Solidariedade – Campanha Todos por Joaquim continua a corrida por recursos para pagar cirurgia

O bebê Joaquim já está com aquele sorriso simpático novamente estampado no rostinho fofo que ficou tão conhecido pelas redes sociais. Na foto de abertura desta matéria, feita pelos pais ontem (4), ele está em frente a sua casa no colo do pai, Gean. A cirurgia foi um sucesso, realizada na quinta-feira passada (30/7) no Hospital Santo Antônio em Blumenau (SC). Após quase quatro horas de cirurgia em seu pequeno crânio, o valente Joaquim saiu-se muito bem e ficou por 24 horas em observação na UTI, com todos os cuidados, e com a presença da mãe, Luciane Buiarski.

Joaquim na UTI logo após a cirurgia no dia 30 de agosto passado

A cirurgia foi grande e delicada, tanto que Joaquim levou 40 pontos. Ele teve alta no domingo (2) e já está se recuperando muito bem em sua casa no bairro Fátima em Joinville (SC). Já retornou ao médico que o operou para avaliar a cicatrizacão – que vai muito bem – e para os papais saberem mais detalhes de como cuidar do pequeno neste pós-operatório. Estão proibidas visitas, só a mãe pode pegá-lo no colo, tem que manter a cabeça coberta quando sair ao sol, entre outros cuidados.

Joaquim e seu amiguinho urso descansando no pós-operatório em sua casa

Com o Joaquim está tudo bem. Os pais agradecem a Deus e aos amigos e amigas que apoiaram a busca de recursos, oraram por ele, deram a força necessária neste momento difícil. Agora as preocupações dos pais, Gean e Luciane, estão ainda voltadas a pagar a conta da cirurgia (hospital, anestesista, médico), já que ainda não alcançaram a meta dos R$ 13 mil reais necessários. Até o momento a vaquinha virtual chegou aos R$ 7,6 mil ainda insuficientes para quitar a conta total. Graças a empréstimos familiares, puderam pagar a conta, mas precisam devolver os recursos aos familiares, que juntaram-se para, cada um com pouco, reunirem o valor para garantir a cirurgia no dia 30 de agosto.

Na saída do hospital no domingo (2) acolhido no colo da mãe que não dormiu por longos dias…

O Palavra Livre encampou a campanha Todos por Joaquim (veja aqui, aqui , aqui também e ainda aqui. A solidariedade que se criou e ampliou ao longo dos dias foi muito legal. A arrecadação foi muito bem até o dia da cirurgia, mas talvez por conta de ela ter sido já realizada, as pessoas pararam o ritmo de doações, tanto na vaquinha virtual, quanto na conta pessoal da mãe Luciane. Por isso reiteramos aqui o pedido da retomada do nosso fôlego arrecadador para que os pais possam ter o dinheiro para devolver aos familiares que emprestaram, mas precisam do dinheiro de volta. Se todos continuarem a compartilhar em suas redes sociais, enviar para amigos via email, mandar para empresários que possam doar um pouco com suas empresas, podemos alcançar o valor dos R$ 13 mil até o dia 14 de agosto próximo.

Vamos continuar esta campanha solidária Todos por Joaquim com toda a força? Agradecemos o empenho de todos que já doaram, espalharam o pedido de apoio, torceram, rezaram, e pedimos mais um pouquinho de energia nesta reta final. A causa é nobre. Já conseguimos que a cirurgia do Joaquim fosse realizada, e seu desenvolvimento possa continuar normalmente. Agora precisamos ajudar seus pais a finalizar esta caminhada de forma tranquila. Afinal, eles precisam ficar tranquilos porque o pequeno bebê precisa de muitos cuidados e medicamentos ainda por longos meses.

Vamos lá? Gratidão!

Kickante – Vaquinha Virtual acesse aqui.

Instagram do Joaquim, acesse aqui.

Campanha Todos por Joaquim – Cirurgia realizada nesta quinta-feira (30) foi bem sucedida

Quem acompanha o Palavra Livre sabe que estamos apoiando a campanha Todos por Joaquim, que consiste em buscar recursos financeiros para bancar uma cirurgia no crânio do bebê Joaquim, cinco meses de idade, do bairro Fátima em Joinville (SC). Ele conseguiu realizar a cirurgia – a craniossinostose – na manhã desta quinta-feira (30) no Hospital Santo Antônio na cidade de Blumenau. Após quase quatro horas de espera, os pais puderam ver o pequeno gigante Joaquim sair bem, e agora está em recuperação na UTI pediátrica, e deve ter alta no próximo sábado (1/8).

