afeta qualquer efeito positivo da melhoria da renda e da redução das desigualdades conquistadas nos últimos anos.

“A grande conquista [dos governos do PT], na minha opinião, foi justamente o aumento da renda das camadas mais pobres, mas algumas dessas famílias. quando têm a renda aumentada, vão contratar seguro de saúde privado ou, se possível, colocar filhos em uma escola privada. Isso é bom, mas não resolve o problema, porque a renda disponível, a renda que fica na mão dessas famílias continua a mesma, porque elas gastam com serviços que têm de ser públicos. Essas áreas têm de avançar muito”, afirmou o economista.

Para De Conti, a presidenta Dilma Rousseff vai manter, nos próximos quatro anos, o atual modelo econômico com ajustes. “O modelo se mostrou bem-sucedido, a despeito das críticas. O  crescimento com inclusão social e distribuição de renda foi a principal marca dos governos Lula e Dilma. Este é o eixo principal que deve ser mantido, e acredito que será.”

Segundo ele, para a receita funcionar, a equipe econômica precisará se empenhar para melhorar os resultados do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) a partir da recuperação dos investimentos. “No ano passado, o crescimento já não foi tão alto e este ano será baixo. No governo Lula, os investimentos cresceram mais do que o consumo. Nos últimos tempos, ficaram abaixo do que esperávamos, mas a expectativa é que voltem a partir de 2015”, disse o economista.

O economista lembrou as manifestações de julho do ano passado, os impactos da crise internacional e a incerteza diante do processo eleitoral deste ano, destacando que o empresariado estava “muito reticente”. Agora, com a definição da eleição presidencial e, nos próximos dias e meses, com a escolha da equipe econômica, “vão se dissipar um pouco essas nuvens”, afirmou.

O cientista político Michel Zaidan Filho, da Universidade Federal de Pernambuco, aposta em um cenário difícil para o próximo ano e diz que isso comprometerá muitas prioridades do governo, e fará com que Dilma tenha de  escolher o que irá caracterizar o início de seu segundo mandato.

“Tem que considerar limitações da margem de manobra da presidenta. O ano que vem será de muita dificuldade. Há problemas de dívida pública, que é paga em função de taxa de juros, que é maior que a Selic, e essa situação obriga o governo a fazer uma grande economia de gastos. Isso limita políticas sociais, mas não deve comprometer a política de transferência de renda, que, se ela [Dilma] não ampliar, vai, pelo menos, manter”, afirmou Zaidan.

Para ele, o governo vai concentrar esforços em busca de uma reforma tributária e do controle da inflação. E as mudanças na condução da economica, segundo ele, devem ser refletidas com o anúncio na nova equipe que conduzirá a área. “Deve haver conversa grande com a Avenida Paulista [importante centro financeiro de São Paulo]. Acredito que Dilma vai procurar os agentes econômicos e não deve definir o novo ministro da Fazenda sem essa conversa.”

De acordo com o cientista político, os agentes financeiros reclamaram muito, durante a campanha, do baixo investimento. “É choro de gente com barriga cheia, que foi muito beneficiada com a crise, mas [eles] são muito influentes”, afirmou Zaidan, ao citar a oscilação especulativa que marcou os movimentos da Bolsa de Valores de São Paulo e as oscilações do câmbio nos últimos meses.

Da Ag. Brasil

Professor da Califórnia cria biossensor que transforma suor em energia

suorImagine um dispositivo que capta o suor e transforma-o em energia? Parece irreal, mas a tecnologia que converte o esforço de um exercício em produção energética já existe e foi desenvolvida na Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos.

Como uma espécie de tatuagem temporária, que deve ser colada no corpo, o circuito possui um sensor que monitora a saúde da pessoa enquanto ela se exercita. Fina e flexível, essa camada detecta e responde a um composto chamado de lactato, que é presente no suor.

O pesquisador e professor Joseph Wang, da Universidade da Califórnia, desenvolveu uma técnica em que, por meio de um sensor, é possível atrair os elétrons do lactato e gerar uma pequena corrente elétrica.

