O prefeito de Joinville, Udo Döhler convocou uma entrevista coletiva nesta segunda-feira (8), na própria Prefeitura. O assunto foi os atendimentos realizados pelos médicos residentes no Hospital Municipal São José que, segundo ele não serão prejudicados na unidade.
Na semana passada, a Prefeitura de Joinville informou que foi suspensa temporariamente a matrícula de 38 residentes do primeiro ano (R1) da Residência Médica e Residência Odontológica do Hospital Municipal São José. A medida foi tomada para proporcionar uma redução de custos no valor de cerca de R$ 1,3 milhão no ano.
A estrutura de atendimento desse quadro será mantida com outros 18 residentes (R1), que têm seus vencimentos custeados diretamente pelo Ministério da Educação, conforme diz a Prefeitura.
Os residentes “R2” e “R3”, continuarão a atuar e a estudar na unidade hospitalar, assim como os médicos do corpo clínico que continuarão a atender os pacientes. A medida tem caráter emergencial e não é definitiva.
“O serviço de residência não será extinto. Não teremos prejuízos no atendimento porque temos um corpo clínico de médicos que continuará prestando os serviços à população, além dos demais residentes existentes”, ressaltou o prefeito Udo Döhler.
O prefeito explicou ainda que em 2012 o Hospital Municipal São José perdeu o credenciamento como hospital escola pelo Governo Federal. Por isso teve redução de repasses para manter parte da estrutura dos residentes.
Os servidores de Joinville decidiram ontem (25/11) entrar em estado de greve. A decisão foi tomada em maciça assembleia realizada na sede do sindicato.
Uma nova assembleia, com paralisação, será realizada na próxima terça-feira (1/12), às 14 horas, na Sociedade Ginástica. A categoria protesta contra os cortes de direitos que vêm sendo anunciados desde a semana passada pela Prefeitura.
Em 20 de novembro, o prefeito Udo Döhler comunicou que cancelaria o vale-alimentação dos servidores durante alguns períodos de licença e afastamento. Além disso, seriam suspensas a possibilidade de converter um terço de férias em abono pecuniário, a indenização de licença prêmio e a cesta natalina.
Esta semana, uma portaria da Secretaria de Gestão de Pessoas aprofundou os cortes, estendendo o não pagamento de vale-alimentação para todos os períodos de afastamento, o que inclui licenças por motivo de saúde e por gestação, por exemplo.
Na noite de terça-feira houve uma reunião entre a direção do Sinsej e a equipe de governo. Döhler manteve sua posição e informou que também não será pago o abono para servidores que trabalharem durante o recesso de fim de ano da categoria.
A maior parte desses direitos consta no Estatuto dos Servidores e em outras leis municipais. Porém, o prefeito tenta retirá-los com uma portaria da secretaria.
Na terça pela manhã, ocorrerá nova audiência entre sindicato e o governo. “Esperamos que o prefeito reveja e reverta estas medidas”, disse o presidente do sindicato, Ulrich Beathalter. “Não vamos aceitar que tirem nenhum direito nosso”.
O sindicalista explicou que, por meio de uma forte campanha publicitária, a Prefeitura tenta incutir na população a ideia de que estão sendo cortados benefícios de quem não trabalha.
No entanto, o que ocorre é a preservação dos privilégios dos servidores comissionados e a retirada de direitos da parte mais fragilizada da categoria, como os que estão afastados e doentes.
Ele convidou cada servidor a conversar com seus colegas de trabalho e participar da assembleia de terça. Nesta ocasião, serão avaliados os resultados da audiência com o governo.
Se não houver mudança na postura do Executivo, não está descartada a possibilidade de deflagração de greve geral da categoria.
A novela entre o Prefeito de Joinville, Udo Döhler e os servidores municipais vai render muito em 2015. Pelo menos é o que se vê nas manifestações de ambas as partes. Agora, o Sindicato dos Servidores (Sinsje) volta à carga com nova nota à imprensa elencando fatos que, segundo eles, comprovam a condição financeira do executivo para dar aumento real aos mais de 12 mil servidores. Leia abaixo:
“Recentemente o prefeito de Joinville, Udo Döhler, alegou, por meio da imprensa local, que não poderia dar reajuste aos servidores em 2015. Nem mesmo a inflação o líder do Executivo cogitou. Tal afirmação, em tempos de início de Campanha Salarial, precisa ser esclarecida.