A corrida da campanha Todos por Joaquim foi noticiada no Palavra Livre no dia 15 de junho (clique aqui), e reforçada em duas novas matérias em 21/7 (clique aqui) e 22 de julho (clique aqui). Os pais tentariam a cirurgia, delicada, via SUS, mas com o crescimento da contaminação e internações em leitos comuns e UTIs, por causa do coronavírus, inclusive com falta de sedativos e outros medicamentos, a cirurgia não aconteceria no tempo necessário, ou seja, até o pequeno bebê completar seis meses. Joaquim já estava com a sua “moleira” praticamente fechada, o que impossibilitaria o desenvolvimento normal do cérebro, e consequentemente podendo causar sequelas neurológicas sérias. O valor da cirurgia estava previsto em cerca de R$ 15 mil, sem contar o que será gasto depois, na recuperação.

Foto do sorridente Joaquim ilustra a campanha por sua cirurgia

A partir daí os pais Gean e Luciane passaram a correr atrás dos recursos financeiros, e para isso contaram com a ajuda de muita gente. Iniciaram com uma ação entre amigos com brindes doados por apoiadores, no valor de R$ 5 cada bilhete. Logo em seguida criaram uma vaquinha virtual na plataforma Kickante (acesse a campanha aqui), onde qualquer pessoa pode fazer uma doação de qualquer valor, anonimamente inclusive se quiser, mas lá há uma dedução da taxa de serviços da plataforma em torno de 10% do valor arrecadado. Por fim, colocaram também a conta corrente bancária da mamãe Luciane para quem desejasse ajudar com mais rapidez, sem taxas, e com o dinheiro já disponível, porque na vaquinha virtual, após o encerramento, há um tempo de até 10 dias para que o saque seja feito.

Os pais Gean e Luciane com o pequeno no colo. Luta por um filho vale qualquer batalha

Com grande engajamento nas redes sociais, a campanha Todos por Joaquim arrancou bem e já arrecadou pouco mais de R$ 7 mil até o dia de hoje na vaquinha virtual, mas é preciso que a meta seja alcançada para que os pais tenham a tranquilidade de poder quitar a conta com o hospital, equipe médica, anestesista, medicamentos e outras contas. Eles conseguiram um empréstimo para dar a entrada, e deram cheque caução da outra parte que precisa ser quitada até o dia 20 de agosto. Por isso o Palavra Livre continua no apoio ao Joaquim e seus pais!

Contamos com vocês que leem esta matéria agora para continuarem a compartilhar com amigos e amigas, via redes sociais, emails, telefonemas, pedindo doações na vaquinha virtual cujo link está logo acima na matéria, ou então diretamente na conta corrente da mãe, que segue em imagem abaixo. Fica aqui o agradecimento especial do Palavra Livre a todos e todas que se dispuseram a ajudar com doações de brindes, leilões de produtos, depósitos, compartilhamentos nas redes sociais, todos foram de grande valor e deram a possibilidade do pequeno Joaquim ter a sua cirurgia, e com isso, ter um futuro normal.

Não vamos parar, continue a colaborar, divulgar, doar! Todos por Joaquim, obrigado!

** fotos divulgadas pela família, e autorizadas devidamente.

Solidariedade – Garuva recebe mais de 5 toneladas de alimentos

O município de Garuva, localizado no nordeste de SC, foi fortemente atingido pelo ciclone bomba que atingiu o estado nos dias 30/06 e 01/07 e chegou a tirar pelo menos treze vidas devido a sua força, intensidade e destruição. Milhares de famílias ficaram desabrigadas, ao menos 240 municípios foram atingidos, cerca de 1,3 milhão de pessoas segundo informacões divulgadas pela Defesa Civil.

O Governo do Estado calcula que os prejuízos ultrapassaram R$ 682 milhões. Especificamente em Garuva, mais de 40 casas e comércios foram destruídos,70 postes foram derrubados e outros 100 foram danificados. Segundo a Epagri, somente na agricultura Garuva já amarga prejuízos na casa de R$ 18 milhões. Para amenizar um pouco todo este quadro é que os colaboradores do Sicredi da região norte de Santa Catarina entregaram neste sábado (11/7) mais de 5 toneladas de alimentos para a comunidade de Garuva.

A arrecadação, que equivale a mais de 500 cestas básicas e pode atender até duas mil pessoas. Além dos alimentos também foram doados produtos de higiene e limpeza, móveis e roupas. Todos os itens foram entregues no CREAS de Garuva e estarão disponíveis por meio da assistência social, com distribuição a cargo da Prefeitura. Silvio Czarnik, gestor do Sicredi em Garuva estava dentro da agência na hora do fenômeno meteorológico e diz que sentiu na pele a angústia de todos os moradores. “É diferente quando a gente olha um evento deste de dentro, como um dos prejudicados. Foi assustador”, resume.