Para fabricar a biobateria, Wang usou o composto que captura os elétrons do lactato para desempenhar a função de um anodo e adicionou o catodo na forma de uma molécula que aceita elétrons, explica o site Inovação Tecnológica.

Ao mesmo tempo em que a “tatuagem eletrônica” monitora a corrente elétrica, ela avalia o rendimento do atleta em tempo real. O resultado do experimento mostrou que nesse processo foram gerados até 70 microWatts por centímetro quadrado de pele, o que é suficiente para alimentar aparelhos econômicos em termos de consumo de energia.

Curiosamente, dos voluntários – dez pessoas com condicionamento físico diferenciado realizaram os testes -, os que se exercitavam menos produziram mais energia do que aqueles que frequentavam academias. A explicação para esse fato, segundo os pesquisadores, é que os mais sedentários se cansam mais cedo e isso faz com que a glicólise suba mais rapidamente, formando mais lactato.

Ainda não previsão de tornar o produto comercial. Saiba mais sobre o pesquisador aqui.

Do CicloVivo.

Com crachá personalizado, cachorro vira ‘frentista’ em posto de Santos, SP

bethovenEle tem crachá com foto, nome e usa um boné personalizado. Beethoven é um vira-lata que foi adotado após aparecer em um posto de combustíveis em Santos, no litoral de São Paulo, e sensibilizar um frentista em especial. Agora, ele é o queridinho dos funcionários e atrai muitos clientes, que pedem para tirar “selfies” com o “cachorro do crachá”.

O frentista Marcos Wilson Silva, que trabalha no estabelecimento, conta que o cão começou a rondar o local, na Avenida Washington Luís, em janeiro de 2011. “Ele apareceu aqui sujo e desnutrido. Ninguém sabe de onde veio. Aí começamos a dar carinho, alimentá-lo, e ele não queria mais ir embora. Até saía por algumas horas, mas sempre retornava para cá”, conta.

Marcos e os outros funcionários se apaixonaram pelo animal e pediram ao dono do posto para que ele passasse a viver no local. “Levamos ao veterinário, cuidamos e ajeitamos uma cama para ele dormir. Eu até pedi para o patrão fazer um crachá para ele, já que, para frequentar o posto, é preciso ter identificação”, brinca o frentista.

A partir de então, Beethoven, como foi batizado pelos funcionários, virou o mascote do posto e passou a ficar conhecido. “Todo mundo é apaixonado por ele, os clientes adoram, sempre vêm aqui e pedem para tirar ‘selfies’ com o cachorro, porque acham curioso ele ter um crachá igual ao dos funcionários”, diz a caixa Lucia Kuratani.

O vira-lata Beetothoven se adaptou rapidamente ao posto de combustíveis. O animal sai para passear todos os dias com algum frentista, gosta de observar o movimento de carros e chamar a atenção dos visitantes. “Todo mundo faz carinho nele, é bem querido por todos. Seria bom se todos os comércios pudessem adotar um animal de rua”, conclui o frentista Marcos Silva.

Fonte: G1.

5 verbos que ajudam a descobrir a profissão certa para você

profissão Dom. Todo mundo tem um e ele pode ser a chave do sucesso profissional, desde sejam alinhadas preferências pessoais e possibilidades. É o que pode torná-lo a pessoa certa no lugar certo.

A máxima faz parte do livro “O que falta para você ser feliz” (Editora Gente) de Dominique Magalhães. “Proponho que devamos assumir e realizar esse dom, buscando o equilíbrio em trabalhar beneficiando o outro, através de sua vocação, dentro da situação do mercado de trabalho escolhida”, revela a autora a EXAME.com.

O livro, segundo ela é um ponto de partida para uma busca interior. O objetivo é estimular seus leitores a se questionar e encontrar suas próprias respostas.

Para isso, Dominique desenvolveu um método para ajudar pessoas a descobrir o seu dom por meio de categorias de motivação.

“Entender o que motiva uma pessoa é a chave para criar um projeto de vida que abranja o maior número de seus talentos orientados para uma finalidade prazerosa, rentável e – determinante para a satisfação pessoal – de impacto positivo sobre a sociedade”, diz.

