Enem é aplicado hoje a 13,9 mil presos e internos

Começa hoje (28) a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 527 unidades prisionais. Foram inscritos para participar da prova 13.962 presos e jovens que cumprem medidas socioeducativas. O exame é aplicado em presídios desde 2004.

As provas de hoje são ciências da natureza e humanas e os candidatos responderão a 45 questões de cada área, assim como ocorre no Enem tradicional. Amanhã (29), os participantes farão a redação, além de responderam os itens referentes a linguagens e matemática.

De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), haverá em cada sala de aplicação, agentes penitenciários, além dos fiscais contratados pelo consórcio Cespe/Cesgranrio, responsável pela realização do Enem. Assim como já ocorre na aplicação regular do exame, os participantes não podem usar lápis ou borracha. As canetas serão entregues na hora da prova.

Os presos podem utilizar as notas obtidas no Enem para pleitear uma vaga em instituição pública de ensino superior ou bolsa em faculdade particular pelo Programa Universidade para Todos (ProUni). Caso aprovados, eles podem eventualmente solicitar autorização na Justiça para estudar. Outra possibilidade é usar o resultado do Enem para obter o certificado de conclusão do ensino médio. Se o candidato atingir uma pontuação mínima em cada área pode fazer essa solicitação às secretarias estaduais de educação. 

Agência Brasil

Inscrições no Enem começam hoje para presos e jovens em medidas socioeducativas

Começa hoje (3) o prazo de inscrições no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para presos ou jovens que cumprem medidas socioeducativas com privação de liberdade. De acordo com edital publicado na última sexta-feira (30) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), as inscrições começam às 10h e vão até as 23h59 do dia 17 de outubro (horário de Brasília).

As provas serão realizadas nos dias 28 e 29 de novembro. As quatro provas objetivas terão 45 questões cada uma e abordarão quatro áreas do conhecimento: ciências humanas e suas tecnologias (história, geografia, filosofia e sociologia); ciências da natureza e suas tecnologias (química, física e biologia); linguagens, códigos e suas tecnologias e redação (língua portuguesa, literatura, língua estrangeira – inglês ou espanhol -, artes, educação física e tecnologias da informação e comunicação); e matemática e suas tecnologias (matemática)

De acordo com o edital, cada unidade prisional ou socieducativa cadastrada deve ter um responsável pedagógico para fazer as inscrições dos participantes. Esse profissional também deverá acompanhar os resultados, pleitear a certificação do participante e a inscrição do candidato no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e outros programas de acesso ao ensino superior, se for o caso.  

O edital lembra que a participação no Enem é voluntária e gratuita e é destinada àqueles que já concluíram o ensino médio ou àqueles que não terminaram essa etapa, mas pretendem obter o certificado de conclusão por meio da prova. Não podem participar dessa edição do Enem pessoas que tiverem sua liberdade decretada antes do exame. Caso o preso seja transferido, a alteração do local de prova pode ser feita até 20 dias da data do exame.

No fim do ano passado, 15 mil pessoas privadas de liberdade fizeram o Enem, sendo que 13 mil tentavam obter certificação no ensino médio.

Agência Brasil