Política: PSDB não quer prévias para candidatura à Presidência

Os tucanos, decididamente, não querem prévias para escolher o seu candidato à presidência. Se qualquer cidadão perguntar a uma liderança do PSDB se é a favor de prévias, a resposta será sim. A proposta, afinal, está no estatuto do partido. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o governador Geraldo Alckmin e o pré-candidato ao Planalto Aécio Neves defenderam publicamente a ideia. Mas os tucanos, decididamente, não querem prévias para escolher o seu candidato à presidência.

Somente José Serra quer, de fato, o tal processo. Se ele ficar no partido e bater o pé exigindo, elas poderão ocorrer. Mas os principais líderes tucanos vão tentar demovê-lo da ideia. Vão dizer a ele que o PSDB não pode sair dividido para a acirrada disputa com o PT. Entre os tucanos, há uma avaliação de que Serra dará um tiro no pé se realmente sair do partido.

Se for para o PPS, por exemplo, terá escassos minutos na televisão. Serra convenceu-se de que tem o perfil ideal para ser o nome da oposição, principalmente após as manifestações de rua de junho. Julga ter as qualidades exigidas por setores da classe média, como experiência política e administrativa e o conhecimento de economia. Aécio seria o novo, o desconhecido. Mas marqueteiros ligados ao PSDB, como Luiz Gonzales, o avisaram de que não teria chances de conseguir a vaga tucana dessa vez.

Mesmo com seu currículo e bons índices nas pesquisas, Serra tem uma grande rejeição. Assim, o espaço foi ocupado por Aécio. Alckmin evita declarações. Mas está com Aécio. Até o dia 7 de outubro, prazo determinado pela legislação para que candidatos definam a sua legenda, os tucanos aguardarão a definição do ex-governador.

Metrô: promotor oferecerá denúncia

O promotor Marcelo Milani, do Ministério Público de São Paulo, deve apresentar denúncia contra o Metrô paulista e empresas como a Alstom e Siemens no caso da discutida reforma de 98 vagões das linhas 1 e 3.

Mais caro reformar do que comprar

A reforma de cada trem, alguns com mais de 30 anos, teve um custo de 80% do valor de um novo, segundo o deputado licenciado Simão Pedro (PT). O total da reforma: R$ 1,7 bilhão. Especialistas concluiram ser antieconômico.

Secretário falará na Assembleia

O secretário dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir Fernandes, dará explicações na Assembleia paulista, no dia 24, sobre as denúncias de cartel na venda de trens. Será ouvido em duas comissões.

Sirkis defende sistema misto

O deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ) apresentará no grupo de trabalho da reforma política da Câmara, na quinta-feira, proposta para estabelecer um sistema eleitoral misto, proporcional e majoritário, com grandes distritos plurinominais (que não elege só um). O eleitor tem dois votos, um para escolher a legenda e outro para um candidato local. Cinquenta por cento dos deputados e vereadores são eleitos por sistema proporcional, com voto de legenda em lista preordenada.

Proposta é inspirada em sistema alemão

Na proposta, inspirada em experiência alemã, a lista de candidaturas terá 30% de participação feminina obrigatória. Há limite de gastos para doadores, fixados pela Justiça Eleitoral. Empresas só podem fazer contribuições para os partidos. Também há redução de gastos com propaganda. Outras sete propostas serão apresentadas em reunião.

Do Brasil Econômico

Escândalo Siemens em SP: Lobista tucano é suspeito

O empresário José Amro Pinto Ramos circula nos meios sociais paulistanos com desenvoltura. Coleciona arte e é sócio do Jockey Club paulistano, onde tem mesa cativa com vista privilegiada para o Padock e nome gravado em bronze. Suas digitais, porém, aparecem com frequência em um dos mais rumorosos escândalos financeiros dos últimos tempos, no qual estão envolvidos líderes da direita como o atual governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e seu antecessor José Serra.