Assim, cada categoria de motivação é definida por um verbo. “Verbo indica ação, ação busca resultados”, justifica. Confira quais são os cinco verbos e veja as profissões ligadas a cada um deles:

1. Ajudar

“Seu prazer está em oferecer qualquer tipo de alívio, amenizar angústias, promover a cura, facilitar rotinas, resolver problemas mediar conflitos e organizar pensamentos”, escreve a autora.

Profissionais que se enquadram nesta categoria: médicos, terapeutas, assessores, advogados, corretores, consultores, líderes espirituais, desenvolvedores de software, e personais (de todos os tipos).

2. Instruir

Quem tem a motivação ancorada no verbo instruir age para melhorar o mundo transmitindo e sistematizando conhecimento e informação.

Alguns profissionais que se enquadram nesta categoria: professores, jornalistas, pesquisadores, escritores, treinadores, analistas de sistemas e analistas de redes sociais.

3. Entreter

A missão aqui é divertir, distrair, promover a quebra de rotina e a elevação do espírito, segundo a autora.

Alguns profissionais que se enquadram nesta categoria: músicos, atores, palhaços, comediantes, bailarinos, contadores de histórias e palestrantes.

4. Embelezar

São pessoas que tem como propósito melhorar a experiência humana por meio da estética, da organização, da precisão e da harmonia, escreve Dominique.

Alguns profissionais que se enquadram nesta categoria: engenheiros, arquitetos, paisagistas, pintores, designers, jardineiros, cabeleireiros, manicures, maquiadores, chefs de cozinha.

5. Multiplicar

Os multiplicadores são as pessoas que tornam a vida das pessoas mais confortável, produzindo e ampliando riquezas.

Alguns profissionais que se enquadram nesta categoria: economistas, gestores de finanças, negociantes, investidores e empreendedores.

Campanha sorteia carro de corrida para ajudar crianças com câncer

opalaA campanha “Corrida pela Cura”, realizada pela agência CCZ WOW, deixou o dia de seis crianças em tratamento contra o câncer muito mais especial. Ao invés da tradicional van que faz o transporte até o hospital, elas foram levadas em um Opala, semelhante aos carrinhos da “Hot Wheels”.

As crianças que participaram da campanha estão em tratamento na Associação Paranaense de Apoio à Criança com Neoplasia – APACN. Além de passearem em um veículo totalmente personalizado, elas puderam participar de uma corrida em uma pista de verdade, com o volante sob o comando do piloto Ricardo Zonta, da Stock Car. Teve até “entrevista coletiva” após o passeio.

Mas, a campanha não para por aí. Ela começou quando o dr. Eurípedes resolveu doar o Opala 1976 à APACN, como forma de angariar fundos para a instituição. Antes de comercializar o carro, as crianças puderam passear e ter um dia diferente, e agora, que o veículo está reformado e personalizado, está disponível para ser sorteado.

Os cupons para o sorteio são comercializados pelo site do projeto e custam apenas R$ 20. Com a verba arrecadada a instituição comprará dois carros de pequeno porte para transportar os pacientes e outros equipamentos para o tratamento médico, como máscaras, fraldas e melhorias na infraestrutura.

Clique aqui e participe.

Assista o vídeo aqui:

Em resposta à crise, jovens fundam comunidade sustentável na Grécia

g1Sem perspectiva graças à crise financeira, quatro jovens abandonaram a cidade de Atenas, na Grécia, para criar uma comunidade rural sustentável, que incentiva um novo estilo de vida.

Fundada em 2010 na ilha de Evia, a sociedade alternativa Free and Real*, acrônimo paraFreedom of Resources for Everyone, Respect, Equality, Awareness and Learning (ou “Liberdade de Recursos para Todos, Respeito, Igualdade e Aprendizado”, em tradução livre), tem como principal objetivo criar uma “escola” para uma vida sustentável.

Segundo a Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OECD), os jovens sofreram as maiores perdas de rendimento nos anos seguintes à crise financeira de 2008, especialmente na Grécia, Islândia e Irlanda. Por isso mesmo, entre os habitantes da nova comunidade, o Euro não tem valor.

