Estado Islâmico reivindica atentados em Bruxelas

PalavraLivre-atentado-terrorista-bruxelas-estado-islamicoO grupo terrorista Estado Islâmico (proibido na Rússia) reivindicou os atentados que sacudiram nesta terça-feira a capital da Bélgica, Bruxelas, informa a agência italiana Askanews alegando fontes ligadas ao próprio EI. Duas explosões atingiram nesta terça-feira às 08h00 (horário local) o aeroporto internacional de Bruxelas.

As autoridades consideram que um dos engenhos explosivos foi acionado por um homem-bomba. A terceira explosão ocorreu em um trem de metrô na estação de Maelbeek.

Em resultado, morreram pelo menos 34 pessoas, mais de 150 ficaram feridas. O primeiro-ministro belga qualificou as explosões como atentados terroristas.

Testemunha
À agência russa de notícias Sputnik falou com Jana Toom, deputada da Estônia no Parlamento Europeu e testemunha do atentado que sacudiu o aeroporto de Bruxelas.

– Estou na pista de decolagem com milhares de passageiros como eu. Não sabemos nada, a ligação móvel funciona em uma só direção. Eu conheço as novidades através dos amigos. Isso foi no edifício do aeroporto, estava muito perto, talvez a uns 30-40 metros, depois disso um dos guardas de segurança nos deu um sinal ‘run! (corram)’ e todos fugimos na direção indicada pelo guarda. Fomos todos evacuados do edifício do aeroporto, todos estão na pista de decolagem. Durante a evacuação do edifício do aeroporto foi tirada a bagagem que ainda não foi verificada, como era o meu caso, por exemplo, porque não passei pela verificação de segurança. Aqueles cuja bagagem foi verificada, aqueles estão com as suas malas. A evacuação está em curso, há cada vez menos gente, mas eu francamente não sei por que razão. Eu evito a  multidão como pessoa que foi ensinada a fazê-lo.

Com informações do Correio do Brasil

Caso Charlie Hebdo: França mobiliza mais de 88 mil agentes de segurança contra terrorismo

Mais de 88 mil agentes das forças de segurança pública da França estão diretamente envolvidos nas ações de vigilância, prevenção e proteção dos cidadãos, instalações e do território francês. Parte desse efetivo tenta, desde ontem (7), capturar os dois suspeitos de terem atacado a redação do semanário satírico Charlie Hebdo e matado 12 pessoas, incluindo dois policiais.

Poucas horas após o ataque ao jornal, no centro de Paris, o governo francês elevou ao máximo o nível de alerta do plano interministerial contra o terrorismo, chamado de VigiPirata. Uma verdadeira operação de guerra foi acionada para tentar evitar possíveis novos ataques. Nove pessoas já foram presas.

Segundo o Ministério do Interior, há 88.150 agentes estrategicamente espalhados: 50 mil policiais militares, 32 mil gendarmes, 5 mil integrantes de forças móveis e 1.150 militares.

Durante reunião do gabinete de crise interministerial, hoje (8), em Paris, o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, agradeceu o empenho dos homens e mulheres mobilizados e lamentou que um deles, uma policial, tenha sido morta durante tiroteio no sul de Paris, em circunstâncias ainda não esclarecidas.

Hoje, em Brasília, funcionários e frequentadores da embaixada francesa fizeram minuto de silêncio em homenagem às vítimas do Charlie Hebdo. Ao fim da homenagem, o embaixador Denis Pietton se referiu à manchete do jornal francês Le Monde desta quinta-feira como uma síntese do momento que a França atravessa e dos desafios que os franceses enfrentarão.

“Livres, de pé e juntos. Temos a sorte de viver numa sociedade livre, e temos de defender essa liberdade, sabendo que isso sempre tem um preço”, discursou o embaixador, afirmando que há décadas a França é alvo de terroristas contrariados com o “compromisso inflexível” do país com a liberdade e a diversidade.

“Estamos e permaneceremos de pé, como povo e indivíduos. E devemos permanecer juntos, porque os valores da República francesa – Liberdade, Igualdade e Fraternidade -, que nos unem, são muito mais fortes do que as nossas divisões de qualquer natureza”, ressaltou.

Da EBC