Celesc abre chamada pública para novos “eletropostos”

A Celesc está com Chamada Pública aberta para selecionar parceiros interessados em aderir ao projeto de expansão dos corredores de eletropostos em Santa Catarina, com a instalação de 23 novas estações de recarga, os chamados eletropostos, em diversos pontos do estado. As empresas interessadas devem realizar a inscrição até 10 de janeiro de 2020 neste link

Para ser parceiro é necessário possuir e infraestrutura adequada, conforme o modelo da estação de recarga, além do  investimento inicial que poderá variar conforme o tipo de eletroposto de interesse da empresa, girando em torno de R$ 3 mil até R$ R$ 12 mil. 

O valor inclui a adequação visual do espaço com a pintura da vaga e a instalação de uma placa de identificação do ponto do corredor elétrico e se configura em uma nova oportunidade de negócio para o investidor, tendo em vista o fato de atrair novos clientes e associar sua marca à sustentabilidade e inovação. 

“A iniciativa, financiada pelo programa de P&D Celesc Aneel, conta com a parceria da Fundação Certi e tem como objetivo impulsionar o uso de veículos elétricos no estado. Hoje, Santa Catarina possui sete eletropostos, sendo que este ano a média de recargas foi de 150 por estação. A estimativa é que em 2020 sejam realizadas, em média, 300 recargas por ano em cada eletroposto”, aponta Marco Aurélio Gianesini, gestor do Projeto na Celesc. 

Do total de 23 eletropostos, cinco serão estações de recarga rápida e 18  semirrápidas. As estações rápidas têm como finalidade expandir a infraestrutura já existente entre Joinville e Florianópolis e consolidar um corredor elétrico ao longo da BR 101, entre a divisa com o Paraná até a fronteira com o Rio Grande do Sul. As semirrápidas serão utilizadas no processo de interiorização dos eletropostos, interligando os eixos Norte-Sul (de Joinville até Criciúma) e Leste-Oeste (de Florianópolis até Chapecó).

Prazos e fases de implantação

O processo de implantação dos eletropostos nos locais selecionados por meio da chamada pública será executado ao longo do primeiro semestre de 2020. As instruções aos interessados estão disponíveis no site da Celesc em celesc.com.br/chamadas públicas. O período de inscrição vai até 10 de janeiro e a seleção ocorrerá nos dias 13 e 14. 

Confira as datas para o processo de implantação:
Inscrições: até 10/01/2020
Seleção: 13 e 14/01/2020
Divulgação dos selecionados: 14/01/2020
Etapa de firmamento da parceria: 15/01/2020 a 24/02/2019
Etapa de instalação e comissionamento: 25/01/2020 a 31/03/2020

O que é o Eletroposto
O projeto Eletroposto Celesc propõe um novo modelo de infraestrutura de carregamento de veículos elétricos. A solução desenvolvida pela Fundação CERTI integra estações de recarga de veículos, sistemas de armazenamento de energia e uma plataforma de gerenciamento de eletropostos para aplicações no conceito de cidades inteligentes.

UFSC produz diagnóstico do setor energético em SC e apresentará até o final deste ano

A Secretaria de Planejamento de Santa Catarina lançará, até o final do ano, o Balanço Energético de Santa Catarina, 2006 a 2012. Trata-se de um diagnóstico do setor energético do Estado que foi elaborado pelo LabCET- Laboratório de Combustão e Engenharia de Sistemas Térmicos do Departamento Engenharia Mecânica da UFSC, com apoio do Ministério de Minas e Energia.

O coordenador técnico da publicação e responsável pelo Departamento da Engenharia Mecânica da UFSC, Edson Bazzo, destaca a participação das fontes renováveis no setor industrial, representando índices superiores a 60% nos setores de Alimentos, Cerâmico, Têxtil e Papel e Celulose.

Os combustíveis não renováveis respondem por índices maiores nos setores de Ferroligas, Mineração, Químico, Não Ferrosos e Outros da Metalurgia.

Bazzo avalia: “É importante ressaltar que este primeiro levantamento do consumo de energia no setor industrial catarinense surgiu da proposta de retomar a iniciativa da disponibilização de balanços energéticos anuais do Estado, prática estacionada nas últimas décadas. E que pode servir como subsídio ao planejamento econômico setorial, tanto na esfera de influência dos poderes públicos, quanto aos interesses específicos dos investimentos privados”.