Todos seguem uma dieta vegetariana rigorosa e se alimentam dos produtos orgânicos cultivados pela comunidade. O que sobra dos jardins é trocado na aldeia vizinha por suprimentos que os jovens não conseguem produzir.

Atualmente, a sociedade é casa de dez moradores permanentes e também recebe mais de cem visitantes que se hospedam durante períodos do ano, interessados em aprender mais sobre agricultura orgânica e modo de vida sustentável.

Sem energia elétrica, os moradores vivem em tendas comunitárias portáteis, feitas de lona. Abaixo, veja imagens que revelam seu estilo de vida.

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Da SuperInteressante.

Projeto permite que particular estimule poder público a firmar parceria público-privada

parceriasEstimular as parcerias público-privadas (PPP) é o objetivo de projeto do senador Clésio Andrade (PMDB-MG) que se encontra na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Após constatar que as PPPs, instituídas pela Lei 11.079/2004, não deslancharam por “inércia da máquina estatal”, o senador propôs a criação de um instrumento pelo qual o particular provocará a administração – a manifestação de interesse da iniciativa privada (MIP).

Pela MIP, conforme a proposta (PLS 203/2014), o particular poderá apresentar estudos contendo opiniões fundamentadas e justificadas sobre a viabilidade de concessões ou permissões. Com isso, o parlamentar acredita que a iniciativa privada despertará o Poder Público quanto a oportunidades até então não vislumbradas.

Clésio Andrade manifesta sua convicção de que a MIP incrementará a relação público-privada, “oxigenando as mentes dos gestores com ideias trazidas pelos particulares”. Conforme o senador, “bons projetos poderão surgir a partir da possibilidade de apresentação pela iniciativa privada”, cabendo à administração pública a análise e eventual aprovação “conforme relevante interesse público e oportunidade”.

As PPPs foram criadas em 2004 a partir da constatação de que o Estado não dispõe de recursos suficientes para atender a todas as demandas de infraestrutura e de serviços. A ideia era buscar nos agentes econômicos, por meio de parcerias, os investimentos necessários para tocar os projetos. Entretanto, na visão de muitos especialistas, essas PPPs não produziram os resultados desejados, e as carências de infraestrutura continuam.

Após o parecer da CAE, o projeto seguirá para decisão terminativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

Do Senado Notícias.

Antivírus perdeu relevância, admite indústria

antiDificilmente alguém arriscaria conectar um computador na internet sem antes instalar um antivírus na máquina. O software de segurança é, até hoje, o responsável por verificar comportamentos suspeitos e bloquear arquivos maliciosos já conhecidos dentro do ambiente computacional. Ainda assim, há quem acredite que a tecnologia está com os dias contados. Em uma recente entrevista ao Wall Street Journal, Brian Dye, presidente-sênior da Symantec, chegou a dizer que “o antivírus está morto”! Será?!…

A gente achou a declaração um pouco exagerada e fomos conversar com outros especialistas em segurança para saber se eles compartilhavam a mesma opinião.

O que aconteceu, segundo opiniões convergentes, é que o antivírus já não tem a mesma relevância de alguns anos atrás. A internet mudou bastante e atualmente é um ambiente muito mais perigoso e complexo.

Os ataques modernos não têm mais tanto interesse em infectar uma rede ou uma estação de trabalho; os cybercriminosos estão cada vez mais interessados em roubar credenciais e invadir grandes corporações. E para proteger dessas ameaças mais complexas, o antivírus realmente precisa de aliados – soluções complementares como firewall, antispam ou que, por exemplo, garantem o controle de atualização dos softwares e a criptografia de arquivos importantes; a chamada suíte de segurança.