Há margem Em 2013, a arrecadação do município foi de quase R$ 1,3 bilhão e os gastos com a folha de pagamento giraram em torno de R$ 601 milhões. Em 2014, entraram nos cofres do governo cerca de R$ 1,5 bilhão e o valor da folha ficou em R$ 688 milhões. Estes dados são do Tribunal de Contas de Santa Catarina e do Portal Transparência da Prefeitura.
Ou seja, houve uma elevação de 20,8% na arrecadação e de apenas 14% nos gastos com o salário dos trabalhadores da Prefeitura – não apenas com reajustes, mas também com a contratação de mais servidores.
A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece que 54% da receita do município pode ser gasta com funcionários do Executivo, sendo considerado prudente manter-se em 51,3%. A Prefeitura de Joinville encerrou 2014 com esse índice em 46%.
Recuperação salarial Desde 2010, o comprometimento do município vem variando bastante a cada ano, já tendo chegado a 54,90%, em 2011, e a 42,88%, em 2012. Neste período, os servidores conquistaram 7% de reajustes acima da inflação, o que iniciou a recuperação das perdas históricas da categoria.
No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer. Segundo dados do Dieese, de 1995 a 2010 os trabalhadores da Prefeitura de Joinville acumularam uma perda salarial de aproximadamente 44%.
Sem alardes O Sinsej entende que o aumento do número de servidores e de serviços públicos é natural e acompanha o crescimento da cidade. “Isso não representa motivo de alardes da Prefeitura na imprensa”, considera o diretor do sindicato Tarcísio Tomazoni Junior .
A categoria terá assembleia para discussão e elaboração de pauta da Campanha Salarial de 2015 no dia 31 de março. As reivindicações serão apresentadas ao prefeito ainda no início de abril. “O que de fato Udo Döhler precisa fazer é sentar e negociar com o sindicato, o que não acontece desde setembro de 2014”, ressaltou Tarcísio.
Realidade vem derrubando avaliação do governo Udo Döhler
Continuando a análise da entrevista do prefeito Udo Döhler ao jornalista Claudio Loetz em A Notícia do último final de semana (17 e 18 maio), (a primeira parte leia clicando aqui) vamos a mais alguns pontos destacados pelo Prefeito, e continuando de trás para frente:
Saúde: para o Prefeito, investir 35% da receita da Prefeitura na saúde é demais. Gostaria de ouvir uma novidade, do tipo, vamos fazer isso para resolver, aquilo para agilizar, etc. Cobrar a diferença do Estado? Isso é discurso velho, vem do seu eleitor maior o senador LHS, mas nem ele conseguiu. Joinville aguarda o choque de gestão na saúde que realmente reduza as filas nas cirurgias e especialidades, e não via Cooperfield, sumindo com listas já existentes.
Oposição e Travas: Para Udo Döhler, a oposição de dois, sim, dois vereadores trava o desenvolvimento da cidade. Seria infantilidade acreditar em tamanha baboseira. Um governo que não consegue por na rua licitações do estacionamento rotativo, dos radares, do aluguel de máquinas para atender o povão nos bairros, etc, etc, não pode colocar a culpa também em dois vereadores. E quando ele diz que só deve explicações à população, ele esquece que os vereadores são legítimos representantes do povão! Sim, eles merecem respeito, ser ouvidos, atendidos. Porque conversa para fotografias e mídia não resolve a vida nos bairros e na saúde, por exemplo.
Santos Dumont: uma miragem que o governador Colombo vende para Joinville via gastos exorbitantes com dinheiro publico em publicidade é ampliado pelo prefeito Udo. A obra não anda, e nem vai andar com falta de vontade política que sempre existe na Ilha em relação a Joinville. De compromissos assinados pelo Governo do Estado o inferno SC está cheio! As obras previstas para estarem prontas em 2010 são as mesmas que saem agora à conta gotas na cidade. Ou seja, parceria que atende a não sabemos quem, porque o povão nada vê de fato.
