A jornalista e esctriora Svetlana Aleksievitch, da Bielorrússia, recebeu hoje (8) o Nobel de Literatura 2015 pela “escrita polifônica, um monumento ao sofrimento e à coragem no nosso tempo”, anunciou a Academia Sueca.
A secretária permanente da Academia Sueca, Sara Danius, descreveu a jornalista bielorrussa como uma “escritora extraordinária” que traçou uma “história da alma” do período pós-soviético.
Em declaração divulgada pela Academia, Sara Danius conta que Svetlana, “esteve ocupada nos últimos 30 ou 40 anos mapeando o indivíduo [do período] pós-soviético”. “Não se trata de uma história sobre acontecimentos, mas sobre emoções”, afirmou Sara, ressaltando que os temas abordados pela vencedora do prêmico, como o desastre nuclear de Chernobyl, são “pretextos para conhecer o indivíduo soviético e pós-soviético”.
A autora, de 67 anos, é a 14ª mulher a receber o prêmio, sete delas nos últimos 25 anos. A mais recente foi a escritora canadense Alice Munro, em 2013, precedida da alemã de origem romena Herta Müller, em 2009; da britânica Doris Lessing, em 2007; da austríaca Elfriede Jelinek, em 2004; da norte-americana Toni Morrison, em 1993; e da sul-africana Nadine Gordimer, em 1991.
Antes delas também foram premiadas a poetisa alemã Nelly Sachs, em 1966; a chilena Gabriela Mistral, em 1945; a romancista norte-americana Pearl S. Buck, em 1938; a escritora norueguesa Sigid Undset, em 1928; e a italiana Grazia Deledda, em 1926. A sueca Selma Lagerlöf, autora de A maravilhosa viagem de Nils Holgersson, foi a primeira mulher a receber o Nobel da Literatura, em 1909.
No ano passado, o Prêmio Nobel de Literatura foi atribuído ao escritor francês Patrick Modiano. O valor do prêmio que a bielerrússa vai receber é $8 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 3,7 milhões).