Meio Ambiente: Poluição afeta quase 90% das principais cidades da China

O ar que se respira em quase 90% das principais cidades chinesas continua aquém dos padrões de qualidade, apesar da “melhoria” registrada em 2014, segundo avaliação divulgada hoje (2) pelo Ministério chinês da Proteção Ambiental.

Das 74 cidades avaliadas, apenas oito satisfizeram os padrões nacionais de qualidade do ar, principalmente quanto à densidade das pequenas partículas, as mais suscetíveis de se infiltrarem nos pulmões e de atacarem o sistema respiratório. Em 2013, só três cidades (Haikou, Lhasa e Zhoushan) cumpriram os padrões, diz o ministério.

Pequim, considerada uma das capitais mais poluídas do mundo, “não está entre as dez piores nem entre as dez melhores”, informa o jornal China Daily, sem precisar o lugar ocupado pela cidade. Mas sete das dez cidades chinesas com pior qualidade do ar em 2014 estão em volta da capital. Hoje, o índice municipal de qualidade do ar em Pequim estava no nível “moderadamente poluído”.

A poluição tornou-se nos últimos anos uma das principais fontes de descontentamento popular na China, além da corrupção e das crescentes desigualdades sociais. Em março de 2013, o novo primeiro-ministro, Li Keqiang, prometeu que o governo ia “declarar guerra à poluição”.

Seis empresas de Taizhou, na província de Jiangsu, no Leste da China, foram condenadas em dezembro passado a pagar 160 milhões de yuans (cerca de 23 milhões de euros) por terem descarregado 25 mil toneladas de detritos químicos em dois rios, na maior multa desse tipo ordenada por um tribunal chinês.

Das dez cidades com melhor qualidade do ar em 2014, quatro (Shenzhen Zhuhai, Huizhou e Zhongshan) ficam na província de Guangdong. Entre as dez piores, a lista é liderada por Baoding, cidade da província de Hebei situada a cerca de 200 quilômetros ao sul de Pequim e que é a sede de uma das mais conhecidas fábricas chinesas de painéis solares.

Em 2014, o número de dias “altamente poluídos” na capital chinesa diminuiu para 45, treze a menos do que em 2013. Houve 93 dias com qualidade do ar “excelente”, 22 a mais do que no ano anterior.

Da Agência Lusa

LER/DORT: Cerest Joinville destaca o dia da prevenção à essas doenças

Nesta quinta-feira, 28 de fevereiro, comemora-se o Dia Internacional de Conscientização sobre as Lesões por Esforço Repetitivo (LER) e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT), conhecido como LER/DORT. As lesões ou distúrbios ocupacionais ocorrem pelo uso repetido e forçado de grupos musculares e da manutenção de postura inadequada, acometendo trabalhadores de diversos setores.

O Centro de Referência em Saúde do Trabalhador – Cerest, órgão da Secretaria Municipal da Saúde, é responsável pela investigação dos casos de LER/DORT que abrangem os trabalhadores do município. A fisioterapeuta do Cerest, Rúbia Kruger Pereira, destaca que casos de doenças de tendinites, tenossinovites, bursites e epicondilites, são alguns dos exemplos de LER/DORT. “O serviço ininterrupto com jornadas excessivas expõe os trabalhadores a esse tipos de lesões ou distúrbios, cada vez mais frequentes”, explica.

Rúbia informa que se o trabalhador suspeitar de alguma doença que possa estar relacionada ao trabalho, deve procurar, primeiramente, o médico para fazer o tratamento adequado. “Caso o médico verifique que se trata de LER/DORT, ele deve encaminhar o trabalhador ao Cerest, que vai fazer o nexo causal, isto é, investigar se a lesão tem relação com o trabalho”, detalha.

A fisioterapeuta ainda completa que o Cerest realiza uma série de ações de educação em prevenção para evitar que outros trabalhadores ou que o próprio trabalhador seja afetado pela doença em função das atividades do trabalho. Relação de alguns diagnósticos de LERT/DORT conforme Ministério da Saúde:

Síndrome do desfiladeiro torácico

· Tenossinovite dos Flexores dos dedos e dos flexores do Carpo
· Síndrome do Supinador
· Tendinite Distal do Bíceps
· Síndrome do Pronador Redondo
· Tenossinovite do Braquiorradial
· Síndrome do Interósseo Anterior
· Cisto Sinovial
· Síndrome do Túnel Do Carpo
· Distrofia Simpático-Reflexa ou Síndrome Complexa De Dor Regional Do Tipo I
· Lesão do Nervo Mediano na Base da Mão
· Causalgia ou Síndrome Complexa de Dor Regional do Tipo II
· Síndrome do Canal Ulnar
· Síndrome Miofascial
· Síndrome do Canal de Guyon
· Tendinite do Biciptal
· Síndrome do Interósseo Posterior
· Bursite
· Doença ee Dequervain
· Contratura de Dupuytren
· Dedo em Gatilho

Da Prefeitura de Joinville

Caminhada contra a Dengue nesta sexta-feira (23/11) em Joinville (SC)

O Programa de Controle à Dengue da Secretaria Municipal da Saúde organiza, nesta sexta-feira (23/11), uma Caminhada contra a Dengue no bairro Aventureiro. A saída será às 8 horas, em frente à Igreja Católica Cristo Libertador, na rua Jacupiranga, seguindo até a rua Lauro Schroeder. A passeata é aberta a toda comunidade.

Agentes comunitários de saúde e alunos da Escola Municipal Senador Carlos Gomes de Oliveira já confirmaram a participação. Além de comemorar o Dia Nacional de Combate à Dengue, a ação tem por objetivo transmitir uma mensagem de alerta para que a população se previna e tome os cuidados necessários contra o mosquito.

O Aventureiro foi o escolhido para a caminhada pois é o bairro com maior incidência de focos do Aedes Aegypti em 2012. Até a primeira quinzena de novembro foram notificados 97 casos de foco de dengue em Joinville, 15 deles no Aventureiro.

“A caminhada contra a dengue acontece num momento importante para alertar a população, pois é nesta época do ano em que há aumento do calor e, consequentemente, mais chuva, que há mais incidência de focos do mosquito da dengue. Por isso, é importante cuidar para que vasos, pneus e outros objetos não acumulem água parada, facilitando, assim, o desenvolvimento de novos focos do Aedes Aegypti”, alerta a coordenadora do Programa de Controle à Dengue, Bárbara Nied.

Número de focos por bairro

Aventureiro: 15

Itinga: 14

Santa Catarina: 13

Floresta: 12

Distrito Industrial: 10

Itaum: 6

Glória: 5

São Marcos: 5

Pirabeiraba: 4

Bucarein: 2

Anita Garibaldi: 2

Boehmerwald: 2

Rio Bonito: 2

Bom Retiro: 1

Costa e Silva: 1

Jardim Sofia: 1

Nova Brasília: 1

Boa Vista: 1

Câncer: famílias acometidas pela doença podem ser incluídas no Bolsa Família

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou a semana projeto que inclui as famílias de pessoas acometidas por câncer entre os beneficiários do programa Bolsa Família. A proposta recebeu decisão terminativa, e por isso segue à Câmara. O projeto de lei do Senado (PLS 196/2012) altera a lei que instituiu o programa Bolsa Família (lei 10.836/2004).

A proposta prevê benefício de um salário mínimo à família que tenha membro com câncer (neoplasia maligna). A proposta limita em dois os benefícios por família. Ao justificar o texto, Cícero Lucena (PSDB-PB), autor da proposta, ressaltou que a doença afeta toda a família e não apenas a pessoa enferma. Em razão do envelhecimento da população, das mudanças de hábitos de vida e de acesso aos serviços de saúde, entre outros fatores, ressaltou o relator, senador Casildo Maldaner (PMDB-SC), o padrão da incidência de câncer mudou.

A doença, que há décadas acometia especialmente a população de países desenvolvidos, surge cada vez mais entre os habitantes dos países emergentes. A Organização Mundial da Saúde (OMS), disse o senador, prevê que em 2030 haja um aumento em 75% na incidência de câncer em todo o mundo.

Do Jornal Absoluto

Alzheimer: Ministério da Saúde ampliará em 30% acesso a remédio para doença

Já começou a distribuição aos estados de 26 milhões de doses da Rivastigmina produzida por meio parceria entre laboratório público e privado.O Ministério da Saúde centralizou a compra do medicamento Rivastigmina, indicado para Alzheimer, e conseguiu economizar R$ 15 milhões no processo. Começou no sábado (30) a distribuição nacional de 26 milhões de doses. O ministério comprou este quantitativo por R$ 66 milhões, 18% menos do que gastaria antes da PDP – R$ 80,6 milhões.

