A minha poesia no Blog – “Desabafo”

Sou por natureza uma pessoa otimista. Conheço de berço o que é preconceito, a não aceitação em família, a luta pelo carinho e amor em família, ou fora dela. Aprendi também desde pequeno, que há pessoas muito boas, que te acolhem sem você saber porque, e para quê naqueles dias. Crescendo a gente aprende os porquês, e sente na pele que a indiferença e a maldade estão muito mais nas pessoas do que parece. E há pessoas que jamais serão felizes, elas preferem a escuridão, o rancor, a raiva, o ódio, e fazer algo contra o outro dá mais prazer que amar, na concepção desses seres… humanos?

E aí você também aprende que é preciso sabedoria, tolerância, paciência, mesmo com traições e perdas sem explicação! E para sanar muito dessas dores, sim porque somos fortes à primeira vista, mas somos humanos, também choramos, sentimos e daí…. precisamos desabafar. Ontem por conta de algumas notícias, respostas, lembranças e saudades, escrevi esse poema em alguns minutos no Facebook. Sem nome, apenas palavras vindas do fundo da alma dolorida, cansada, que precisa jogar suas mazelas em algo, e então que seja no papel, ou na tela de computador, compartilhando sentimentos. Assim nasceu mais um poema, a que dei o nome agora de “Desabafo”, porque é isso mesmo, há que se desabafar às vezes, sem perder a ternura….

Espero que gostem, curtam, compartilhem, com vocês o desabafo…

Desabafo

Se saudade fosse veneno,
Há tempos que viria morrendo,
Pois aos poucos me dosam
Da torpe traição que me dão!

Eis que sigo em frente
Mas lá vem ela, a maldade
Sorrateira, voraz, inteira
Tentar acabar com minha vida, que besteira!

Não te cansas, não te esgotas?
De esconder-te por trás das portas?
Do uso do juízo, como faca
Apunhalando-me, como sempre, pelas costas?

Não, não vencerás não!
Porque tenho comigo a força e a razão
Vais embora saudade venenosa
Porque é vida que me espera, toda fogosa

É chão, é pó, é paixão
Combustíveis que movem meu coração
E não é a ingratidão, o fel, a língua maledicente
Que vão me ver por terra, demente!