O prefeito de Garuva agradeceu a ajuda. “Toda ajuda é bem vinda e essa ação dos colaboradores do Sicredi nos enobrece”. Ele conta que a cidade terá uma longa caminhada para retornar ao atendimento normal e estruturar as casas e equipamentos públicos.

Como receber as doações
As famílias que precisam de alimentos, roupas ou móveis precisam entrar em contato com o CREAS e participar de uma avaliação pela assistência social. A distribuição será coordenada pela Prefeitura. O CREAS de Garuva fica na rua Francisco Piske, 69. O Palavra Livre se solidariza com a população das cidades atingidas, e parabeniza a atitude dos colaboradores do Sicredi, que deveria ser seguida por todas as empresas para minimizar as dificuldades de quem perdeu tudo neste ciclone.

  • com informações da Ascom/Sicredi

Solidariedade na Pandemia – Comunidade Servidão dos Lageanos é exemplo, e você pode ajudar também

O Maciço do Morro da Cruz em Florianópolis (SC) é uma pequena cidade dentro da capital de Santa Catarina. Cerca de 60 mil pessoas – 12% da população da capital – residem no entorno do famoso Morro da Cruz em dezenas de comunidades, entre elas a comunidade da Serrinha, localizada nos fundos da UFSC, e também a comunidade Servidão dos Lageanos, uma área ocupada há mais de 40 anos por famílias que chegavam em busca de uma vida melhor. Lá, neste pedacinho da Ilha da Magia, a solidariedade faz a diferença na vida de muitas famílias desde o início, e mais ainda agora durante a pandemia do coronavírus.

Maria Lucelma de Lima, a Celma, mora há 35 anos na comunidade. Natural de Joaçaba, a líder comunitária viu o morro crescer, casas serem construídas, todos em busca de ter um lugar para morar com sua família, já que as condições financeiras não permitiam à época, e como não permitem ainda hoje. Celma ajudou a fazer muros, pavimentar as servidões, tem as mãos e o suor em cada pedaço daquela área, que tem ainda muitos problemas a resolver.

Comunidade construiu uma “casinha” da solidariedade onde ficam roupas, alimentação e livros

“Quando cheguei aqui tinham poucas casinhas. A primeira foi de madeira, e em 2000 consegui fazer de alvenaria. Aqui somos todos uma família”, ressalta ela. Celma é um retrato da maioria dos moradores do Maciço. Trabalhou desde os sete anos de idade como babá. Aos 16 conseguiu o primeiro emprego com carteira assinada. Foi doméstica e zeladora. Hoje está aposentada. “Só do trabalho, da luta não”, avisa. Ela participou da criação da Associação de Moradores da Serrinha em 1987, e hoje ajudou a criar uma nova organização comunitária só com os moradores da área da Servidão dos Lageanos, a Associação Força de Maria, cuja presidente é Terezinha Adão, natural de Lages e filha de um dos moradores mais antigos da comunidade, Horácio Adão.

A iniciativa visa garantir a posse do terreno onde existem 87 casas, mais ou menos 400 moradores. “Quando viemos morar aqui, ninguém sabia que a área era da universidade (UFSC). Passados quase 25 anos, vieram pedir reintegração de posse. Nos organizamos, conseguimos apoio da defensoria pública, e sensibilizamos a reitoria que veio depois, e em 2012 começamos a negociar”. Foram 1023 reuniões que ela fez questão de registrar, inclusive com áudios, todos os documentos guardados em sua casa até hoje.

Combate à fome Além destes problemas que estão na lista de Celma, com a chegada do coronavírus na comunidade, também a fome aumentou entre as famílias, com muitas pessoas perdendo o seu emprego, renda, ampliando as necessidades. A líder comunitária então buscou apoio para obter cestas básicas para as famílias, incluindo aí os produtos de higiene, máscaras, altamente necessários com a pandemia. Muito articulada, Celma acabou falando com muitas lideranças e conseguiu cerca de 30 cestas básicas para a comunidade. Ela fez questão de registrar em lista os recebimentos por parte das pessoas, com foto e até áudio de agradecimento aos doadores.

Doações em dinheiro e produtos ajudaram a comunidade a oferecer cestas básicas a quem necessita

Segundo a líder, a Prefeitura de Florianópolis esteve na comunidade da Serrinha cadastrando pessoas para o recebimento das cestas básicas, mas por ali na sua Servidão dos Lageanos, não havia passado, “talvez porque estamos em área que está em discussão, mas aqui as pessoas estão precisando muito”, alerta Celma. O Palavra Livre procurou a Prefeitura via assessoria de comunicação, mas até a publicação desta matéria, não houve qualquer retorno se algo foi feito, ou se haveria algo a ser feito pelo executivo municipal comandado pelo prefeito Gean Loureiro (DEM). Há outras iniciativas como o Somar Floripa, outros grupos voluntários que apoiam, mas da Prefeitura não se tem notícia, dizem os moradores.