A iniciativa vai permitir um aumento de 30% na cobertura nacional de pacientes com a doença este ano: a previsão é atender 39.278 pessoas. A medida foi possível uma vez que o remédio passou a ser produzido por meio de Parceria para Desenvolvimento Produtivo (PDP) entre o laboratório público Instituto Vital Brazil (IVB) e os laboratórios privados Laborvida e Nortec. Antes da PDP, a Rivastigmina, ofertada no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2002, era comprada pelas secretarias estaduais com recursos financeiros repassados pelo ministério.

“A medida faz parte da nossa política de fortalecimento do parque produtivo nacional da saúde, que gera melhor gestão dos recursos públicos e maior acesso da população”, afirma o secretário de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha. “A política de saúde no Brasil está quebrando paradigmas ao associar o desenvolvimento social e econômico à inovação. Os investimentos articulados com o Instituto Vital Brazil evidenciam esta perspectiva inovadora das políticas públicas no contexto nacional e internacional”, completa.

Em 2011, o Ministério da Saúde investiu R$ 10 milhões no IVB, a partir do Programa de Investimento no Complexo Industrial da Saúde (PROCIS), com contrapartida no valor de R$ 50 milhões do governo fluminense, onde o laboratório está localizado. O início da produção da Rivastigmina pelo IVB proporcionará um aumento no faturamento do laboratório de 7 vezes o valor atual –  de R$ 10 milhões em 2011 para R$ 70 milhões em 2012.

Além da Rivastigmina, o SUS fornece outros dois medicamentos para o tratamento de pacientes com Alzheimer: Donepezila e Galantamina, em cinco diferentes apresentações. Em 2009, o ministério também centralizou a compra do princípio ativo Donepezila, e conseguiu baixar em 70% o custo do medicamento.

Transferência de tecnologia – Nos acordos de transferência de tecnologia, firmados pelo Ministério da Saúde, a produção se dá por meio de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP). O relacionamento do ministério é com os laboratórios públicos, dos quais compra os medicamentos.

Na parceria entre laboratório público e laboratório privado, compete ao público fabricar o medicamento, enquanto o privado produz o princípio ativo e transfere a tecnologia. Como contrapartida, o governo garante exclusividade na compra do medicamento por cinco anos.

Atualmente, estão em vigor 34 PDPs para a produção de 33 produtos, sendo 28 medicamentos e três vacinas. As parcerias envolvem 37 laboratórios, 12 públicos e 22 privados, nacionais e estrangeiros. Agora, sete medicamentos já estão sendo produzidos: além da Rivastigmina, o antirretroviral Tenofovir, os antipsicóticos Clozapina, a Quetiapina e a Olanzapina, o relaxante muscular Toxina Botulínica e o imunossupressor Tacrolimo.

Do Portal da Saúde

Vacinação contra a poliomielite começa neste sábado (16) em todo o país

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou a realização de mais uma campanha nacional de vacinação contra a poliomielite.  A campanha inicia neste sábado (16), se estendendo até o dia 06 de julho, e será realizada em parceria com estados e municípios. A meta é imunizar, contra a paralisia infantil, 95% do total de 14.1 milhões de crianças menores de cinco anos de idade, o que representa 13,5 milhões.

Neste sábado, o ministro participa, em Minas Gerais, do Dia D de mobilização nacional. Todas as crianças menores de 4 anos, 11 meses e 29 dias devem tomar as duas gotinhas, mesmo que já tenha sido vacinadas.

Confira a apresentação da campanha.

Durante a apresentação da campanha, o ministro Alexandre Padilha, reforçou a importância do Dia D . “Além de todos os impactos positivos e um grande poder de mobilização, a campanha da pólio contribui para a atualização do calendário de vacinação”, assegurou Padilha, destacando que os pais têm um papel decisivo neste processo. O ministro lembrou que o Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, é um dos maiores programas gratuitos do mundo. Segundo ele, o PNI vem contribuindo para diminuir a mortalidade na infância no Brasil.

Em todo o país, 115 mil postos estarão funcionarão, das 9h às 17h. Além das unidades permanentes, shopping centers, rodoviárias, escolas, entre outros locais, vão receber postos móveis. Cerca de 350 mil pessoas estarão envolvidas na campanha, com a utilização de 42 mil veículos, entre terrestres, marítimos e fluviais.