Máquinas da Prefeitura/Estômago: Udo reclama da complexidade das licitações das máquinas para as subprefeituras. Impugnação de concorrência é algo normal, do jogo no setor público. Aí ele deixa outra pista sem nomes, diz que tem de acabar com o clientelismo. Quem são os clientelistas Prefeito? A incompetência na realização das licitações já chegou a virar piada, pois nenhuma acontece! E o povão nos bairros, vai ficando até sem a patrolinha nossa de cada dia! Os loteamentos da zona sul que o digam, pois foram até para a TV nos programas de campanha e hoje já não são mais prioridades.
Licenciamentos: segundo o Prefeito, não faz sentido fiscalizar instalação elétrica, hidráulica, etc. Ou seja, a lógica é deixar tudo para o “privado”, resolver. Assim ele quer acabar com a Fundema, órgão que emite os licenciamentos na cidade, e com isso ganhar agilidade. Será? A legalidade é altamente necessária, e o que se precisa é dar condições de trabalho a fiscais e ao órgão fiscalizador, seja qual ele for. A lógica capitalista não pode se sobrepor à lógica do coletivo.
Desvios de conduta: essa declaração de Udo mexeu com os brios do funcionalismo público municipal, cerca de 12 mil servidores. Quer dizer que há tantos desvios de conduta, eufemismo para evitar a palavra corrupção ou algo parecido talvez, que é uma das tarefas que mais complicar a vida do Prefeito? A generalização é maléfica e põe sobre toda uma categoria uma suspeição que consideramos exagerada e injusta. Corrupção há na área pública e também privada. Aliás, só há corrupção na área pública por grandes interesses privados. E a pergunta que fica é se a centralização das licitações dá resultado, porque até agora nada saiu para valer e a cidade se afunda no marasmo?
Empresariado: como nunca foi total a adesão ao seu nome no meio empresarial, leia-se Acij, onde Udo já foi várias vezes presidente, agora a coisa piorou e o Prefeito admite na entrevista. Mas não diz como vai amenizar o mal estar com o governo lento e desarticulado. Enfim, a gestão e o gestor estão em Xeque também nos apoiadores.
Desenville: aqui um tiro no órgão colegiado criado por LHS no final da década de 1990 no qual inclusive Udo participava ativamente. Diz que não é prioritário, e que precisa ser refeito. O que pensará o senador que foi pedir votos nas ruas para ele? Suas obras vão sendo pouco a pouco desconstruídas? Precisa ser refeito, diz o Prefeito, mas mais uma vez não diz como. E já estamos caminhando para o final do segundo ano de mandato.
Estacionamento Rotativo: vai esperar diz Udo, porque só é fonte de receita para a Prefeitura. Depende de plano de mobilidade urbana, que depende da consultoria contratada, que depende da LOT, que depende do Conselho da Cidade, da Câmara de Vereadores, etc, etc. Enquanto isso vivemos um caos no centro da maior cidade catarinense, pois não há vagas nas ruas e sequer nos estacionamentos pagos! Os engarrafamentos em qualquer horário já estressam motoristas o dia inteiro, e nada se faz. A gestão de Udo Döhler não decola, não mostra a que veio, é om Boeing pesadão que ainda está tentando taxiar.
Finalizando a análise que faço da entrevista que era para ter sido estratégica, mas virou um tiro no pé, penso que ainda dá tempo do prefeito Udo acertar, mas não da forma como conduz a administração. Centralizador, autoritário, sem o traquejo político necessário para a conversa popular que fortalece o Prefeito, com um secretariado engessado e fraco em vários setores, cada vez mais se fechando e se isolando dos gritos da sociedade, o governo tende a piorar.
A tentativa de vender a imagem de que Udo não governa porque a Justiça não deixa, porque os vereadores oposicionistas não deixam, porque a corrupção dos servidores e a burocracia não deixam, porque o Badesc não deixa, porque os opositores ao seu projeto da LOT não deixam, porque o povo reclama muito das ruas esburacadas, os empresários reclamam, enfim, todos não deixam, fez água antes do barco partir.