Meio Ambiente: SC recebe três seminários que tratam do tema

O que está sendo feito hoje para que o futuro possa ter uma resposta tranquila em relação  à utilização de recursos naturais é um dos focos dos Seminários de Meio Ambiente que serão realizados em três cidades catarinense com o patrocínio da Petrobras e Tractebel. Em Florianópolis o evento já ocorreu no último dia 10 de outubro.

Nas próximas semanas, as cidades de Joinville (16/10) e Chapecó (24/10) receberão autoridades e pesquisadores que vão mostrar como Santa Catarina deve se preparar a longo prazo e quais as perspectivas para o Brasil na próxima década. A vinda de renomados pesquisadores da área são bons motivos para atrair mais pessoas a debater os desafios da mobilidade urbana e das mudanças climáticas, entre outros.

Temas como “Indústrias Sustentáveis” e “Desafios da Agroindústria”, que serão abordados por gestores e conhecedores do assunto, terão como complementos as apresentações de cases que já vem dando resultados importantes na minimização dos impactos ao meio ambiente.

Os seminários pretendem ser mais do que simplesmente palestras, mas serão um marco para colocar Santa Catarina no centro das discussões ambientais, com possibilidades de criar regulações e disseminar os assuntos debatidos para toda a sociedade.  O objetivo é dar um panorama do que já foi feito, mas com uma visão de futuro para que daqui a sete ou dez anos possamos colher os frutos dessa preparação.

SOBRE OS EVENTOS
Os eventos são gratuitos e para participar basta se inscrever pelo site  www.ricmais.com.br/sc/seminariosdomeioambiente

Seminários do Meio Ambiente é uma ação do Grupo RIC, com realização do Notícias do Dia e patrocínio da Petrobras.

Meio Ambiente em discussão no nordeste catarinense nesta quarta-feira (24/7)

A 4ª Conferência Regional do Meio Ambiente, que tem como tema a “Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)”, acontece em Joinville, nesta quarta-feira, 24. Cerca de 150 representantes do poder público, sociedade civil e setor empresarial de treze municípios discutirão os problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos. O evento ocorre das 7h30 às 21h, na Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) Joinville.

Também haverá a escolha dos 16 membros da delegação que levará as propostas da região para a etapa estadual. A conferência está programada para o mês de agosto, em Florianópolis. A ação antecede a 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (Cema), que será no mês de outubro, em Brasília. Os debates acontecem em quatro eixos: produção e consumos sustentáveis, redução dos impactos ambientais, educação ambiental e geração de emprego e renda.

As conferências visam recolher sugestões de todos os estados brasileiros para inserção em um plano nacional. Entre outras deliberações, devem constar no documento alternativas de prevenção e redução na geração de resíduos sólidos, bem como práticas de consumo sustentável e instrumentos de incentivo ao hábito da reciclagem e da reutilização dos materiais.

Municípios envolvidos: Araquari, Balneário Barra do Sul, Barra Velha, Corupá, Garuva, Guaramirim, Itapoá, Jaraguá do Sul, Joinville, Massaranduba, São Francisco do Sul, São João do Itaperiú e Schroeder.

Ascom da SDR Joinville.

Horário de Verão diminuirá demanda de energia entre 5 e 5,5%, diz especialista

horário de verão, que começa no próximo dia 21 nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e mais o estado da Bahia, trará uma diminuição da demanda de energia nos horários de pico entre 5% e 5,5%, dando maior estabilidade ao sistema elétrico, mas não representará redução da conta de luz para o consumidor. A avaliação é do professor Reinaldo Castro Souza, do Departamento de Engenharia Elétrica do Centro Técnico Científico da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (CTC-PUC-Rio).

O professor explicou, que a ideia do horário de verão é aproveitar a iluminação solar e diminuir o uso da iluminação artificial. Quanto mais próxima a pessoa está do Hemisfério Sul, mais luz solar tem. O contrário ocorre para quem se encontra próximo ao Equador.

