Na prisão do meu peito aprisionado,
Vive o amor em sufoco e desespero,
Um sentimento tão fortemente isolado,
Preso em grades de um passado austero.
Abandono é o que sinto em minha alma,
Como um poço escuro e sombrio,
Onde a tristeza e a solidão são calma,
E o vazio é meu único desafio.
Mas na prisão da minha existência,
Encontro a luz da amizade verdadeira,
Que desfaz toda minha resistência,
E traz de volta a esperança ligeira.
E é assim, entre prisão e liberdade,
Que busco a felicidade plena e se m fim,
Construindo pontes rumo à minha verdade,
Mesmo que às vezes tudo pareça tão ruim.
Pois a vida é um eterno jogo de dualidade,
E é na adversidade que aprendemos a crescer,
Amar, ser amado, superar a ansiedade,
E lutar para enfim a felicidade merecer.
- por Salvador Neto, Portugal, 24nov2023