A tarefa da gestão pública não é simples como um passe de mágica, ou uma canetada em uma mesa de empresa. Há que se ter habilidades, diálogo, articulação politica, e trabalhar muito. O que não quer dizer acordar de madrugada, mas sim ser eficiente no tempo em que estiver comando o time. Isso se chama gestão eficaz, e não infelizmente isso que vemos em Joinville hoje.
Oremos e cobremos, quem sabe algo muda urgentemente. Se não mudar, temos de mudar no voto, pois assim manda a democracia.
* Por Salvador Neto, jornalista e editor do Palavra Livre
O comandante do time jamais pode jogar a toalha. Um grande líder não pode jamais fraquejar diante dos obstáculos que surgem à sua frente, sob pena de irradiar desmotivação a todo o time que espera dele exatamente o contrário: motivação, coragem, criatividade, ousadia, e claro, otimismo. A entrevista do prefeito de Joinville (SC), o empresário Udo Döhler, ao jornalista Claudio Loetz no jornal A Notícia foi um desastre sob qualquer ponto de vista. Acertou as canelas dos servidores, de aliados, de apoiadores, e do povo que o esperava ansioso dos bairros para o centro, cuidando da cidade. Sob o ponto de vista da gestão então, jogou toda a imagem construída como gestor no latão do lixo. E se mostra isolado, o que em política é péssimo.
Como observador atento e crítico, comentarei aqui todas as pequenas falas de Udo na reportagem que antecedeu a deflagração da greve dos servidores municipais nesta segunda-feira. Reunidos em assembleia geral no final da tarde desta segunda-feira (19), os servidores anunciaram a paralisação. E começo de trás para frente. Vamos lá?
Pavimentação: diz ele que a pavimentação não é essencial. Na campanha não era esse o discurso, está no seu caderninho que faria 300 km. Fez mais ou menos seis. E agora diz claramente que pavimentação não é essencial, deixando o povão dos bairros a ver a poeira invadir os olhos com sol, e a lama sujar suas roupas junto com buracos e tudo o mais quando chove. E a culpa é de quem? Do Badesc. Badesc não é Colombo, Governo do Estado, parceirão? Hummm… Povão, esqueça o Udo 15 da campanha… esqueça o asfalto e aguarde 2016.
Hospital São José não dá conta: o Prefeito diz que não dá conta de atender a saúde gastando 35% do orçamento em saúde. Mas ele dizia na campanha que havia dinheiro, faltava era gestão. Então agora faltam os dois, porque o problema existe há décadas. E olha que ele comanda o Hospital Dona Helena há mais de 40 anos! Sabe bem o que é gerir saúde, ou pelo menos, gerir a saúde com dinheiro privado. Mas a gestão pública é outra coisa. E bem diferente.
Lei de Ordenamento Territorial (LOT): neste quesito então ele diz que esqueçamos uma cidade ordenada, organizada democraticamente, porque está tudo judicializado. Porque está judicializado? Porque o diálogo inexiste, e se existisse, quando se exaurissem todas as tentativas, haveria que se ter coragem de encarar a decisão de frente. Não dá é para empurrar a culpa a quem defende seus direitos e busca o debate na democracia. Goela abaixo é que os atores sociais não aceitam mais. Esse tempo passou.
Licitação do Transporte Coletivo/Corredor de Ônibus: só no governo Udo já são dois adiamentos da licitação, e desculpe, por pura falta de vontade político que já vinha desde o governo Carlito. Ou seja, nesta área mudamos para nada mudar até agora. Na entrevista Udo volta a prometer. Mas isso só é mais retórica. De fato é o que vemos, nada de a primeira licitação do transporte coletivo da maior cidade catarinense acontecer. E a cidade continua parada no tempo.
Auditoria Voluntária: essa é novidade no mercado profissionalizado da auditoria, a parceria com empresas locais (quais seriam?) para fazer voluntariamente (?) auditoria no Hospital São José. Isso é possível? Que tipo de auditoria seria, jurídica, contábil, qual? Duvido muito. E tem mais auditoria voluntária tem qual segurança e credibilidade? E a questão ética, não conta? Vamos parar de sonhar e fazer de fato o que é preciso. Do alto da experiência do Prefeito na gestão da saúde, essa foi de amargar. Onde anda o profissionalismo da gestão?