Pedido de apoio A comunidade da Servidão dos Lageanos é bem organizada. Além da luta pela propriedade e melhorias na saúde, infraestrutura, educação e acesso, Celma conta que nas datas comemorativas eles organizam festas como no carnaval, e outros. Agora produziram uma “casinha”, para deixar livros e até mantimentos para quem desejar ler e aprender mais, e claro, comida para alimentar a família.

Você que pode ajudar outras famílias neste momento grave a pandemia trouxe, pode entrar em contato com Celma e ver como enviar cestas básicas, máscaras, álcool gel, produtos de higiene e limpeza, e até livros para a biblioteca da Servidão dos Lageanos. “As pessoas ficam muito felizes. Ninguém merece passar fome né”, finaliza a guerreira Maria Lucelma de Lima. Se para a classe média a principal mudança na pandemia a “rotina de trabalho” e a “sensação de ficar preso em casa”, grande parte das camadas mais pobres sofrem pela completa falta de renda. Você pode ajudar alguém, e isso vale muito!

A Rede Urbanismo Contra o Coronavírus em SC, uma iniciativa nacional formada por arquitetos, urbanistas, estudantes e outros profissionais tem apoiado a comunidade da Servidão dos Lageanos, como também outros voluntários que preferem não aparecer. O importante é o ato humanitário de ajuda a quem precisa.

Os contatos com Celma e a Associação Força de Maria podem ser feitos pelo número 48 – 984761853 que é também utilizado com WhatsApp. 

Covid-19 – Comitê de Solidariedade é criado por movimentos populares em Joinville (SC)

Diante da crise provocada pela pandemia da Covid-19, organizações populares, sindicatos, associações de moradores, coletivos sociais, políticos, culturais e de defesa dos direitos humanos se uniram e lançaram na semana passada o Comitê Popular Solidário de Joinville contra o Coronavírus.

Apesar de ter sido lançado apenas na quinta-feira, 14 de maio, o comitê e as entidades envolvidas já se organizam e articulam ações há um mês. Neste período, o comitê já articulou a arrecadação e a doação de uma tonelada de alimentos não perecíveis entre as entidades que integram o coletivo. Agora, com o lançamento oficial, o comitê pretende ampliar estas ações em Joinville.

No comitê, há organizações que realizam campanhas de solidariedade e outras com demandas de segmentos que não têm acesso aos auxílios do governo, como associações de moradores, conselhos comunitários e coletivos sociais.

Conforme o manifesto de lançamento do comitê, seu objetivo é “compartilhar informações sobre arrecadação de recursos que cada entidade está organizando por meio de suas campanhas de solidariedade, tais como cestas básicas, materiais de higiene e de limpeza e itens de proteção à saúde”. Ou seja, o Comitê Popular Solidário de Joinville contra o Coronavírus não substitui as campanhas já realizadas, mas serve como apoio das entidades, articulando as arrecadações e doações e ampliando a divulgação das ações.

As organizações que integram o comitê e seus representantes também auxiliam na questão logística das ações em Joinville. Na quinta-feira (14), por exemplo, foi feito o transporte de algumas doações para a comunidade indígena Piraí, em Araquari. As entidades também disponibilizam seus espaços físicos para receber e armazenar as doações.

Articular a luta por direitos
Ainda de acordo com o manifesto de lançamento, o comitê tem o objetivo de articular a luta por direitos, durante e depois da pandemia do Coronavírus. “Para além das iniciativas de solidariedade, o Comitê Popular Solidário de Joinville contra o Coronavírus pretende articular ações para pressionar o poder público sobre a promoção e garantia de direitos da população nas áreas sanitárias, de saúde pública, de proteção da classe trabalhadora, de segurança alimentar das comunidades e populações em situação de vulnerabilidade”, conclui o manifesto.

Adesão de novas organizações
Outras entidades podem participar do comitê, insrevendo-se num formulário disponibilzado pelo coletivo. O comitê publica suas ações no Facebook e no Instagram, além de ter uma conta no Medium.

Medium: medium.com/@comitesolidariojoinville/
Facebook: facebook.com/ComiteSolidarioJoinville/
Instagram: instagram.com/comitesolidariojoinville/
Formulário: https://forms.gle/5dyUhJJszMGQJaNP8

Bilhetes levam carinho a pacientes com Covid-19 em Lages (SC)

Uma ação de humanismo e sensibilidade chama a atenção na ala de internamento para os pacientes com o novo Coronavírus no Hospital Tereza Ramos de Lages. Bilhetes com mensagens de força e inspiração foram colocados para dar um pouco de alento às pessoas atingidas pelo vírus.