Serão distribuídas 23 milhões de doses da vacina oral. O Ministério da Saúde está investindo R$ 37,2 milhões em repasses do Fundo Nacional de Saúde para os estados e municípios. Além deste valor, o Ministério da Saúde também destinou R$ 16,7 milhões para a aquisição das vacinas. Neste ano, a campanha acontecerá em etapa única.

O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, explicou que a campanha deste primeiro semestre é com a vacina oral, as chamadas gotinhas. Ele destacou que, em agosto, será realizada, em todo o país. a campanha de multivacinação com a introdução da pentavalente e reforço das outras vacinas no calendário básico.

A partir de agosto deste ano, as crianças que estão começando o esquema vacinal, ou seja, nunca foram imunizadas contra a paralisia infantil, irão tomar a primeira dose aos dois meses e a segunda aos quatro meses, com a vacina poliomielite inativada, de forma injetável. Já a terceira dose (aos seis meses), a quarta dose (aos 15 meses) e os reforços continuam com a vacina oral, ou seja, as duas gotinhas.

Esquema sequencial da vacinação para crianças que iniciam o calendário

Idade Vacina
2 meses Vacina Inativada poliomielite – VIP
4 meses VIP
6 meses Vacina oral poliomielite (atenuada) – VOP
15 meses VOP

VACINA– A vacina contra a pólio é segura. Ela se destina a todas as crianças menores de cinco anos, mesmo as que estejam com tosse, gripe, coriza, rinite ou diarreia.

No caso de crianças que sofrem de doenças graves, recomenda-se que os pais consultem profissionais nos postos e centros de saúde, para serem avaliadas se devem ou não tomar a vacina. Crianças com febre acima de 38º Celsius, ou com alguma infecção também devem ser avaliadas por um médico.

PREVENÇÃO – Não existe tratamento para a pólio e, somente a prevenção por meio da vacina, garante a imunidade à doença. O Brasil está livre da poliomielite há mais de 20 anos. O último caso no país foi registrado em 1989, na Paraíba.

Em 1994, o Brasil recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) o certificado de eliminação da doença. E é apenas por meio da vacinação que se pode garantir que o vírus não volte a circular em território nacional.

Apesar de não haver registro de casos de pólio há 23 anos no Brasil, é importante manter campanhas de vacinação anuais porque o poliovírus, causador da enfermidade, pode ser reintroduzido no país. Isso porque, o vírus ainda circula no mundo. Entre 2007 e 2012, 35 países registraram casos de poliomielite, sendo que três ainda são considerados endêmicos: Afeganistão, Nigéria e Paquistão.

A DOENÇA – A poliomielite é uma doença infecto-contagiosa viral aguda que atinge, principalmente, crianças de até 5 anos. É transmitida pelo poliovírus, que entra pela boca. Ele é carregado pelas fezes e gotículas expelidas durante a fala, tosse ou espirro da pessoa contaminada. Falta de higiene e de saneamento na moradia, além da concentração de muitas crianças em um mesmo local, favorecem a transmissão.

O período de incubação (tempo que demora entre o contágio e o desenvolvimento da doença) é, geralmente, de 7 a 12 dias, podendo variar de 2 a 30 dias. A transmissão também pode ocorrer durante o período de incubação.

O poliovírus se desenvolve na garganta ou nos intestinos e, a partir daí, espalha-se pela corrente sanguínea, ataca o sistema nervoso e paralisa os músculos das pernas. Em outros casos, pode até matar, quando o vírus paralisa músculos respiratórios ou de deglutição.

Do Portal da Saúde

Fumantes: recursos para tratamento crescem 470%

Em 2011, o Ministério da Saúde investiu R$ 33 milhões na aquisição de medicamentos para tratar 340 mil usuários de cigarros que manifestaram o desejo de deixar o vício

O Ministério da Saúde vem aumentando os recursos para tratamento de pessoas que desejam parar de fumar. Em 2011, foram investidos R$ 33 milhões na aquisição dos medicamentos para tratar cerca de 340 mil usuários de cigarros atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O valor investido no ano passado foi 470% maior na comparação com 2005, quando os recursos ficaram na ordem de R$ 2,9 milhões.

Nos últimos seis anos, as Secretarias de Saúde municipais receberam cerca de 44,3 milhões de adesivos, 5,3 milhões de gomas de mascar e 3,1 milhões de pastilhas de nicotina; além de 16,4 milhões de comprimidos de cloridrato bupropiona – recurso que totaliza R$ 98 milhões. O número de consultas de avaliação clínica de tabagistas realizadas pelas unidades de saúde aumentou 55% em três anos, passando de 56.723, em 2008 para 126.651, em 2011.