No verão, a ponta do sistema elétrico tende a ficar muito carregada no horário que se estende das 18 horas às 21 horas, principalmente no horário de pico, quando a iluminação pública é ativada e as pessoas vão para suas casas, ligam a televisão e aparelhos de ar condicionado. “A demanda de energia é muito alta nesse período”. Com o horário de verão, não há a coincidência de uso de energia, principalmente de iluminação pública, destacou Reinaldo Castro Souza.

Para os consumidores residenciais, considerados de baixa tensão, o professor explicou que nenhuma melhora na conta, em termos financeiros, é percebida durante o horário de verão. Os consumidores continuam usando energia, mas apenas deslocam esse uso. “Você apenas está ajudando o sistema elétrico brasileiro e o Operador Nacional do Sistema (ONS) a não ter que ligar termelétricas e fazer altas manobras para gerar mais energia”.

Para o sistema, segundo Souza, verifica-se uma redução da demanda. “Há uma queda, nesse período mais crítico, em torno de 5% da demanda. A potência demandada pelos consumidores vai ser menor nesse horário de ponta. As estimativas ao longo dos anos são em torno de 5% a 5,5% de redução de demanda. Mas o consumo praticamente fica o mesmo, principalmente para os consumidores de baixa tensão”. Ressaltou, porém, que a diminuição da demanda é registrada somente nos dias quentes, quando a luminosidade natural é forte. Nos dias nublados e com chuva, a diminuição é zero.

O professor da PUC-Rio disse que para a indústria e o comércio, dependendo da tarifa que têm contratada com a distribuidora, pode haver algum ganho porque vão estar economizando nesse horário de ponta.

Souza insistiu que para a massa de consumidores de baixa tensão essa economia inexiste. O benefício para o consumidor consiste em ter um sistema com menor risco de desabastecimento. “Você passa a ter uma confiabilidade melhor. Ou seja, há mais chances de o seu fornecimento não ter interrupções. A qualidade da energia melhora”, disse.

Do Planeta Sustentável

Petrobras lança Relatório de Sustentabilidade 2011

Está disponível no sitewww.petrobras.com.br/rs2011 o Relatório de Sustentabilidade 2011, que reúne informações sobre o desempenho da Petrobras no ano passado, considerando os aspectos operacionais, econômicos, sociais e ambientais. A publicação segue a versão mais atual das diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI), principal iniciativa mundial na definição de parâmetros para relatórios desta natureza. O documento também apresenta o progresso em relação aos dez princípios do Pacto Global da ONU, do qual a Petrobras é signatária desde 2003.

Entre os marcos de 2011 está o início da operação do primeiro poço a produzir comercialmente no pré-sal da Bacia de Santos, no campo de Lula. Na seção de Meio Ambiente, o relatório destaca que, em 2011, os investimentos e gastos operacionais em proteção ambiental foram de R$ 2,7 bilhões, incluindo projetos de gestão ambiental na operação e patrocínio a projetos externos. O valor representa um acréscimo de 12% em relação ao ano anterior.

Também é apresentado o desempenho da Companhia em relação à eficiência energética, gerenciamento de emissões, biodiversidade, entre outros temas. Quanto à gestão dos recursos hídricos, por exemplo, a Petrobras obteve economia de 21,5 bilhões de litros de água com a realização de ações de reúso, o que representa aumento de cerca de 20% em relação a 2010. O volume de água reutilizado em 2011 seria suficiente para abastecer uma cidade de 500 mil habitantes durante um ano.

Outro destaque da publicação é o investimento em pesquisa e desenvolvimento, que totalizou ano passado R$ 2,4 bilhões, um aumento de 41% em relação a 2010. Destaca-se o fortalecimento da parceria com fornecedores e com a comunidade acadêmica brasileira, principalmente em projetos voltados às atividades no pré-sal. Com estímulo da Petrobras, 15 grandes fornecedores da indústria de óleo e gás construíram ou iniciaram a construção de centros de pesquisa no Brasil.