Pinto Ramos ingressou na lista dos homens mais ricos do país ao intermediar grandes negócios nas mais altas esferas do poder, há mais de 40 anos. Participou da venda de caças Mirage para a FAB, nos anos 70, e foi consultado pela Aeronáutica agora, para a substituição das esquadrilhas pelo caça Rafale, também fabricado pela francesa Dassault. Pinto Ramos também deixou rastros no escândalo doSistema de Vigilância da Amazônia (Sivam) durante o primeiro mandato de FHC e está entre os citados no estrondoso caso dos investimentos fraudulentos do megainvestidor Bernard Madoff, nos EUA.

“Ele tanto apresentou o marqueteiro de Bill Clinton, James Carville, para Sérgio Motta e o PSDB, quanto aproximou José Dirceu e o PT da Casa Branca. Foi homem forte na gestão de Jânio Quadros na prefeitura de São Paulo e trafegou com desenvoltura nos governos de Orestes Quércia, Luiz Antônio Fleury e Mário Covas.

Auxiliou as maiores empreiteiras do Brasil em negócios no país e no exterior e fez do eixo Washington-Paris-São Paulo-Brasília, o seu cenário de “operações”, algumas tidas como nem sempre ortodoxas. Paulo Maluf, em histórico bate-boca com o falecido ministro Sérgio Motta, disse claramente que José Amaro Pinto Ramos mandava no tucanato. Serjão, apesar de toda sua conhecida irreverência, calou-se e não respondeu ao adversário”, cita uma matéria divulgada, nesta segunda-feira, no site de notícias 247.

Pinto Ramos, além da Polícia Federal brasileira, é alvo de uma investigação por parte da PF norte-americana (FBI, na sigla em inglês) “por negócios mal esclarecidos nos Estados Unidos”, segundo o site. “O lobista da Alstom e da Siemens (dentre outras dezenas de grandes corporações nacionais e internacionais) sai à luz com a revelação de que o Ministério Público Federal e a Polícia Federal o investigam por suposta participação central no escândalo do Metrô, com o comprovado desvio de mais de US$ 1 bilhão”, acrescenta.

“Uma das ‘operações’ de José Amaro Pinto Ramos, a que o 247 teve acesso com exclusividade, chamou a atenção do MPF e do DPF. Ela se deu em 30 de junho de 2010, quando o lobista transferiu a titularidade de uma empresa de sua propriedade, através da cessão e transferência de 1 milhão e duzentas mil quotas pelo valor de R$ 1,00 por quota, para outras três empresas, capitaneadas pelo ex-deputado federal paulista Antônio Henrique Cunha Bueno, notório ex-líder monarquista e amigo pessoal de FHC.

Pinto Ramos e a Epcint Assessoria Técnica Ltda., transferiram as quotas que possuíam para as empresas Marenostrum (1.248.502 quotas), à Ressac (83.363 quotas) e à EDEN (333.454 quotas). José Amaro Pinto Ramos e a sua empresa (Epcint) transferem o negócio e as três empresas, imediatamente, formam a Vitrus Consultoria de Mercados, uma sociedade anônima. A nova diretoria é constituída por Cunha Bueno, como presidente, e Pinto Ramos é nomeado diretor-administrativo”, diz a matéria.

“As autoridades trabalham com a possibilidade de que Pinto Ramos realizou uma operação bastante conhecida no mercado, tentando apagar os rastros de operações de lobby e pagamento de propinas realizadas por sua antiga empresa, a Epcint, formando uma nova, com a incorporação de outras empresas, que seriam dele ou de pessoas ligadas a ele. Esse pode ser, segundo uma fonte da Polícia Federal, um dos caminhos pelos quais passa a intrincada história do rombo de mais de US$ 1 bilhão do metrô paulista”, completa.

247 traz, ainda, “com exclusividade, trechos da ata de constituição da Vitrus, que chamou a atenção do Ministério Público e da Polícia Federal”:

Data: 30.06.10. Hora: 16h. Local: Sede Social.Presença: sócios representando a totalidade do capital social: José Amaro Pinto Ramos (Presidente) e Epcint Assessoria Técnica Ltda. (“EATec”); bem como os seguintes presentes: Marenostrum Participações Ltda.; Ressac Participações Ltda.; Epcint Desenvolvimento de Negócios Ltda. (“EDEN”); Sayoko Minemura; Helio Machado Bastos Filho; e Antônio Henrique Bittencourt Cunha Bueno (Secretário). Deliberações tomadas por unanimidade. 1. Cessão e transferência de quotas , no valor nominal de R$ 1,00 cada uma, conforme segue: (i) José Ramos transfere a totalidade de suas quotas da seguinte forma: (a) 1.248.502 quotas à sócia ingressante Marenostrum; (b) 83.363 quotas à sócia ingressante Ressac; e (c) 333.454 quotas à sócia ingressante EDEN; e (ii) EATec cede e transfere a totalidade das 1.949 quotas de que é titular à sócia ingressante Marenostrum; 2. Retirada dos sóciosEATec e José Ramos e o ingresso das sócias Marenostrum, EDEN e Ressac, como únicas sócias da Sociedade; 3. Transformação da Sociedade em sociedade por ações; 4. Alteração da Denominação Social , que passa a ser Vitrus Consultoria de Mercados S.A.; 5. Nova Composição do Capital Social , totalizado em R$ 1.667.268,00, que passa a ser representado por 1.667.268 (“Ações”), com valor nominal de R$1,00 cada uma, divididas em Ações Ordinárias Classe A e Ações Ordinárias Classe B, distribuídas nas seguintes proporções: (a) Marenostrum é titular de 1.250.451 Ações Classe B, (b) Ressac é titular de 83.363 Ações Classe B, e (c) EDEN é titular de 333.454 Ações Classe A; 6. Aprovação do Estatuto Social ; e 7. Eleição dos Diretores da Sociedade, todos com mandato de 3 (três) anos: (i) o Sr. Antônio Henrique Bittencourt Cunha Bueno, para o cargo de Dir. Presidente, (ii) o Sr. José Amaro Pinto Ramos, para o cargo de Dir. Administrativo; e (iii) a Sra. Sayoko Minemura, para o cargo de Diretora sem designação específica, que farão jus a honorários no limite global e anual de R$ 1.000,00 (mil reais). Aprovada e por todos assinada. SP, 30.06.10. Jucesp – Reg. 311.199/ 10-0, em 27/08/10. José Amaro Pinto Ramos, Presidente. Constituída sociedade Vitrus Consultoria de Mercados S.A., sob NIRE: 35.300.383.508.

Governos tucanos

Com isso, Pinto Ramos tornou-se um dos principais alvos principais das investigações que buscam desvendar as suspeitas de formação de cartel, corrupção, lavagem e pagamento de propina pelo consórcio encabeçado pela alemã Siemens e a francesa Alstom em 23 anos de negócios com o governo de São Paulo. Nos documentos investigados pela PF e o Ministério Público (federal e estadual), Pinto Ramos aparece como dono de seis empresas com atuação nacional e internacional. Mas o que mais chama a atenção em seu perfil, no entanto, é a longevidade e a capilaridade da rede de negócios amparada nas relações políticas.

Ele se aproximou do governo paulista já na redemocratização, atravessou as gestões de Franco Motoro, Orestes Quércia e Luiz Antônio Fleury intermediando negócios, mas firmou-se mesmo como personagem de bastidor e operador nos governos do PSDB. Numa das representações com pedido de investigação sobre suas atividades, encaminhada pela bancada do PT na Assembleia paulista já em 2008, Pinto Ramos é descrito como “amigo fraterno” do falecido ex-ministro Sérgio Motta, num relacionamento que teve início antes mesmo do PSDB chegar ao Palácio do Planalto e ao governo paulista, em 1994.

Durante a posse do ex-presidente americano Bill Clinton, em 1993, o lobista apresentou Motta ao marqueteiro James Carville, estrategista em eleições que mais tarde viria prestar assessoria à campanha vitoriosa de Fernando Henrique nesse mesmo ano. No mesmo dia da posse de Clinton, Pinto Ramos ofereceu um jantar a Fernando Henrique, na época chanceler do Brasil, em que participou também o empresário Jack Cizain, ex-diretor da Alstom. Três anos depois, Cizain participa da compra da Ligth como representante da Electricité de France (EDF), integrante do consórcio que ganhou a privatização. A estatal fluminense foi dirigida até o ano passado por José Luiz Alquéres, que foi presidente da Alstom, também apontado como suspeito no esquema.