O secretário de Atenção à Saúde, Helvécio Miranda Magalhães, considera de extrema importância a expansão da oferta de medicamentos para o tratamento de fumantes no SUS. “O Ministério da Saúde está engajado na luta contra o tabagismo, responsável por 36% das mortes no país”, ressaltou o secretário, que participou, nesta quinta-feira, da cerimônia realizada pela Organização Mundial da Saúde em comemoração ao Dia Mundial Sem Tabaco.

Deste o início deste ano, a distribuição dos medicamentos anti-tabagismo passou a ser gerenciada pelo Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica (Hórus), criado pelo Ministério da Saúde em 2010. O Hórus permite maior controle sobre o repasse e monitoramento dos medicamentos junto aos estados e municípios. Atualmente, 500 municípios de 15 estados utilizam o sistema.

DADOS – Dados do Sistema Nacional de Vigilância de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2011, realizado nas 27 capitais brasileiras, demonstram que o percentual de fumantes passou de 16,2%, em 2006, para 14,8%, em 2011. A frequência é menos da metade do índice de 1989, quando a Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição (PNSN), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou 34,8% de fumantes na população. A incidência de homens fumantes no período 2006-2011 diminuiu a uma taxa média de 0,6 % ao ano, sendo esta tendência de queda constatada em todas as faixas etárias e independentemente do grau de escolaridade.

O Vigitel também mostrou diminuição na proporção dos homens que fumam mais de 20 cigarros por dia, o chamado fumo pesado e são as mulheres (13,3%) e os adultos entre 18 e 24 anos (17,7%) quem mais sofrem com o fumo passivo dentro de casa. Já no trabalho, a frequência de homens atingidos pelo fumo passivo (17,8%) é mais que duas vezes superior à registrada entre as mulheres (7,4%).
Outra pesquisa realizada pelo IBGE mostra que o consumo de cigarro começa na infância. A Pesquisa Nacional de Saúde realizada entre Escolares (PeNSE), no ano de 2009, estimou em 618.555 o número de escolares frequentando o 9º ano, com idade entre 13 e 15 anos. Nesta população, 24,2% experimentaram o cigarro alguma vez na vida, sendo que os alunos de escolas públicas são os mais expostos a este fator de risco, (25,7%) em relação àqueles de escolas privadas (18,3%).

APOIO – O SUS oferece tratamento gratuito para quem deseja parar de fumar desde 2005. A busca ao tratamento é o objetivo mais frequente entre quem liga para Ouvidoria do SUS / Disque Saúde. Além disso, o Ministério da Saúde atua ativamente em ações que ajudaram a reduzir o consumo de cigarro no país, como a proibição de publicidade, aumento de impostos e inclusão de advertência no maço. Também foi lançado em 2011 o Plano de Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil, que prevê a redução, até 2022, de 15% para 9% a proporção de fumantes na população adulta brasileira e também a iniciação de adolescentes e adultos.

DIA MUNDIAL SEM TABACO – Em 1987, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estipulou 31 de maio como o Dia Mundial Sem Tabaco com o objetivo de conscientizar todos os países sobre a epidemia do tabaco, as doenças e mortes evitáveis causadas por ele. Segundo a organização, cerca de 200 mil pessoas perdem a vida a cada ano em decorrência do uso do cigarro no Brasil.

Este ano, a OMS escolheu o tema A Interferência da Indústria do Tabaco para ser discutido na data mundial. Seguindo esta mesma linha de atuação, o Ministério da Saúde, juntamente, com o Instituto Nacional do Câncer (INCA) lançaram a campanha Fumar: faz mal pra você, faz mal pro mundo que traz a discussão sobre os malefícios causados a saúde dos produtores e consumidores do tabaco.