O relatório também apresenta os resultados financeiros da Petrobras e suas principais contribuições para a sociedade. Em 2011, a Companhia investiu R$ 640,9 milhões em cerca de 1.900 projetos sociais, culturais, ambientais e esportivos. O Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp) ultrapassou a marca de 80 mil pessoas qualificadas em 185 categorias profissionais, com investimentos de R$ 228 milhões da Petrobras. Além disso, a Companhia lançou, no ano passado, o Programa Progredir para viabilizar, de forma ágil e padronizada, a oferta de crédito bancário a custo reduzido para pequenos e médios fornecedores. Outro dado do relatório revela que, no Brasil em 2011, 95% das empresas fornecedoras do Sistema Petrobras eram brasileiras, com um total de aquisições de US$ 37,8 bilhões.

Todos os anos são realizadas pesquisas para conhecer a opinião de públicos da Petrobras quanto à relevância de temas relacionados à sustentabilidade e auxiliar na definição de quais devem ser abordados no relatório. “Para esta edição, ouvimos 190 representantes de diversos segmentos, como clientes, fornecedores, imprensa, investidores, organizações da sociedade civil, poder público e público interno. O resultado das consultas permitiu listar os dez temas considerados mais relevantes para esta publicação”, explica o coordenador do Relatório de Sustentabilidade da Petrobras, Adriano Lima.

Os temas selecionados foram: prevenção de acidentes e vazamentos; mudanças do clima e emissões; gestão de riscos; pesquisa e desenvolvimento tecnológico; diálogo e engajamento com comunidades; saúde e segurança dos trabalhadores; pré-sal; transparência na comunicação; mecanismos anticorrupção e diversificação de fontes energéticas.

3a. Feira Sustentável de Santa Catarina começa nesta sexta (29) em Joinville (SC)

A 3ª Feira Sustentável de Santa Catarina apresenta uma programação diversificada, com a comercialização de produtos de agricultura familiar, espaço para debates, atividades de capacitação e atividades culturais. A feira será realizada nos dias 29 e 30 de junho e 1º de julho no Expocentro Edmundo Doubrawa, com entrada gratuita.

A programação da feira inicia nesta sexta-feira (29), às 9 horas, com o Encontro do Fórum Catarinense de Economia Solidária, na sala 1 do Centro de Convenções Alfredo Salfer. A abertura oficial do evento ocorre às 15 horas no Expocentro, com a apresentação da E.M. Arinor Vogelsanger e o teatro Sustentabilidade e o Meio Ambiente, e a Banda do 62º Batalhão de Infantaria. Em seguida, as escolas municipais sobrem ao palco para apresentar os trabalhos do Programa Cantando e Dançando na Escola, das 17h às 18 horas. A música caipira fica por conta do Trio Viola na apresentação marcada às 20 horas.

No sábado (30/06) a programação cultural inicia às 10 horas, com as apresentações das escolas municipais participantes do Programa Cantando e Dançando na Escola. As apresentações dos alunos seguem até às 12 horas. Na sequência, a Cia de Circo Roiter Neves apresenta o espatáculo Viva o Circo.

A criançada não pode perder a Contação de Histórias com Kéti Sarom, às 13 horas. A dupla sertaneja Zé Pinheiro e Amaral sobem ao palco às 17h30. Para fechar a programação do dia, a comunidade vai conferir o show de Dante Ramon Ledesma, natural de Río Cuarto, na pronvíncia de Córdoba Argentina, cidadão brasileiro desde 1978, canta desde os cinco anos de idade. O cantor é conhecido pelas músicas Orelhano, Negro da Gaita, O Grito dos Livres, A vitória do trigo, entre outras canções.

No domingo (1º/07) a programação cultural da Feira Sustentável começa com o Palco Livre, um espaço aberto para artistas que queiram se apresentar. Os interessados devem procurar por Pardal, das 9h às 10h, na feira. O grupo E se o caboclo pudesse falar… apresenta a cultura cabocla e a história da guerra do Contestado às 11h30. A criançada esta convidada para a apresentação de Tatuí, o príncipe dos palmitos, com Humberto Soares às 12h30.

O encerramento das apresentações culturais fica por conta da dupla sertaneja Henrique e Michel. Os músicos, conhecidos do público jovem da cidade por se apresentarem em diversas casas noturnas, gravaram seu primeiro CD em 2011, projeto contemplado no Mecenato do Sistema Municipal de Desenvolvimento pela Cultura (Simdec).