A iniciativa partiu da enfermeira responsável pela ala, Raiza Ciceri, que notou o quão difícil foi para os pacientes lidar com o isolamento imposto. No início, não eram permitidos nem objetos pessoais como telefones celulares. Além disso, o contato dos profissionais da saúde com os pacientes é o mínimo. “É muito difícil não poder tocar no paciente, não poder pegar na mão. Eles sentem isso”, conta a enfermeira do HTR, Thayse Alves.

“Já estão passando por um período complicado, sem família, sem contato, então surgiu daí a ideia da nossa enfermeira do setor o amenizar o sofrimento e humanizar o atendimento”, diz Thayse, que completa: “Tem sido muito legal. Eles se emocionam e nós também. É tão simples, mas é gratificante”, comenta a enfermeira.

Há quem diga que após o Coronavírus poderemos nos transformar em uma sociedade melhor. O que você pensa sobre isso? É possível?

Solidariedade: Vamos ajudar a Pietra e sua família na luta contra o câncer?

Pietra luta contra o câncer como gente grande, mas precisa de gente grande para ajudar ela e a família!
Pietra luta contra o câncer como gente grande, mas precisa de gente grande para ajudar ela e a família!

Pietra de Souza Dallamico tem apenas três anos de idade, mas luta como gente grande contra o câncer. Desde janeiro deste ano vem lutando contra a doença.

Seu primeiro diagnóstico foi câncer próximo de um dos rins, onde logo em seguida foi feita a retirada. Contudo, após 17 dias o câncer voltou.

Atualmente Pietra está internada na ala oncológica do Hospital infantil de Joinville submetendo-se a tratamento de quimioterapia.

O pai, Rodrigo Dallamico, é motorista de caminhão e nem sempre pode estar a trabalho para poder acompanhar a filha. A mãe, Sirlene Hoffmann não pode trabalhar pois fica com Pietra 24 horas por dia no hospital.

O casal tentou auxílio do INSS, mas foi negado. A família tem mais uma filha de um ano. Com todo esse quadro, as dificuldades para a sobrevivência são grandes.

As principais dificuldades da família: pagam aluguel no bairro Vila Nova em Joinville (SC) – R$ 710,00, precisam comprar fraldas para as duas meninas (EX e GG) leite, alimentos, roupas e o que as pessoas quiserem ajudar.

Para ajudar nesta batalha de Pietra, várias pessoas tem se colocado em auxilio, buscando doações, entre outras coisas. Jéssica Panqueves, bacharel em direito, conheceu o drama da família e, sensibilizada, decidiu promover uma rifa.

A intenção de Jéssica é auxiliar a família a pagar o aluguel por no mínimo 3 meses. Ela está vendendo bilhetes da rifa/ação entre amigos, no valor de apenas R$ 2,00 o bilhete. Os prêmios são dois kits do Boticário. O sorteio ocorrerá dia 31/10.

Segundo ela, quem quiser ajudar a vender pode conseguir os blocos com ela. E quem quiser comprar também. A família sabe do apoio e está apoiando o trabalho voluntário de Jéssica. Os contatos são os seguintes: Sirlene (47) 9989 4741 – mãe da Pietra e Jéssica Panqueves (47) 9922.8228.

Aos amigos da imprensa e mídia em geral solicito apoio na divulgação, matérias, para que consigamos arrecadar não só o dinheiro com a rifa, mas também leite, fraldas e outros materiais para a Pietra e família.

A ação de divulgação do Palavra Livre é voluntária, contamos com sua ajuda, doação e apoio!

Frei Betto recebe prêmio da Unesco por contribuição à paz

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) escolheu, na última sexta-feira (11), Frei Betto para receber o Prêmio José Marti 2013. A premiação reconhece sua “contribuição à construção de uma cultura de paz universal e a justiça social e os direitos humanos na América Latina e no Caribe”, de acordo com a organização.

A Unesco informou em comunicado que Frei Betto foi escolhido após recomendação de um júri internacional. Frei Betto (Belo Horizonte, 1944) foi eleito por seu trabalho como educador, escritor e teólogo, por sua oposição a todas as formas de discriminação, injustiça e exclusão e por sua promoção da cultura de paz e dos direitos humanos”, detalhou a organização.