Serviço Público/Resistências: “é grande a reação por quem quer manter a lentidão e a burocracia”. Quem quer manter a lentidão e a burocracia, os servidores públicos? Quem são eles, porque como mandante maior da cidade o Prefeito tem o dever de nominar, dar nome aos lentos e burocratas que impedem a mudança. Quanto à informatização, essa está para lá de velha, e está muito atrasada. Inclusive no governo Udo.
Águas de Joinville não promove a transparência pública como manda a lei. Será preciso também um TAC?
Transparência Zero na Águas de Joinville! A Companhia Águas de Joinville não preza pela transparência dos seus atos, dos seus gastos, de nada! Não há como o cidadão comum saber, por exemplo, quanto ganham seus diretores, quanto recebem e como recebem os conselheiros, quanto está sendo gasto em publicidade, e onde..
O estímulo à transparência pública é um dos objetivos essenciais da moderna administração pública! A ampliação da divulgação das ações governamentais a milhões de brasileiros, além de contribuir para o fortalecimento da democracia, prestigia e desenvolve as noções de cidadania.
Quem diz isso é a CGU – Controladoria Geral da União, órgão que fiscaliza e acompanha tudo pelo nosso país. Porque o governo Udo, tão transparente como diz ser, não deixa os dados à mostra? O que dificulta tanto uma empresa altamente superavitária, com investimentos gigantes em saneamento em andamento não dispor de todos os dados, como manda a Lei?
Vamos lá governo Udo, menos miragens publicitárias e mais transparência, já! Quem sabe eles respondem algo, porque também na comunicação este governo do PMDB só entende a via de mão única, não gosta de dialogar.
Propaganda enganosa, para não dizer mentirosa, quem paga a conta? Quem devolve o dinheiro público gasto? Temos visto todos os dias nas emissoras de televisão, jornais impressos e digitais, campanhas publicitárias do Governo Colombo e Governo Udo!
Seria cômico, se não fosse trágico. Cômico porque anuncia coisas que não são realidades. Por exemplo: das 180 e poucas escolas estaduais do “norte”, dizem os colombistas, 80 e poucas estariam recuperadas! Mentira grossa, informação vaga, imprecisa.
No caso dos Udonistas, vendem a mensagem que a cidade está ficando melhor. Onde seria senhores? Que Joinville está melhor? Exemplos: ruas esburacadas, obras que não andam, ou nem existem, licitações de estacionamento rotativo que não saem, bairros abandonados, praças abandonadas, e por aí vai.
Porque é trágico? Por que gastam-se milhares de reais para produzir fantasia de algo que não existe de fato, e ninguém cobra isso, nem para que devolvam a grana pública que divulga as miragens que tentam incutir na cabeça dos cidadãos! Cadê a Câmara de Vereadores? Os deputados estaduais, federais, senadores? Onde está a oposição? O Ministério Público que não cobra providências? E a sociedade organizada?
Deveria haver uma lei que inibisse tais usos indevidos de dinheiro público em campanhas publicitárias como essas. E não é a primeira vez que se usa a comunicação de massa para ganhos eleitoreiros sem qualquer base real. A população tem de dar a resposta nas urnas, e diariamente cobrando isso dos governantes de plantão! É uma vergonha usar o nosso dinheiro para inventar miragens e informações sem qualquer base real!
Servidores sempre em estado de alerta no Governo Udo
O governo Udo Döhler (PMDB) em Joinville (SC), já em seu segundo ano, tem se revelado de uma pobreza na gestão pública que dá dó. A começar pela falta do estacionamento rotativo, superlotação do Hospital São José, e um secretariado tão fraco (ou tão sem autonomia) que já caiu boa parte. Licitação do transporte coletivo que se arrasta, prorrogada com base na pretensa abertura democrática de ouvir as pessoas, etc, etc, etc…
Esta reforma anunciada é outro factóide a criar uma cortina de fumaça, visando claro encobrir a palidez de um governo que se promoveu como revolucionário. Se há uma pasta neste governo que funciona, esta é a comunicação. Enchem de emails as caixas dos jornalistas e veículos de imprensa, com pretensas açoes de governo, tipo visita aqui e acolá, etc. Mas fazem o trabalho, coisa que pouco se vê nas demais pastas, todas ineficientes, paralisadas, sem atender a população a contento.