Pinto Ramos especializou-se, ao longo dos anos, na prestação de serviços de energia e transporte sobre trilhos e, por conta dos negócios com estatais, respondeu denúncias de recebimento depropinas da Alstom. Em uma das ações, arquivada, chegou a ser acusado por formação de quadrilha e falsidade ideológica, ao lado do ex-presidente do Metrô na gestão do ex-governador Orestes Quércia, Antônio Sérgio Fernandes. Em 1995, segundo reportagem da revista U.S. News & World Report, Pinto Ramos foi investigado pelo FBI no caso de corrupção envolvendo o secretário de Comércio de Bill Clinton, Ron Brawn. A atuação do empresário se estende também a negócios brasileiros na Europa, Japão e União Soviética.

Na única entrevista em que aceitou tocar no assunto, ao diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo, em 2008, cujo teor foi anexado às investigações, José Amaro Pinto Ramos admite que trabalhou para a Alstom, mas nega que tenha recebido propina. Contou que uma de suas empresas foi contratada no início dos anos de 1990 pelo consórcio Mafersa/Villares, mais tarde arrendado pela Alstom, para estruturar “um complexo crédito externo” que garantiria a produção nacional de trens para a Linha 2 do Metrô de São Paulo. Procurado pelo iG , o empresário não foi encontrado.

O que o Ministério Púbico busca agora é o elo internacional entre o suposto esquema de propina paga a personalidades ligadas ao PSDB com as empresas de Pinto Ramos. Ele figura na Junta Comercial de São Paulo como sócio da Epcint Desenvolvimento de Negócios Ltda, Epcint Importação & Exportação Ltda, Epcint Assessoria Técnica Ltda, Lutécia Administração & Participações Ltda, Vitrus Consultoria de Mercados Ltda, e Ecopro Tratamentos e Recuperações Industriais Ltda. Todas foram abertas entre 1984 e 2007 e despacha num escritório do complexo empresarial da região da Berrini.

Uma dessas empresas, a Epcint Assessoria Técnica S/C Ltda foi multada pela Prefeitura de São Paulo por não recolhimento de tributos e responde processo cível na Justiça Federal. Em 2005, a empresa aceitou pagar à Prefeitura, em sessenta prestações, uma dívida de ISS de R$ 1.186.743.96. Ainda em 1996, em meio à campanha eleitoral pela Prefeitura de São Paulo, o então prefeito e hoje deputado Paulo Maluf, chamado de “ladrão” pelo ex-ministro das Comunicações de Fernando Henrique, devolveu a ofensa com uma fina e curta ironia: “Ele se chama Sérgio Pinto Ramos Motta”. Era uma insinuação de que a ligação entre os dois poderia estar relacionada às ligações do lobista com o governo tucano.

Dois anos depois, Maluf tentaria convencer o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a usar um dossiê como uma suposta prova da existência de uma conta bancária da cúpula tucana em Cayman – conhecido paraíso fiscal do Caribe – para tentar derrotar Fernando Henrique Cardoso.

Os documentos entregues a emissários de Maluf por um grupo de estelionatários internacionais, porém, eram falsos e a emenda saiu pior do que o soneto, com todos os denunciantes do chamado Dossiê Cayman, Maluf entre eles, foram processados e condenados por calúnia contra o presidente da República e as investigações sobre o suposto esquema de propinas acabaram prejudicadas. Lula só não usou os papéis para denunciar o esquema porque a origem, que incluía também Leopoldo Collor, o irmão do ex-presidente e hoje senador Fernando Collor, era duvidosa. Quem o livrou de uma complicação mais grave foi o ex-ministro Márcio Thomaz Bastos, à época, advogado do PT.

Quinze anos depois, as suspeitas ganharam força com a delação da Siemens ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), órgão vinculado ao Ministério da Justiça, ressuscitaram a Alstom e, por tabela, e as perigosas relações do empresário José Amaro Pinto Ramos. Embora o Dossiê Cayman tenha sido frustrado, as suspeitas de dinheiro sujo, circulando por paraísos fiscais, voltam a assombrar os dirigentes do PSDB.