Frei Betto é autor de mais de 50 livros traduzidos para vários idiomas. Ele ingressou na ordem dos dominicanos aos 20 anos de idade, quando estudava jornalismo. Durante a ditadura militar, foi preso duas vezes: a primeira em 1964, que o levou a deixar a universidade, e a segunda entre 1969 e 1973, por colaborar com a organização guerrilheira Ação Libertadora Nacional (ALN). Quando recuperou a liberdade, trabalhou durante cinco anos em uma favela da cidade de Vitoria (ES).

Durante a década de 1980, foi consultor sobre as relações Igreja-Estado de vários países. Na década seguinte, integrou o conselho da Fundação Sueca de Direitos Humanos. Adepto à Teologia da Libertação e militante de movimentos pastorais e sociais, foi assessor especial do ex-presidente Lula, entre 2003 e 2004, e coordenador de Mobilização Social do programa “Fome Zero”.

Premiação
A entrega do prêmio será no dia 30 de janeiro em Havana, Cuba, durante a realização da terceira Conferência Internacional pelo Equilíbrio do Mundo. A data marca o 160º aniversário do nascimento de José Martí.

A premiação foi criada em 1994 e reconhece “contribuições extraordinárias de organizações e de indivíduos à unidade e a integração da América Latina e do Caribe baseada no respeito das tradições culturais e nos valores humanistas”.

O último vencedor foi o analista político argentino Atilio Alberto Borón, por sua contribuição à unidade e integração dos países da América Latina e do Caribe e por sua contribuição ao estudo e a promoção do pensamento do apóstolo da independência de Cuba.

Do Brasil de Fato

 

Projeto Universidade Solidária promove arrecadação de alimentos

O Dia da Solidariedade, comemorado nesta terça-feira (14), dará o pontapé inicial das ações do projeto Universidade Solidária na Católica de Santa Catarina em Jaraguá do Sul e Joinville. Acadêmicos, funcionários e professores podem depositar doações de alimentos não-perecíveis em pontos de coleta na Biblioteca Padre Elemar Scheid e na Cantina da unidade de Jaraguá do Sul, e no corredor principal da unidade Centro em Joinville.

O projeto Universidade Solidária foi idealizado com a intenção de arrecadar junto à comunidade acadêmica alimentos não perecíveis e destiná-los a famílias em situação de vulnerabilidade social cadastradas nas Pastorais da Comunidade Santa Clara, no bairro Rau, e na Paróquia São Judas Tadeu, no bairro Água Verde, em Jaraguá do Sul. Em Joinville, as doações serão repassadas à ADIPROS – Associação Diocesana de Promoção Social, que se responsabilizará de organizar as doações às famílias cadastradas.

O programa foi dividido em duas frentes: a de arrecadação e distribuição dos donativos às pastorais parceiras, que é coordenada pela Pastoral da Instituição, e a de organização das cestas básicas, que será feita por acadêmicos sob a responsabilidade do Projeto Comunitário.

Segundo Marcos Oliari, responsável pela Pastoral da Católica SC, a Instituição também fará contribuições mensais ao Projeto. “A Católica também está fazendo a sua parte doando todos os meses cinco itens alimentícios para compor as cestas básicas. Queremos dar o exemplo e estimular a participação e contribuição da comunidade acadêmica”.

De acordo com a comissão organizadora do projeto Universidade Solidária, os itens de maior necessidade de doação são: leite em pó, café, azeite, açúcar, farinha de mandioca, trigo, macarrão, polenta, arroz e feijão. A intenção é atender com os donativos de 5 a 6 famílias dessas pastorais.

Toda segunda terça-feira de cada mês acontecerá o Dia da Solidariedade, como forma de intensificar as doações junto à comunidade acadêmica. “Por isso, enviaremos e-mails marketing aos alunos e funcionários para reforçar a ação. Mas as doações poderão ser feitas durante todo o mês, pois as caixas ficarão todos os dias expostas”, acrescenta Marcos. O Núcleo de Projetos Comunitários também será responsável por enviar acadêmicos às pastorais para auxiliar na organização das cestas básicas e roupas, e também realizar a entrega dos alimentos às famílias selecionadas pelas pastorais.

Mais informações pelos telefones (47) 3275-8330 e (47) 3275-8305, ou através do e-mail projetocomunitario@catolicasc.org.br

A quem possa interessar: Tenho luz própria e não tenho padrinhos

Nasci pelas mãos de uma parteira na rua João Pinheiro, bairro Floresta, no tempo em que nem rua era, apenas uma “picada” no meio de uma região ainda tomada por muita vegetação. Me criei por entre ruas de chão batido, saltando valas à céu aberto, jogando bola em campinhos com grandes amigos. Não éramos pobres, mas também não tínhamos posses. A primeira casa, de madeira, deu lugar a outra de alvenaria construída a duras penas por meu pai, Zeny Pereira da Costa, um homem lutador, trabalhador, que saiu do mato da rua Santa Catarina para ganhar o mundo em Joinville (SC), no “centro”, como diziam os mais velhos.