Ag. Saúde

CUT cobra a humanização das perícias médicas no Brasil

Mesmo com uma insistente chuva que castigou a cidade de São Paulo na manhã desta sexta-feira (27), trabalhadores e trabalhadoras se juntaram à população para lembrar o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho – 28 de Abril – e denunciar o sistema capitalista exploratório que adoece, mutila e mata milhares todos os anos. O local escolhido para o ato da CUT junto com as demais centrais sindicais foi simbólico: em frente à Superintendência do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Dados oficiais do Ministério da Previdência revelam que entre 2008 e 2010 ocorreram 2,3 milhões de acidentes de trabalho, com 8.089 acidentes fatais, o que representa uma morte a cada 3,5 horas. Deste total, 41.798 trabalhadores ficaram permanentemente incapacitados para o trabalho. Mesmo com este quadro alarmante, os números ainda não representam a total realidade. Isso porque muitos acidentes de trabalho são subnotificados. Nos dados oficiais são contabilizados apenas aquelas informações referentes aos trabalhadores com carteira assinada.

“Infelizmente, não há uma preocupação por parte dos órgãos responsáveis em investigar e punir as empresas que descumprem a lei e subnotificam os acidentes”, revela Plinio Pavão, diretor executivo da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro).

Dirigente da CUT quer governo ativo na prevenção e assistência ao trabalhador acidentado 

Já a secretária de Saúde do Trabalhador da CUT, Junéia Batista, lembrou que um dois eixos da manifestação neste ano é a campanha pela humanização das perícias médicas do INSS lançada pela CUT no ano passado com o objetivo de cobrar da Instituição e de seus peritos um atendimento mais humano, respeitoso e ético.

“Baseado no preceito constitucional de seguridade social, o INSS tem o compromisso de garantir os direitos previdenciários dos trabalhadores, porém tem caminhado na contramão da boa prática médica e do seu papel constitucional”, lamenta Junéia.

Afastado do trabalho por motivo de doença ou acidente de trabalho, o/a trabalhador/a ao ser encaminhado para o INSS acaba se deparando com uma situação desumana. Além da maratona para conseguir um atendimento e a humilhação imputada por peritos que os tratam como fraudadores, não são poucas as ocasiões onde recebem um atestado por um período não condizente para a sua total recuperação.

“Ao retornar a empresa, o trabalhador é avaliado por um médico e acaba dispensado por ainda não estar totalmente recuperado. Daí fica sem receber o benefício do INSS e o salário da empresa. Uma situação deplorável e desesperadora que acaba muitas vezes agravando seu quadro, porque não há como sustentar sua família, os altos custos dos medicamentos”, relata Plinio.

Democratizar o debate sobre alta programada
Nesta semana a CUT travou uma árdua batalha no Congresso Nacional para suspender a consulta pública promovida pelo INSS sobre as novas regras de concessão de auxílio-doença e auxílio-acidente pelo INSS, baseado em estimativas sobre o tempo de recuperação do trabalhador, conhecida como alta programada. A partir de uma lista com as doenças e o tempo previsto para recuperação, o trabalhador, a depender de sua doença, não precisará passar pelo perito médico, instituindo uma alta automática.

Pelo fato deste projeto ser de grande relevância para os trabalhadores e para toda a sociedade brasileira e uma vez que a discussão não foi ampliada para o debate entre os especialistas sobre o assunto, a CUT juntamente com outras entidades tem cobrado a sua imediata suspensão.

O presidente do INSS, Mauro Hauschild, informou em audiência nesta quinta que prorrogará o prazo da consulta pública por 60 dias, uma vez que deveria ter sido encerrada ontem (26). “Com esta postergação teremos mais tempo para debater. Esperamos que em 15 dias ocorra uma nova reunião com o presidente do INSS”, revela Junéia.

História
O dia de 28 de Abril – Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho – é uma iniciativa do movimento sindical canadense. Esta data foi escolhida em memória aos 78 trabalhadores que morreram após acidente em uma mina no estado da Virgínia, nos Estados Unidos, no ano de 1969. Surgiu como forma de denúncia e protesto contra as mortes e doenças causados pelo trabalho e hoje diversas manifestações ocorrem em vários países.

Da CUT Nacional

Britânica sofre enjoo permanente desde voo turbulento há seis anos

A enfermeira britânica Gill Archer, de 47 anos, sofre de uma síndrome rara desde que passou por um voo turbulento há seis anos. Ao descer do avião, na Flórida, em 2006, Gill passou a apresentar sintomas como dificuldade de equilíbrio, enjoo e tonteira. Ela imaginou que se livraria logo do mal estar, mas ficou horrorizada ao perceber que o problema persistia mesmo depois de semanas.

Intrigados, médicos tinham dificuldade de dizer à paciente a razão pela qual ela continuava apresentando problemas que comumente duram apenas poucas horas após permanecer no interior de aviões, trens e barcos em movimento.