Do Correio do Brasil

Caso propinoduto tucano acirra disputa eleitoral antecipada

As denúncias do caso Siemens acirraram o clima da disputa eleitoral para 2014. O debate foi antecipado. Nos bastidores, PT e PSDB já se preparam para uma batalha. “Agora, é guerra de guerrilha”, dizia um tucano no último final de semana, preparando-se para o contra-ataque aos petistas.

Militantes do PSDB reuniram informações sobre dirigentes do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) – o órgão federal que denunciou um suposto cartel na venda de trens ao Metrô paulista – a fim de municiar a imprensa e, principalmente, eleitores e simpatizantes em debates nas redes sociais. Também estavam de olho no encontro do PT em Bauru, no interior paulista, na última sexta-feira, prontos para denunciar eventuais deslizes e excessos dos adversários. E diziam já ter farta munição para responder ao PT.

Esse “arsenal”, de acordo com tucanos, será tornado público “no momento certo”. Tucanos diziam que, por estarem “no pé” do PT, o ex-presidente Lula teria tido a necessidade de vir a público para dizer que o encontro petista não fora organizado para lançar a candidatura ao governo do ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

“Mas as faixas estavam lá. E todo omundo sabia que era pra isso”, argumentava um assessor. No PSDB, há visões distintas sobre o estrago causado pelo caso Siemens. Para alguns, a antecipação do debate eleitoral até teria sido positiva, por avaliarem que o caso pode ser esquecido “dentro de dois ou três meses”. Outros entendem que o governador Alckmin reagiu bem ao formar uma comissão com a participação de entidades como a Transparência Brasil para apurar as denúncias, mas ainda assim “o
assunto não está encerrado”.

Tentativa de unificação
Petistas da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB) disseram que Lula teria se reunido três vezes com o deputado federal Paulo Teixeira – candidato às eleições internas do PT em novembro pelo grupo Mensagem ao Partido -, para tentar que ele abandonasse a disputa e desse apoio a Rui Falcão. Teixeira contestou essa versão:

“Não. Ele (Lula) mostrou preocupação com a disputa e o desejo de mudança no PT. Eu disse que a disputa seria de alto nível e se ele quisesse mudar o PT eu concordaria com uma chapa organizada por ele”. Falcão lança hoje sua candidatura, no Senado Federal, em Brasília.

Cartilha da reforma
O Pensamento Nacional das Bases Empresariais (PNBE) elaborou uma cartilha sobre a reforma política, na qual apresenta 15 propostas, entre elas a redução a dois senadores por estado, fidelidade partidária, voto distrital misto e aumento da transparência no financiamento de campanhas.

O exílio de Capiberibe
Será lançado na quinta-feira, no Sesc Pompéia, em São Paulo, o livro “Florestas do meu exílio” (Editora Terceiro Nome), do senador e ex-governador do Amapá João Capiberibe (PSB). O livro relata a jornada de mais de seis mil quilômetros – de Belém a Santiago do Chile – que a família Capiberibe fez na América do Sul na década de 1970.

A guerrilha e a fuga de hospital
João Capiberibe estudava economia na Universidade Federal do Pará quando entrou na Ação Libertadora Nacional (ALN), de Carlos Marighella, para ser o responsável pela guerrilha rural no norte do País. Foi preso com a mulher, Janete (hoje deputada), então grávida de oito meses. Ela foi libertada e Capiberibe, torturado. Fugiu depois de hospital em trajes de médico. Mais tarde, o casal foi para a Bolívia, Peru e Chile.

Do Brasil Econômico

Cartel dos Trens e Metrô em SP: Justiça Federal nega acesso do Governo aos documentos do Cade

A Justiça Federal no Distrito Federal negou pedido do governo de São Paulo para ter acesso a documentos do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) relativos à suspeita de cartel em licitações de metrô e trens no estado.

Em decisão provisória, assinada no início desta noite, o juiz federal Gabriel Queiroz Neto argumenta não ter se convencido sobre a urgência para liberar os documentos. O governo paulista alegava ter o direito de acessar o material porque tem o dever de apurar as mesmas denúncias em análise no Cade.

Na decisão, o juiz argumenta que o Cade ainda está investigando e depurando informações obtidas por decisão judicial. “O Cade não negou propriamente o acesso do estado aos documentos. Na verdade, o que o Cade está fazendo é analisando a documentação, para aí sim, poder verificar o que deve ser mantido em sigilo, ou não”, destaca.