Estudou até a terceira série, mas sabia fazer mais contas que qualquer um hoje com calculadoras. De tão honesto, chegou a ser chefe de custos da antiga Cipla, nos tempos do senhor João Hansen Júnior. Respeitado, se aposentou por estresse, chegou a ter um bar onde o ajudei por seis anos, até que nos deixasse por conta de um câncer há 23 anos. Meu pai morreu cedo, mas deixou o maior legado para mim e meu irmão: honestidade. A ele devo parte da minha personalidade forte, que não aceita injustiças, nem acusações infundadas. Devo-lhe meu eterno respeito e gratidão!

Minha mãe, dona Isolde da Costa, me trouxe ao mundo e graças a Deus ainda vive entre nós, dando aulas como quando exerceu o ofício ao lecionar no Colégio Estadual João Colin no velho Itaum, berço de tantas histórias da velha Manchester Catarinense. Nascida em Ilhota, veio para Joinville ainda pequena. Ajudava minha vó, Mercedes e meu avô, Helmuth, a manter a casa. Estudou na escola São Vicente de Paula, hoje Santos Anjos, mas nos tempos de internato, com as freiras de chapelão branco. Formou-se professora e ensinou milhares de joinvilenses até se casar com meu pai no final dos anos 1960. Cuidou de quatro filhos do primeiro casamento de meu pai, deste que vos escreve e meu irmão Zeny Júnior, este com deficiência intelectual. Dela aprendi a ser bom, a ser solidário, a estudar sempre. Devo a ela a paciência que tive, e tenho até hoje com os percalços da vida.

Os leitores podem estar perguntando: afinal, do que o blogueiro quer falar? Já lhes digo. Brinquei muito, quis ser jogador de futebol – e era bom jogador! – mas não cheguei lá. Estudei no Colégio Cenecista José Elias Moreira, hoje Colégio Elias Moreira moderníssimo e para quem pode pagar caro. Naqueles tempos de Gonçalo Nascimento, Lauro Lorenzi, dona Elza, dona Tania e tantos ótimos professores, recebi muitos “honra ao mérito”, espécie de diploma para quem tirava notas acima de nove. Cheguei firme ao segundo grau, hoje ensino médio. Mas aí o começo da vida profissional trabalhando inicialmente no bar do Zeny fez as notas caírem um pouco, e a vontade de jogar e vencer jogos escolares (ganhei vários) fizeram as notas caírem um pouco, nada que impedisse minha formatura lá por 1985.

No bar de meu pai fiz minha primeira faculdade. Sim, porque o que se aprende atendendo várias pessoas de diversas idades, problemas, histórias, é fantástico! Trabalhei muito e muitos dias até domingos. Fiz sorvete e picolé, limpei muita calçada e balcão, abasteci muitos freezers. Vendi muito bolachão de mel, balas, bolinhos de carne, ovos na conserva, pastéis, refrigerantes. Depois fui aprender contabilidade ao ser auxiliar de escritório do senhor Norberto Rudnick, que tinha um escritório na rua Santa Catarina, também no bairro Floresta, zona sul da cidade. Ali fiz escrita fiscal, faturamento, datilografei – isso mesmo, não tinha computador não! – atendimento aos clientes, e saí para uma nova oportunidade na então Elmo Contabilidade do senhor Carlos Viertel. Ficava na esquina das ruas Princesa Isabel com dona Francisca, no centro.

Lá me descobri líder de equipes, cuidando do atendimento ao cliente e abrindo empresas junto à Junta Comercial do Estado. Revolucionei o setor que supervisionava, com salto de qualidade imenso. Era jovem e queria mais. Já tinha entrado em duas faculdades e terminado nenhuma. Pesado demais para pagar. Em companhia de mais três amigos, incentivado por um dos sócios da Elmo, abrimos então a Meta Organização Contábil. Comigo ficou a parte de marketing, relações pública, atendimento. Até que pela primeira vez abertamente senti o que é ser traído, o famoso puxão de tapete. Saí da sociedade buscando meus direitos na Justiça com o grande doutor Adauto Virmond Vieira, hoje aposentado.

