Saneamento: nova ETE dos Espinheiros entra em funcionamento dia 20/11

Mais um passo no avanço do tratamento de esgoto de Joinville, e consequentemente na qualidade de vida de toda a cidade, será dado com a inauguração da ETE Espinheiros. A Estação de Tratamento, somada à implantação da rede de esgoto, tem investimento de cerca de R$ 10 milhões, e capacidade para atender mais de 10 mil pessoas. A cerimônia está marcada para o dia 20/11 (terça).

O tratamento de esgoto beneficia diretamente a população que vive às margens da Baía da Babitonga e Lagoa do Saguaçu. “A Estação vai atender todo o bairro Espinheiros, que hoje tem aproximadamente 8 mil moradores, com possibilidade de ampliação para atender uma população de mais de 13,5 mil”, diz Grasiela Breis, coordenadora das estações de tratamento de esgoto da Companhia Águas de Joinville. “A ETE Espinheiros vai ajudar a melhorar a paisagem da Lagoa do Saguaçu e também a vida da comunidade de pescadores do local”, aponta Luiz Alberto de Souza, presidente da Companhia.

A nova ETE, diferentemente das lagoas de estabilização utilizadas no atual sistema do Jarivatuba, terá sistema fechado. Além de monitoramento com acesso remoto, possui tecnologia para manter a concentração de matéria orgânica e vazão constantes, graças à presença de um equalizador. Esta estabilidade permite maior controle de todo o processo.

“O monitoramento remoto e o equalizador farão da ETE Espinheiros a estação mais automatizada de Joinville, e uma das mais modernas do estado”, revela a bióloga da Águas de Joinville Cláudia Rocha. A ETE Espinheiros também terá uma Estação de Tratamento de Lodo (ETL) própria, que permitirá que o excesso de lodo, resultante do tratamento, seja devidamente descartado em aterro.

Agentes socioambientais da Companhia, por meio de visitas e folders explicativos, já informaram os moradores do bairro sobre como ligar corretamente o esgoto doméstico à rede, e sobre os cuidados para não ligar a rede de drenagem ou de piscinas ao sistema. Agora os moradores começam a receber mais uma visita dos agentes, que estão avisando que as ligações à rede de esgoto já podem ser feitas.

Embora o prazo para a interligação à rede seja de 120 dias, contados a partir da data do aviso, a Companhia Águas de Joinville recomenda que as ligações sejam feitas o quanto antes. Segundo o engenheiro Michel Bitencourt, coordenador de fiscalização de obras da Companhia, a ETE não apresenta odor, desde que haja uma carga mínima para funcionar plenamente. “Quanto mais cedo os moradores se ligarem à rede, mais cedo essa carga mínima será atingida”, afirma.

Hoje, a Companhia Águas de Joinville investe mais de R$ 300 milhões em melhorias nos serviços de saneamento básico da cidade, tanto na implantação de rede de esgoto como em melhorias na distribuição de água.

Inauguração da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) ESPINHEIROS:

Quando: 20/11/2012 –  terça-feira

Horário: 10h

Onde: final da Rua Francisco R. Miranda – bairro Espinheiros / lateral da Rua. Pref. Baltazar Buschle

Investimento: Cerca de R$ 10 milhões.

População beneficiada: aproximadamente 8.000 pessoas.

Rede de esgoto: 32,3 km, com 12 estações elevatórias (locais onde se faz o bombeamento do esgoto)

Vazão: 21 litros por segundo

Rio+20: comunidade joga parte de seu esgoto não tratado em rio ao lado de onde será o evento

Localizada a menos de 5 quilômetros de onde será a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Cnuds), a Rio+20, a comunidade de Francisco de Assis, em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio, é uma das centenas de comunidades brasileiras que não têm sistema adequado de coleta e tratamento de esgoto.

Grande parte das casas da comunidade, que abriga cerca de mil pessoas, joga seu esgoto diretamente no Arroio Pavuna, rio que margeia a comunidade e desemboca na Lagoa de Jacarepaguá, em frente ao Riocentro, onde será a Rio+20.

A outra parte das moradias é atendida por um sistema de coleta. Ainda assim, pelo menos parte desses resíduos coletados acaba no rio, já que é jogado na rede de águas pluviais. A Agência Brasil constatou que há esgoto saindo da rede de drenagem da comunidade, mesmo em um dia sem chuvas.

Além da consequência mais evidente, que é a poluição de corpos hídricos [cursos d´água ou reservatórios] que cortam grande parte dos bairros de Jacarepaguá e da Barra da Tijuca, a falta de saneamento básico cria também problemas de saúde para a população.

Durante visita da Agência Brasil à comunidade, um grupo de cinco crianças brincava às margens do rio, que tem a aparência de um valão, de cor cinza, cheio de esgoto e lixo.

“Nessa favela, o esgoto vai todo para dentro desse rio. A gente tem medo de doença. Na minha casa, em abril do ano retrasado, a água veio na minha cintura. Um vizinho já pegou cólera e um outro teve hepatite”, conta a moradora Ginalva dos Santos, de 51 anos, que vive com dois filhos e cinco netos em uma casa ao lado do rio.

Maria do Carmo da Silva, de 65 anos, conta que joga o esgoto de sua casa direto no curso d’água.

“Tem muito mosquito. É uma coisa insuportável, a gente não consegue nem dormir direito. Acho que deveríamos ter saneamento. Seria o certo, né?”, questionou a moradora.

A líder comunitária Ana Maria Costa disse que a comunidade também tem problemas com infestações de ratos devido ao acúmulo de lixo nas margens do rio e que os moradores vêm “batalhando desde 2009 para conseguir fazer um saneamento básico direito”.

Responsável pelo saneamento na região, a Fundação Rio-Águas informou que a comunidade Francisco de Assis será atendida ainda neste semestre por um pacote de intervenções de manutenção de esgoto que está em licitação na prefeitura.

Entre as intervenções que serão feitas estão serviços de desobstrução e reparo na rede. Também será realizada vistoria para identificação de possíveis redes clandestinas de esgoto que estejam sendo jogadas no sistema de águas pluviais, que desemboca no rio.

Correio do Brasil

Saneamento: matéria em A Notícia ficou muito bacana

Matéria publicada hoje, segunda-feira, 26 de março pelo jornal A Notícia falando do andamento das obras de saneamento em Joinville (SC), maior cidade catarinense, ficou muito bacana. A ilustração então é mais que didática, e além de tudo presta um grande serviço à população que ainda não sabe como funciona, onde está acontecendo, o que ela tem de fazer para se adequar, enfim, detalhes fundamentais do tema, que ainda é tão distante do cotidiano do povão.

Parabéns aos colegas envolvidos com a matéria, vocês mostram que há qualidade superior sim em jornalismo na cidade. Quem quiser curtir, e ter acesso ao mapa e textos é só acessar o www.an.com.br.