A 3ª Feira Sustentável de Santa Catarina é uma realização do Ministério do Desenvolvimento Agrário e da Prefeitura de Joinville. A programação cultural da feira é uma organização da Fundação Cultural de Joinville (FCJ). Programação sujeita à alterações. Confira a programação completa da 3ª Feira Sustentável no site www.joinville.sc.gov.br.

Da FCJ

Madeireiros e grileiros: debate apela por ação integrada contra atividades

Representantes de órgãos federais e do estado do Amazonas admitiram na última terça-feira (19/6), em audiência na Câmara, que há dificuldade de enfrentar a ação de madeireiros, de pistoleiros e de grileiros no sul do Amazonas. Para o secretário-adjunto de Patrimônio da União, Jorge Arzabe, é preciso haver uma ação integrada de combate aos conflitos na região.

– Precisamos atuar conjuntamente para fazer uma ação realmente de peso na região, porque a situação lá é sabidamente de risco, não só para as pessoas (que lá vivem), mas também para os servidores federais. O fato de ser Estado não afasta o risco – disse.

O diretor de Criação e Manejo de Unidades de Conservação do Instituto Chico Mendes (ICMBio), Paulo Carneiro, afirmou que a exploração ilegal da madeira tem migrado de Rondônia para o sul do Amazonas. Ele disse que o órgão não tem condições de resolver sozinho os problemas ambientais da região e que, por isso, foi preciso fazer parcerias com a Polícia Federal e as polícias militares dos dois estados.

Segundo informações divulgadas na audiência, a Polícia Federal conta com apenas 70 agentes, enquanto o ICMBio dispõe de 73 fiscais ambientais para agir nas 35 unidades de conservação que ocupam 25 milhões de hectares da Amazônia.

Acompanhamento

A audiência de terça-feira foi promovida pelas comissões de Direitos Humanos e da Amazônia. A deputada Janete Capiberibe (PSB-AP), que sugeriu o debate, disse que as duas comissões vão pedir relatos mensais das ações dos governos federal e estaduais para a solução dos conflitos.

Ela também anunciou que vai enviar um requerimento de informação ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que foram convidados para a audiência pública, mas não enviaram representantes.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Domingos Dutra (PT-MA), sugeriu uma nova reunião, no dia três de julho, com os mesmos integrantes da audiência pública de terça-feira, para examinar as ações que estejam em curso. “Ações de estrutura integrada formam o melhor caminho para juntar o pouco que cada órgão tem hoje atuando na região”.

Violência

Desde 2007, seis pessoas foram mortas por denunciarem crimes ambientais e grilagem de terras, sobretudo no município de Lábrea, a 600 km de Manaus. Várias outras sofrem ameaças frequentes, como a líder camponesa da Associação Deus Proverá, Nilcilene de Lima, que teve de deixar sua terra e hoje vive sob a proteção da Força Nacional de Segurança.

– Eu já apanhei dos madeireiros, tive minha casa queimada, tive minhas plantações queimadas e hoje vejo meus companheiros sendo expulsos da terra por pistolagem. Eu vivo escondida. Eu é que sou uma foragida – disse Nilcilene, que participou da audiência de terça-feira.

– Quem manda no sul de Lábrea são os madeireiros e os grileiros. Quantos companheiros meus já perderam a vida defendendo o meio ambiente e, até hoje, ninguém fez nada. Eu sou uma mulher revoltada – declarou.

Ameaça permanente

A coordenadora da Comissão Pastoral da Terra no Amazonas, Marta Valéria Sponton, relatou o caso de outro líder comunitário, o pastor Antônio Vasconcelos, da Reserva Extrativista Ituxi, que também vive sob ameaça permanente. “Se a Força Nacional de Segurança sair de Lábrea, o pastor Antônio vai ser assassinado. Isso é claro porque, mesmo com a Força, o pastor continua sendo ameaçado de morte”.

Marta Valéria lembrou que muitos dos denunciados pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara que investigou a grilagem de terras públicas da Amazônia, em 2002, já voltaram a agir impunemente na região.

Necessidade de proteção

O representante da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas, Frederico Mendes, afirmou que o governo do estado não se omite diante dos crimes da região e tem encaminhado todos os inquéritos à Justiça. Ele disse, no entanto, que 18 prisões teriam sido revogadas.