Enquanto isso, enveredei por multinacionais Coca Cola, Pepsi Cola, Belco, onde conheci mais vezes os fantasmas dos traidores, do ciúme por não terem a mesma capacidade, ou o mesmo vigor que eu tinha para empreender novidades, ações. De todas eu superei e recomecei. Jamais desisti do que meu pai me dizia: seja honesto. Nessa época acabei entrando de vez na assessoria política pelas mãos do amigo Ademir Machado, então vereador pelo PMDB. Já havia apoiado o amigo na primeira eleição dele em 1992, depois em 1996, 1998. A partir daí meus contatos e trabalho com a comunicação, imprensa e marketing foram o carro chefe da minha carreira. Continuei a ser surpreendido com sacanagens de toda ordem. Mas passei por todas elas em passagens por Câmara de Vereadores (três passagens se não me engano), Conurb, Secretaria de Desenvolvimento da Prefeitura de Joinville, Câmara dos Deputados, Secretaria de Infraestrutura do Estado de Santa Catarina, e hoje dono do meu nariz como consultor e assessor independente.

Escrevo todas essas passagens para mostrar que tenho luz própria, que lutei, e luto por minha vida. Conquistei meu lugar no mercado de trabalho e na sociedade trabalhando duro, superando reveses, adversidades, separação conjugal, calotes financeiros, traições de companheiros, estudando muito, mostrando competência em todos os lugares por onde passei, em serviços que prestei para personalidades, empresas, governo, legislativo, executivo, entidades sindicais como o Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região. Jamais tive heranças de meus pais para que pudesse sobreviver vendendo os bens, vivendo de aluguel ou o que quer que seja. Jamais me vendi ao dinheiro, nunca tive padrinhos que me colocassem em cargos públicos permanentes, para que depois me aposentasse com gordos salários pagos pelo contribuinte. Jamais desisti. Não tenho bens materiais, trabalho duro desde os 15 anos e me orgulho de ser uma pessoa que tem como bens a honra, honestidade, competência, caráter, solidariedade, sensibilidade, amigos, muitos amigos, milhares deles. E poucos, muito poucos inimigos, e alguns adversários. Paguei o preço, alto preço, mas tenho minha liberdade e minha paz.

Além de nunca ter ganho um cargo público vitalício, e dele me utilizar para galgar posições e conquistar muito dinheiro exatamente por ser honesto e muito trabalhador, jamais pude viajar de férias todos os anos, quem dirá até quatro vezes ao ano como muitos, e até para o exterior na mesma proporção. Mas viajei sim, por esse Brasil afora com trabalhadores nas lutas por seus direitos em Brasília, Florianópolis, em ônibus por mais de 24 horas na ida e mais 25 horas na volta. Caminhei quilômetros ao lado de pessoas paupérrimas que lutam por um pedaço de terra para plantar, viver da terra. Comi quentinhas sentado com metalúrgicos, comerciários, operários da construção civil, mecânicos, de todos os setores. Mas também já estive com prefeitos, governadores, senadores, deputados estaduais, federais, empresários, sentando à mesa para negociar, almoçar, tratar de leis, da vida de milhares de pessoas com aqueles atos que se votam por ai afora. Muito me honra compreender todos esses momentos, saber conviver em todos os lugares, e com todas as pessoas. Ninguém é melhor que ninguém, somos todos seres humanos em busca da felicidade.

A quem possa interessar, repito: tenho luz própria, jamais tentei apagar a luz de outras pessoas para que a minha reinasse absoluta. Fiz exatamente ao contrário, e ainda faço e farei com que minha luz de trabalho, honra, capacidade, solidariedade, amizade e honestidade possa iluminar os caminhos de pessoas que precisam. De jovens que queiram entrar na carreira, no trabalho do jornalismo em todos os seus meandros e setores. Esse é o meu caminho. É minha decisão. Jamais tive padrinhos para me darem uma cadeira, um espaço em rádio, ou na tv. Não quis, nem precisei, porque conquistei meu  espaço com talento, competência e trabalho, muito trabalho! Faço minha vida  com alegria, fazendo milhares de amigos, e alguns poucos desafetos que não conseguem conviver com o sucesso dos outros. Sigo minha vida ao lado dos bons, porque só assim o mundo deixará de ser um lugar de brigas, violência, ódio, para ser um espaço de fraternidade, solidariedade, inclusão, amor, companheirismo.

E como já disse nas redes sociais, azar de quem fica à beira do caminho atirando pedras e vociferando porque enquanto os cães ladram, a caravana passa, e passará para um tempo melhor em que as pessoas aprendam de uma vez por todas que há espaço para todos. E que a cidade não é feudo de poucos, mas o lugar de viver para milhares, talvez milhões. Obrigado a todos e todas, esse é apenas um desabafo, porque a alegria de fazer o bem, e de fazer bem feito para o maior número de pessoas, é minha profissão de fé. Em memória do seu Zeny, da velha dona Isolde, e do meu amor por meus filhos Gabriel, Lucas, João Pedro, minha filhota Rayssa, e minha amada, minha luz, Gi Rabello. Que Deus nos ilumine hoje e sempre!