Infelizmente, para a cidade, é um quadro que tem muito pouco a mudar, pois o comando é conservador, autoritário, e com ideias antigas para uma cidade que se diz a maior e melhor. Uma cidade sem teatro decente, com as poucas praças e espaços públicos abandonados, tomados pelo mato, sem programa de pavimentação de ruas, com o retorno do drama de falta de água em pontos da cidade, entre outros problemas.
Essa fraca atividade já anima gente que estava deixando de lado o desejo de comandar a maior cidade catarinense, e colocando combustível em outros que já tem o sonho acalentado há muitos anos!
Nesta sexta-feira (2), o prefeito Udo Döhler, durante o Encontro Estadual com Prefeitos e Prefeitas, em Florianópolis, pediu agilidade para Ideli Salvatti, ministra da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, no repasse de uma verba de mais de R$ 4,3 milhões do Ministério da Saúde para a Prefeitura de Joinville. O valor será usado para estratégias da Saúde da Família e Agentes Comunitários. Além dos R$ 4,3 milhões, o prefeito cobra para Joinville o recebimento R$ 864 mil, mensalmente, para manter essas ações.
No ano passado, o Ministério da Saúde cortou esse repasse porque os agentes não estavam cumprindo a jornada de 8 horas diárias de trabalho. Na atual gestão, o prefeito Udo fez com que os agentes cumprissem a jornada de 8 horas, estabelecida pelo Ministério da Saúde. R$ 4,3 milhões correspondem ao pagamento retroativo dos meses de outubro, novembro e dezembro do ano passado e janeiro e fevereiro deste ano.
Udo entregou para a ministra Ideli um documento que mostra que todas as exigências do Ministério da Saúde foram cumpridas. O prefeito também pediu rapidez na ajuda de custeio do Ministério da Saúde para o PA Leste. Desde maio, a unidade está habilitada para ser transformada em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas. Com a implantação da UPA, a Secretaria da Saúde passará a receber mensalmente R$ 300 mil do Ministério da Saúde para custeios com os gastos da unidade.
Toda a documentação já foi entregue, falta apenas a assinatura da presidente Dilma Rousseff para o PA Leste ser transformado em UPA. Como o PA está habilitado desde maio, Udo solicita o pagamento retroativo de R$ 2,1 milhões.
Na manhã desta segunda-feira, o prefeito Udo Döhler recebeu na Prefeitura uma comitiva de moradores do loteamento Juquiá, localizado no bairro Ulysses Guimarães. Acompanhado do secretário de Habitação, Fábio Dalonso, e do presidente da Fundema (Fundação de Meio Ambiente), Aldo Borges, o prefeito ouviu as reivindicações dos moradores, que cobraram obras de infraestrutura e investimentos em educação.
Os presentes também estavam preocupados com as notificações que receberam da Fundema, que, cumprindo ordem do Ministério Público, solicitou que os moradores deixem a área de ocupação irregular, localizada numa região de mangue. “Ninguém será tirado de sua casa. Só serão desmanchadas as construções sem moradores”, garantiu o prefeito. “Sei que aqui não há arruaceiros, são pessoas de bem que sofrem. Estive no Juquiá, sei dos problemas que vocês enfrentam”, disse Udo.
Com as notificações, será possível controlar novas invasões. Quem não tiver sido cadastrado pela Prefeitura ou não tiver recebido a notificação não terá assegurado o direito à moradia. “Dessa forma, conseguimos congelar a invasão. Porque quem não tiver o registro comprovará que chegou depois”, explica Fábio Dalonso.
Os moradores reclamaram de um trecho de 150 metros, sem pavimentação, no final da rua Dilson Funaro. “Isto será resolvido em curtíssimo prazo”, afirmou o prefeito. Outras reivindicações na pauta dos moradores também estão nos planos da Prefeitura, como a construção de um Centro de Educação Infantil (CEI).
Udo sugeriu que fosse criada uma comissão para representar os moradores. Daqui a 14 dias, o prefeito irá visitar o Juquiá. “Essa comissão irá se reunir regularmente com a Prefeitura, e acompanhar como estamos trabalhando nas reivindicações dos moradores”, assinala o prefeito.