A Symantec é uma das maiores empresas de tecnologia do mundo graças ao seu antivírus, o Norton, criado há 25 anos. Ainda assim, na mesma entrevista, o presidente da empresa disse que essas táticas usadas estão “fadadas ao fracasso” e que a companhia “não mais pensa no antivírus como uma forma de ganhar dinheiro de forma alguma”. Estranho, não?…

A questão é que ainda não existe qualquer tecnologia de segurança que substitua o papel do antivírus. Elas apenas o complementam em uma suíte de segurança completa; e vice-versa. Mas aí a gente chega à conclusão de que essa polêmica declaração pode ter outra intenção… É possível acreditar que a ideia seja simplesmente mudar o nome do antivírus, mas totalmente em uma jogada de marketing e não de tecnologia propriamente dita. E o mercado não se surpreenderia com a hipótese.

Do Olhar Digital.

Foi sancionada lei complementar que cria 60 cargos de defensores públicos em Santa Catarina.

defensoresO governador Raimundo Colombo sancionou, nesta quarta-feira (11), a lei complementar 632/2014 que cria 60 cargos de defensores públicos em Santa Catarina. Atualmente, a Defensoria Pública conta com 60 profissionais e a lei permitirá dobrar o número de defensores públicos para prestar atendimento jurídico à população carente de Santa Catarina. Dos 60 novos cargos, 30 serão preenchidos a partir de julho de 2014 e os demais 30 cargos a partir de 31 de março de 2015.

De acordo com o defensor público-geral, Ivan Ranzolin, com o reforço no efetivo, a Defensoria Pública do Estado ampliará significativamente o atendimento à população nas comarcas em que atua, possibilitando seguir com o processo de interiorização das atividades com qualidade e eficiência. Ranzolin explica que não haverá necessidade de realização de novo concurso público neste momento, pois serão chamados os candidatos aprovados no concurso vigente.

Informações adicionais:
Maiara Gonçalves
Assessoria de Comunicação
Secretaria de Estado da Casa Civil
comunicacao@scc.sc.gov.br
(48) 3665-2005 / 8843-3497

Justiça nega estender adicional de cuidador a todos os aposentados do INSS

cuidadoraA 20ª Vara Federal de Porto Alegre julgou improcedente o pedido que pretendia obrigar o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a pagar adicional de 25% sobre o valor do benefício a todos os aposentados e pensionistas que necessitam de cuidador permanente. O adicional só é pago aos beneficiários que se aposentaram por invalidez, embora decisões recentes do Tribunal Regional Federal da 4ª Região admitam a universalização do benefício.

O Ministério Público Federal ingressou com a ação, alegando que a concessão somente para um determinado grupo de beneficiários seria contrária aos princípios da isonomia e da dignidade humana. Argumentou que há “omissão parcial inconstitucional” na legislação, ao não contemplar a pretensão postulada, defendendo que não haveria motivo para tratamentos distintos.

O INSS contestou a ação. Defendeu não se tratar de um caso em que a lei foi omissa, pois o acréscimo estaria previsto legalmente apenas para casos de aposentadoria por invalidez. Afirmou, ainda, que a ampliação das situações em que é devido o pagamento suplementar seria prática de cunho assistencialista, o que estaria fora das atribuições constitucionais da autarquia, limitadas ao desenvolvimento da Política de Previdência Social.

O juiz federal substituto Carlos Felipe Komorowski já havia indeferido um pedido de liminar com o mesmo teor em março deste ano. Segundo ele, o acréscimo tem nítida natureza previdenciária, com o objetivo de proteger o trabalhador de uma incapacidade agravada, a ponto de requerer o acompanhamento e auxílio permanente de alguém.

‘‘A distinção na lei é adequada, porque a incapacidade para o trabalho é requisito que diferencia a aposentadoria por invalidez, enquanto a necessidade da assistência permanente de uma pessoa está diretamente relacionada a esse fato — ser incapaz para o trabalho —, havendo perfeita relação entre a prestação previdenciária e o seu adicional de 25%, a fim de proteger o trabalhador do referido risco social (Constituição, art. 201, I). A universalização dessa cobertura depende, inexoravelmente, de lei’’, escreveu na sentença. A decisão foi publicada na última sexta-feira (30/5).Com informações da Assessoria de Imprensa da Justiça Federal do RS.

Clique aqui para ler a sentença.

Do Conjur.