Floripa Sustentável e Fortur debatem o “Recomeço do Turismo Regional”

No dia 7 de julho, às 17h, o ex-ministro Vinícius Lummertz e o ex-superintendente de Turismo de Florianópolis, Vinícius De Luca, com mediação do professor Alexandre Biz, respondem aos desafios do setor: Por onde e como (re)começar? Quais são as perspectivas de curto, médio e longo prazo? Como integrar o turismo regional ao planejamento de cada estado?

Quando a pandemia passar, o setor de Turismo e Viagens – aquele que sofreu o primeiro e o maior impacto em todo o planeta – vai ter que estar preparado para as profundas mudanças que inevitavelmente vão ocorrer. “O primeiro passo, sem dúvida, se dará pelas viagens a curta distância, o que significa dizer que o recomeço será via turismo regional”, afirma a presidente do Floripa Sustentável, Zena Becker.

“Por isso, nossas entidades resolveram abrir o debate para que possamos desenhar os cenários prováveis do pós-crise, e o papel de cada setor do Turismo nesses novos cenários”, diz Marcelo Bohrer, coordenador do Fórum de Turismo da Grande Florianópolis (Fortur), que juntamente com o Floripa Sustentável promove no dia 6 de julho (segunda-feira), às 17h, o webinar O (Re)começo do Turismo Regional. Os palestrantes serão ex-ministro e atual secretário de Turismo de São Paulo, Vinícius Lummertz e o ex-superintendente de Turismo de Florianópolis, Vinícius De Luca, com a mediação do professor Alexandre Biz.

Vinícius Lummertz é secretário de Turismo do Estado de São Paulo, ex-ministro do Turismo (Governo Temer). Formado em Ciências Políticas pela Universidade Americana de Paris, pós-graduado na Kennedy School, da Harvard University, no IMD de Lousanne, Suiça e MBA Executivo na Amana Key, São Paulo. Autor e organizador de Brasil – Potência Mundial do Turismo (Ed. DoisPorQuatro, 2018).

Vinícius De Luca foi superintendente de Turismo de Florianópolis de 2017 a 2020. Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina – IFSC – desde 2006. Conselheiro do Estado de Turismo (gestão 2013-2015 e 2015-2017). Doutor em Geografia – Desenvolvimento Regional e Urbano, Mestre em Ciência da Informação e Bacharel em Turismo.

Alexandre Biz é professor do Departamento de Engenharia do Conhecimento da UFSC, mestre e graduado em Turismo e Hotelaria pela Univali, líder do grupo de pesquisa Turismo, Tecnologia, Informação, Comunicação e Conhecimento (Turitec), autor do e-book “E-tourism e branding aplicados aos negócios turísticos”.

Balneário Camboriú quer medir a intenção de viagem dos turistas ainda em 2020

A Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico de Balneário Camboriú (Sectur) lançou nessa terça-feira (12) uma pesquisa eletrônica com intuito de conhecer a intenção de viagem dos turistas, após a regularização de viagens por conta da pandemia. “Como o primeiro destino turístico do Estado a lançar, o foco é dar o suporte para a tomada de decisões da secretaria e do trade turístico da cidade.” conta o secretário de Turismo Valdir Walendowsky. 

A pesquisa pretende medir a intensidade das viagens assim que forem liberadas, bem como as novas rotinas adotadas pelos turistas quanto às medidas preventivas. Para a secretaria, todas as informações repassadas ajudarão na ação de retomada do turismo na cidade.

Os turistas irão responder perguntas como: quando desejam voltar a Balneário Camboriú; quais os critérios de segurança importantes para poderem retornar à cidade; período que ficará na cidade assim que vier; entre outros pontos importantes. A pesquisa já pode ser acessada por meio deste link.

Setor do Turismo em SC aposta em retomada somente em 2021, mostra pesquisa da Santur

Como uma das atividades econômicas mais importantes do estado, a retomada do turismo é esperada, por parte do empresariado catarinense, para o 2021. É o que aponta a pesquisa da Agência de Desenvolvimento do Turismo (Santur), realizada no mês de abril com mais de 800 empresas e entidades de classe. De acordo com os dados levantados, 24% dos entrevistados acreditam quanto a uma retomada mais intensa das atividades do Turismo ainda em 2020, embora na opinião da maioria (52%) a recuperação dos negócios deve ocorrer com mais força só no próximo ano.

A pesquisa, direcionada a empresários do setor em todas as regiões catarinenses, foi desenvolvida para mensurar os impactos da pandemia da Covid-19 no turismo, com informações colhidas entre 15 e 20 de abril de 2020. Para o presidente da Santur, Leandro Mané Ferrari, a relevância desse trabalho está justamente nos dados que irão auxiliar a Santur a nortear ações, de forma conjunta com o trade, para a retomada das atividades turísticas no estado.

– Teremos mais detalhes sobre os impactos causados pelo coronavírus no turismo. As respostas colhidas junto ao trade nos trazem informações para que possamos ser mais assertivos nas ações que estão sendo tomadas em conjunto com o Conselho Estadual de Turismo (CET) e com o trade das diferentes regiões de Santa Catarina – destacou Mane Ferrari.

Participantes e dados da pesquisa
Participaram do estudo, coordenado pela Diretoria de Estudos e Inovação/Santur com apoio da Rede Brasileira de Observatórios do Turismo, empresas de diferentes portes e segmentos. Por meio de um formulário eletrônico foram levantadas informações como tempo de atuação, volume de atendimento, preços praticados, número de funcionários e quais medidas as empresas vêm tomando para minimizar o impacto gerado pela pandemia.

Responderam o formulário 866 empresas com registro no Cadastur (Cadastro dos Prestadores de Serviços Turísticos) e entidades de classe de diferentes segmentos, como meios de hospedagem, agências de viagens, alimentação, transporte, eventos e empreendimentos de lazer. Metade são microempresas e 23% são microempreendedores individuais (MEI).

Pelo tempo de atuação no mercado, 44% dos participantes têm mais de 10 anos, 27% têm entre 4 e 10 anos e 29% têm menos de três anos de existência. Maduras, consolidadas ou recentes, a maioria sofreu algum impacto com as medidas de isolamento necessárias para diminuir a velocidade de contágio do coronavírus. 

Com a redução de atividades em virtude da pandemia, 35% declararam ter capital de giro suficiente para se sustentar por até dois meses, 31% pelo prazo de um mês e 21%, até quatro meses. Apenas 1% dos participantes avaliaram que a pandemia não impactou o negócio.

Entre outras questões analisadas, o estudo também buscou saber quais as principais medidas foram ou poderão ser adotadas pelos empresários para mitigar prejuízos decorrentes da Covid-19. Nesse quesito, foram destacadas a renegociação de despesas fixas, o financiamento e/ou empréstimo bancário, o adiamento de investimentos e de novos projetos e a remarcação e/ou adiamento de serviços.