Mas uma médica americana matou a charada. Gill tem uma síndrome chamada Mal de Debarquement (MdDS, na sigla em inglês).

– Quando sofro ataques, é difícil andar em linha reta. Sinto-me como se estivesse sendo empurrada para o lado e flutuando – conta. “Parece que estou caminhando sobre o trampolim. Ir ao supermercado é horrível, porque a luz forte agrava meu problema. Isso faz meu trabalho muito difícil – as luzes no corredor do hospital são um pesadelo, tenho que me esforçar para andar em linha reta, sem parecer que estou bêbada”, complementa Gill.

Segundo a enfermeira, a intensidade dos sintomas varia de um dia para o outro.

Anormalidade funcional do cérebro

– Estranhamente, os sintomas passam quando estou em movimento. Quando pego o ônibus para o trabalho me sinto melhor.

Gill é uma das poucas pessoas que sofrem da doença por mais de umas poucas semanas. No caso dela, os episódios ocorrem em intervalos de poucas semanas e podem levar anos. O atual ataque já dura dois anos.

– Visitei vários médicos. Todos disseram que eu tinha enjoo de movimento, que iria passar logo. Desesperada, Gill recorreu à internet e acabou encontrando um grupo de apoio a pacientes com MdDS

Ela enviou um e-mail à médica Yoon-Hee Cha, professora e pesquisadora na Universidade da Califórnia – Los Angeles (UCLA), um dos poucos cientistas a se debruçar sobre o Mal de Debarquement. Cha ajudou a diagnosticar o caso.

– A desordem aparentemente representa uma anormalidade funcional do cérebro ou do tronco cerebral. Mas ainda não sabemos o que a doença é. Estudos conduzidos no momento talvez revelem a resposta – disse a médica. “Não há cura, o que é devastador para os pacientes, que geralmente estão no ápice de suas vidas. Mas benzodiazepinas, antidepressivos e técnicas de redução do estresse ajudam a aliviar os sintomas”, diz.

Do Correio do Brasil

Brasil vai fabricar equipamento que detecta aids e mais quatro doenças com apenas uma gota de sangue

O Brasil vai produzir e utilizar na rede pública um aparelho para teste rápido de HIV, rubéola, sífilis, toxoplasmose e hepatite B em gestantes com apenas uma gota de sangue. O acordo para fabricação do equipamento foi assinado nesta quinta (17) entre o Instituto Carlos Chagas, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Paraná, e a empresa de equipamentos médicos e hospitalares Lifemed.

Criado pela Universidade Federal do Paraná, o kit, que inclui o aparelho e os materiais necessários aos exames, pode diagnosticar as doenças em até 30 minutos. Atualmente, o resultado dos exames leva semanas para ficar pronto. Por ser portátil, o equipamento pode ser levado a áreas de difícil acesso, à periferia das grandes cidades e à zona rural.

O kit nacional chegará ao Sistema Único de Saúde (SUS) somente em 2014. Com ele, o Ministério da Saúde espera, entre outros objetivos, reduzir a taxa de prevalência das doenças entre grávidas a partir do diagnóstico rápido e precoce no pré-natal, uma das metas do Programa Rede Cegonha, lançado este ano pela presidenta Dilma Rousseff. A cada ano são registrados, por exemplo, 19 mil casos de sífilis congênita no país.

“Esse equipamento, com o tempo, pode incorporar o diagnóstico de outras doenças infecciosas e podemos ampliar [o uso] não somente para o pré-natal, mas para toda a rede básica”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Segundo o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, o aparelho tem potencial para diagnosticar 100 tipos diferentes de doenças. Cada kit pode ser usado por até 100 pacientes.

O ministério irá gastar cerca de R$ 950 milhões com a compra gradual das unidades no período de cinco anos.  A economia para os cofres públicos é estimada em R$ 177 milhões de reais com a redução de importações e outros custos. Em 2014, serão comprados 2 milhões de kits. Em 2019, o montante será elevado para 10 milhões de unidades. De acordo com Padilha, em cinco anos, os kits nacionais serão suficientes para abastecer a rede pública em todo o país. Cada kit vai custar R$ 30,40 no primeiro lote de compras, em 2014. Com o aumento das encomendas, o preço de cada equipamento deve cair para R$ 21,50 em 2019, segundo estimativa do próprio governo. (ABr)

Jornal Girassol