O magistrado ainda aponta que é possível flexibilizar o conceito de sigilo quando o trânsito de informações se mantém dentro da esfera pública, mas que isso não pode ser decidido de forma provisória e individual por um juiz.

Queiroz Neto entende que a ausência de documentos do Cade não impede que o estado de São Paulo promova suas próprias investigações. “Quando muito, os documentos poderiam apenas facilitar sua atividade. Entretanto, ao menos para esta sede liminar, não vejo a alegada urgência”, conclui.

O processo continuará sob tramitação, com pedido de informações às partes envolvidas e abertura de vista ao Ministério Público Federal.

Na semana passada, o secretário-chefe da Casa Civil do Estado de São Paulo, Edson Aparecido, negou que o governo tenha conhecimento sobre o suposto cartelem licitações em obras do metrô e criticou a atuação do Cade no caso, que “tem se transformado em um instrumento de polícia política”. Em nota publicada em seu site, o conselho disse repudiar qualquer acusação de instrumentalização política das investigações para apuração do suposto cartel.

Do Correio do Brasil

Investigado esquema de propina no governo Alckmin

O Ministério Público Estadual investiga a existência de um esquema de corrupção dentro da Secretaria de Fazenda de São Paulo, que teria movimentado R$ 400 milhões.

A base para a investigação é a Operação Lava Rápido, da Polícia Federal, que apontou o recebimento de dinheiro por servidoras para sumirem com processos de empresas multadas por sonegação e outras irregularidades.

Em depoimento, as acusadas citaram uma suposta omissão de alguns juízes do TIT (Tribunal de Impostos e Taxas), que não tomavam providências ao serem alertados sobre o sumiço de documentos fiscais.

Outra descoberta da Lava Rápido foi a fundação de uma igreja por parte do grupo que pagava as propinas. A entidade religiosa não tinha templo nem fieis, mas movimentou R$ 400 milhões.

Do Sindicato do ABC, com Estadão e SpressoSP

Aécio Neves diz que apoiou Taques, mas abraça Renan e mantém poder no Senado

Terminada a votação para presidência do Senado, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) se viu em maus lençóis. Ficou evidente o jogo político ocorrido nos bastidores. A TV Senadopegou em flagrante o tucano dando um caloroso abraço no vencedor Renan Calheiros (PMDB-AL) e o resultado garantiu para o PSDB um lugar na mesa do Senado para o correligionário Flexa Ribeiro (PSDB-PA), contrariando a regra de deixar fora da mesa quem vota em desacordo com a proporcionalidade das bancadas.

O PMDB ameaçava não apoiar Flexa Ribeiro no posto se houvesse 22 ou 25 votos do lado que Taques. Com a baixa votação do anticandidato”, o senador tucano do Pará conseguiu ser escolhido com 58 votos, sem problemas, para o poderoso cargo. E não é um lugar qualquer. É a cobiçada primeira secretaria, apelidada de “prefeitura” da Casa, porque administra licitações e contratos. Com isso, os tucanos ficaram com a chave do “cofre do Senado”, como o cargo é conhecido. Um orçamento de R$ 3,5 bilhões por ano, maior do que a maioria das capitais brasileiras, inclusive cidades com mais de 2 milhões de habitantes.

O novo “guardião” da chave do cofre do Senado já foi preso pela Polícia Federal em novembro de 2004 na Operação Pororoca. Flexa Ribeiro e 27 empresários foram acusados de fraudes em licitações públicas no Amapá e no Pará. Uma das empresas beneficiadas pelo esquema era a Engeplan, da qual o tucano era sócio. Além de controlar grandes licitações de obras, serviços de segurança, transporte, alugueis de veículos, limpeza, fornecedores, etc, o cargo permite fazer contratos como aquele que proporcionava pagamentos mensais para o jornalista Ricardo Noblat (que cobre o noticiário do Senado) para fazer um programa semanal de jazz na Rádio
Senado.