Mendes lembrou que a maioria dos conflitos acontece em uma região de mata, de difícil acesso, a 350 km do centro urbano de Lábrea. Para aumentar a presença do poder público na região, ele sugeriu a instalação de postos integrados por agentes de vários órgãos federais e estaduais.

Já o coordenador-geral do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos (vinculado à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República), Igo Martini, comemorou o fato de nenhuma das lideranças incluídas no programa ter sido assassinada até o momento e anunciou a sua extensão a vários estados das regiões Norte e Nordeste. E pediu a aprovação do Projeto de Lei, do Executivo, que institui o Programa Nacional de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos.

Do Correio do Brasil

No ar a Rede Sustentável – Plataforma de Acompanhamento Socioambiental da economia brasileira

Está no ar a REDE SUSTENTÁVEL – Plataforma de Acompanhamento Socioambiental da Economia Brasileira. O portal acompanhará, por meio de pesquisas e investigações jornalísticas, a economia brasileira a partir das cadeias produtivas das empresas. O objetivo é verificar se os processos industriais usam matérias primas de origem predatória ou ilegal. Também será monitorado como as pessoas e o meio ambiente são afetados pelas empresas e por suas redes de negócios.

Além da produção de pesquisas, a REDE SUSTENTÁVEL vai divulgar boas práticas empresariais, com o intuito de difundir metodologias que permitam o monitoramento das cadeias produtivas e a realização de negócios pautados pela sustentabilidade. O lançamento oficial acontecerá nesta quinta 21, no Rio de Janeiro, junto com uma série de apresentações realizadas por organizações e empresas que integram o Fórum Amazônia Sustentável. Os eventos acontecem no âmbito da agenda da Rio+20.

Missão
Para termos certeza que uma empresa merece a confiança da sociedade, é preciso olhar para a sua cadeia produtiva, pois ela compreende todos os elos do negócio. A Rede Sustentável fará isso. Vai gerar conhecimento, metodologias e processos educativos que contribuirão para a construção de outra economia, menos predatória. O projeto é uma iniciativa do Observatório Social e da Papel Social Comunicação. Clique aqui para visitar o portal REDE SUSTENTÁVEL. Clique aqui para visitar a página da Rede no Facebook.

Por: Rede Sustentável

Rio+20: texto destaca urgência do uso sustentável da biodiversidade marinha

rascunho final da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, destaca a importância do uso sustentável da biodiversidade marinha, mesmo além das áreas de jurisdição nacional. Há o compromisso de se trabalhar, em caráter de urgência, nessa questão, e a intenção de se desenvolver um instrumento internacional para lidar com o assunto, sob a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.

Esse item é considerado um avanço, de acordo com os negociadores, pois os Estados Unidos insistiam na exclusão de quaisquer medidas de regulação referentes ao alto-mar. Há um temor dos norte-americanos em relação a eventuais ameaças à segurança interna, pois dispõem de submarinos localizados em regiões estratégicas em águas oceânicas.

O texto pede ainda que todos os países implementem, de forma completa, as obrigações previstas pela Convenção do Direito do Mar. O documento reconhece a importância dos oceanos e mares para o desenvolvimento sustentável, já que tem efeitos na erradicação da pobreza, desenvolvimento econômico e segurança alimentar.

Há também o compromisso de proteger e restaurar a “saúde” dos oceanos, preservar sua biodiversidade para as gerações atuais e futuras e reduzir a incidência da poluição nos oceanos e seu impacto na vida marinha. Segundo o documento, é importante fazer um uso sustentável da biodiversidade marinha, mesmo além das áreas de jurisdição nacional.

O texto também refaz o compromisso de eliminar a pesca ilegal e desregulada, já que ela retira de muitos países um recurso natural crucial, e reconhece a importância econômica e social dos recifes de coral e dos manguezais.

Apesar de ter sido finalizado na madrugada de hoje (19) pelo governo brasileiro, com base em negociações feitas nos últimos seis dias, o documento ainda está sendo analisado, neste momento, por todas as delegações em uma plenária no Riocentro, o que pode trazer mudanças ao conteúdo.

Da Ag. Brasil