Moral da história: no Jornal Nacional Aécio apresentou-se como se estivesse apoiando Taques. Nos bastidores entregou o jogo a Renan, naquele melhor estilo de jogo combinado entre compadres, para garantir o estratégico controle do cofre do Senado para os tucanos, coisa que prenuncia ser de grande valia no financiamento da campanha de 2014, entre outras vantagens.

Do Correio do Brasil

PSDB é partido associado a ricos e está em queda, aponta pesquisa do Ibope

Tucanos com muito trabalho pela frente...

Pesquisa do Ibope divulgada neste domingo confirma a tendência percebida nas urnas pelo PSDB, de se transformar em um partido associado aos mais ricos e em queda no total das preferências do eleitorado. Segundo a sondagem publicada no diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo, os tucanos são apontados como a sigla preferida de 23% dos entrevistados com renda familiar superior a dez salários mínimos.

Neste estrato, o PT foi de 23% em 1995 a 35% em 2001, caindo a 13% em outubro do ano passado, mês em que foi realizado o levantamento. No geral, porém, os petistas se mantêm bem à frente dos adversários, e os tucanos demonstram queda acentuada em todas as regiões. 24% dizem ter como sigla o Partido dos Trabalhadores, contra 6% do PMDB, em recuo desde a redemocratização, em 1985, e 5% do PSDB. Por região, o PT é indicado como partido preferido de 27% dos nordestinos, e tem 26% entre os moradores do Sudeste, 22% no Sul e 11% no Norte e no Centro-oeste.

Quando se leva em conta os dados econômicos, a pesquisa Ibope simplesmente confirma a tendência flagrada pelo cientista político André Singer, professor da Universidade de São Paulo (USP). Singer vem demonstrando que após a chegada ao Palácio do Planalto o PT passou a conquistar a simpatia entre os estratos mais baixos de renda, ao passo que o caso do “mensalão”, em 2005, significou um afastamento das classes mais altas.

No final do ano passado, 56% dos brasileiros diziam não nutrir preferência por nenhuma sigla. Na primeira pesquisa, feita 24 anos antes, 61% dos entrevistados indicavam predileção por algum partido. No geral, todos apresentaram queda. O PT caiu nove pontos desde 2010, segundo o Ibope, quando 33% afirmaram preferência pela legenda do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O PSDB, porém, foi o que apresentou a queda mais dramática nas preferências. De 1995 a 2012, foi de 14% para 7% no Sudeste, tradicional reduto de políticos tucanos alçados ao plano nacional, especialmente São Paulo e Minas Gerais. Ainda assim, estes estados parecem continuar concentrando a base mais importante para a sigla de Fernando Henrique Cardoso, já que os patamares de preferência baixam a 5% no Norte e no Centro-oeste, 4% no Nordeste e 3% no Sul.

Do Correio do Brasil

 

PSDB vai apoiar Kennedy Nunes em Joinville no segundo turno

O PSDB de Joinville vai apoiar o deputado estadual Kennedy Nunes (PSD) no segundo turno da eleição à Prefeitura de Joinville. Em entrevista nesta quarta-feira pela manhã, Marco Tebaldi (PSDB) anunciou que o partido seguirá o candidato pesedista.

A decisão, segundo o tucano, foi tomada depois de cinco reuniões, que incluíram os vereadores eleitos, a nominata de candidatos que concorrem à Câmara de Vereadores, a executiva do PSDB e com outros oito partidos que apoiaram Tebaldi no primeiro turno.

— Vamos apoiar a candidatura do Kennedy Nunes. Essa é a decisão do partido. Não precisamos personalizar esse apoio, mas o Kennedy é o meu candidato —, disse Tebaldi.

Ainda nesta manhã, o presidente em exercício do PSDB de Joinville, o vereador Lauro Kalfels, entregou o plano de governo tucano para Kennedy. A ideia é que ele aproveite alguma proposta, como o ensino em tempo integral.

Além disso, Cromácio da Rosa, integrante do diretório tucano, foi indicado para ajudar na campanha do deputado estadual.

Mesmo com a aliança confirmada, Tebaldi não deve participar da campanha de Kennedy. Antes de fechar com o candidato pesedista, Tebaldi chegou a conversar com o senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB), mas preferiu fechar com Kennedy porque ele teria o “eleitorado na periferia, onde está o do PSDB”.

Fonte: A Notícia